Para Mourão, governo não atenta contra democracia

Vice-presidente fala em 'eterno turbilhão' a empresários em Santa Catarina, e atribui instabilidade a vídeos e redes sociais

O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão. Foto: Reprodução

Jornal GGN – Embora reconheça a instabilidade no governo federal, o vice-presidente Hamilton Mourão culpou a divulgação de vídeos e o “calor das redes sociais” pelos problemas – e defendeu que não existem ameaças à democracia.

A declaração de Mourão foi feita para empresários durante palestra realizada na Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) em Florianópolis nesta sexta-feira, segundo informações do jornal O Estado de São Paulo.

“Mais uma vez, eu destaco que os mares não estão tranquilos, né. Os mares não estão tranquilos porque vídeos são divulgados, redes sociais se incandescem, as pessoas, muitas vezes, não raciocinam sobre aquilo que estão escrevendo e estão discutindo, emoções são colocadas à flor da pele e parece que nós vivemos num eterno turbilhão. E esse eterno turbilhão tem que ser superado”, afirmou Mourão.

Na última quarta-feira, Mourão afirmou ao jornal Estado de São Paulo que “estão fazendo tempestade em copo d’água”, ao se referir à crise criada pelo presidente Jair Bolsonaro após o compartilhamento de vídeos em sua conta pessoal no WhatsApp convocando a população a atos em defesa do governo e críticos ao Congresso Nacional.

Redação

5 Comentários

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  1. Parece aquela discussão antiiigaaa se fotografia é ou não “obra de arte”. Ora, nao estão discutindo sobre fotografia, mas sobre o que é obra de arte.

    Ou seja, o debate aí nao é sobre Democracia, mas sobre QUAL concepção de democracia. A dos reacionários é contra os Direitos Humanos, contra Direitos Civis de minorias, contra os Direitos Sociais….Tudo sem dar a menor bola para a injustiça e para a desigualdade. É isso que equiparam aa “revolução” bolchevique, contra a familia, contra o Bem, anticristão….

    A esquerda textao adoooraaa citar Foucault mas TEIMA em perder diuturnamente a batalha da comunicação, das palavras e das coisas, quem nomeia o quê.

  2. Alguma semelhança com a defesa de um Ato Institucional que limite os excessos decorrentes de liberdade de expressão, não seria mera coincidência com o pensamento dominante entre os militares que forjaram o Golpe de 64. O problema, então, não estaria nas ilegalidades, criminalidade, arbitrariedades e autoritarismo do Executivo, mas nas poucas liberdades existentes para fazer-lhes críticas.

  3. Ele não está preparado para a vida pública. Nos quartéis, não existe contradições. Ordens devem ser cumpridas, por mais imbecis ou fora de propósito que sejam. Na política, as divergências são dirimidas através do diálogo e das possibilidades. O general não está preparado para a democracia. Devia exercer suas atividades de militar reformado.

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