Interino, Mourão gera preocupação na família Bolsonaro

Filhos do presidente têm manifestado insegurança com protagonismo do vice nas últimas semanas 
 
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
 
Jornal GGN – O período do general Hamilton Mourão (PRTB) como presidente interino está gerando preocupação na família Bolsonaro. Segundo informações da Folha de S.Paulo, um dos filhos do presidente disse a duas pessoas que o general quer se mostrar uma figura mais preparada do que o seu pai.
 
Apesar da teoria, Mourão tem seguido a risca o roteiro programado combinado com Bolsonaro, durante essas duas últimas semanas em que o chefe do executivo esteve em Davos e, mais recentemente, enquanto se recupera de uma cirurgia. 
 
Por outro lado, é fato que o presidente interino tem tido mais disposição de reduzir conflitos e apresentar uma faceta mais ponderada do novo governo. Nesta terça-feira (29), ele recebeu Lauro Jardim, colunista do jornal O Globo, e Guilherme Amado, da revista Época.
 
Os dois são alvos de ataques dos filhos do presidente, acusados de disseminar mentiras sobre Bolsonaro pai. Logo após o encontro, Mourão disse que apoiaria uma decisão de permitir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso desde abril do ano passado, ir ao velório do irmão. O que, possivelmente, não sairia da boca de Bolsonaro.
 
Na primeira aparição como presidente interino, quando Bolsonaro viajou à Davos, Mourão deu uma entrevista à Rádio Gaúcha dizendo que o decreto de Bolsonaro que flexibilizou o porte de armas foi uma cortesia para sua base de eleitores porque a medida, de fato, não tem efeito contra a violência.
 
Na mesma semana, após um encontro com o embaixador alemão no Brasil, país que compõe a União Europeia, deu uma entrevista dizendo que a reunião visava corrigir “uma reputação meio errada”.
 
Em seguida, Mourão deu a tacada mais corajosa, negando a mudança da embaixada brasileira de Israel de Tel Aviv para Jerusalém, uma promessa de Bolsonaro ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e a sua base de eleitores, grande parte evangélicos. 
 
A fala do presidente interino aconteceu após dois encontros oficiais com representantes árabes nesta segunda (28) e terça (29), sobre o embargo saudita a exportação de frango brasileiro.
 
A reportagem da Folha pontua, ainda, que Mourão vem questionando os ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Gustavo Bebianno (Secretaria Geral) que, por sua vez, também veem sendo interpelados por outros ministros da ala militar, como os generais da reserva Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo).
 
“O vice nunca foi uma unanimidade nos meios militares devido às posições duras e polêmicas. No cargo, moderou o discurso e, ao fim, é “um deles” em caso de crise —o que é apenas uma hipótese neste momento”, pontuou Igor Gielow que assina a matéria. Para ler na íntegra, clique aqui. 
 
Redação

15 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Governo Militar…

    Duas coisas são evidentes: (1) o despreparo de Bolsonaro; (2) o apetite político de Mourão.

    Para quem duvida do objetivo dos militares que estão no governo, enfatizo o que disse o mentor político de Mourão, o general Paulo Assis, na festa do PRTB em dezembro/2018: “O Mourão vai ser presidente. Em 2022 ou ANTES – caso ‘algo’ aconteça a Bolsonaro.”

    Antes das eleições, Mourão era um “jumento de carga”. Agora é equilibrado, simpático, gente boa…

  2. Mais preparado que Bozo, quase qualquer um é, tálquêi?

    Portanto, o general Mourão também é mais preparado que o capitão expelido das FFAA.

    O problema é que não precisamos de militares na política, como não se tem em qualquer país desenvolvido, onde os civis dão as ordens aos que têm o papel de defender suas nações (alguns também o de subjugar outras).

    Há (raras) exceções, pois isto não significa que (EX) militares não possam habitar a política, como o (ex) Eisenhower (administrador e organizador competentissimo), e o (ex) De Gaulle, herói do enfrentamento francês aos nazistas.

    No Brasil, os militares eminentemente desde a Guerra do Paraguai, sequer cumprem o seu papel (que é necessário e bem vindo), quanto mais serem heróis ou terem algum destaque que os justifiquem no governo.

    Em países desenvolvidos isto seria (e é) ridículo.

    Aqui no Bananil … é “puder”.

  3. Insegurança…

    …é o sobrenome dessa família. São inseguros com tudo e trazem insegurança com tudo.

    Realmente, não entendo como investidores estrangeiros com milhões em jogo confiam nessa famiglia.

  4. Devem mostrar preocupação mesmo

    Os filhos do Fascista devem demonstrar preocupação mesmo com o protagonismo que seu Vice têm assumido.

    Afinal, Mourão é chucrão, mas menos do que o presidente. 

  5. De todo jeito, um problema.

    Nenhum deles tem a menor possibilidade de levar este país. Cometerão erros diários e frequentes, e só erros, a cada decisão.

    Já se pode catalogar uns cinquenta erros, uns dez graves, em vinte e cinco dias.

    Vou citar um dos cinquenta: como fica brumadinho em um govero que ditava a redução da ação fiscalizadora sobre as mineradoras?

    O governo e seus patrocinadores têm um grande problema: eles são o problema.

     

  6. Faz sentido a preocupação

    Essa preocupação já havia sido tornada pública por um dos filho do Jair ao externar que gente próxima ao presidente estaria interessada em um possível desfecho negativo para a cirurgia ao qual o pai seria submetido.

    Se há elementos ou não para a preocupação acima, por enquanto não sabemos. O principal “suspeito” calou-se, não vestindo a carapuça, e também fazendo morrer a onda de especulação levantada pelo filho.

    Entretanto, fazendo uma análise de cenários, é interessante debruçarmo-nos sobre o que aconteceria na hipótese de Jair Bolsonaro partir desta para melhor, seja por ocasião da cirurgia, seja por uma futura complicação decorrente do ferimento.

    A substituição pelo vice, Mourão, acarretaria imediatamente o afastamento do clã Bolsonaro do Governo. Primeiro por que nenhum deles tem legitimidade para participar do governo; segundo por que todos são criadores de caso, o que complicaria em muito o governo caso mantivesse essa proximidade/convivência.

    Aprofundando as possíveis consequências, diria que todo o olavismo também seria defenestrado e, talvez também a ala evangélica; seria mantida apenas a ala Paulo Guedes/Moro, talvez com algumas restrições.

    Com que forças, então, esse governo Mourão governaria no Congresso?

    De fato, a base de apoio restante seria mínima, mas a chance do executivo, já totalmente dominado por militares, dar uma banana para o legislativo, cresceria bastante. A tentação do auto-golpe também parece agigantar-se.

    Ainda que Bolsonaro sobreviva, se este continuar dando seguidos tiros no pé, não é de descartar para breve um processo de impedimento. 

    Bolsonaro nunca foi a opção dos militares participantes do movimento intervencionista.

    O atentado fracassado que ajudou Bolsonaro perante a opinião pública foi apenas a motivação para uma aliança de última hora. Aliança, que embora tenha tido aparente sucesso, é por demais frágil e que tende a romper-se por qualquer pequeno conflito.

    E, no caso de rompimento, é o lado mais fraco que dança… como sempre.

    Um doce para quem adivinhar qual é o lado mais fraco.

     

     

     

  7. VENHAAAA , MOURÃO …

    Bolsonaro&Filhos não têm background para administrar o Brasil. Não temos saída. Só não vê quem não quer … São verdadeiras “ofélias e magdas” da política brasileira. Chega constranger. Isso não pode continuar. Quanta merda dita em tão pouco tempo!!! E pensar que vai piorar …Pessoal: são QUATRO falando e fazendo merdas. Nenhum dos TRÊS vai largar o osso. E o pai não tem condições psicológicas para governar sozinho.  Portanto, eu, já aderi ao “Venhaaaaa, Mourão”. 

  8. Mourao um recado

     Um recado pra voce Mourao, não ande em má companhia,esse Bolsonaro andava com Cunha no Rio, com Malafaia, subia no palanque do Cabral, tem um motorista que é laranja dele,com milhoes na conta, e não foi um condenado que falou em delação premiada, foi o Coaf que esta dizendo,não fez nada pelo Brasil e comeu gente com dinheiro público, amigo de bandidos milicianos,cuidado Mourao, quem fica brincando com fogo acaba se queimando

  9. Com Bolsonaro o governo já é militar, mas é muita mediocridade

    para o país. De todo jeito o capitão iria cair para o general. Mas como o governo com Bolsonaro não começou e a perspectiva e não começar, é melhor que a globo dê mais um golpe e deixe o país poder pelo menos ter um 2019 não tão infernal na mão da familícia evangelista do século 14

     

  10. Mourão e Bozo

    O general Mourão e um homem conservador que foi criado na caserna e tem aqueles valores típicos dos nossos militares, como o mito da superioridade do militar sobre o civil e o horror a qualquer forma de socialismo, igualdade e distribuição de renda. Mas tem seu lado bom, me parece um homem educado e que gosta de trocar ideias. Me parece respeitar seus adversários. 

    Bolsonaro (pai e filhos) e Sérgio Moro são trogloditas e psicopatas. Jamais terão grandeza, amor no coração ou respeito por ninguém.

    Na minha opinião Mourão fará com o Bozo o que Temer fez com Dilma. E será muito melhor. 

    Quem viver verá…

     

  11. O general Mourão é um homem

    O general Mourão é um homem tipicamente formado na caserna com os valores que lhe foram incutidos lá. Acredita como todos os militares na superioridade moral e intelectual dos militares sobre os civis. Acredita que só eles tem civismo e patriotismo. Tem uma visão conservadora do mundo e da sociedade e porisso rejeita qualquer forma de socialismo, igualdade, distribuição de renda e acesso a moradia e a terra.

    Mas ao mesmo tempo é um homem educado e até certo ponto articulado. Percebe a complexidade da nossa sociedade. Não vejo nele o radicalismo dos evangélicos. Ele não tem se mostrado avesso ao diálogo e mostra-se até um bombeiro neste início de (des)governo. É uma figura muito mais interessante que o presidente. 

    Acho que quando as condições políticas permitirem ele vai derrubar o Bozo assim como Temer derrubou a Dilma. Não há a menor possibilidade do Bozo dar certo. É o único quadro que eu consigo ver com a conjuntura extremamente desfavorável às esquerdas em 2019. Confesso que se isto acontecer vou gostar, ou pelo menos não derrmarei uma lágrima. 

    Já os Bozos (pais e filhos) e o Moro são psicopatas perigosos, incapazes de qualquer diálogo ou sequer grandeza. Os Bozos ainda por cima são bandidos.

  12. Eu quero que os dois se comam
    Eu quero que os dois se comam durante os quatro anos; que fique bem escancarado que nenhum presta e que eleitor bolsominion só faz cagada.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador