Gestão Alckmin tira das estatísticas mortes por PMs de folga

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Secretaria de Segurança Pública divulgou dados de comparação e em um mesmo gráfico o ano de 2014 com letalidade policial e de 2015 sem a violência
 
 
Jornal GGN – Ao contrário do que a gestão Alckmin divulgou sobre os dados de segurança no Estado de São Paulo, não houve uma queda de 16,3% dos homicídios na capital e 13,2% em todas as cidade, em 2015 comparando com o mesmo período de 2014. A diminuição foi de 6,7% e 8,1%, respectivamente. O responsável pela diferença brusca nas estatísticas é a letalidade policial. 
 
A Secretaria de Segurança omitiu das contagens as mortes cometidas por policiais militares em horário de folga. E somente neste quadro, foram 102 mortes praticadas pelos policiais, em seis meses – o equivalente a mais de cinco chacinas como a de Osasco e Barueri, que ocorreu no dia 13 de agosto deste ano.
 
A estratégia de omitir dos balanços parte dos dados de Segurança do governo Alckmin foi sendo noticiada desde abril deste ano, quando a gestão tucana passou a excluir dos gráficos de homicídios dolosos as mortes cometidas por PMs de folga. A estratégia tem sido usada pelo secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, como bandeira de política pública – visando ainda uma cadeira nas candidaturas à prefeitura da capital, em 2016.
 
Quando os números da PM são excluídos do quadro geral de homicídios, há um aumento de 9,8% de mortes causadas pela polícia (em serviço e de folga), no primeiro semestre de 2015 em relação ao mesmo período de 2014. Foram 358 vítimas.
 
A justificativa da SSP é que segue uma “metodologia internacional”, em resposta à reportagem da Folha de S. Paulo. E que tais condicionantes foram publicados em um asterisco colocado em uma tabela.
 
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Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

3 Comentários

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  1. Bem feito pra paulistada

    Bem feito pra paulistada midiotizada que elegeu esse fascista da opus dei. Vão ficar sem água ou com água contaminada, sem escolas e cheios de cadáveres para enterrarem….

  2. Se eu entendi corretamente…

    …quando a PM mata em horário de folga isso deve ser considerado lazer, logo não pode ser computado como obra da corporação.

    Seria cômico se não fosse mortalmente trágico.

  3. Estava lendo no UOL sobre a

    Estava lendo no UOL sobre a morte do bebê que levou bala perdida. Disseram que na hora que o bebê a polícia não efetuou nenhum disparo, como se além do calibre, nas balas viesse registrado a hora e a data que as balas serão disparadas. Provavelmente, o calibre era o mesmo da arma do polícial mas a data e hora marcada na bala para seu disparo não conferia. Não sei se entendeu minha ironia. Mas a polícia não tem responsabilidade e nem deseja ter; o negócio é atirar, atirar e mata, não só atirar.

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