O Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) informou que a Prefeitura de São Paulo demitiu médicos que atendiam casos de dengue na capital, depois de revogar a situação de emergência de dengue na cidade.
De acordo com Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde, o número de casos prováveis caiu de mais de 184 mil em maio para 1.980 em setembro na capital paulista.
O sindicato, porém, reclama a dispensa dos profissionais nas seguintes unidades de saúde em 4 de outubro, pouco antes do primeiro turno das eleições:
Zona oeste:
* Centro de Saúde Escola Samuel Barnsley Pessoa (CSEB)
* UBS Vila Dalva
* UBS Jardim Boa Vista
* UBS Jardim São Jorge
* UBS Jardim D’Abril
* UBS Jardim Jaqueline
* UBS Jardim Colombo
* UBS Real Parque
Zona norte:
* UBS Vila Pirituba
* Todas as AMA sob administração terceirizada da OSS Associação Saúde da Família (ASF)
A Simesp lembra que os profissionais foram contratados em abril, a fim de reforçar as equipes na tratamento de pacientes com dengue. Porém, mesmo após a redução de casos graves, os profissionais passaram a dar assistência a outra demanda que surgiu na cidade: a de pessoas afetadas pela poluição do ar.
A diretoria da Simesp, cujos filiados atuam em diversas unidades de saúde, aponta aumento da demanda e, consequentemente, da fila de espera dos paulistanos por atendimento médico.
Outra observação dos sindicalistas é a sobrecarga dos profissionais que atuam na rede pública, além de atribuir o corte a uma questão eleitoral, tendo em vista que a preocupação do poder público em agilizar o atendimento da população se limitou ao período de campanha pela reeleição de Ricardo Nunes (MDB).
Mais demissões
O corte no quadro de médicos, até o momento, atingiu apenas as regiões Norte e Oeste da capital. Porém, os sindicalistas esperam ainda mais demissões nos próximos dias.
Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde, chefiada por Luiz Carlos Zamarco, confirmou as demissões e adiantou que os profissionais podem ser recontratados se os casos de dengue subirem novamente.
“Com a redução de pacientes sintomáticos e a queda contínua nos casos confirmados de dengue nas últimas semanas, a estrutura emergencial foi desmobilizada, incluindo o desligamento de alguns profissionais temporários”, informa a secretaria.
Também de acordo com a secretaria, a prefeitura investiu R$ 430 milhões no combate à dengue. Além de contratações, as despesas incluem insumos, exames e tendas de atendimento.
*Com informações da Folha de S. Paulo.
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