Fora de Pauta

O espaço para os temas livres e variados.

O espaço para os temas livres e variados.

 

Redação

12 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Moro diz que as mensagens são supostamente suas e ao mesmo tempo afirma que essas mensagens foram retiradas de contexto. Como ele pode ter certeza que coisas que supostamente aconteceram foram descontextualizadas?

  2. Moro não tem certeza que as mensagens são autênticas mas tem certeza que elas foram descontextualizadas:

    “Sobre supostas mensagens que me envolveriam publicadas pelo site Intercept neste domingo, 9 de junho, lamenta-se a falta de indicação de fonte de pessoa responsável pela invasão criminosa de celulares de procuradores. Assim como a postura do site que não entrou em contato antes da publicação, contrariando regra básica do jornalismo. Quanto ao conteúdo das mensagens que me citam, não se vislumbra qualquer anormalidade ou direcionamento da atuação enquanto magistrado, apesar de terem sido retiradas de contexto e do sensacionalismo das matérias.”

    Ora, como ele pode ter certeza que coisas que supostamente aconteceram foram descontextualizadas?

  3. “O Ministro da Justiça e Segurança Pública não reconhece a autenticidade e não comentará supostas mensagens de autoridades públicas colhidas por meio de invasão criminosa de hackers e que podem ter sido adulteradas e editadas. Reitera-se a necessidade de que o suposto material, obtido de maneira criminosa, seja apresentado a autoridade independente para que sua integridade seja certificada.

    Manifestação do ex-procurador Carlos Fernando dos Santos Lima:

    Em uma publicação em rede social nesta sexta-feira (14), o ex-procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, disse que desconhece “completamente as mensagens citadas, supostamente obtidas por meio reconhecidamente criminoso”.

    Quem não reconhece s autenticidade reconhece necessariamente a falsidade?

    Diferentemente do Deltan e do Moro, Carlos Santos Lima não reclama de descontextualização, mas de igorância total dos conteúdos, falando de suposta invasão

  4. O Moro tem dúvida quanto à autenticidade das mensagens mas tem certeza de que elas foram descontexualizadas. Pode?

    Esperma na calcinha do Moro e bosta no ventilador da lava jato

  5. “Moro: Não, não reconheço a autenticidade desse tipo de afirmação. Vamos dizer assim, em uma conversa coloquial, pode ser até algo que se diga “olha, tem um problema”. Vamos dizer que estamos falando de um Congresso que na época tinha o Eduardo Cunha como presidente (da Câmara), uma pessoa que comprovadamente cometeu crimes, tinha contas milionárias na Suíça, então era uma situação bastante diferente. Mas eu não tenho como recordar se há dois, três anos atrás eu tenha efetuado uma afirmação dessa espécie”

    https://theintercept.com/2019/06/16/vaza-jato-corrupcao-sergio-moro-politica-dallagnol/?comments=1#comments

    Com tudo isso o malandrão solta a Sra. Cunha.

  6. O pensamento infantil de Bolsonaro

    André Haguette Sociólogo e professor titular da Universidade Federal do Ceará – UFC

    A capacidade de pensar e de compreender não é, como é sabido de todos, uma habilidade humana inata; ela é fruto de um longo desenvolvimento que, quando, bem sucedido ou completo, atravessa quatro estágios: sensório-motor, pré-operacional, operacional-concreto e, finalmente, aos 12 anos de idade, o operacional-formal. Jean Piaget ensina que nesse desenvolvimento não se pode pular etapas, mas é possível não completar o ciclo, não chegando à maturidade do pensar. O que caracteriza o momento operacional-concreto é a capacidade da reflexão aperfeiçoar-se, mas sempre baseada em situações concretas; é um pensar que não se descola de materiais que podem ser visualizados e experimentados, ficando refém de uma compreensão egocêntrica, sempre ligada a experiências vividas. O estágio operacional-formal, por sua vez, levanta voos mais altos e mais longos, engajando-se em raciocínios proposicionais, abstratos, ou seja, deduções lógicas podem ser feitas sem o apoio de objetos concretos, de relações previamente existentes, mas a partir de hipóteses.

    Observei que o modo de pensar do presidente Bolsonaro não evoluiu além do terceiro estágio, o operacional-concreto. Assim, frente a uma usina de dessalinização em Israel, ele pensa ter encontrado a solução para a falta de água no Nordeste; ao saber de uma pesquisa realizada na Universidade Mackenzie, ele conclui que são as universidades particulares que pesquisam; imagina equacionar a indústria do turismo ao transformar Angra dos Reis em uma Cancun brasileira; diante de evangélicos, ele se lembra que o STF precisa de um juiz evangélico; para seu prazer de dirigir, ele elimina os radares de velocidade; aborrecido por ter sido multado, ele abole a proteção ecológica da área onde pescava; por gostar de armas (afinal é artilheiro), pretende generalizar a posse e o porte de armas; reformula um projeto de lei, porque “geralmente um pedido de primeira-dama é atendido”; prolonga a validade da carteira de habilitação de motorista de 5 para 10 anos e dobra a pontuação mínima para sua cassação, já que ele, seus três filhos e sua esposa foram multados 44 vezes em 5 anos. Isto é, as iniciativas de Bolsonaro partem de motivações, de experiências e de materiais pessoais e não de questionamentos e soluções hipotético-empíricos. Ele não pensa a convivência com a seca, o turismo, a pesquisa científica, a religião na política, a mortalidade no trânsito, a proteção do meio ambiente, a segurança pública como questões abrangentes e teóricas que precisam ser equacionadas de forma geral, impessoal e rigorosa. Limita-se a seus caprichos, desejos e experiências.

