Jornal GGN – A força-tarefa da Lava Jato no Paraná publicou nota na tarde desta quinta (8) “lamentando” a fala em que Jair Bolsonaro diz que acabou com a operação porque não existe mais corrupção no governo. Para os procuradores, a declaração manifesta “ausência de efetivo comprometimento com o fortalecimento dos mecanismos de combate à corrupção.”
Ainda segundo os procuradores, a declaração foi infeliz porque desconsiderou que a operação ainda está em andamento – inclusive deflagrou fase ostensiva no mesmo dia em que Bolsonaro admitiu que a Lava Jato era desnecessária.
Nas redes sociais, o procurador Roberson Pozzobom também escreveu: “Lamentável declaração do Presidente da República que se apoia em premissa inadequada, ignorando a triste e eloquente realidade da grande corrupção no Brasil, para concluir de forma mais equivocada ainda.”
O ex-juiz Sergio Moro também se manifestou mais cedo: “As tentativas de acabar com a Lava Jato representam a volta da corrupção. É o triunfo da velha política e dos esquemas que destroem o Brasil e fragilizam a economia e a democracia. Esse filme é conhecido. Valerá a pena se transformar em uma criatura do pântano pelo poder?”
No Twitter, internautas lembraram que o antigo decano da operação em Curitiba, procurador aposentado Carlos Fernando dos Santos Lima, defendeu a eleição de Bolsonaro como “mal menor”. Para ele, Fernando Haddad era quem iria acabar com a Lava Jato se fosse eleito.
Haddad comentou:
Bom ver esse medíocre, que me julgou sem conhecer, morder a língua. Graças ao @TheInterceptBr (VazaJato) sabemos bem o conceito de ética dessa gente. Colocaram uma família de corruptos no poder. https://t.co/gPc00FSzuj
— Fernando Haddad (@Haddad_Fernando) October 8, 2020
Leia a nota completa abaixo:
Os membros do Ministério Público Federal integrantes da força-tarefa da Lava Jato no Paraná lamentam a fala do Presidente da República sobre ter ‘acabado’ com a operação Lava Jato. O discurso indica desconhecimento sobre a atualidade dos trabalhos e a necessidade de sua continuidade e, sobretudo, reforça a percepção sobre a ausência de efetivo comprometimento com o fortalecimento dos mecanismos de combate à corrupção.
A Lava Jato é uma ação conjunta de várias instituições de Estado no combate a uma corrupção endêmica e, conforme demonstram as últimas fases dos trabalhos, ainda se faz essencialmente necessária. Ainda ontem (7), na mesma data da declaração do Presidente, foi deflagrada a 76ª fase da operação, na qual houve a apreensão do equivalente a quase R$ 4 milhões em espécie em endereços de investigado pela prática de delitos contra a Petrobras.
O apoio da sociedade, fonte primária do poder político, bem como a adesão efetiva e coerente de todos os Poderes da República, é fundamental para que esse esforço continue e tenha êxito. Os procuradores da República designados para atuar no caso reforçam o seu compromisso na busca da promoção de justiça e defesa da coisa pública, papel constitucional do Ministério Público, apesar de forças poderosas em sentido contrário.
Ministério Público Federal no Paraná
Assessoria de Comunicação
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Só as crianças grandes duvidam que essa lava jato sempre foi uma operação politica, primeiro desmoralizando e derrubando e o PT, PT, PT, depois intimidando e chantageando quem eles escolhessem ou estivesse no caminho.
Com o fim dessa farra o boçalnaro fechou de vez com o Centrão. Nem o Temer conseguiu operar essa façanha. Vamos ver se tera alguma reação, se “mercado” e rede globo vão espernear…