Qual é o projeto de poder político da ‘Bancada da Bíblia’?

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Cassado e preso, o ex-deputado federal Eduardo Cunha (MDB-RJ) chegou a comandar cultos no Congresso, o que fere as normas

da Rede Brasil Atual

Qual é o projeto de poder político da ‘Bancada da Bíblia’?

Livro-reportagem “Em Nome de Quem?”, de Andrea Dip, discute avanço do pentecostalismo e o alcance das igrejas nas periferias e nos movimentos sociais

por Cida de Oliveira, da RBA

São Paulo – A Bíblia narra Jesus Cristo como uma liderança que nasceu e viveu na periferia, pregou o amor incondicional e o perdão, denunciou a concentração de renda, valorizou os pobres, andou com os marginalizados, frequentou festas e desafiou poderes, inclusive dos falsos profetas. Por isso foi preso, torturado e assassinado pelo estado que deveria protegê-lo mas que preferiu lavar suas mãos. Se vivesse nos dias de hoje, Jesus Cristo muito provavelmente seria tachado de petralha, comunista e bolivariano. E se fosse um político, na certa não poderia contar com os votos dos deputados da chamada bancada evangélica do Congresso Nacional.

No Brasil pré-impeachment, eles consolidaram o avanço no legislativo depois de anos ganhando espaço na política em nome de Deus, da família e da moral. E sacramentaram o poder com a eleição do deputado federal evangélico Eduardo Cunha (MDB-RJ) para a presidência da Câmara. 

A partir de então, esses políticos eleitos pelo voto de fieis, seguidores de doutrinas evangélicas, se aliaram à direita em defesa de projetos nada coerentes com o amor divino. Em nome de Deus, votaram pelo impeachment da presidenta eleita mesmo sem crime de responsabilidade e reforçaram apoio a propostas que vão do aumento da pena a mulheres que praticam aborto até a redução da maioridade penal, só para ficar nesses exemplos. Uma perseguição aos pobres, pretos e periféricos de comunidades esquecidas pelo poder público onde se multiplicam as igrejas evangélicas, especialmente as neo-pentecostais.

 Descompasso

A reflexão sobre o descompasso entre os ensinamentos de Cristo e as pautas reacionárias defendidas pela bancada evangélica é uma entre tantas suscitadas pelo livro Em nome de Quem? (Grupo Editorial Record), de autoria da jornalista Andrea Dip. 

““A direita se aproxima dos evangélicos enxergando seu potencial, já que a religião cresce de forma acelerada enquanto os evangélicos se aproximam da direita principalmente por conta das pautas morais”, afirma Andrea, que entrevistou pastores, parlamentares, políticos e especialistas no assunto para uma grande reportagem – Os pastores do Congresso – publicada em 2015 pela Agência Pública. E que teve de atualizar dados e entrevistar muitos outros nomes para o livro que será lançado nesta segunda-feira (11), em São Paulo.

Antes da sessão de autógrafos haverá um bate-papo com psicanalista e militante do MST Marco Fernandes, autor de pesquisa sobre igrejas pentecostais e neo-pentecostais, e com o professor da USP Ricardo Mariano, que há anos estuda a temática.

Segundo a autora, o projeto de poder dos políticos evangélicos em um país laico pode parecer adormecido, assim como eles podem parecer aquietados, em um momento de crise política, econômica e social. No entanto, não quer dizer que tenham sido abandonados. “Muito provavelmente se aquietaram de maneira estratégica. Afinal, todos eles têm sua imagem marcada pelo apoio dado a Michel Temer, mais impopular dos presidentes, e estamos em ano eleitoral”.

Serviço

Data: 11 de junho, às 19h
Local: Livraria da Vila (Rua Fradique Coutinho, 915, Pinheiros), em São Paulo 

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

21 Comentários

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  1. fez muito bem em ter chamado de bancada da bíblia…

    o que nenos cabe é bancada religiosa

    porque nada que vem do mau exemplo pode ser chamado de religioso

    1. República (sic) Fundamentalista Evangélica do Brasil
      Grana, eles já têm. E não é pouca. E, nem sempre, proveniente das ofertas do “rebanho”.

      https://www.paulopes.com.br/2016/12/quanto-eh-lavagem-de-dinheiro-do-faturamento-das-igrejas.html?m=1#.WxxYPsmEbqA

      https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2018/02/21/pcc-usava-igreja-evangelica-para-lavar-dinheiro-em-sp-diz-pf-pastor-e-preso.amp.htm

      https://www.diariodocentrodomundo.com.br/fe-demais-nao-cheira-bem-como-as-igrejas-evangelicas-lavam-dinheiro-por-joaquim-de-carvalho/amp/

      E, estando o povo com a corda no pescoço, não é difícil arregimentar um numeroso rebanho, disposto a entregar seus votos aos candidatos da preferência dos (falsos) pastores. Inclusive, um certo boneco que, se eleito (TOC! TOC! TOC!), tornar-se-á um “moleque de recados”, ou será limado pouco depois da posse.

      Com o controle da presidência e do parlamento por esses (falsos) pastores, o Inferno é o limite. Podem esperar uma “religião de Estado”, com “dízimo” instituído como imposto, e perseguição àquelxs que não lhes beijarem as patas.

      https://laicobacilos.wordpress.com/2013/03/13/estamos-a-caminho-de-ser-a-republica-evangelica-do-brasil/amp/

      https://noticias.gospelmais.com.br/pesquisadora-plano-evangelicos-presidencia-republica-86515.html

      1. Sempre querendo mais

        E o que é melhor, sem nada produzir e sem pagar imposto. O melhor dos negócios. Tudo doação. Há programas de igrejas que pedem descaradamente, mas sei que nos cultos é muito mais descarado.

  2. Aquietados ou arquitetados?

    O projeto de poder das igrejas crentes, especiamente do bispo macedo, é tornar o brasil “a pátria do evangelho”, tendo entre si aliás, a preparação política de seus membros para a liderança desse grande projeto.

    E, afinal de contas, onde há pastores há ovelhas. Há seguidores desse mantra aos milhões.

    Não há crente mais fiel e fervoroso do que aquele que vive em necessidade.

    Do islã ao catolicismo, isso é fato notório.

     

    PS- sobre a impopularidade do desinterino:

    não tem a menor importância. Se for ungido pelo senhor, deus dará vitória.

  3. Balela
    O Brasil já teve o catolicismo como religião oficial. E o governo Lula celebrou em 2008 um acordo com o Vaticano cujos termos até hoje são desconhecidos do público. O que pode representar essa bancada? Todos os segmentos da sociedade devem ser representados, caso contrário, não é democracia.

    1. cuRtura geraR

      O Vaticano é um Estado e como tal pode fazer acordos com todos os Estados.

      Os termos do acordo são disponíveis, para quem tem boa vontade, na internet.

  4. #

    “Qual é o projeto de poder político da ‘Bancada da Bíblia’ ?”

    1 – Obrigar todo e qualquer cidadão a pagar o dízimo para eles.

    2 – Conseguir subsídios, isenções e facilidades do governo para construir cada vez mais e mais igrejas.

    3 – Transformar uma nação num rebanho de idiotas e hipócritas.

     

  5. Estado laico
    Como o estado se diz laico apesar da cruz la no plenário do STF, paator devia ser vetado da política

    Que difere um pastor pedir voto dos coronéis de antigamente?

    Outra regra devia ser desincompatibilizacao de figuras públicas 6 meses antes da eleição. Quando Silvio Santos quis ser candidato não deixaram mas hoje Tiriricas, Russomanos, Hucks e afins podem.

    Nos dois casos a exposição fere a igualdade de concorrência da democracia.

  6. Dunquerque à vista.

    Ao atingirem a maioria no Parlamento irão eliminar a laicidade da Constituição e implantar uma teocracia. Acredito ser esse o projeto de poder. Restará aos não seguidores uma retirada tipo Dunquerque.

    1. Infelizmente, V. Sa. tem toda a razão
      Os (falsos) pastores vão surfar na onda do Fantoche para inflar a sua bancada. O presente texto, mais os comentários, foram bastante esclarecedores, embora apresentem um quadro para lá de sombrio.

