Indústria automotiva registra pior mês de sua história no país

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Indústria produziu 1847 unidades em abril, queda de 99% em relação ao visto em março; estoque existente atende mercado por quatro meses

Foto: Reprodução

Jornal GGN – A produção de veículos no Brasil foi de 1847 unidades no mês de abril, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, o que corresponde a uma queda de 99% em relação a março e de 99,4% ante o visto em abril de 2019, segundo levantamento divulgado pela Anfavea.

Além disso, foram produzidas 1.752 máquinas autopropulsadas, 59% a menos que em março. O setor automotivo brasileiro não registrava uma produção tão baixa desde o início da série histórica da indústria, em 1957.

A queda da produção foi acompanhada de recuos igualmente expressivos nas vendas ao mercado interno e nas exportações. Os licenciamentos de autoveículos, de 55,7 mil unidades, foram 76% menores que em abril de 2019, pior resultado em 20 anos.

O segmento de caminhões recuou 53,5% no mesmo período, e o de máquinas caiu 23,9%. Já as exportações despencaram 79,3% para autoveículos (pior volume desde janeiro de 1997) e 62,1% para máquinas, na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Os estoques na virada do mês estavam em 237 mil unidades entre fábricas e concessionárias, suficientes para quatro meses de vendas no ritmo lento atual, o que explica a dificuldade em retomar a produção em todas as fábricas. O único indicador positivo é o nível de empregos diretos na indústria, que se mantem num patamar acima dos 125 mil na soma das 26 associadas da Anfavea.

 

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Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

4 Comentários

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  1. ANTICAPITALISMO DE ESTADO não precisa nem de Empresas nem de Empregos Brasileiros. São sócios da rapinagem em 40% de Carga Tributária, fora Licenças, Alvarás, Certidões Negativas, Reconhecimentos de Firma, Pedágios e outras Indústrias de Multas e Burocracias. Eugênio Gudin montou a desgraça nacional juntamente com Ditador Fascista Assassino Getulio Vargas em 1930 e seus ‘Satélites Esquerdopatas’ e Nepotismo de Leonel Brizola, Tancredo Neves, Luiz Carlos Prestes, João Goulart, Sindicalismo, Corporativismos e Burocracias escravagistas. A Tempestade Perfeita estava formada. E já dura 90 anos. NecroPolitica. Nesta Indústria da Miséria, do Atraso, da Desindustrialização, dos Crimes de Lesa Pátria, as MultiNacionais Estrangeiras, principalmente de Automóveis, se esbaldam em inflação e manutenção de Preços Extorsivos vendendo suas Carroças. Baixar Preços para que? Para quem? Setor totalmente Monopolizado e Oligopolizado com a cumplicidade e parceria da Velha Política do Estado Absolutista, faz e desfaz o que quer. Pensam que Democracia á apenas Voto? Democracia sem Liberdade existe? Existe meia liberdade assim como meia gravidez? A Industria do Restolho e Carroças agradece por estes 90 anos. Pobre país rico. Que trauma que 90 anos de doutrinação faz aos Neurônios. Mas de muito fácil explicação.

  2. Neste ritmo, e com a perversidade do governo eleito em 2018, a queda de vai acima de 10% ou 20%.

    Precisamos substituir o presidente o mais rápido possível.

  3. Este termo retomada é uma falácia e uma ilusão. Há atividades, natureza de negócios, produtos e serviços que para já se tornaram inviabilizados. Indústria cultural, festas, entretenimento, viagens e turismo, alimentação fora de casa entre tantas outras e suas relacionadas já estão inviabilizadas e se o negócio individualmente já vinha em dificuldade, pior ainda ficarão. Só a complexidade e os valores envolvidos que são os de uma operação de empresa aérea tipo as low cost que dependiam do diário “não pode parar”imaginem a fila de devolução de aviões. As locadoras de carros que dependiam do fluxo diário de aluguéis e revendas para bancar suas operações, que vinham recentemente dependente da uberização, também comprometida já pelo decréscimo de usos em serviço. A inviabilidade de competições esportivas onde geralmente todo o entorno dependem de impacto e contato corporal. E por ai vai. Dia destes o Ricardo Feltrin, especializado no mercado das TVs no Brasil falava das dificuldades pelas quais passam apenas falando das TVs abertas, onde casos graves são do SBT do Silvio Santos com seus programas de maior audiência e lucratividade são de auditório, Seus negócios correlatos dependem de “normalidade” de grupos de risco ou de “ostentação” agora restritos. O grupo SS tem a Juquiti de perfumes e cosméticos que com a diminuição da socialização, o uso de máscaras farão inevitavelmente cair a venda de perfumes e batons. Seus hotéis com a diminuição do turismo. Suas cartelas de sorteios que dependem de compradores em sua maioria de idade e que compra em dinheiro nas casa lotéricas (um dos motivos pelo qual SS era reticente à venda de espaço para igrejas e pastores era até esta de que colocava em choque a busca do mesmo público, em maioria). Que retorno à normalidade terão?

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