Gaza é dos palestinos e a humanidade precisa frear a solução final de Trump e Netanyahu, fiz FEPAL

Federação Árabe Palestina do Brasil chama proposta de Trump de ocupar Gaza de limpeza étnica, crime de lesa-humanidade

Os palestinos não sairão da Faixa de Gaza e a comunidade internacional precisa dar uma resposta firme à proposta de Donald Trump, que quer ocupar o enclave com o exército estadunidense, sob o pretexto de levar segurança e reconstruir o território que foi bombardeado pela guerra de Israel contra o Hamas. Segundo a FEPAL (Federação Árabe Palestina do Brasil), a proposta de Trump é um crime de lesa-humanidade que não surpreende a ninguém, já que os EUA sempre apoiaram Israel em seu plano de dizimar o povo palestino e ocupar a Faixa de Gaza.

Leia, abaixo, a nota completa da FEPAL:

As declarações do novo chefe do consórcio colonial e supremacista do extermínio palestino, Donald Trump, prometendo varrer todos os palestinos de Gaza e tomar de assalto esta parte da Palestina para construir uma “Riviera no Oriente Médio” não deveriam surpreender, por mais indecentes e criminosas que sejam. Ao lado de um sorridente e abjeto Netanyahu, Trump apenas renovou os votos e as promessas do casamento nefasto entre EUA e sua colônia médio-oriental, “israel”, de dar cabo na limpeza étnica de Gaza, parte atualizada da tão sonhada solução final planejada pelos sionistas para o povo palestino desde sempre.

O plano de expulsão massiva de palestinos de Gaza divulgado ontem (4), em cena macabra na Casa Branca, vem no contexto de uma limpeza étnica, um crime de lesa-humanidade, anunciada pelos “israelenses” e estadunidenses não apenas desde o início da nova fase do Holocausto Palestino a partir de outubro de 2023, mas há mais de um século, quando sionistas já tramavam em seus congressos, nas cidades europeias, o roubo da Palestina e fantasiavam em seus devaneios racistas que os palestinos, ou os “árabes”, como gostam de dizer os genocidas, a população originária da terra entre o Mar Mediterrâneo e o Rio Jordão, aceitaria voluntariamente abandonar seu lar milenarmente ancestral para dar lugar aos estrangeiros europeus que planejavam colonizá-la.

No consórcio do extermínio de Washington, todos cumprem seu papel: o primeiro objetivo, destruir Gaza e torná-la inabitável, foi executado com maestria pelo açougueiro Biden e a claque democrata. Trump, o genocida de momento, assume a tarefa de impedir a reconstrução e manter Gaza, que Biden aniquilou, inabitável. Trump, assim, lança os dados da limpeza étnica. Ao lado de ambos, sempre o fugitivo internacional e procurado pelo Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra e de lesa-humanidade, Benjamin Netanyahu.

É emblemático que a “proposta” de Trump, em ato falho ou confissão de culpa, sugira que cerca de 1,7 milhão de palestinos devem “deixar” Gaza. O número corresponde aos 73% da demografia do enclave palestino que já possui status de refugiada da Nakba, a limpeza étnica da Palestina realizada pelos sionistas entre 1947 e 1951. E deixa uma pergunta no ar: se a população palestina em Gaza era de 2,3 milhões de pessoas em outubro de 2023 e pelas contas de Trump cerca de 500 mil palestinos “desapareceram”, seria essa, então, a cifra atualizada de palestinos assassinados por “israel” e EUA no Holocausto em Gaza?

Se impedir a reconstrução de Gaza e mantê-la inabitável é o plano de Trump, só há uma reação possível para o resto do mundo: reconstruir Gaza, garantir a entrada de ajuda humanitária emergencial e continuada, respaldar o povo palestino e seu direito inalienável à autodeterminação e soberania de suas terras, este o único que pode liderar a reconstrução e a governança de Gaza, bem como da integralidade dos territórios palestinos, com base nos termos do acordo de reconciliação e unidade nacional firmado em Pequim, ainda em 2024, por todas as forças palestinas. Com apoio da ONU, das demais organizações internacionais multilaterais e de todos países que não tomaram parte no Holocausto Palestino.

Por fim, a experiência palestina e o que será feito com Gaza é um prenúncio para o resto da humanidade. Se os gêngsters de Washington e Tel Aviv conseguirem realizar os sórdidos delírios sionistas e efetivamente expulsarem a população palestina, tomarem de assalto Gaza e o que ainda resta da Palestina, as portas do inferno estarão abertas.

Quais motivos teria Trump, ou qualquer assassino que o suceda, para respeitar a soberania de outros países se o mundo permanecer inerte diante de mais este crime contra a humanidade e frente ao êxito destes facínoras estadunidenses e “israelenses” na apropriação de Gaza? Países como o Brasil e o resto do Sul Global, os mais ricos em recursos naturais do planeta, vão permitir que se estabeleça o precedente e esperar até serem os próximos alvos, ou vão frear os delírios coloniais de Trump e seus sócios no Holocausto Palestino?

É bom que se saiba: os palestinos não abandonarão Gaza, como tem sido regra desde a Nakba, quando o povo palestino acreditou que poderia retornar tão logo os enfrentamentos bélicos terminassem. Depois disso o povo palestino não foi mais enganado. 

Por fim, acreditamos que a Comunidade Internacional não aceitará esta obscenidade dos degenerados Trump e Netanyahu. Mais ainda, rogamos que os países árabes sob extorsão para tomarem parte deste arranjo macabro, notadamente Egito e Jordânia, jamais o aceitem e, em último caso, se preparem para um grande enfrentamento existencial, pois depois dos palestinos, serão os próximos nos planos do “grande ‘israel’”.

Palestina Livre a partir do Brasil, 5 de fevereiro de 2025, 78º ano da Nakba.

Leia também:

5 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Se o mundo não fascista tiverem um pingo de vergonha com as declarações colonialista de trump deverão haver mais declarações tipo da Espanha que diz que Israel não tem mais lugar no mundo civilizado. É necessário constituir uma maioria de países com esse consenso para que se possa haver um tribunal
    Que julgue é condene esse genocidio. Esse será um grande passo para a paz no mundo
    NUREMBERG NO LOMBO DOS SIONISTAS!!!

  2. Talvez a Palestina, enquanto nação, só consiga sobreviver sem desocupar Gaza. O tempo, senhor de todas as coisas, mostrará que esse momento doloroso poderá poupa-los para, num futuro próximo retornarem à sua pátria.
    Que todos os cobiçadores de Gaza estejam reunidos para uma possível solução, que poderá ser uma solução final a surpreender o mundo e cumprir as históricas profecias dos invasores. Quem tudo quer tudo perde.

  3. Após EUA, Israel anuncia saída do Conselho de Direitos Humanos da ONU
    Aonde a vaca vai, o boi vai atrás.
    Já, já, o imbecil Milei acompanha o rebanho de idiotas e sai também do Conselho de Direitos Humanos da ONU.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador