Livro conta como FHC se tornou um grande fazendeiro longe dos olhos da mídia

“O Protegido” foi escrito pelo jornalista Alceu Luís Castilho e será lançado em São Paulo nesta terça-feira (30) às 19h

Do Brasil de Fato

Lançado inicialmente na Festa Literária Pirata das Editoras Independentes (Flipei) de Paraty em 12 de julho e com venda online prevista para começar em agosto, o livro-reportagem “O Protegido – por que o país ignora as terras de FHC”, do repórter Alceu Luís Castilho, traz detalhes sobre como, após deixar o poder, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) se consolidou como um grande fazendeiro, com direito a terras férteis para a cana-de-açúcar, gado de raça e cavalos resignados.

Um evento de lançamento em São Paulo (SP) está marcado para esta terça-feira (30), às 19h, no Ateliê do Bixiga (Rua Conselheiro Ramalho, 945). O autor autografará exemplares, que estarão à venda no local.

A obra é uma continuação de uma reportagem de Castilho que foi capa da revista Carta Capital em julho de 2018 e perguntava como o enriquecimento do ex-presidente nunca havia levantado suspeitas no Brasil. O “Protegido” oferece detalhes de como FHC contou com o apoio de empresários em sua “aventura agrária”, que começa em parceria com o ex-ministro das Comunicação Sérgio Motta na compta de uma fazenda em Buritis (MG), cenário de despejo de famílias sem-terra durante o governo do sociólogo. Após a morte de Motta, o pecuarista Jovelino Mineiro, que sócio de Emílio Odebrecht, patriarca da empreiteira Odebrecht, tornou-se sócio dos filhos de FHC. A obra mostra os avanços da parceria, que desemboca no canavial em Botucatu, localizado em área de mananciais, na região do Rio Pardo.

“Rumo aos 90 anos, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso voltou a ser sócio dos filhos na Goytacazes Participações, a empresa dona de um canavial em Botucatu (SP), em área de mananciais. Restou apenas uma propriedade rural: a outra foi desapropriada pela prefeitura, em 2018, por cinco reais. The Intercept Brasil mostrou por que a Lava Jato não investigou o tucano, ‘um aliado importante’. Mas e a imprensa brasileira: por que ela não se mostra disposta a contar essa história? Que tipo de blindagem o ‘príncipe’ da sociologia brasileira construiu nas últimas décadas? Quais as conexões, com quais amigos? Por que a desproporção em relação à propriedade atribuída a outro ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, o sítio em Atibaia? Qual o papel da Sociedade Rural Brasileira e do pecuarista Jovelino Mineiro, o Nê, na composição da face agrária de FHC? Qual a influência do empresário Jonas Barcellos? O que eles têm a ver com o famoso apartamento em Paris? Com a Fundação FHC? E com Emílio Odebrecht?”, diz a sinopse do livro.

O livro, de 280 páginas, está em pré-venda pelo site da editora Autonomia Literária.

Redação

3 Comentários

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  1. Onze dias após a posse de Bolsonaro, Fernando Henrique Cardoso deu uma conferência “histórica” na Maison de l’Amérique Latine em Paris, na qual miniminiza o fato de Bolsonaro chegar à presidência e ao mesmo tempo responsabiliza o PT por isso, afirma que o Comunismo e o Fascismo se esgotaram e não explica como; apesar da democracia no Brasil ser claudicante, as instituições funcionam normalmente e passa o largo de seu tempo afirmando implicitamente que Lula e o PT se corromperam no poder ao contrário dele e seu santo e magnifico governo. Não há ironia nisso. Ele fala dessa forma de si mesmo. Eu que sempre fui crítica do pavãozão ainda assim me surpreendi com a forma como ele fala de si e de seu governo. Foi tão acintosamente falsa sua fala que ao final, os lúcidos que se encontravam na sala, fizeram um protesto contra tanta inverossimilhança com os fatos e com a real situação brasileira. Curiosamente, a mulher de Jovelino Mineiro estava no local, sentada discretamente no fundo da sala Brasília.

  2. Um acinte !!!! Um ultraje !!!! Jamais um Professor Sociólogo Filósofo Socialista AntiCapitalista de FFLECH da USP se tornaria um Latifundiário !!!! JAMAIS !!! Ainda mais um Professor Sociólogo Filósofo Socialista AntiCapitalista de FFLECH da USP que juntamente com Gianotti, Professor Sociólogo Filósofo Socialista AntiCapitalista de FFLECH da USP, fundará a base do Partido dos Trabalhadores e Partido da Social Democracia Brasileira!!! JAMAIS !!!! Jamais um Professor Sociólogo Filósofo Socialista AntiCapitalista de FFLECH da USP , ‘Papagaio de Pirata’ que ciceroneou Simone e Sartre, abriria mão de tamanho poderio econômico, financeiro, tecnológico, formador de milhões de EMPREGOS altamente qualificados numa Empresa 100% Nacional como a Petrobrás para entregá-la a Interesses Internacionais, recebendo fortunas com as Empresas de Filho e Genro, justamente na administração e negócios petrolíferos !!!!! JAMAIS !!!! Ainda mais um Professor Sociólogo Filósofo Socialista AntiCapitalista de FFLECH da USP !!! Um ultraje !!! Um acinte !!!!

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