Plano de Mandetta é identificar onde isolamento deverá ser mais duro

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Ministro anuncia sistema de ligações do governo que visa encontrar grupos de infectados ou regiões onde os casos estão mais concentrados. Objetivo é saber quais locais do País devem permanecer em quarentena por mais tempo

Jornal GGN – Na entrevista coletiva desta terça-feira (31), o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta voltou a dizer que o isolamento social é necessário para dar tempo de preparar o SUS para absorver a demanda de casos de coronavírus, que podem explodir nas próximas semanas. O plano, segundo denotou, é manter as medidas restritivas decretadas pelos estados – mesmo que contrariem o posicionamento de Jair Bolsonaro – enquanto outras “condicionantes” estão sob avaliação no Ministério.

Essas condicionantes determinarão se os governos devem afrouxar ou endurecer as medidas de mitigação contra a pandemia de COVID-19 nas próximas semanas. Por isso o ministro repete que “não há receita de bolo” para todo o território nacional. Cada região tem mais ou menos casos de coronavírus, e isso não justifica, em tese, que o País inteiro seja colocado sob quarentena, em sua visão.

Enquanto diversos estados cumprem o isolamento social até 7 de abril, o Ministério da Saúde tenta correr com algumas medidas emergenciais. Entre elas, a compra de 300 milhões de itens de proteção para os profissionais da saúde, que demandará logística do governo federal para buscar a maior parte deles na China.

Com fábricas do setor têxtil, o Ministério anunciou que pretende conseguir máscaras de TNT para distribuir para trabalhadores de setores que podem voltar a operar cumprindo as recomendações de distanciamento social.

“Já conversei com industria têxtil. A gente mandou pesquisar primeiro para saber se tem eficácia, e ela serve perfeitamente bem. Ela tem função de proteção tão boa enquanto qualquer uma outra [máscara]. Pode ser reutilizada lavando com hipoclorito. A gente vai utilizar em ônibus, em pessoas que estão mais distanciadas mas precisam de reforço de barreira por conta da atividade. É mais uma das condicionantes para reabastecer sistema de saúde e manter um equilíbrio nas relações sociais.”

Sobre os aparelhos de ventilação que faltam aos leitos de UTI, outro item essencial no combate ao coronavírus, Mandetta afirmou que trabalha numa solução “robusta” que será anunciada “em breve” porque ainda não está “amadurecida”.

A novidade do dia foi o anúncio de um sistema de inteligência artificial inicialmente utilizado em alternativa aos testes em massa utilizados em outros países para identificar e isolar os casos de COVID-19.

Segundo Mandetta, o governo vai lançar mão do “disparo de ligações para 125 milhões de brasileiros ligados a um grande big data, para que a gente antecipe quem é risco, quem tem contato com quem, onde que está [essa pessoa], qual o nome, e isso deve ser uma grande ferramenta de gestão para a gente chegar nas zonas quentes.”

“Hoje mesmo a gente dispara as ligações. É uma espécie de URA [Unidade de Resposta Audível] que vai fazer uma espécie de consulta, que vai te perguntando coisas, e ela começa a acompanhar, a perguntar se pode te ligar daqui a 8 horas, 12 horas. É um sistema de inteligencia artificial, vamos sair com ele a campo e muito vai nos ajudar.”

O ministro contou também que a iniciativa privada está se movimentando e deve comprar milhares de testes rápidos para averiguar os casos de COVID-19 entre seus trabalhadores. Alguns milhares serão doados ao governo, que também está investindo na aquisição. O objetivo é o mesmo do sistema de ligações: identificar os grupos infectados ou as regiões onde os casos estão mais concentrados. A partir daí, construir uma espécie de mapa que vai orientar onde as restrições de convício social devem ser mais duras ou mais leves.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

4 Comentários

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  1. Esse Mandetta é outro canalha! Culpou quem atende idosos pelo aumento das taxas de mortalidade! Repulsivo! Nojento!
    E o inominável? Aquele psicopata, infame, a aberração que as “elites” nos impuseram? Nada a dizer?

  2. Brasil do pibinho estava começando a reacelerar o aquecimento?
    Prioridade a saúde?
    Cadê o governo?
    Benefícios de aposentados – era pra represar – não é mais?
    Agora ele diz que generosamente antecipa os beneficios e ampara os necessitados.
    Como o guedes é tchutchuco!
    O governo do bozo é como uma aliança com jeová:
    Se deu certo, foi ele que fez.
    Se deu errado, a culpa é do diabo.

  3. Brasil do pibinho estava começando a reacelerar o aquecimento? Afff!!!
    Prioridade a saúde?
    Cadê o governo?
    Benefícios de aposentados – era pra represar – não é mais?
    Agora ele diz que generosamente antecipa os beneficios e ampara os necessitados.
    Como o guedes é tchutchuco!
    O governo do bozo é como uma aliança com jeová:
    Se deu certo, foi ele que fez.
    Se deu errado, a culpa é do diabo.
    O problema é que todos os anjos do messias querem aparecer e se pudessem matavam o Mandetta.
    O marreco de maringá, com sua voz em falsete, ontem até tomou banho e trocou o terno seboso, pensando que fosse falar por mais mais tempo.
    Esse povo dá no saco.
    O Mandetta está fraquejando sob tanta pressão.
    No mais, o Santa Maggiore é a prova de que o capital não pode prescindir da intervenção do estado.

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