O governo Dilma tem toda a cara de anos 1970

Por Gunter Zibell – SP

Comentário ao post “É hora de Dilma olhar para o novo

O governo Dilma tem toda a cara de anos 1970. Só se fala em economia e produção, e assim era em todo o mundo dos anos 1970.

Assim não é de estranhar que a oposição fique na tecla de que o desemprego é baixo mas o crescimento também pela ausência de investimentos e aumento de produtividade.

Só que a vida das pessoas não se resume a isso.

Distribuição de renda, crescimento econômico, saúde, etc atendem ao que todo mundo conhece como primeiros degraus da pirâmide de Maslow.

Mas depois disso, todo mundo quer realização pessoal e suas especificidades reconhecidas. O caso dos menores com deficiência não representa apenas 800 mil sem voto, mas 3 ou 4 milhões de adultos parentes próximos.

A falta de combate a homofobia em escolas atende o discursinho-padrão de alguns pastores (e quase todos de apenas uma denominação, caso ninguém tenha notado) mas indigna meio milhão de adolescentes e, novamente, 2 ou 3 milhões de parentes próximos.

Oras, esses milhões sabem que a economia não vai tão mal. Mas, mesmo que estivesse indo muito bem ou muito mal, continuariam focados na situação de abandono que vivem no cotidiano! 

Que me interessa saber que o Índice de Gini passou de 0,6 para 0,5 em 20 anos se diariamente eu leio notícias sobre gente agredindo ou ofendendo LGBTs?

Esse raciocínio pode ser estendido para todos os subgrupos que não sejam a “família operária padrão de comercial de margarina”.

Prestem atenção à campanha de Obama em 2012. O país ainda estava em recessão após 4 anos do desastre que vitimou Bush Jr. Mesmo assim, Romney não conseguiu capitalizar a questão da economia.

Pelas pesquisas do Pew Research, Obama conseguiu de 60 a 80% de todos os subgrupos. Mães (nos EUA são muito mais preocupadas que os pais em algumas questões e há diferenças enormes de voto mesmo entre casais, sendo muito comum marido-republicano/esposa-democrata), afroamericanos, latinos (mesmo que integrados são extremamente preocupados com parentes ainda indocumentados), LGBTs (80% votaram em Obama) e minorias religiosas (Obama ganhou com folga tanto entre muçulmanos como entre judeus.) E também entram aí minorias bem postas economicamente, como os asiáticos, que demandam respeito além de renda.

E junte-se a isso os cansados com o Estado Penal. Quase todos os estados com liberação de maconha e/ou casamento igualitário são os que os Democratas costumam vencer. Os Democratas estão fazendo um jogo de War de longo prazo, nos últimos 20 anos ganham cada vez mais estados para suas áreas de influência e o número de estados ‘oscilantes’ é cada vez menor. 

O partido Democrata tem ‘think tank’ que monitora pesquisas sobre valores por 2 anos em cada eleição, especialistas em mobilização por redes sociais, seus políticos são instruídos a fazer discursos com base nisso.

Essa vitalidade política faz os Democratas quase comemorarem Hillary-2016 por antecipação.

E, aqui no Brasil, o que vemos é o “discurso Gleisi” 20 pontos atrás de Beto Richa…

O PT teria muito a aprender com os Democratas, ocorre que não quer aprender, não quer se reciclar, fica só nos bordões anos 1970 de classes sociais…

Luis Nassif

76 Comentários

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  1. A sua majestade

    Com quase 100 boas opiniões sobre o assunto justamente é trazido como post o comentário fraco, monotemático e infantil do Gunter. É muito barrismo do Nassif em favor do Gunter. Pelo amor de Deus o cara deveria estar agora ocupado se desculpando pela gasolina que botou encima do suicídio do rapaz Kaique.

  2. O problema do PT é que o

    O problema do PT é que o opositor “de esquerda” resolveu que o seus sucessor é seu principal secretário de Estado e seu primo próximo. Já seu principal opositor “de direita” coloca sempre a irmã nas posições-chave. Em suma, ambos são rebentos das  oligarquias de sempre e nas suas decisões mais importantes pensam desse jeito. Com essa oposição, o PT fica deitado eternamente no berço esplendido, sem tensões reais.  

  3. E o Brasil não é os EUA …e

    E o Brasil não é os EUA …e não tem “só” dois partidos…

    …fora que um país imperialista e genocida não devia ser modelo para ninguém.

    Devemos é criar o melhor Brasil que temos condições de criar, considerando nossos próprios problemas e qualidades. Sem esquecer a situação local e não ficar importando modelos de A ou B, conforme o gosto do freguês.

    E o índice Geni interessa para todos, não apenas para a “turma da margarina”, apesar do governo viajar na maionese em alguns pontos.

    1. Ed, você está tentando mudar o significado do que escrevi

      O que se sugere inspirar nos EUA não é o intervencionismo externo, mas a dinâmica política que faz com que outros assuntos além de indicadores econômicos se façam presentes.

      Se não gosta da citação dos EUA, use-se então Austrália, Canadá, a maioria dos países da Europa Ocidental.

      Alemanha, por exemplo, onde a questão de meio-ambiente é importante na política. França, onde o secularismo é sempre presente.  Colômbia, onde o presidente em exercício fala em descriminalização de drogas.

      Ou mesmo o Uruguai.

      E o Brasil acaba se moldando em dois grupos sim. Fica sempre PT e aliados versus aqueles que em um dado momento não se aliam ao PT.

      Alguém notou que houve uma mudança relevante com a ida do PSB para o 2º grupo? Ou não foi politicamente relevante?

      Quanto a minha frase do índice de Gini vou dar um exemplo mais radical.

      Suponha que você fosse LGBT vivendo na Rússia. Os indicadores sócio-econômicos de lá evoluíram mais ou menos como os do Brasil ao longo dos anos 2000 (não sei se a descontrenção/Gini também, mas não importa), até porque hidrocarbonetos quintuplicaram de preço (e as commodities brasileiras triplicaram), enfim, suponha que a situação econômica estivesse/esteja boa.

      Você se preocuparia com o índice de Gini ou com a lei anti-gays?

      Se você fosse imigrante muçulmano de país limítrofe à Rússia, se preocuparia com o índice de Gini ou com as propostas de retornar a Igreja Ortodoxa como oficial?

      O Irã tem um dos menores índices de Gini do Oriente Médio. Você é uma estudante que passou uns anos na Europa. Acha que deve apenas comemorar a baixa concentração de renda ou já se pode discutir permissão para andar sem veu e beber cerveja?

      Agora voltando aos EUA. Se você fosse latino documentado sabedor de todas as dificuldades que ser indocumentado lhe trouxe no passado. Vai votar em quem promete menor discriminação a estrangeiros ou quem promete reprimir estrangeiros e melhorar o índice de Gini? (ok, o exemplo é absurdo porque Obama é quem faz as duas promessas, mas é só exemplo.)

      E aterrisando de novo ao Brasil, onde sabemos que o índice de Gini melhorou. Você é um morador de periferia. Você se preocuparia com o índice de Gini ou com o contexto de abordagens de segurança?

      Mas o discurso brasileiro padrão é: “A concentração de renda baixou, o salário mínimo aumentou. Digam que são todos felizes! Questões paralelas não podem ser questionadas.”

      Muito 1984 para o meu gosto.

      Para quem não é da turma da margarina (e quantos não são?) muita coisa é mais importante que economia. E é super válido que venha a ser explorado por oposições no Brasil mais ou menos do mesmo modo que é usado por Democratas nos EUA, Verdes ou Piratas na Europa, etc.

      Se isso ainda não ocorre no Brasil é uma coisa, mas, se ocorrer, o PT que se adapte.

      Eu é que não vou.

      [video:http://www.youtube.com/watch?v=Y_OU6TbAAZg%5D

       

       

       

  4. Considero as intervenções de

    Considero as intervenções de Gunter, mesmo que repetidamente acerca de direitos LGBTs, um excelente exemplo de como pensar fora da caixa. Capacidade de pensar em termos diferentes da manada é uma qualidade que deveria ser mais valorizada para que possamos encontrar soluções inteligentes para nossos problemas. Essa era uma característica do jeito Petista de governar. soluções muito criativas foram gestadas na organicidade do partido. Hoje, a lógica mais frequente é a estrategista eleitoral, focada nos espaços de poder e não nos problemas e suas soluções fora do discurso hegemônico.

    1. E olha que o foco nem foi questões LGBT

      nesse comentário. Só entraram como um de vários exemplos da dificuldade do ‘novo’ entrar no discurso brasileiro.

      Quem pôs as questões LGBT em pauta na política brasileira foi o próprio governo, ao negar sua relevância (1º engavetamento do PLC 122) ou ao tentar invisibilizá-las (cancelamento dos programas de combate à homofobia)

      Até 2009 essas questões eram resolvidas administrativamente, como deve ser em geral. Mais na base do ‘faça-se’ (com bom senso), como até se faz bem na questão racial.

      Mas, além de problemas de minorias (e acho que os direitos de Povos Indígenas andam muito mal também) e coisas como aborto e educação inclusiva, há grandes problemões que o governo não quer ver discutidos. Meio-ambiente e Estado Penal, por exemplo.

      x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x

      Note que eu só falo repetidamente acerca de direitos LGBTs porque o governo erra repetidamente acerca de direitos LGBTs… Devia ser fácil perceber isso, mas pelo visto não é. A cada uma que o governo apronta mais e mais fica difícil defendê-lo. Até 2012 ainda ficava meio escondido, mas depois apareceu a questão indígena, o Código florestal. Agora estamos com a Educação Inclusiva como problema.

      Note-se que NUNCA se resolvem os erros anteriores, adicionam-se mais. E o discurso governista fica cada vez mais na defensiva e não deseja sequer pensar que a modernização pode ser a saída. 

      Assim, a cada novo equívoco do governo eu tento explicar para os colegas que (preencha com o retrocesso do mês) é um erro político e que trará consequências negativas em imagem para o próprio governo, além de abrir espaço para a oposição obter um discurso.

      Só que o comportamento aqui é o de avestruz, há um problema? Não falemos dele.

      E ficam atacando o mensageiro quando a notícia não é agradável.

      Muito velho isso.

       

      1. O foco deve ser o Legislativo
        Gunter concordo que o governo Dilma eh retrogrado em relacao as minorias, nao apenas os LGBT. Mas Eduardo Campos esta nas duas canoas tambem, o PSB dele tambem tem evangelicos fundamentalistas retrogrados. Eduardo Campos e Marina aceitam a uniao civil homoafetivas mas nao o casamento religioso, ja Aecio sim . Dilma, fez concessoes imperdoaveis com a frente evangelica mas ela nao se opoe a uniao civil homoafetiva . Ai , pode me chamar de retrogrado se o Aecio eh o unico que , PUBLICAMENTE aceita o casamento religioso e o resto do programa dele eh um retrocesso eu , por ser gay deveria votar nele ? O unico partido que assumiu PUBLICAMENTE a defesa de todos os direitos LGBTS eh o Psol .
        Agora, como LGBT , sinceramente, a oposicao nao deveria ser ao Executivo pois qualquer governante ao cargo Executivo por mais que esteja ao lado dos LGBTs , tera seus programas barrados com o grupo evangelico do legislativo. E esse grupo, todos nos sabemos, tem deputados e senadores de todos os partidos seja oposicao ou situacao.
        Cabe a comunidade LGBT votar num deputado e senador que lute em favor da causa . A bancada pro LGBT no legislativo eh menor .
        A luta LGBT mais importante se da no legislativo, nao no Executivo.
        Fazer campanha de oposicao a Dilma nao deveria ser o foco maior e sim uma campanha de oposicao a frente evangelica ou tentar angariar mais adeptos pro LGBT aos cargos legislativos .

        1. sua posição é intermediária, Daniel

          Mas eu acho que a coligação PT/fundamentalistas é um risco muito grande e não vou passar a mão nisso.

          Se o PT reconhecer o erro pode ser diferente.

      2. Mas so pra deixar claro minha
        Mas so pra deixar claro minha posicao, no primeiro turno bem provavel que meu voto seja pro Psol (que fique claro, pro Psol nao pro Randolfo) mas no segundo turno nao eh com coracao que devemos votar pois eh o menos pior. Aecio nao , mesmo ele assumidamente ter se posicionado a favor de todas as demandas LGBT.

      3. eu compreendo perfeitamente

        Gunter,

        eu percebo isso tudo, mas aqui no blog os temas políticos se resumem no mais das vezes ao fla-flu eleitoral. Política públicas e novas abordagens aos problemas estruturais e simbólicos do Brasil, quase nunca aparecem, mesmo com boas provocações de Nassif e alguns comentaristas.

  5. Falta combinar com o povo

    A grande diferença entre a situação de Obama e Dilma é que nos EUA a grande maioria da população apoiava a lei anti homofobia (que também foi a única coisa que o Obama fez de concreto, agora, os LGBTs iriam votar em quem? Nos Republicanos? – Vale a pergunta pro Gunter, você acha que a comunidade LGBT vai votar em quem? No Aécio? No Eudardo Campos? Acha mesmo que o Dudu vai atropelar o Congresso pra passar essa lei? Na minha opinião isso é fantasia). Tanto Obama quanto Dilma não dão um passo sequer que vá no sentido de defender as minorias mesmo contra a vontade da maioria. Infelizmente Gunter, isso que você quer não existe nem no mundo maravilhoso do Mujica. Tem que mobilizar a sociedade primeiro, fazer as pessoas entenderem a lei, e conseguir apoio da população mesmo com os pastores jogando contra. Sem apoio da população não sai…

    http://en.wikipedia.org/wiki/Matthew_Shepard_and_James_Byrd,_Jr._Hate_Crimes_Prevention_Act

    http://pt.wikipedia.org/wiki/PL_122

    1. Boas perguntas.

      Cabe lembrar que meu comentário upado fala de muitas e muitas coisas, não só de questões LGBTs. Mas você só abordou LGBTs, então só responderei por aí. Mas o raciocínio pode ser estendido a qualquer assunto que não seja da economia política.

      A grande diferença entre a situação de Obama e Dilma é que nos EUA a grande maioria da população apoiava a lei anti homofobia

      >>> A lei antihomofobia dos EUA é federal e de 2009. A brasileira seria federal e seria votada no Senado em 2009 após aprovação na Câmara. 

      Agradeço o link porque eu não sabia localizá-la, só a conhecia de uma palestra que vi no YT do advogado e militante Alexandre Bahia.

      Só que o que você aponta como diferença na verdade é semelhança. O Datasenado fez pesquisas em 2008, 2010 e 2012 e em todas encontrou aceitação crescente, de 70 a 77%, da população ao PLC 122. A população apoiava e apoia a lei antihomofobia (ou melhor, inclusão na lei geral antipreconceitos 7716/89.)

      A diferença real é bem outra. Nos EUA finalmente foi votada, o que é normal. Como pelo link que você apresentou, passou na Câmara por 249/175 e no Senado por 63/28. No Brasil passou na Câmara, também em 2009, com facilidade (o número certo não sei, mas foi lá pelos 300/200) e, quando ia ser votada no Senado, em novembro daquele ano, foi retirada de votação, mesmo com o apoio popular. Isso ocorreu para não ser aprovada, o que é uma enorme diferença e marca o que eu considero como primeira concessão do governo à bancada fundamentalista.

      (que também foi a única coisa que o Obama fez de concreto, agora, os LGBTs iriam votar em quem? Nos Republicanos?

      Não foi só isso. Talvez em função de orientação, Obama tomou uma medida ou fez um discurso por ano. Sempre numa direção. Em 2008 falou em União Civil, em 2009 além de apoiar a lei acima gravou um video de apoio a todos os adolescentes LGBT, acho que para passar em escolas. Em 2010 concretizou a promessa de acabar com o Don’t Ask Don’t Tell, em 2011 pôs Hillary pra fazer um discurso histórico na ONU, em 2012 falou do casamento e gravou um video dizendo que crenças religiosas não devem ser base para legislação, em 2013 citou LGBTs no discurso de posse e fez vários discursos apoiando as questões LGBT, tanto no julgamento do DOMA como reafirmando o compromisso em viagens externas. A última iniciativa foi formar uma delegação oficial para Sochi em que 3 de 8 delegados são LGBT.

      Em quem LGBTs americanos votaram em 2008 e 2012. Obama, claro. Dada a consistência (como mostrado no parágrafo acima) dos Democratas nisso, provavelmente votarão em Hillary.

      Isso não é voto ideológico. Não havendo pauta secularista em discussão, LGBTs tendem a votar de acordo com sua classe social, grupo étnico, religião, preferência das famílias. Pode haver perfeitamente 50% de LGBTs norte-americanos que prefiram o neoliberalismo dos Republicanos, assim como 50% das pessoas (em geral 55% dos homens e 45% das mulheres) Só que em 2012 foi pesquisado e Obama recebeu 80% dos votos, logo supõe-se que 60% dos LGBTs de famílias “republicanas” (ou independentes com esse viés) votou “democratas”. Isso pode ter salvo a votação de Obama em dois estados-chave, Florida e Ohio, onde as diferenças finais entre Romney e Obama foram perto de 1%.

      Os Republicanos acusaram o golpe e surgiram senadores e governadores voltando atrás em suas declarações contrárias ao casamento igualitário. Analistas dizem que é possível que em 2016 o Partido Republicano anunice oficialmente que não obstará pauta LGBT. 

      Isso não zera a questão. LGBTs provavelmente terão sempre um viés para o lado que menos usar religião em campanha, o que é válido para minorias religiosas como os sem-crena, judeus, muçulmanos e espiritualistas. Todos esses não gostam de intromissão antissecularista na política.

      “- Vale a pergunta pro Gunter, você acha que a comunidade LGBT vai votar em quem? No Aécio? No Eduardo Campos?”

      Há muito pouca pesquisa sobre isso, só pela internet e sem base estatística nenhuma. O site MixBrasil fez uma em 2010 que apontou 50% (+/-) votando em Dilma. Mas isso foi antes da suspensão do Escola sem Homofobia e após marta Suplicy prometer (o que cumpriu) esengavetar o PLC 122.

      Eu fiz no fim de dezembro um levantamento pra lá de informal na minha base de amigos e encontrei 30% este ano para Dilma (para mim isso é um “espanto”, mas aceito essa realidade, que é parecida à da classe média paulista) Entre meus poucos (cerca de 40) faceamigos LGBT a preferência maior é Aécio, depois Marina, depois Dilma e por último Campos. Não tem nenhum valor estatístico mas passa uma ideia: não há tanto medo de Marina como dizem (ou como o PT gostaria que se tivesse) e Campos ainda está devendo falar com maior convicção.

      Seria muito bom se Ibope, Datafolha e VoxPopuli peruntassem como LGBTs e parentes irão votar, assim como dividem o público em segmentos religiosos. Mas nunca houve pesquisa quantitativa no Brasil sobre como LGBTs e parentes votam… E parentes próximos são muito importantes nisso, são cerca de 3 vezes mais votos, podem ser influenciados e podem ser preocupados também com a questão.

      “Acha mesmo que o Dudu vai atropelar o Congresso pra passar essa lei? Na minha opinião isso é fantasia). “

      Primeiro que não é apenas a lei anti-homofobia a discussão. Para os LGBT isso é tido como o mínimo, o básico, posto que até em muitos países que sequer têm união civil homoafetiva há essa lei. Os próprios EUA de 2009 a fizeram federal quando as leis de casamento são estaduais. O Chile e Itália, em 2013 foram os mais recentes.

      Mas mais importante que isso é retomar o combate à homofobia em escolas e no discurso público em geral, pois a lei pode punir homofóbicos, até há papel pedagógico nisso, mas é uma educação inclusiva que fará as gerações seguintes de homofóbicos serem menores.

      Segundo que não “atropelar o Congresso” é a desculpa que o goVerno usa, mas é o contrário: o conservadorismo do Congresso NÃO está sendo testado. Fosse o Congresso conservador a lei não teria passado na Câmara em 2009, certo? E o Senado tem percentual bem menor de fundamentalistas, uns 6% versus 13% da Câmara.

      O que está sendo feito é que o Congresso está sendo “atropelado” pelas comissões que barram os projetos.

      E um aparte sobre o famoso “Cura Gay”: militantes LGBT e PSoL queriam que o mesmo fosse votado, em voto aberto, para que os deputados tivessem que se expor. O projeto não foi votado exatamente para que não houvesse um vexame para a bancada fundamentalista, não porque houvesse o mais mínimo risco da maioria aprovar isso.

      É claro que falta racionalidade nisso tudo, Dilma não orienta as bancadas e comissões que supostamente controla para fazer avançar a pauta. Não fez um único discurso simpatizante em 3 anos. Nunca usou as palavras LGBT e gay, não comemorou o Casamento Gay. É óbvio que simpatizante ela não é e é assim percebida (a razão por ainda uns 30% dos LGBT possivelmente votarem nela é por acreditarem no discurso oficial de que ela é chantageada pela bancada.)

      Eu explico neste post a seguir como sair da suposta armadilha colocada pelos fundamentalistas. É basicamente uma questão de demonstrar coragem e liderança:

      http://www.jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/como-superar-o-uso-do-obscurantismo-na-politica

      Eu não sei se Eduardo demonstrará tais coragem e liderança, não me parece ainda com Obama.

      Só que meu voto será dele, desde que ele não fale nenhuma bobagem, porque do jeito que estão as coisas votar em Dilma seria apenas afagar uma política que acho PAVOROSA e HORRÍVEL. Um repúdio deve ser demonstrado e há apenas o voto e mídia para isso.

      Com Campos pior que está não fica, ele é esperança de melhora, Dilma é certeza de não-melhora. De qualquer modo, outra coisa que gosto em Campos é da proposta de aproximar PT e PSDB, o que diminui a força relativa de fisiológicos, que ficariam sem ter com quem chantagear. As bancadas de PSB, PSDB, PT e PMDB juntas serão mais que 50%, podem aprovar o que quiserem. Se quiserem, só que aí se não quiserem não teriam desculpas, não teriam como usar os evangélicos de bode expiatório.

      Outro ponto é que o PT numa eventual oposição faria discurso diferente do que faz como governo. Se hoje não há muitos partidos francamente inclusivos (além de PSoL, PV e PPS), o PT na oposição certamente seria.

      Como eu realmente não acho que existam diferenças de programa entre PSDB, PT e PSB (e os três são menos ruralistas que o PMDB), e como PT e PSB se convidarão mutuamente a formar governo, tomo essas decisões com muita tranquilidade.

      O grande erro do governo atual, na minha opinião (que obviamente é minoritária posto que pouca gente é consciente do problema) é dar corda para o fundamentalismo, fingir que ele é importante. Isso é o primeiro que temos que mudar no Brasil. Se Campos repetir os mesmos erros que Dilma (caso se eleja, lógico), paciência. Criticarei do mesmo modo que hoje critico Dilma.

      Eu tenho contato com participantes das Diversidades do PPS e do PSB, ambos estão otimistas em relação a Campos e me passaram a maior parte do material para produzir este post:

      http://www.jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/o-psb-buscara-ser-simpatizante

      Tanto Obama quanto Dilma não dão um passo sequer que vá no sentido de defender as minorias mesmo contra a vontade da maioria.

      Não é assim. Obama pelo menos tem discurso. Falou contra armas privadas mesmo sabendo que a maioria da população e parte do partido Democrata é contra maiores restrições ao seu uso. Fala sobre imigrantes latinos e não há maioria, pelo menos nunca vi artigo a respeito, dizendo que apoia conceder documentos a imigrantes indocumentados.

      Não é necessário maioria de opinião pública para se defender direitos de minorias, isso já é princípio constitucional. Só que já houve várias pesquisas mostrando o apoio da população brasileira ao Escola sem Homofobia e ao PLC 122 e nem a favor da vontade da maioria Dilma se manifesta no Brasil.

      Portanto são posturas muito diferentes.

       Infelizmente Gunter, isso que você quer não existe nem no mundo maravilhoso do Mujica.

      Equívoco. A lei da maconha passou no parlamento uruguaio contra a vontade apresentada em pesquisas. É um caso em que tanto executivo como legislativo trabalham para modernizar a sociedade, instruí-la da importância das coisas. Mais sobre isso aqui:

      http://www.jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/direitos-opiniao-de-maioria-e-a-conciliacao-de-ambos

      Tem que mobilizar a sociedade primeiro, fazer as pessoas entenderem a lei, e conseguir apoio da população mesmo com os pastores jogando contra. Sem apoio da população não sai…

      A sociedade já está mobilizada e conscientizada. Leia estes posts com dados de pesquisa:

      https://jornalggn.com.br/noticia/brasileiros-acreditam-que-igreja-deve-aceitar-que-padres-se-casem

      https://jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/datasenado-maioria-quer-criminalizacao-da-homofobia

      Além de apoios entre 60 e 77%, não há ninguém relevante na “Opinião Pública” (Academia, Mídia, Artistas, órgãos de classe) contra.

      Como exposto acima, quando os deputados foram chamados a votar, estiveram a favor. Por duas vezes houve o risco para o governo do projeto passar no Senado (afinal, porque senadores votariam contra de algo apoiado pela opinião pública?)

      São apenas os pastores E governo jogando contra. E as razões estão explicadas aqui:

      https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/o-secularismo-como-causa-politica

      https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/a-ligacao-entre-esquerda-e-politicos-evangelicos

  6. Comentário TOC

    Parece que já dá pra caracterizar sinais de transtorno obssessivo compulsivo.

    Só pensa “naquilo” (a obssessão) e não para de falar, muito (a compulsão) contra o governo, por causa da obsessão.

    Continua em sua campanha dissimulada (pelos que nada propõem) e contra os que, bem ou mal, fazem.

    A velha tática do “é tudo a mesma coisa!”. Não vê diferença entre 1970 (ditadura), 1990 (neoliberalismo na veia) e hoje!

    Despreza a base da “pirâmide de Maslow”, porque há coisas a resolver “mais em cima”. 

    Como se a transformação desta base (de maior volume e menor condição) não fosse prioritária.

    Até para as transformações mais em cima.

    Faz de conta que resolver o país é, antes de mais nada, liberar a maconha e fazer leis anti homofóbicas.

    Aí sim!

    “Distribuição de renda, crescimento econômico, saúde,..”

    O resto é “etc.”.

     

  7. Como assim, o PT teria muito que aprender

    com os Democratas?

    Com essa nossa mídia obscurantista e bandida voce acha que governo conseguiria defender abertamente bandeiras progressistas, tipo casamento igualitário, direito ao aborto, legalização da maconha? Vide 2010.

    Lá, apesar da Fox e do Tea Party, o jogo midiático é razoavelmente equilibrado.

     

    1. Sim, conseguiria

      Casamento igualitário não foi sequer conquista do governo, o governo é na verdade quase que o único setor que não o comemora abertamente em público.

      Legalização da maconha aparece no discurso do PSoL, PPS e em pontos esparsos do PSDB e cada vez menos esparsos na mídia. Ninguém do governo a defende. 

      http://marisalobo.blogspot.com.br/2011/12/ministra-da-casa-civil-declara-que-e.html

      Aqui o Tea Party brasileiro faz parte do governo. O ruralismo arcaico também.

      Vide 2014.

      Quanto a aborto é mais difícil mesmo, isso concordo.

      Cotas de imigração, como têm nos EUA por lei (por vários processos que levam a 1 MM de imigrantes/ano), como na Austrália e Canadá, então, é um sonho.

  8. É apenas uma impressão minha

    É apenas uma impressão minha ou o ilustre colaborador entrou em campo para fazer uma sistemática campanha eleitoral a favor de alguém da oposição? Tenho observado sua fervorosa militância. Só não sei para quem é. Cartas para a redação.   

    1. Eu estou em fervorosa oposição

      a um desastre promovido pelo governo federal, que é a sistemática prática de fazer concessões ao fundamentalismo religioso de apenas parte de 13% da Câmara, sem ter vantagem nenhuma com isso. Ao contrário, além de prejudicar pessoas o governo prejudica sua própria imagem.

      http://www.jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/tera-o-aliancalao-consequencias

      Deve haver outros desastres rolando, mas não tenho conhecimento o suficiente para falar.

      Alguma sugestão em quem votar na oposição?

      Cartas para a redação.

       

  9. Forçando a barra

    Caro Gunter,

    Faltou sensibilidade no comentário, o que é raro nas suas postagens.

    Em 1970, Dilma estava presa, Médici governava, e o país passava pela fase mais brutal da repressão.

    O seu paralelo, foi no mínimo infeliz.

     

    1. Não, Gilberto .

      Eu simplesmente não estou pensando aqui em repressão política, em liberdade de expressão ou de associação partidária. Mas em assuntos que preocupam as pessoas.

      E nem sequer estou comparando o Brasil dos anos 2010 com o Brasil dos anos 1970. Mas comparando o Brasil dos anos 2010 com o Mundo dos anos 1970 e, só como exemplo, os EUA dos anos 2010.

      A quantidade de temas que entra em discussão nas campanhas políticas dos EUA é muito maior que no Brasil. Fala-se de imigração, de meio-ambiente, de impostos, de papel do estado em algumas atividades (sistema de saúde, p.ex.), do Estado Penal.

      O que se fala nas campanhas brasileiras? Quem vai construir mais hospitais, creches, escolas e metrô. Sabe-se lá como um partido será diferente do outro se a a arrecadação tributária será a mesma para ambos, se os gastos obrigatórios serão os mesmos para ambos.

      Aqui tudo são platitudes. 

      Hoje, em países como México e Colômbia (talvez não por acaso os dois maiores da América Latina a não terem passado por ditaduras nos anos 1970) há discussão sobre drogas, por exemplo. E não vi falarem em reduzir maioridade penal.

      Pensando bem acho que é até pior… Devia usar anos 1950…

      Pelo menos nos 1970 havia discussão nos países desenvolvidos sobre aborto, serviço militar voluntário e direitos de imigrantes (e de povos indígenas no Canadá e Austrália)

      Em outros países que passaram por ditaduras, como Uruguai, Espanha e Portugal, em uma geração trouxeram a pauta para os assuntos dos demais países. A Coreia não, mas pelo menos lá o ‘produtivismo’ mostrou serviço…

      A última campanha no Chile, por exemplo, falou-se em atualização da Constituição, em novos impostos, em reforma radical do sistema de educação.

      Mas não no Brasil. Até temos uma discussão para acontecer, a de como aumentar a taxa de investimentos. Mas nem isso está garantido (nenhum dos três pré-candidatos fala nisso ainda.) E ainda é no monotema economia.

       

       

      1. Depois desta meu caro Gunter…

        …PRI Partido Revolucionário Institucional 1929 – 2000, nos anos setenta completaram-se CINQUENTA ANOS ININTERRUPTOS E CORRUPTOS do mesmo partido governando o México. Se isto não for uma ditadura…

        1. O PRI foi um regime

          muito populista, clientelista e bem ‘centro-estendido’ no sentido que WGS fala.

          Mas presença de corrupção não é definição de ditadura para o sentido que estamos usando aqui.

           

      2. Gunter isto cobro dia a dia!

        Gunter quem dita esta pauta é a mídia que leva a discussão para pautas que não nos interessam. Por que voce acha que no outro post estava cobrando posicionamento do PT sobre reforma tributária e politica. Nesta pulverização de partidos é impossível fazer cobranças. Tudo é difuso e fica tudo como está! Sei que qualquer reforma tributária passa pelo problema grave que é a informalização do mercado que é enorme. Mas não  podemos deixar isto como desculpa! Infelismente a maioria no congresso é contra leis do crime de odio. Isto não é culpa do PT em si mas da sociedade. A sociedade é homofobica. E uma sociedade homofobica elege representantes para perpetuarem esta homofobia.

        Veja o programas “braços abertos” foi taxado direto como “bolsa crack”. Como diminuir a violencia e a criminalidade se os presos saem sem a menor chance de arrumar empregos, eles vão voltar a roubar. É um circulo vicioso. O erro é da sociedade.

        Temos uma sociedade extremamente racista e elitista! Pobre pensa como rico enquanto se afunda na lama. Quand ofalo de pobre aqui falo de qualquer um que receba menos de 3.000 por mes. Só que estas pessoas não se consideram pobres  elas acham que são classe média. Afinal hoje temos vários patamares de classe média!

        Estou muito preocupado com o futuro. Acredito sim em desemprego em massa! O nível de desemprego já é muito alto, muito mais alto que o divulgado. Isto esta acontecendo em todos os paises. A questão é como será controladada esta sanha pelo capital.

        Então sua discussão pela homofobia acaba ficando meio que de lado no meio deste universo que está a vista!

        Cara conheci empresas que possuiam mais de 35 anos de serviços no mercado lidando com tecnologia de ponta. Elas faliram, não resistiram a concorrencia desleal, enquanto elas pagavam ordenado altos, enfrentavam outras com estagiarios oferecendo serviços por 10% do valor.

        O mercado está todo desrregulado. Para sobreviver um está canabalizando o outro. Assim esta quase todas as pessoas que acompanham o mercado assustadas, estão querendo ver o mercado crescer para que seus empregos continuem garantidos. A inseguraça é muito grande ela vem desde a decada de 90. Ai a midia aproveita e dita a pauta o tempo interio, promove terror e expeculação, os governos ficam na defenciva e na contenção de danos sem que os avanços aconteçam.

        1. Tem coisas que é o contrário…

          Pelos seus critérios eu sou pobre rsrsrs

          Onde você viu a mídia chamar o programa de bolsa crack?

          Eu trouxe duas matérias da FSP elogiando o programa e ontem vi matéria no jornal da Globo também elogiando o programa.

          A gente tinha que sair um pouco dessa mania de perseguição, não?

          É claro que a falta de competitividade da indústria brasileira vem de ter aberto a economia sem mudar o sistema tributário, que era apropriado para economia fechada. Entre outras coisas escrevi isto:

          https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/a-questao-da-desvalorizacao-cambial-controlada

          Mas o PT nunca propôs nada… Porque dizer que é impossível fazer reforma tributária? Que tal alguém elaborar o programa e a Presidenta e ministros o defenderem em discursos e palestras até envolver a opinião pública?

          Cameron fez isso com o casamento igualitário, Mujica fez isso com a maconha, Obama fez com o Obamacare e tentou, mas não conseguiu, fazer isso com o porte de armas. Mas TENTOU!

          Eu não vejo quase nenhum projeto do governo brasileiro. Vi o do Código florestal e a proposta do PT foi apoiada por 50% do PSDB, 100% do PSoL, PPS e (por óbvio) PV, partidos que não têm cargos e não tinham obrigação nenhuma nenhuma de apoiar. 

          Vi matéria na Veja (?!?) elogiando a proposta. Vimos a Globo apoiar. Vimos as redes sociais (classe média coxinha blá blá) falarem em “Veta Dilma”

          Aí quem mela o novo Código Florestal é o PMDB e todo mundo fica calado? Os militantes acusam o tempo todo PSoL, PPS, PV, Mídia, Classe Média (e bláblá) e não questionam a coligação com PMDB?

          E esse foi o único projeto relevante do governo em anos…

          Então, acho o discurso do governo muito fraco.

          x-x-x-x-x-x-x-x-x

          “Isto não é culpa do PT em si mas da sociedade. A sociedade é homofobica. E uma sociedade homofobica elege representantes para perpetuarem esta homofobia.”

          Eu já expliquei 87 vezes, mas lá vai.

          A sociedade é marginalmente homofóbica, 24% das pessoas se autoconsideram assim , mas não é majoritariamente homofóbica.

          De acordo com pesquisas do Datasenado e Ibope de 60 a 77% das pessoas apoiam a criminalização da homofobia.

          Não há opinião pública contra. Não há intelectuais, jornalistas, artistas ou lideranças de órgãos de classe contra o PL 122/06. A CNBB foi uma época mas retirou essa posição.

          Nem o Congresso é contra: a Câmara dos Deputados aprovou o projeto em 2009 e o mesmo estava prestes a ser aprovado pelo Senado naquele ano.

          Portanto é desconhecimento (ou cair numa falácia contada por terceiros) dizer que os ‘representantes’ querem pereptuar a homofobia.

          É basicamente o governo que retirou o projeto da aprovação final do Senado por duas vezes.

          Não por coincidência às vésperas do período de formação de coligações, nov./2009 e dez./2013.

          Isso foi reconhecido em público pela ministra Ideli. No dia 13-12 passado.

          É absolutamente impressionante que a esta altura do campeonato apenas os comentaristas neste blog ainda não saibam disso…

           

      3. A liberdade de expressão preocupa às pessoas, sim!

        Eu simplesmente não estou pensando aqui em repressão política, em liberdade de expressão ou de associação partidária. Mas em assuntos que preocupam as pessoas.

        E quem disse as primeiras coisas independem das segundas?! Sua insistência em separar a atuação política dos direitos que as pessoas deveriam ter é simplesmente exasperante.

        Os direitos que se conquista (ou que são perdidos) não independem do fazer a política; ao contrário, são completamente dependentes da política, Oras, se um governo é politicamente repressor e proíbe a liberdade de expressão, isso lhe dá autoridade política para fazer o que bem entender! E todos, repito, TODOS os governos politicamente repressores do ocidente NUNCA primaram pelo secularismo. Ao contrário, abraçaram as igrejas cristãs – católicas e protestantes – que retribuíram o favor apoiando explicitamente tais regimes (penso em Portugal e Espanha, cujas ditaduras perduraram até mais de 3/4 do século XX, mas isso valeu para os regimes fascistas que pipocaram na Europa entre a primeira e a segunda guerras mundiais). E está acontecendo nesse momento na Rússia e na Hungria – embora, como difusora de “inovações” desse jaez, a Hungria seja um caso muitíssimo mais problemático, em minha opinião.

        Essa é uma pu^H^H baita contradição no seu texto que você, convenientemente, empurra para baixo do tapete. Por isso fico puto da cara quando leio você escrever que “essa coisa de direita e esquerda não tem nada a haver” – justamente porque foi a esquerda, nas democracias ocidentais, que iniciou o enterro da aliança entre igreja e estado (desde a revolução francesa e a guerra de independência dos EUA!) e começou a promover ativamente o secularismo. E que, através dos séculos, levou mil milhões de cacetes por causa disso. Isso para mim mostra um desconhecimento que, além de criminoso, é frequentemente mortal. E que se não for desconhecimento só pode ser má fé mesmo.

        De resto meu caro, existe um ditado espanhol: quem abaixa a cabeça, a bunda aparece. Vale para este governo, e vale para a comunidade LGBT (simpatizantes como eu são coisas do passado?). Se ela continuar a abaixar a cabeça na política e não eleger seus próprios representantes nos parlamentos em nível municipal, estadual e federal ela não terá como pleitear poder e direitos, que são justamente reinvindicados. Só que para isso, não vai mais poder pregar só para os convertidos; vai ter que falar a linguagem do povão, a qual – infelizmente para você, para mim e para mais uma multidinha – é sim a linguagem do “mais hospitais, creches, escolas e metrô” porque é disso que o povão necessita COM URGÊNCIA. Isso é o que preocupa A MAIORIA DAS PESSOAS. E é a maioria que elege as pessoas. Não adianta nada você participar do maior grupo LGBT do Facebook que isso não vai dar o poder a vocês. A “realpolitik” é feita e desfeita no mundo real, não no virtual.

        De resto, você falar nas centenas de milhares de LGBTs que significariam milhões de pessoas para quem o  secularismo fosse importante, faça-me o favor. Se aqui em São Paulo (e talvez no sul-sudeste em geral, e TALVEZ nos grandes centros) filhos LGBTs são UM POUCO mais aceitos pelos pais, no restante do país a situação é muito diferente, e ainda caímos nas velhas histórias em que existe a “bichinha da rua” ou a “sapata da rua”, que são expulsos pelos próprios pais assim que essa condição torna-se escancarada. Essas pessoas antes de tudo lutam pela vida, e no mais das vezes o fazem sozinhas. E não haverá grupo de Facebook que as salve.

        1. Mera picuinha

          Vamos inaugurar a era dos ‘comentários-tapioca’. Não se gosta de uma argumentação fica-se procurando falhas (ou segurando-se nelas.)

          O Gilberto é que ficou fazendo ilações com ditadura, mas isso não era parte do escopo de onde o comentário foi retirado.

          Leia o artigo do Nassif, eu apenas dei mais elementos na mesmíssima direção, de ausência de ‘novo’ no discurso político do PT:

          http://www.jornalggn.com.br/noticia/e-hora-de-dilma-olhar-para-o-novo

          Bastava você perceber que faltou um ‘hoje’ na frase ‘Mas em assuntos que preocupam as pessoas hoje’

          Como você já partiu de um pressuposto equivocado, no caso por minha culpa já que a falha de redação foi minha, acho que nem adianta ler o demais do comentário sem saber se você leu este.

           

           

          1. Liberdade de expressão é picuinha?

            Você justifica sua confusão e falta de profundidade por conta de um mero erro de redação? Tenha dó Gunter.  No mínimo, isso significa que você não refletiu antes de escrever.

            Mesmo detestando praticamente tudo o que o Rebolla posta, tenho que concordar com ele que você não se cansa de dar uma de leão da montanha.

          2. Só que não.

            Eu refleti, esqueci de teclar uma palavra e você se alia ao Rebolla por isso.

            Leão da Montanha é você, oras.

            Porque não comentou o post então? Porque achou um ponto, um erro, pra se focar.

      4. Não parece

        O governo Dilma tem toda a cara de anos 1970. Só se fala em economia e produção, e assim era em todo o mundo dos anos 1970.

        O título do post, que utilizou a primeira frase do seu comentário, parece desdizer o que você afirma agora. 

        não estou pensando aqui em repressão política, em liberdade de expressão ou de associação partidária

        Não? Então eu não entendi nada.

         

         

        1. Você não quer entender

          porque aderiu à ala do blog que me quer ver culpado pelo pecado de falar de erros do PT. Fica dando asas à imaginação para buscar mensagens subliminares.

          Não tem importância, eu explico de novo.

          Repressão política era um fenômeno circunstrito a América Latina, Mediterrâneo, tigres asiáticos, alguns países africanos e leste europeu. 

          Independentemente disso, até os anos 70 as questões de valores nao eram abordadas TAMBÉM nos países desenvolvidos ou nas demais democracias da época (México, Índia)

          Se eu falo de “Mundo dos anos 70” como posso pensar em repressão política nos países que justamente acolheram asilados? 

          A partir dos anos 1980 surgiu o Politicamente Correto (não como movimento, o apelido é um reflexo da reação à direita), os Partidos Verdes, o multiculturalismo. E, simultaneamente, um grande enfraquecimento do embate no âmbito da economia.

          Mas no Brasil esse movimento (abordado na teoria do Political Compass) ainda está engatinhando.

          Se não consegue entender, lamento.

          E o título do post você reclama com o Nassif, que é dele.

          Mas tanto ele como o JB, entenderam o meu comentário no post original, o que você recusa a visitar para compreender o contexto.

          1. Não é verdade

            Mas deixa para lá. Perdemos o foco. O Nassif, não tem culpa. Conforme falei o título do post é o mesmo que inicia seu comentário.

            Faço, absorvo e endosso muitas críticas ao PT, portanto não aderi a nenhuma ala. O único que critiquei, foi o viés utilizado. A busca de um ponto de vista polêmico como forma de atrair a atenção e a crítica, para então colocar aquilo que realmente interessa. Tudo bem, pode ser um recurso. Não costumo utiliza-lo mas não condeno ninguém por fazê-lo.

            Há mais uma colocação que gostaria de fazer. Dizer que os anos 70 não abordaram senão questões econômicas e de produção, fato que reforçou o meu entendimento acima, também é uma blague ou pelo menos uma redução.

            Há muitas coisas nos anos 70 que explicam e dão sentido ao que assistimos hoje. A crise do petróleo, a recessão americana, o fim da guerra do Vietname, e suas consequências, a crise de representatividade dos governos, a explosão de movimentos de revolta, e o rumo autoritário dos governos como reação. Não esquecer também, a luta de Harvey Milk…  

            A máxima que está na frente da minha mesa de trabalho (para que eu não esqueça em nenhum momento) é que A liberdade dos outros estende a minha ao infinito.

            Que cada um de nós, a assegure.

            . Saudações 

              

  10. Tá e aí o oque quer esse

    Tá e aí o oque quer esse marshmelow,que o governo dê um kit felicidade para cada um?  Que o governo ensine as pessoas que a felicidade são elas quem fazem e não é dada de presente pra ninguém?  Ou quem sabe que esse marchmelow pense quanto tempo levou no mundo, pra se chegar aos tais degraus a que se referiu o texto?  Tem gente fora da casinha e inconformada que os povos não são iguais,que os povos não foram feito em série,por isso são povos de idiomas,traços,culturas e acima de tudo AÇÕES E REAÇÕES DIFERENTES diante das mesmas coisas da vida.   Me irrita essa infantilidade de cobrar do governo  que ele trate de mudar a sociedade na marra,ou na base de lei,que mesmo que seja feita um dia,vai acabar se tornando mais uma dessas leis que não pegam.   Quando o povo decide viver a sua maneira de fato,nem liga pra leis,apenas trata de viver que as leis vão atrás,o que se vê aqui é uma tentativa de fazer o contrário: Puxar o povo por leis para um caminho que o povo não quer trilhar e os que querem já trilham há anos sem perguntar se é legal ou ilegal.   É uma tentativa de amaricanizar e europeizar ainda mais um país que pode ser que tenha já ido ao limite máximo de americanização e europeização sem ter chegado aos degraus que o marshmelow previa e que aconteceu por lá só depois de décadas de estabilidade econõmica etc,etc,etc…   E essa turma não se conforma tentando impor o mershmelow na marra kkkkkkkk…

  11. Está certo

    Há uma diferença interessante: os EUA tem dois partidos grandes; os dois de direita. Existe uma direita no Brasil, muito pequena, que se posiciona explicitamente a favor de direitos humanos em geral e de políticas liberadoras para as drogas e o aborto; muito pequena.

    E existe a direita que conhecemos diariamente, herdeira da Casa Grande e, recentemente, de 1964. Patriarcal, proprietária, muito atenta aos laços de sangue (há que se vigiar a mulher, pois só ela sabe quem é o pai). Como autocentrada, impossível aos direitos humanos. 

    Aquela pequena direita vota no PT, por falta de opção. Mas procura políticos alinhados com esse modelo liberal de direita em outros partidos também – e há poucos fora do PT; pode-se ver algo no PSOL e pouco mais.

    Ainda assim, o pensamento central do post está certo: o modelo de centrão que vai cair melhor no PT hoje é o democrata americano. Já seria um avanço político tremendo para o Brasil civilizar a direita. E o PT queima etapas.

  12. Lógico que o governo do PT

    Lógico que o governo do PT tem falhas:

    – Um governo que faz alianças políticas que beneficiam indiretamente a direita;

    – Um governo em que o ministro da Saúde pensa a política industrial melhor que o ministro da Fazenda;

    Tem algumas coisas no texto que não dá para concordar:

    A comparação com anos 70 o Gilberto já respondeu

    Assim não é de estranhar que a oposição fique na tecla de que o desemprego é baixo mas o crescimento também pela ausência de investimentos e aumento de produtividade.

    Uma oposição defendendo aumento de desemprego é tudo que seus adversários pediram, e quanto aos juros elevados do Banco Central? Para os liberais o Banco Central é uma religião e a inflação causada pela ganância dos empresários?

    A falta de combate a homofobia em escolas atende o discursinho-padrão de alguns pastores 

    Mais de 5000 municípios no país, governados por mais de 20 partidos, cada um com autonomia política (inclusive para aderir se quiser aos programas de combate a homofobia);

    O PT teria muito a aprender com os Democratas, ocorre que não quer aprender, não quer se reciclar, fica só nos bordões anos 1970 de classes sociais…

    Acho que é contrário, partidos progressistas no mundo desenvolvimento abandonaram o debate da “economia política” e preferiram as teses de Fukuyama. Não que eu acha que a discussão de direitos deva ser abandonada.

    O resultado é que a extrema direita está se fortalecendo mais nas nações consideradas avançadas, se as eleições na França fossem hoje, a Frente Nacional chegaria em 1º (no 2º turno pode ser outra história).

     

    1. Foi-me útil seu comentário.

      A oposição não defende aumento de desemprego apenas fala (sem propor como) que é necessário (e é verdade) aumento de produtividade.

      Senão a economia só cresce de acordo com o aumento da população economicamente ativa.

      Sua ideia dos municípios e estados de combaterem homofobia em suas redes escolares é muito boa.

      Mas aí é trabalho dos partidos fazerem e mostrarem esse levantamento se quiserem usar isso eleitoralmente.

      Hoje, no Brasil, o estado que mais se gaba de campanhas públicas antihomofobia é o RS, do PT:

      http://www.jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/governo-do-rs-usa-casais-lgbt-reais-em-campanha

      http://www.jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/centro-de-referencia-direitos-humanos-sera-inaugurado-no-rio-grande-do-sul

      http://www.jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/rio-grande-sem-homofobia-novos-outdoors-sao-instalados-em-cruz-alta

      O que lhe dá provavelmente ganho político, afinal, as chances do PT fazer o sucessor no RS são maiores que na BA e DF.

      Temos o PT na prática, que é como você fala bem “teses de Fukuyama” e temos os comentaristas pró-PT.

      Dou-lhe toda a razão e de fato errei. O PT mesmo nem os bordões dos anos 1970 mantém…

      Só que aí as coisas ficariam ainda piores… Ficaríamos com o risco da direita crescer no Brasil também (já que o PT reproduz no discurso da economia-política o que seus pares fizeram na Europa) e também com as discussões sobre Estado Penal e meioambiente abandonadas (o que não ocorreu na Europa)

      Quanto a isso de ‘comparação’ com os anos 70 é coisa da cabeça do Gilberto e do Ruy, eles não viram o comentário no contexto em que foi escrito, em outro post. Veja as respostas que lhes dei.

      Mas, agora, eu passei a saber que, entre tantos assuntos tabu neste blog, não se pode falar dos anos 70, mesmo que o discurso desenvolvimentista/nacionalista/economicista do governo atual seja parecido. E que problemas com meioambiente possam ser parecidos:

      http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/01/1399512-governo-dilma-e-o-pior-da-historia-para-o-meio-ambiente-diz-ambientalista.shtml

      Mas foi nos anos 1970 que se aprovou o divórcio no Brasil, houve a nova lei das S/A, a consolidação de um moderno sistema tributário. Que era adequado ao país por ser condizente com uma economia fechada. 

      A economia do Brasil é aberta desde os anos 1990, a indústria resulta supertributada e com dificuldades para competir, e falar de novo sistema tributário para conviver com essa nova situação ninguém quer.

      Ou seja, pode ser pior: nem o viés economicista hoje em dia funciona.

  13. Concordo que o campo para

    Concordo que o campo para discussão política de bom nível é pobre e alguns assuntos desde muito tempo estratégicos – como a mobilidade – só entram a forceps na agenda, são os casos da Copa e das manifestações para o exemplo citado. 

    Mas a parte final do texto já escapa da nossa realidade usando realidade bem diferente. Os grandes problemas eles já resolveram lá em cima, nós estamos numa outra situação. 

    Não há na verdade ambiente político que permita discutir grandes temas no país que só ocorrem hoje na época das eleições, e assim mesmo precariamente. Nem sempre foi assim. 

    Os mais difíceis e complexos problemas ficam ocultos na maior parte do tempo, só vira tópico de debate aquilo que surge como drama do cotidiano passível de exploração pela mídia: emprego, saúde, segurança. É assim que funciona na maioria das vezes. 

    Um detalhe merece destaque. Havia maior agitação quando a esquerda fazia parte da oposição. Não digo, como se costuma pensar, que era discussão qualificada de de alto nível, mas que pelo menos tinham orientação intelectual mais sensível para apontar o dedo nas feridas. 

    Isso se perdeu no meio do caminho. Vivemos essa estranha modorra. 

    Os problemas de hoje seriam atacados sem dó por quem hoje está no governo.: melhoria tímida na educação, baixo financiamento da saúde, ausência de um plano nacional de segurança, elitismo e morosidade do judiciário, reforma poítica.

    A oposicão, por sua vez, ou não possui a mesma fibra ou seu posicionamento ideológico a faz parecer quase despreocupada em relação a questões que realmente interessam. Nao cuidam das questões cruciais, ficam apenas rodeando a carniça.  

    Para completar, e de modo um tanto traiçoeiro, o pleno emprego e a ascenção de grandes massas leva a indesejáveis acomodações tanto de um lado quanto do outro. 

    Como já se pode ouvir de alguns mais atilados, “um modelo se esgotou e foi substituído pelo lulismo. Este tambem se esgotou sem que tenha outro em gestação” 

    Falam que não devia ser tão pessimista. Na atual situacão, nao vejo como não ser. 

    1. Havia maior agitação quando a esquerda fazia parte da oposição

      Havia sim. 

      Essa acomodação ficará enquanto for possível manter baixo desemprego sem aumento de produtividade. 

      Se houver queda de preços de commodities, desvalorização cambial, queda do poder aquisitivo e reconcentração de renda, portanto, teremos um cenário mais próximo do final dos anos 1990, começo dos 2000.

      Aí o discurso “eu sou o melhor em economia” não poderá ser usado e não haverá nenhum amparo em outras coisas para mostrar.

      É óbvio que o discurso do PT na oposição seria outro.

      E concordo que o PSDB está acomodado. Como se percebeu que não tem como retomar a presidência, mas também se percebeu que os riscos nas sucessões estaduais andam muito baixos, apenas administrarão a estabilidade.

      A única grande mudança é o PSB mesmo, atuando como coringa entre PT e PSDB ao invés de alinhado (na maioria dos casos) a PT/PMDB

      Não vejo porque os colegas ironizarem tanto a situação atual das oposições.

      É fácil ver que, apesar do DEM ter perdido uma batelada de deputados para o PROS, PSD, etc, o resultado atual [DEM+PSDB+PPS+PV+Rede+SDD+PSB] é maior e mais consistente que o antido [DEM+PSDB+PPS]

      As chances de composições PSDB/PSB nos estados são muito boas, e aproveitarão que PMDB e PT preferem lançar dois candidatos em cada estado.

      É claro que ninguém desse novo conjunto de oposição fez um discurso novo ainda. Só que deve ser observado que essa possibilidade existe.

      E os colegas devem refletir se o auge do PT como propulsor de ideias não terá passado (como do PMDB e PSDB também passaram nas décadas anteriores) ou se, ao menos, não há esse risco.

       

      1. Por que voce nao leva em
        Por que voce nao leva em conta que no PSB TAMBEM tem evangelicos fundamentalistas retrogrados? Nao entendo seu posicionamento a favor do PSB, ainda se fosse Psol que tem no programa dele politicas a favor da minoria incluindo os LGBTS … nao te critico ser oposicao ao PT ou governo Dilma, mas ser a favor do PSB? Nao vejo diferenca sinceramente caso Eduardo Campos seja presidente ou a Marina. E Eduardo Campos politicamente eh bem pragmatico com aliancas de todos os tipos.

        1. Eu levo em conta sim

          Questiono muito Pastor Eurico. E mais recentemente o prefeito de Porto Velho.

          Só que a folha corrida do PT está pior que a do PSB.

          E sou a favor do PSB no nível executivo, para repudiar as concessões (não as alianças) fundamentalistas.

          Eu não tenho nada contra alianças pragmáticas, tenho contra concessões horrendas.

          E para legislativo sigo PSoL.

          1. Eu acho assim …
            Sim o
            Eu acho assim …
            Sim o governo Dilma deixa muito a desejar no quesito politica de direitos humanos e as minorias, inclui-se ai o LGBT, a despeito das qualidades economicas desenvolvimetista que ela fez. E tem razao de ser essa campanha que parte do segmento LGBT faz de “quem eh LGBT nao vota na Dilma “.
            Mas sinceramente, o foco e o esforco nao deveria ser esse.
            Suponhamos, meu candidato dos sonhos, seria o Jean Wyllys fosse eleito. Acha que ele conseguiria ou qualquer outro conseguiria implementar politicas progressistas em defesa das minorias? Com essa bancada evangelica fundamentalista que tem politicos de todos os partidos ?
            Eh equivoco o segmento LGBT se mobilizar e articular pra nao eleger Dilma ou qualquer outro chefe do Executivo. A comunidade LGBT deveria focar em aumentar a bancada a favor das minorias politicas porque com uma grande bancada e articulada no legislativo, nem Dilma ou qualquer outro presidente eleito poderao propor uma lei retrograda.

  14. Claro que votaram no Obama…

    …os judeus sempre seguem a trilha de menor resistência para beneficiar Wall Street e o fuduro das filhinhas… com Obama o dinheiro flui e a patuléia não ocupa as praças…

    …os muçulmanos por reconhecerem em Obama um praticante da Taqiyya…

    ….os mexicanos por terem certeza que com Barack e outros iguais na casa branca a reconquista do Texas, Califórnia, Arizona, Nevada, Utah, Novo México, Colorado e Wyoming será mera questão de tempo, darão o troco aos gringos ladrões…

    …os negros por motivos óbvios…

    …as donas de casa desesperadas também…

    para os demais vocês escolhem…

  15. GZ SE FAZENDO DE DESENTENDIDO

    Gunter, não se faça de desentendido, por favor. Vc sabe muito bem que sem uma reforma política não se chega a nenhuma mudança de peso nesse país e em como as coisas são! E mesmo  com caneta na mão e a chave do cofre não tem Presidenta ( e nem Presidenta) que mude esse estado de coisas. Nós estamos num beco sem saída, numa sinuca de bico. É preciso acabar com o PMDB centrão porque com ele tudo fica atravancado. Sem ele, como nossa política é, não se faz nem o mínimo.Ou Vc acha que o Dudu Beleza, seu candidato, apoiado que é pelo Jorge Bornhausem vai mudar esse estado de coisas? Acorda aí! Abrs.

    1. Nunca me faço de desentendido, Nonato

      Eu não diria que eu sei muito bem que sem reforma política não se avança.

      Meu diagnóstico sobre isso é muito diferente.

      Você deve ter observado que eu nunca participo de posts sobre o assunto “reforma política”.

      Primeiro porque acho que não ocorrerá, segundo porque não a vejo como necessária, posto que acho o sistema político atual adequado e talvez do pouco de moderno no Brasil.

      Temos eleições em 2 turnos, que evita situações de executivos eleitos com 25 ou 30% dos votos.

      O voto não é verticalizado, o que permite às pessoas votarem em partidos diferentes para executivo e legislativo 

      Sem ambas essas circunstâncias o PT talvez não elegesse presidente, estaríamos como o México, com uma sucessão de presidentes eleitos com 35% dos votos e nunca de esquerda.

      Como o PT não passa de 18% dos votos para legislativo ficou usual usar-se o discurso da governabilidade como muleta, só que de modo bem contraditório: tudo de bom  é capitalizado como conquista do PT, tudo de ruim é culpa da governabilidade.

      Oras, a governabilidade não é a mesma? Então tanto méritos como falhas são responsabilidade de um mesmo Congresso, certo? Sendo assim está certo o PMDB em colocar nas campanhas deles que são o partido de tudo, já que apoiaram tudo com FHC e tudo com Lula.

      Ou seja, não vale gabar-se da administração do cofre (programas sociais), quando a LDO é aprovada pelo PMDB no fim de cada ano, e dizer que não se tem nada a ver com como o Código Florestal ficou (podado pelo PMDB)

      Aceitem-se ônus quando se quer bônus.

      O PT não propõem sequer projetos modernizantes, como culpar o Congresso por não votar o que não é sequer proposto? 

      Nem tenta… Muita gente fala mal de Obama,  mas ele foi discursando e discursando sobre o Obamacare, mesmo não tendo maioria na Câmara e finalmente conseguiu aprová-lo. No Brasil os executivos nem tentam estimular coisas em discurso, acho que a última experiência comparável foi Lula defendendo o Fome Zero (que virou Bolsa-Família)

      Falar de financiamento público de campanha também virou muleta, todos sabem que o PT é o partido que recebe mais doações. 

      E todos sabem que se houver o fim das coligações nos cargos proporcionais não mudará muito a composição do Congresso.

      Quanto a Eduardo Campos ser apoiado por Jorge Bornhausen isso já virou nas redes sociais mantra do PT. É o único argumento que é usado.

      Mas, se Dilma se reeleger abrirá mão do PSB no próximo mandato? Acho que não.

      E se Bornhausen tivesse se filiado ao PSD, como boa parte do DEM, os petistas estariam falando em Bornhausen? Não né?

      Isso me lembra que me abril/2012 um desses blogs “amigo de não sei quem” fez um post falando horrores de Maluf, usando isso como motivo para dizer como Serra era um pavor.

      Dois meses depois, quando Maluf bandeou para Haddad, o post sumiu…

      Bornhausen, Katia Abreu, Maluf, Afif, Marina Silva serão muito provavelmente governo de um modo ou de outro, então isso não é argumento.

      E porque a preocupação, afinal de contas, todo mundo sabe que Dilma se reelege não é?

      Acorda aí!

      Não vamos interditar debate só por medo dele. O PT sendo tão bom como dizem que é, desmontará até outubro todos os argumentos da velha e nova oposição, porque não discuti-los e ficar nessa postura tão reativa?

      O que importa é que discussões avancem.

      Abraços!

       

  16. Os governos Lula e Dilma são diametralmente opostos aos anos 70

    Este é um dos posts mais ridículos que já vi em toda a minha vida. Os governos de Lula e Dilma, pelo que será exposto logo abaixo, representam justamente o contrário do que houve nos anos 70!

     

    Nos anos 70 vivíamos uma brutal ditadura militar, onde a brutalidade da ditadura em si era agravada pelo famigerado AI-5. Vivíamos nos idos dos anos 70 a época dura da repressão, da censura, das mortes, dos estupros, das torturas, das ocultações de cadáveres e de toda a sorte de arbitrariedades contra quem ousasse se opor aos fardados de plantão, que jamais receberam a chancela do povo brasileiro para estarem onde estavam e, menos ainda, para praticarem atos bárbaros de terrorismo de estado.

     

    Nos anos 70 o Brasil ia muito bem com o “milagre econômico” enquanto o povo brasileiro ia mal das pernas. Tínhamos naquela época inflação descontrolada, arrocho salarial, manipulação de índices oficiais, brutal concentração de renda, desmonte criminoso da educação e da saúde públicas, pérfido e acelerado êxodo rural (cujas consequências são sentidas até hoje), compressão vergonhosa do salário mínimo e uma série de índices sociais comparáveis aos países da África Subsaariana (e que pioraram ainda mais a partir do golpe). Acabou (com Lula e Dilma) o conto do vigário de esperar o bolo crescer para distribuir renda!

     

    Nos anos 70 era impossível que um coxinha fantasiado viesse a público criticar a quem quer que fosse, mesmo que a crítica fosse completamente imbecil ou sem nexo. Se o fizesse, iria direto para as masmorras dos ditadores para ser ‘gentilmente’ torturado (dentes arrancados, pau de arara, arrancamento de unhas e outras “amenidades”…). E uma pessoa em especial sentiu na pele e na alma o que era se posicionar contra a ditadura naquele tempo. Esta pessoa hoje preside o Brasil por obra e graça do sufrágio universal, livre e desimpedido do povo brasileiro.

     

    O bom da democracia é que até mesmo os néscios podem se manifestar e escrever toneladas de bobagens sem nenhuma conexão com a realidade concreta e objetiva dos fatos. Melhor assim, hoje o máximo que acontece é que caiam em completo ridículo ao escrever tantas e tão variadas pérolas do senso comum e da mistificação grosseira… 

     

    Por fim, percebam que é preciso uma alta dosagem de maluquice para comparar o sistema eleitoral norte-americano (onde apenas dois partidos dominam o parlamento), com o caótico sistema eleitoral brasileiro onde quase 30 partidos tem representação popular no Congresso Nacional. Isto é tão absurdo e fantasioso que nem merece maiores comentários. Quem sabe o coxinha fantasiado não resolve fazer um post elogiando o ditador Ernesto Geisel? Foi no governo ditatorial dele que se aprovou a Lei do Divórcio no Brasil…

    1. Concordo plenamente.
      Fiquei

      Concordo plenamente.

      Fiquei muito ofendido com essa comparação ridícula e de muito mal gosto.

      O Gunter deveria respeitar todos que sofreram com a repressão nos anos 70, foi de PÉSSIMO gosto essa patacoada.

      Se era para acusar o governo de tecnocrata e econocentrado poderia bem comparar com os anos 80 ou simplesmente tecer sua crítica sem fazer essa observação que não tem nada a ver.

       

      1. Nada disso

        Quem está fazendo ilações sobre ‘comparação’ é que está sem argumentos.

        A temática repressão, liberdades individuais, etc em nenhum momento foi usada.

        Se você não gostou do título saiba que foi dado pelo Nassif.

        O título que eu atribui ao meu comentário foi:

        Achei a crítica do Nassif muito pertinente

        E o contexto do mesmo pode ser encontrado aqui, em um post em que Nassif fala da ausência de novo no discurso de Dilma e na sua ênfase em economia:

        http://www.jornalggn.com.br/noticia/e-hora-de-dilma-olhar-para-o-novo

        Ou seja, a comparação está na sua cabeça, Ruy. Se você acha que há paralelos no quesito totalitarismo entre os tempos atuais e os anos 1970, você que formulou o raciocínio.

        O que eu expliquei no comentário, que era no post original uma resposta simultânea ao post do Nassif e a um comentário de Juliano, e que assim foi bem interpretado por JB Costa com quem debati lá, é que nos anos 1970 as discussões em política (onde havia debate, claro) tendiam a se resumir a economia. Note que na primeira frase falo “todo o Mundo”. O que significa EUA, Europa, países do socialismo real, Tigres asiáticos e, também, ditaduras da América Latina e Mediterrâneo.

        Era o mundo em que as discussões eram sempre criar ou não criar estatais, impor ou não barreiras protecionistas.

        A partir dos anos 80 (que você gostaria que fosse usado como exemplo na primeira linha do comentário) é justamente quando o neoliberalismo iniciou seu domínio de 30 anos, exatamente reduzindo as decisões econômicas dos governos a política monetária. Processo nos EUA e Reino Unido nos anos 1980, estendido para Leste Europeu, Tigres Asiáticos e América Latina nos anos 1990

        E é também nessa época que ecosustentabilidade entrou em pauta em muitos países, como Partido Verde alemão de 1980. Foi também a partir dos anos 1980 que multiculturalidade entrou em moda, que o discurso do “politicamente correto” ganhou força, que a natalidade despencou em grandes áreas do mundo.

        O livro (que gostei muito) chamado “O Ponto de Mutação”, de Fritjof Capra, é de 1982.

        Basicamente o que estou falando não é novidade. Que, apesar dos grandes avanços da Constituição de 1989, nas discussões políticas (principalmente neste blog, pois o mundo presencial é menos pior), fica-se apenas na Economia Política.

        Eu já abordei esse tema da resistência do Brasil modernizar estamentos outras vezes:

        https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/no-que-o-brasil-muda-com-o-tempo

        https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/falando-tambem-do-que-nao-esta-sendo-pensado

        https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/a-economia-vai-bem-a-sociedade-nem-tanto

        Se é para me acusar de alguma coisa, pelo pecado de ser oposição, pelo menos que as pessoas tenham honestidade intelectual e usem argumentos, não falsas ilações.

        De péssimo gosto e patacoada é esse comportamento histérico e paranoico que surgiu no blog em relação a qualquer coisa que seja dita por alguém que declare voto em oposição. As pessoas já estão vendo fantasmas.

        A respeito desse comportamento sugiro:

        http://www.jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/moc-voce-esta-fazendo-isso-errado

         

        1. O título!!!!

          Não sou tão bom quanto o rapaz do cinegnose, mas me parece que o título é meio subliminar. Quando compara um governo de agora com um governo dos anos 1970, não vem a ditadura militar à cabeça de quem viveu aqueles tempos ou tem informações sobre aquela época infame? Não precisar ler o restante do texto, basta o título para remeter àquele período sombrio.

    2. Diogo,
      Gutter tem razão,

      Diogo,

      Gutter tem razão, existem grandes semelhanças entre os anos 70 e hoje. Eu discordo dele, apenas, em quais são essas semelhanças.

      Os torturados e perseguidos são os mesmos, os torturadores também.

      O Judiciário, como nos anos 70 eh o suporte legal da tortura e das chacinas, a televisão eh o veiculo que estimula e cria uma sociedade raivosa e vingativa com os pobres e quem tenta defendê-los. A polícia eh o braço armado desses dois setores bestiais, buscando fatias suculentas do PIB.

      A grande diferença entre as duas épocas eh que as forças armadas, ainda, não atenderam o chamado quase diário da nossa Mídia. Assumir o tacape e generalizar a perseguição e as prisões nas esquerdas que, por enquanto, são as eleitas.

  17. Se não é exatamente isso,

    Se não é exatamente isso, está muito próximo de chegar a isso.

    Estamos na nova era do “Pra Frente Brasil!”, do “Vamos passar o trator na Amazônia”, do “Índio, pra quê?”, e do “Sem Terra? Tem que preencher ficha de emprego lá no centro da cidade, aí sim vai trabalhar”.

    É o revival da era do “Vamos fazer mega-obras, mega-construções, mega-estádios, mega-usinas hidrelétricas”.

    Estamos na era do “vamos fazer o bolo crescer para poder dividir!”, na era do “empresário feliz, povo feliz”.

    E, acima de tudo, estamos na era em que se você critica, a resposta da militância governista* é: “Brasil, ame-o ou deixe-o”.

    Não são os ’70?

    [*Governista é aquele ser que não é de esquerda nem direita. Aliás, nem sabe mais muito bem o que é isso. Só sabe, e muito, do que deve ser feito para manter a “governabilidade” – tudo.]

    1. Minha inspiração não era essa. Eu me referia a…

      …que no mundo todo a discussão nos anos 70 era em torno apenas de economia política, direita/esquerda e que hoje se usa muito na discussão política questões de valores, mas que o Brasil é muito atrasado nisso.

      Acho que os colegas deviam ler esta introdução ao Political Compass:

      http://pt.wikipedia.org/wiki/Political_Compass

      Como no Brasil não há diferenças na escala econômica (*) a escala social ganhará importância (o ponto é que eu acredito nisso mas os colegas aqui não, só isso.)

      (*) http://www.viomundo.com.br/politica/maringoni.html

      Também costumo lembrar aos colegas que até há uma questão de valores abordada no Brasil, por acaso a LGBT, por acaso a que eu conheço bem, só que tratada pelo governo ao contrário do que a modernidade indicaria. Se no Brasil não há uma lei anti-gay como há na Rússia, há, no entanto, a total recusa do governo a vê-la como relevante. O que eu posso fazer, então, é estimular a oposição e a mídia a explorarem o tema. 

      Problemas são como cursos de rio, sempre acham um caminho.

      Mas há muito também do desenvolvimentismo faraônico sim. Mas isso não parece o maior dos males. Ocorre na China também. Até no Japão, diga-se.

      E o desrespeito ao meio-ambiente pode ser o próximo ponto fraco do governo, talvez a nova oposição o explore.

      http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/01/1399512-governo-dilma-e-o-pior-da-historia-para-o-meio-ambiente-diz-ambientalista.shtml

      Agora, quanto ao que você fala de miltância governista em blogs e redes sociais é bem isso mesmo. Eu presencio no cotidiano. Aqui então, direto. Quando eu noto um comentário mais nesse estilo neostalinista deixo alguma música como resposta, que nem o Estadão preenchia colunas censuradas com receitas.

      Acho que é um modo bem humorado pro pessoal se tocar de que faz o que diz condenar.

       

       

  18. Adoraria que o Gunter
    Adoraria que o Gunter voltasse as boas, sem tanta contaminação.
    Ele aponta corretamente para desejos maiores que o consumo, mas erra ao apostar as fichas na dignidade de minorias e minorizados. Não que não seja importante, mas não existe quem ponha essa defesa tão à frente, exatamente para não perder o voto conservador. Conheço homossexuais conservadores que não se importam realmente em mater-se sem direitos plenos elegendo Marina.

    1. Jaime, eu estou às ótimas.

      Não mudei de opinião sobre nenhum assunto em 4 anos.

      O que está nesse post já pus em posts há dois anos atrás (o que dá uma ideia de como nada anda mesmo.)

      Contaminação em discurso você pode questionar nos colegas que não gostam que debates sejam feitos, que críticas ao governo sejam apresentadas.

      Isso de LGBTs votando em Marina já expliquei várias vezes também, ela não é vista como ameaça, é o discurso do PT que torce para que LGBTs a vejam como ameaça. 

      E eu conheço LGBTs que não se importam com o governo Dilma, uai.

      Chamar alguém de conservador só por votar em Marina é bobagem, é o que WGS disse no texto destes dias, nunca haverá autocrítica no PT se a qualquer crítica, interna ou externa, a mesma é rotulada de reacionarismo.

       

      1. A contaminação é geral e eu

        A contaminação é geral e eu me incluo nela. Eu achei que a análise em si está correto, explicito isso melhor em outro comentário, mas o foco que você está dando não tem esse apelo eleitoral todo e não há candidato viável que dispense os votos dos conservadores para defender com afinco causas progressistas.

        Quando falo do voto LGBT eu poderia, sim, ter falado de Dilma, que agora está no balaio conservador por força das alianças, mas achei um tanto óbvio isso A tendência é do voto progressista tentar migrar, mas não acredito mesmo que Marina convença como progressista neste campo, mas isso não quer dizer que não atraia esses eleitores por causa de outras pautas.

        Esse fenômeno de auto-ponderação do eleitor é natural e acontece em outros contextos, como o eleitor que acha muito importante um calote ou auditoria na dívida pública mas é eleitor do PT mesmo sabendo que isto não vai acontecer em seus governos.

        1. Com certeza,

          Marina atrai por outras pautas também.

          Suponha que se ‘zere’ a questão LGBT.

          Ainda gosto do discurso de Campos/Marina quanto a conciliação e uso de melhores quadros. Eu sei que muitos aqui acham isso bláblá, mas eu acho ok. E nem importa o que será o mais verdadeiro afinal, isso será avaliado em 2018, importa é o que será mais votado em 2014.

          Se não houver candidato viável que dispense conservadores então não há problema: Dilma ganha. Isso não impede que se continue a questão para a escolha de deputados.

          Eu acho que PSoL, PV e PSB (e talvez até mesmo PPS) podem aumentar suas bancadas. Isso já não é relevante?

          É mais gente para falar no Congresso, para disputar presidências de comissões, etc.

          E muito importante: eu nunca uso apenas a dicotomia conservador/progressista. Pelo menos não do modo como você parece estar usando. E nunca me autodenominei ‘progressista’, acho essa palavra mero marketing.

          O voto que eu acho que pode migrar é o secularista (aí Marina não faz diferença), o voltado a direitos difusos como respeito ao meioambiente (aí pode.)

           

           

          1. As categorias “conservador” e

            As categorias “conservador” e “progressista” que estou usando não são dicotômicas. Tirando Bolsonaro e Jean Wyllys, as pautas conservadora e progressista coexistem em todos os partidos e em toos os candidatos, e o eleitor igualmene pondera e qualifica a relevância imediata de cada demanda antes de decidir seu voto.

            Desde o começo não estou “ofendendo” Marina Silva quando digo que ela não é progressista em algumas áreas, como o LGBT. Da mesma forma que Dilma manteve de fato uma pauta conservadora nessa mesma questão, para surpresa geral. Nos dois casos essas opções são completamente explicáveis e se Marina por acaso vier a ser a presidenta que aprove a união civil estável para pessoas do mesmo sexo, também será algo tão justificável quanto a guinada conservadora atual de Dilma (é mais fácil um conservador avançar com convicção na pauta progressista que alguém identificado como tal).

            Se eu quisesse ser dicotômico eu usaria “direita x esquerda”, conflito presente e muito atual que não acabou mesmo o PSB tendo absorvido quadros tradicionais do antigo PDS, como a família Bonhausen. 

             

          2. Gunter, eu acho que você está

            Gunter, eu acho que você está otimista demais com o avanço de determinados temas no Brasil. Lembro que dos 3 partidos de extrema-esquerda relevantes (PSOL, PSTU e PCO) apenas o PSOL tem representação na Câmara (3 deputados) e no Senado (1 senador azarão). Somados eles não chegam a 1,5% do eleitorado. Podem crescer se distanciando completamente da pauta conservadora? Claro, a eleição parlamentar permite isso. Mas se forem muito bem conseguirão manter ou ampliar para 1 ou 2 parlamentares, no máximo.

            A luta por direitos civis com certeza está cada vez mais presente no Brasil. Mas isso não significa vitórias sobre os mais conservadores. Pelo contrário, a pauta progressista fica visíviel exatamente porque está sendo “jantada” pelos fudamentalistas. Só teve avanço no STF, que é um ambiente identificado também como conservador (lembre-se que não é uma análise dicotômica). Se a luta pelos direitos civis avança, ela não está sozinha ou “derrotando” sua oposição. Pelo contrário, os representantes mais fundamentalistas estarão brigando pelos votos em quantidade ainda maior em 2014 objetivando enterrar de vez essa pauta até 2018..

            O PV no Brasil (e no mundo) é uma piada. Tirando uma ou outra liderança icom influẽncia irrelevvante dentro do partido, está totalmente voltado para a própria sobrevivência e explora a “pauta verde” para gahar votos somnte, sem defendê-la com convicção. Vai enganar menos gente em 2014 porque não conta com Marina Silva para puxar votos e nem possui outro inocente útil para explorar.

            Daqules que você citou o PSB é o único que com certeza vai crescer, como tem feito nos últimos anos. Mesmo que o PPS cresca isso significará chegar a menos de 12 deputados, que é o que ele tinha em 2010, antes das desfiliações.

            E não podemos esquecer dos novos partidos, como o Solidariedade. Muitas raposas políticas regionais, puxadoras de votos, migraram para eles e um fenômeno igual ao PSD é muito provável que aconteça. Eu não me expantaria se um desses partidos terminasse 2014 com uma bancada eleita que desbanque o DEM e o PPS e ainda se aproxime do PSDB.

          3. De qualquer modo…

            O governo e o PT cometeram um erro no trato às questõs LGBT.

            Cabe reconhecermos isso e falarmos disso até que se corrija.

          4. Eu admiti isso nos meus

            Eu admiti isso nos meus comentários. Mas a pauta LGBT não foi responsável por eleger o PT no passado. Nem para o crecimento da bancada no Congresso. Ela se junta a muitas outras pautas progressistas. Mesmo assim, para crescer mesmo, o PT precisa assumir pautas conservadoras.

            Por outro lado, apesar de não fazer a defesa dessa e de outras pautas, o Governo do PT implementa avanços dentro da maquina, como foi o trabalho na CDHM, no MEC, na Prefeitura de São Paulo, no Ministério da Saúde… O problema aí é quando o govenro é pressionado pela sociedade. Poucos petistas, como por exemplo Fernando Haddad, faz a defesa pública das políticas progressistas, como para o público LGBT.

          5. Até que enfim alguém diz o

            Até que enfim alguém diz o que eu penso e nunca consegui como expressar.   Esse negócio de progressismo tem um limite,em tempo algum da História os povos foram formados em sua maioria por seres exóticos e muito menos ainda,se sustentou quando colocou nas mãos destes o seu Destino.   A porcentagem de “progressistas”( coloco em aspas por contestar que seja progresso o que eles dizem ser) na sociedade é essa que aí está e disso não passará.   Por isso eu sempre disse ” Que um dia o PT vai ter que escolher entre a maioria e a minoria”.   Essa foi a forma que consegui expressar o que foi dito no comentário do amigo, que disse mais , disse que” PT precisa assumir as suas pautas conservadoras”.   Afinal,se o próprio PT tem construído nesses 10 últimos anos, como não vai querer conservar a sua obra?  Assumir isso conquistaria uma fatia do eleitorado que não tem, não de forma fiel, por causa desse exotismo que quer se adonar do partido.   Isso não quer dizer que eu ache que o PT tenha de se tornar insensível aos excluídos e minorias,mas, deve fazer o trabalho com as rédeas nas mãos e não deix´-las nas mãos destes.   por exemplo,gay só pensa em si, isso é cada dia mais claro,  como entregar par eles a tarefa de Direitos Humanos,seja na bancada do PT, ou no governo?  

  19. Ir além do econômico não é só
    Ir além do econômico não é só defender inclusão da diversidade. Tem a questão da moradia, da inclusão escolar, do intercâmbio no exterior, da banda larga… Coisas que vão além do consumo por ampliar possibilidades. Os adversários já perceberam esses pontos fortes do PT e não sabem como contra-atacar.

  20. O PSDB soltou uma nota

    O PSDB soltou uma nota duríssima contra Mercadante, assinada pelo Instituto Teotônio Vilela, teoricamente um órgão de formação de ideias para as políticas públicas do partido. Não deu para entender mesmo tamanha falta de assunto. Se merecesse resposta, bastaria citar o desempenho parlamentar de Aécio Neves como prova de que seu currículo é que não presta para ocupar a Casa Civil.

    Fico no aguardo se todos aqueles que reclamaram da nota da militância do PT criticando Eduardo Campos e Marina, num texto muito melhor redigido irão agora responder ao PSDB. Isso inclui o Nassif.

  21. Satisfação Bancária

    Enquanto o PT não mexer onde não deve, tá tudo bem.

    “O presidente do Bradesco, Luis Carlos Trabuco, disse ao Valor que a presença da presidente Dilma Rousseff nesta semana em Davos é positiva, ao resultar em algo elementar: relação com investidores, olho no olho, passando confiança e perspectivas. Ele acrescentou que “temos de ser mais amigáveis com o investidor estrangeiro porque, se fizermos o capital nacional e estrangeiro funcionar no Brasil, daremos um salto de qualidade”. Pouco antes da recepção de boas vindas aos participantes do Fórum de Davos, Trabuco disse que o setor financeiro está “confortável” com a presidente, sem comentar eventual apoio nas eleições. “Eu diria que a presidente Dilma tem um plano de governo. Ela tem um direcional”, afirmou. Trabuco observou que a inadimplência no Brasil está no menor nível dos últimos cinco anos – 3,9% na carteira total de empréstimos à pessoa física – e que a qualidade do crédito melhorou. Mostrou preocupação com a inflação de serviços, estimou que os juros estão “chegando num nível adequado” e disse que vê estabilidade do dólar por volta de R$ 2,35 a R$ 2,40. Para ele, “a sintonia entre as políticas monetária e fiscal vai ser o grande diapasão para 2014″.”

    Estranho os bancos não sentiram diferenca. 

    Tá melhor que os anos 70

  22. O PT tem a mesma política desenvolvimentista da ditadura.

    Quem denuncia é o Documento Final da XX Assembleia Geral do Cimi:

    “As ações do Estado refletem a etnofagia estatal como lógica de integração da pluralidade numa única perspectiva, o caráter uninacional e monocultural do Estado-nação e a visão única do atual modelo desenvolvimentista que privilegia pequenos grupos em detrimento de outras perspectivas de vida plena. Nota-se o aprofundamento do pensamento racista ocidental, que não reconhece os povos originários e comunidades tradicionais como plenamente capazes de pensar e produzir conhecimento. Vivemos uma democracia colonialista e precisamos dar o giro descolonial. Nessa perspectiva, combatemos o projeto do atual governo que promove a reterritorialização do capital rumo, sobretudo, ao centro-oeste e norte do país, tal como previa o governo militar nos anos 1970”. 

     

     

    1. Essa análise está

      Essa análise está furadíssima. Ela parte de dois fatos históricos que são vagamente parecidos e concluiu que são iguais.

      Ao longo da nossa história, o foco tradicional do desenvolvimento urbano brasileiro sempre foi o sul do país. Todas as outras regiões careceram de incentivo para urbanização, salvo pequenas excessões como a Zona Franca de Manaus e grandes polos urbanos regionais como Salvador, Recife e Brasília.

      De fato é durante a ditadura que há mais investimento do Estado em grandes projetos para o interior. Mas não necessariamente para urbanização. Em geral o desenvolvimento é focado no escoamento da produção agrícola, na exploração mineral e na geração de energia. Tudo pensado para dar suporte ao mesmícimo paradigma de desenvolvimento no sul do país.

      Além do mais, havia a visão de garantir a soberania territorial, incentivando a migração e criando comunidades precárias no interior, inclusive com extermínio de populações tradicionais, só para afirmar-se como Estado onipresente.

      Pois bem, na época atual o foco é o desenvolvimento regional fora do eixo rio-são paulo. Trata-se de DESENVOLVER OUTROS CONGLOMERADOS URBANOS INDEPENDENTES, não apenas de “suporte ao desenvolvimento do sul”. É por isso que as taxas de crescimento, emprego e consumo da região Nordeste são há uma década bem superiores ao resto do país. E é por isso que a geração de energia para o Norte-Nordeste se tornou tão importante neste governo.

      O prejuízo as populações tradicionais podem até ser semelhantes, mas são dois fenômenos completamente diferentes. E não vejo como impedir o desenvolvimento do Norte-Nordeste sem causar miséria nas populações urbanas. Mandar todos para o Sul Maravilha como mão-de-obra barata , como era a política dos anos 50 a 80, não parece razoável.

      1. Desenvolvimento para quem, cara pálida?

        Explique isto para os índios. Para os quilombolas, os ribeirinhos, os caboclos e pequenos proprietários de terra, também. Os projetos do atual governo, para as regiões Norte e Centro-Oeste, são focados para escoar produção do agronegócios, garantir obras das grandes construtoras (as mesmas da era do “Milagre”), facilitar acesso para a mineração e proporcionar energia para eletrointensivos produzidos por multinacionais; é a continuidade do projeto que os milicos tinham para a região.

        Entram o latifúndio e os grandes projetos, as populações do campo são expulsas para as cidades; você vê nisto “incentivo para urbanização”.

        Mais. Tétrico! Você diz: “não vejo como impedir o desenvolvimento do Norte-Nordeste sem causar miséria nas populações urbanas”.

        Tá de sacanagem, não? chamar de “desenvolvimento” algo que vai “causar miséria nas populações urbanas”.
         

        1. Eu disse para quem.

          Eu disse para quem é o desenvolvimento. E também disse para quem não é. O chavão escolhido no título pode ser bonitinho, mas não é seriedade.

          Você entendeu errado. Destaque em negrito também “impedir o” para resgatar o sentido que eu dei.

          Ao contrário do que vocẽ supõe os indios, e quilombolas não vão desaparecer. Isso é dramatização sua, como se a possibilidade deles se limitasse a dividir 2 hectares com a população brasileira ou disputar 15 km de um rio que na verdade cruza 4 estados.

          Já as comunidades ribeirinhas, que vivem nas palafitas, principalmente nas periferias de cidades como Altamira, tem mais é que sumir do mapa mesmo. São comunidades originalmente segregadas e devem sair dessa condição.

          O desenvlvimento agora se dá PARA O NORDESTE e não para o sul. Acho que vocẽ entendeu isso, apesar de insistir no contrário. Gera-se emprego nas ciades do norte-nordeste e não empregos no sul que exigem a migração permanente ou temporária do nordestino. 

          As pessoas comem e as cidades precisam de energia. A população indígena não vai desaparecer, mas também não vai tomar o lugar das populações urbanas. A taxa de natalidade indígena é bem menor que o resto da população brasileira e o desenvolvimento das comunidades urbanas dispende muito mais energia também. Não tem sentido querer manter pessoas morando em palafitas, sem luz, água tratada e esgoto na periferia de Recife como forma de diminuir a demanda crescente do ser humano por energia.

          Ao cotrário do que você acredita, a Migração Rual CAIU PELA METADE na década passada e, como as políticas não mudaram, devem continuar caindo. O desenvolvimenot regional NÃO ESTÁ LEVANDO Á MIGRAÇÃO DO CAMPO PARA A CIDADE, como você alega. Pelo contrário. (http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2011/04/29/exodo-rural-cai-pela-metade-em-uma-decada-diz-ibge.htm)

          Aí então constatamos outra coisa possível: o aumento de conflitos agrários com populações originais deve estar se dando exatamente pelo AUMENTO DA POPULAÇÃO RURAL e pela REDUÇÃO DA MIGRAÇÃO PARA OS ESPAÇOS URBANOS. Manter as pessoas no campo exige incentivos e que a demanda por produtos agrícolas seja crescente. Daí a explosão de conflitos potenciais.

          Talvez a solução que o satisfaça seja voltar a incentivar a migração urbana, criando novas favelas com menor demanda por energia e consumo (reciclando parte do seu alimento do lixo) ou impedir que os fazendeiros tenham filhos.

  23. Concorde com ela ou não, a

    Concorde com ela ou não, a posição do Gunter é válida, prefiro, ao invés de me manifestar a favor ou contra, analisar o contexto de suas reivindicações.

    A manifestação de Gunter é um processo natural de reivindicações políticas após a realização de necessidades econômicas, isso é um fato recorrente na história. A nova classe média brasileira, ao superar a miséria e a pobreza, possui novas reivindicações de natureza não-econômica. No longo prazo, esse desenvolvimento é parte do processo de consolidação do regime democrático, que permitiu a materialização dos anseios populares, começando, obviamente, pelas necessidades econômicas, que não podem ser negligenciadas.

    O que não se pode perder de vista é que não podemos sacrificar as conquistas políticas, sociais e econômicas das últimas décadas por conta de reivindicações – embora válidas – setoriais ou mesmo particulares. Não podemos arriscar nossas liberdades cívicas apostando no autoritarismo Barbosista, ou as conquistas sócio-econômicas no financismo verde, anti-desenvolvimentista, de Marina e afins. Aécio dispensa comentários, pois combina o que há de pior em ambos, basta ver sua equipe econômica, a nata do neoliberalismo, e a situação temerária das liberdades civis em “Minasquistão”. Chamaria a atenção de Gunter para isso.

     

    1. Então, Daytona…

      Gostei muito dessa frase “processo natural de reivindicações políticas após a realização de necessidades econômicas, isso é um fato recorrente na história.”

      É isso mesmo que acontecerá. Veremos também grupos de evangélicos começando a repudiar o governo pela péssima imagem que dá essa repercussão toda de que o governo cede a eles para evitar algo justo como a lei antihomofobia. No Brasil cerca de 25% dos evangélicos já apoia essa lei, versus mais de 50% nas demais denominações. Ora, isso tem estimulado preconceito contra os evangélicos, que são tachados de ignorantes e intolerantes. Eles querem ser incluídos na sociedade, não querem ser vistos assim.

      Quem se arrisca a perder votos e a dar discurso para oposições é quem realiza retrocessos antihistóricos.

      Eu não vejo os riscos que você vê em Barbosa, Marina e afins. Mas isso é diagnóstico pessoal. Cada eleitor faz o seu e cerca de 45% pensam, possivelmente, mais como eu, temos que chamar a atenção para isso.

      E não dá pra engulir um projeto de governo que acha OK agradar meia dúzia de políticos fundamentalistas com uma série de medidas anti-LGBTs.

      Independentemente de qual projeto se prefira, já era tempo do PT perceber que cometeu um erro político.

      Não aumentou a fidelidade entre conservadores e erodiu o apoio entre setores à margem. É isso que conta, o resultado final, não as torcidas.

      Repare como não teria lógica a seguinte expressão: “é necessário ser anti-LGBT para evitar autoritarismo Barbosista”.

      Ficaria parecendo, desculpa, com as paranoias de Putin & Cia.

      Então, é totalmente o contrário.

      Ao não se reconhecer reinvindicações válidas perde-se credibilidade. Ao acontecer isso sacrificam-se os resultados eleitorais. 

      E fez bem em falar em décadas. As conquistas são de décadas de 1989 em diante, não são conquistas apenas do governo que retrocede em direitos LGBTs, certo?

      Sejam francos, colegas: vocês acham mesmo que o governo está certo no trato das questões LGBT? 

      http://www.jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/tera-o-aliancalao-consequencias

       

      1. Gunter, sim, as conquistas

        Gunter, sim, as conquistas tiveram início com a redemocratização. Concordo com muitas das críticas que você faz ao PT, também o acho muito conservador em vários temas, além de possuir uma banda podre que não deixa nada a dever ao PSDB. Mas discordo de sua posição quanto a Marina e Barbosa, sua eleição não garante avanços em relação aos direitos de minorias, mas asseguram sérios retrocessos em relação às conquistas sócio-econômicas e às liberdades civis e políticas.

  24. Parece uma ladainha… rs…

    “Só que a vida das pessoas não se resume a isso.”

    Pois é.. há quem só saiba falar sobre direitos LGBT como se a vida de todos se resumisse a isto.

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