    Não surpreende que essa falha cognitiva o incapacite a elaborar políticas de médio e longo prazo para solucionar problemas estruturais. Ele enxerga somente árvores sendo incapaz de avistar a floresta. Ao contrário do estadista que governa de olho nas consequências futuras para o maior número possível de pessoas, Bolsonaro cuida do individual, do imediato, do trivial.

    https://www.opovo.com.br/jornal/opiniao/2019/06/07/o-pensamento-infantil-de-bolsonaro.html?fbclid=IwAR0sqMhsnLdXGBWxJzs_Ld4LcZ6lXhPxUD7VB7aCIze67TnUmpaFFXVeLBU

  7. Prova ilícita obtida com ‘boa-fé’ deve ser válida, Diz Moro → https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/525105/noticia.html

    Por Igor Gadelha e Julia Lindner
    05/08/2016

    Juiz defende ato de quem infringe a lei ‘sem intenção de cometer crime’ ao participar de sessão na Câmara sobre pacote anticorrupção.

    O juiz federal Sérgio Moro, que conduz as investigações da Lava Jato na primeira instância, defendeu ontem cautela na aplicação do chamado teste de integridade com agentes públicos, disse que o foro privilegiado fere a “ideia básica de democracia” e considerou que, mesmo provas adquiridas de maneira ilícita, deveriam ser mantidas em processos se obtidas com “boa-fé”. As afirmações foram feitas em audiência na Câmara dos Deputados para tratar do pacote de medidas anticorrupção apresentado pelo Ministério Público Federal.

    Primeiro a ser ouvido pela comissão especial que analisa o pacote, Moro propôs mudanças no texto e fez questão de mostrar apoio a outros itens, como a responsabilização dos partidos políticos e a criminalização do caixa 2. Frisou, no entanto, que a lei não será a “salvação nacional”.

    “O problema da corrupção não se resolve com passe de mágica, não existe bala de prata, mas é importante que, nesse contexto atual, o Congresso também faça a sua parte dando início a um ciclo virtuoso.” Recebido por manifestações de apoio e de grupos contrários, Moro falou por três horas e descartou a possibilidade de disputar eleições no futuro.

    Teste de integridade. Moro reconheceu que o teste é “muito polêmico” e propôs que só seja realizado caso haja uma suspeita prévia de crime. A ação prevê a simulação de situações, sem o conhecimento do agente público ou empregado, com o objetivo de testar sua conduta moral e predisposição para cometer crimes. “A ideia é impedir que o Estado aja para criar criminosos e não para impedi-los”, disse o juiz.

    Moro também sugeriu que, para que tenha efeitos de punição criminal, o teste seja autorizado pela Justiça. Na sua interpretação, se não houver essa autorização, o agente público só poderá ser punido administrativamente.

    Ele propôs uma pena mais branda para os agentes públicos que caírem no teste: de 2 a 8 anos, menor do que a pena prevista para crimes de corrupção (2 a 12 anos).

    2ª instância e foro. Moro elogiou a decisão do Supremo Tribunal Federal de autorizar prisão de condenados em segunda instância (mais informações na página ao lado) e defendeu o fim do foro privilegiado. “O foro privilegiado fere aquela ideia básica da democracia de que todos devem ser tratados como iguais.” Ele, que tem a prerrogativa, disse que “facilmente abria mão” do benefício.

    Prova ilícita. O magistrado também sugeriu uma reformulação no projeto anticorrupção para deixar claro que provas adquiridas por agente público de maneira ilícita sejam mantidas, desde que tenham sido obtidas com “boa-fé”. Para ele, as pessoas que “infringem a lei sem intenção de cometer um crime”, bem como empregados que fizerem uma denúncia, “em situação conflituosa com sua ética”, devem ser preservados e terem suas provas protegidas. Nesse caso, ele citou exemplos recentes como o do banco HSBC, em que um ex-funcionário vazou materiais contra a empresa.

    O juiz defendeu ainda a introdução de uma “forma privilegiada” de pena em determinados casos de crimes cometidos contra a administração pública. Ele sugeriu incluir, no projeto analisado, trecho prevendo que um magistrado poderá diminuir a pena do agente caso ele seja réu primário ou em crimes de valor pequeno.

    Caixa 2. Moro disse concordar com a responsabilização de partidos políticos que cometeram ilícitos e com a criminalização do caixa 2. “O caixa 2 muitas vezes é visto como um ilícito menor, mas é trapaça em uma eleição. Não existe justificativa ética para essa conduta”, disse.

    “Há uma carência para penalizar esse tipo de atividade, no sentido de que se não é criminalizado, é tido como permitido.

    ” Lava Jato e candidatura. Sobre o fato de declarar recentemente que o trabalho da primeira instância da Lava Jato deveria se encerrar no fim deste ano, Moro disse que “é mais um desejo”. “Porque confesso que estou um pouco cansado, o trabalho tem sido desgastante, do que propriamente uma previsão objetiva.”.

    Ele negou que pretenda disputar eleições no futuro. “Nenhuma chance. Sou juiz profissional, minha carreira é da magistratura e não pretendo sair”.

    Indagado sobre a possibilidade de se tornar ministro do STF, desconversou. “São especulações que não me favorecem.”

    ‘Permissão’

    “O caixa 2 é visto como um ilícito menor, mas é trapaça em uma eleição. Há uma carência para penalizar esse tipo de atividade (caixa 2), no sentido de que se não é criminalizado, é tido como permitido”

    Sérgio Moro

    JUIZ FEDERAL.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador