Politica e humanidade versus o exercício do ódio.

Politica é para ser feita com debate de ideias e não com manifestações de ódio.

A cada dia, a grande imprensa (segundo sua própria concepção – o maior partido de oposição)  para referenciar seus candidatos, divulga em suas páginas, um discurso do mais brutal e letal ódio ao Partido dos Trabalhadores.

Neste espetáculo, todo dia elegem como seus heróis, políticos ou comunicadores, com discursos vazios de conteúdo, mas cheios de ódio, que com o dedo em riste, à semelhança dos imperadores no Coliseu de Roma, indicam os cristãos a serem atirados às feras, isso, pelo simples fato de serem cristãos (adversários) e impedirem seu acesso ao poder.

Este discurso, dirigido às pessoas simples do povo, suscetíveis a tais influencias e instigações, e para nós, sociedade civil em seu mais amplo aspecto, é algo mais que lamentável, é terrível, significa que, nossa humanidade (coletiva), florescerá num período mais distante na história.

Pão e circo.

Eles (os mercadores do ódio) não são responsáveis pela distribuição do pão – nem de seu irmão gêmeo em dignidade – o emprego, e, talvez por isso, estes já não faltem na mesa da maioria dos brasileiros (vide a noticia que o Brasil foi retirado do quadro da fome pela ONU).

Entretanto, como donos dos meios de comunicação, se esmeram em oferecer um dos circos mais cruéis – pouco diferente das arenas e coliseus em que os cristãos eram atirados às feras.

De suas iniciativas emergem atos inomináveis, linchamentos, discursos do ódio (preconceitos de classe social, contra minorias, racistas, homofóbicos), ou simplesmente tendentes a destruição dos contrários na politica (Partido dos Trabalhadores) – não remetem para um debate de ideias, aonde se identificaria a origem do pão e de sua subtração por tanto tempo à grande população pobre deste país.

Triste conduta de nossa grande imprensa.

Neste cenário, muitas vezes como meros assistentes, torcemos de forma quase desesperançada (mas logo  nos erguemos, cada vez com mais força e determinação), para que nunca falte o pão, pois, o discurso do ódio, encontra terreno fértil nestes períodos de escassez de alimentos, e libera os instintos mais baixos e que levam a desumanização dos “homens”.

O debate sério e politizado (embate de ideias e propostas)  eleva a sociedade de patamar civilizatório, entrega, para ser exercido de forma consciente,  nas mãos do povo, seu destino.

Por isso toda forma de ódio deve ser condenada, pois revela o não humano, configura-se em sua negação.

É preciso combater esta politica traduzida e divulgada na grande mídia,  que em seu discurso, traz a semente da violência, da desconstrução do outro pelo ódio, e gera apenas mais violência, permitindo que a generosidade seja atacada como ingênua e exaltando o poder coercitivo, alijado de qualquer razão, como sendo o caminho da pacificação.

Não entendem que violência gera violência, e, os exemplos de torturas inomináveis no período da Ditadura Militar e em linchamentos ocorridos recentemente, comprovam as consequências de tais discursos, libera o que tem de mais abjeto e primitivo em indivíduos, indivíduos estes, que se ressentem da falta dos atributos de humanidade, ou seja, solidariedade, respeito, dignidade, amor,  que deveriam ser inerentes a todos, para assim serem chamados de homens.

Infelizmente, nesse teatro, ao contrário dos dramas literários, não há catarse, não nasceremos limpos após estes embates irem ao fundo de nossas almas, isso porque a mentira e ódio que emanam destes ditos “órgãos de comunicação”, envenenam o ambiente e retiram a capacidade dos indivíduos nela imersos, de poderem ter a necessária compreensão de sua própria e intrínseca humanidade e assim exercerem seu livre arbítrio na direção do bem e do amor ao próximo (algo que considero acima de religiões, e que, juntamente com a razão , forma a figura do homem – no plano religioso, considerado como cunhado a imagem e semelhança de Deus).

Mas, ainda que não de forma  hegemônica, aos poucos se vislumbra, neste cenário, uma claridade cada vez mais intensa.

Ainda há muita raiva e ódio.

Porém, graças ao contraponto da internet (isso sim um verdadeiro Davi contra Golias – pequenos blogs lutando incessantemente contra o poder imenso da grande mídia), as pessoas, aos poucos, estão compreendendo que, ao contrário do que se dizia, estes políticos do PT (considerados culpados, em processos muitas vezes totalmente imersos no referido discurso do ódio, o que não permite aferir a extensão de sua culpabilidade) não carregavam toda a maldade do país nas costas, mesmo que se tente diuturnamente impingir essa imagem. 

A realidade é dura, e totalmente diversa da mostrada nas telas das tVs, logo ali ela cobra seu preço, recém saídos das ruas, dos protestos, das passeatas, muitos  dos que eram apresentados como portadores dos atributos das vestais (puras), tiveram retirados seus mantos midiáticos, e o que se viu nos deixou cheios de espanto e repulsa, revelaram-se, desnudaram-se,  e assim foram vistos, com as mãos cheias da mentira que diziam combater*.

É isso, não busquemos, neste teatro, respostas claras, muito menos esclarecimentos ou caminhos,  a verdade real não se encontra exposta na grande mídia,  ainda esta por ser desvendada e, certamente não o será por meio destes candidatos dos grandes conglomerados de comunicação, que se mostram a frente destes projetos de poder.

E isso tudo, por um singelo motivo,  porque a mídia os escolheu…eles não foram escolhidos, não ungidos,…  não são homens de Deus, escolhidos (no sentido de que todas as pessoas que respeitam e tratam os outros com dignidade podem ser assim chamados), só são escolhas do poder, para exercê-lo paras seus pares (parceiros econômicos),  não para democratizá-lo e dirigi-lo ao povo.

Portanto, olhem ao seu redor, procurem todas as informações possíveis e escolham, sem ódio e de forma cuidadosa, seus destinos.

* A resposta de Luciana Genro a Aécio Neves, por sua contundência, revela o retrato desta distorção abjeta da mídia que protege seus candidatos e seus partidos de todas as informações capazes de revelarem o verdadeiro caráter de sua pretensões eleitorais, os quais nutrem contra seus adversários um discurso de ódio. (Demóstenes Torres, mensalão do DEM, mensalão Tucano, Privataria Tucana, Compra da reeleição, Cartel dos Trens em São Paulo, Aeroporto em proveito próprio, etc.).

 

Redação

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador