
O seminário organizado pelo BNDES de Aloísio Mercadante para debater a nova âncora fiscal que irá substituir o regime do Teto de Gastos está servindo de pauta para a grande mídia especular se há “fogo amigo” no governo Lula.
Nesta segunda (13), o jornal O Globo publicou coluna de Malu Gaspar sobre o “novo conflito” que se arma no horizonte da equipe econômica, por causa da “intromissão” de Mercadante no trabalho de Fernando Haddad, ministro da Fazenda.
Durante o programa Estúdio I, apresentado por Andreia Sadi, o time de jornalistas da GloboNews também analisou que Mercadante estaria “atropelando” e “esvaziando” publicamente as funções de Haddad.
O argumento é que seria papel da Fazenda, e não do BNDES, discutir e apresentar a nova âncora fiscal. Mercadante, segundo os jornalistas, não pode se comportar no governo como se ainda fosse presidente da Fundação Perseu Abramo.
“Seminário não compete com a âncora fiscal”
Assistindo a GloboNews ao vivo, Mercadante chegou a enviar uma mensagem de texto para o jornalista Valdo Cruz, dizendo que o seminário foi construído em comum acordo com Haddad.
Mais cedo, aliás, Mercadante falou a mesma coisa ao UOL, quando respondeu ao jornalista Leonardo Sakamoto sobre as especulações de que o BNDES está competindo com a Fazenda.
GloboNews deixou de lado uma outra informação que Mercadante repassou ao UOL: o seminário será realizado apenas quando a nova âncora fiscal estiver pronta.
“Nossa proposta, inclusive, é que o ministro Fernando Haddad feche apresentando o marco fiscal.”
Mercadante disse ter acordado com Haddad que o BNDES trará ao seminário “experiências internacionais para fundamentar a proposta da Fazenda.”
“O que o André Lara [Resende, líder da comissão de estudos estratégicos do BNDES] está construindo, e estamos trabalhando em comum acordo com a Fazenda, é trazer alguns economistas de peso, gente do FMI, etc, para discutir o que tem no mundo e dar suporte a um novo marco fiscal”, explicou Mercadante.
Mercadante disse que nenhum país no mundo usa uma âncora fiscal declinante como o teto de gastos, e é isso o que o seminário mostrará.
“O seminário acontecerá ser em dois dias. O segundo dia é sobre investimentos em longo prazo no Brasil. E o primeiro dia é sobre coordenação da política monetária e fiscal. O que a Fazenda espera deste debate? Trazer o debate internacional para o Brasil, porque aqui estamos prisioneiros de uma ortodoxia fiscal – como o Teto de Gastos – que não existe em nenhum País do mundo. Ninguém utiliza esse teto declinante”, disse Mercadante.
“BNDES não será censurado”
Tratado na GloboNews como um fantasma para o mercado financeiro, pois é um lembrete da recessão econômica durante o governo Dilma, Mercadante ainda disse que não vai admitir que censurem o BNDES.
Ele disse também que, na dúvida, jornalistas deveriam ligar para ele, ou para o Haddad, para checar histórias antes de publicá-las.
“É preciso que todos façam o esforço de ligar antes. Liga antes. Liga para o Haddad. Já ligaram para mim diversas vezes sobre esse tema“, disparou no UOL.
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No caso BC,será necessário uma consulta popular,afinal os nossos empresários merecem as melhores condições para se desenvolverem,aqueles q se manifestam a favor do BC são contra o desenvolvimento do país,melhor nós se prepararmos pelo q virá por aí tipo crise 2008,garanto q será algo bem quente(kkkk)tipo explosão nuclear!!!
Haddad e Mercadante nunca se deram, não iam brigar logo hoje !?
Âncoras fiscais seguram juros flutuantes !?
🙂
O país mendiga intelectualmente …