      Aliás, porque será que o Fantoche foi “batizado no rio Jordão” e, depois, foi beijar as mãos dos capetalistas?

  7. Uma novidade que você terá em

    Uma novidade que você terá em alguma cidade do interior onde exista uma Igreja Adventista do 7o Dia: os Desbravadores.

    Quando ouvi isso ecoando pensei que fosse ensaio de 7 de setembro mas era a rotina dos Desbravadores

    Numa cidade sem muitos atratativos para os jovens, isso se torna um meio de se sentir inserido num grupo

    Os Desbravadores são um movimento importado dos EUA e aqui piorado para funcionar como correia de transmissão da classe dominante, aliás, como tudo o que é importado do império…

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=p7Z_7ya2rUM%5D

    1. Mil vezes

      As disputas esportivas. Esse ar militarista realmente não me agrada. Se estão juntos – o que já é difícl – por que não algo mais útil.

  8. Além de investir em

    Além de investir em infra-estrutura, o regime laico e nacionalista de Nasser construiu escolas e universidades no Egito. Sabotado por americanos e israelenses, após a queda de Nasser o Egito ficou dividido entre o Exército e a religião. A desvalorização da educação abriu caminho para a expansão das madrassas, da politização crescente da religião e do fundamentalismo religioso. O resultado foi um país cada vez mais volátil e instável. 

    A experiência egípcia está sendo repetida no Brasil. As igrejas evangélicas serão as madrassas brasileiras assim que o sistema educacional for totalmente desmantelado (algo que já está ocorrendo mediante o congelamento de investimentos na educação e da reforma educacional promovida pelo usurpador com ajuda da bancada do templo). Em breve os pastores nóias estarão transformando suas religiões num instrumento de violência política crescente e permanente. Os ataques aos ícones religiosos dos católicos é apenas uma amostra grátis do que está sendo encubado no Brasil.

  9. Quando a política é levada ao plano comportamental

    Isso – e coisas piores – acontece quando se leva a discussão política para aspectos comportamentais do cotidiano. De algum modo temos contribuído para isso através do tempo, nós e a rede Globo, é claro! Gostaria de fazer um aporte neste debate e de antemão peço desculpas pelo extenso do texto, mas indica também o meu cuidado em trazer para os colegas do blog este aporte.

    A política tem seguido, mais ou menos, a seguinte sequência, nestes últimos 40 anos.

    Política de comunismo e capitalismo: apenas esquerda e direita

    Desde finais do século XIX até os anos 80, havia ainda uma distribuição ideológica de esquerda, centro e direita, confrontando o marxismo e o capitalismo. Eu agregaria ainda, embora em forma pouco compreensível pelo eleitor daqueles anos, uma segunda dimensão em termos de visão internacional e visão nacional, ou seja, haveria esquerda internacional e também esquerda mais nacional e o mesmo com outras ideologias indo para a direita, tendo aqui o PFL como direita nacional e o neoliberalismo emergente como direita internacional. Brasil tinha poucos partidos políticos expressivos.

    Depois da queda do muro de Berlim: internacional ou nacional

    Quando veio o colapso da antiga União Soviética, os partidos políticos começaram a perder a influencia internacional baseada na mera relação esquerda e direita. Na Europa, por exemplo, o pós-comunismo na Polônia veio com Lech Walesa e, sintomaticamente, esta alteração influenciou notavelmente o PCB, de Roberto Freire, que hoje virou um puxadinho da direita, através do PPS. O PCdoB ficou com a versão estritamente nacional do marxismo, apostando na linha de nação soberana com viés social.

    Os tucanos surgem do seio do PMDB influenciados por Washington, trazendo o novo capitalismo global, o chamado neoliberalismo. O PDT de Brizola apostou, desde sempre, na linha nacionalista de centro. O PT consegue criar nesse período uma esquerda operária de raiz estritamente nacional. O PFL e a direita, em geral, antigamente arraigado no chão do Brasil (do tipo ACM) se entrega para o neoliberalismo global.

    Os ventos da emergente comunidade europeia trouxeram os “verdes” e a direita Tatcheriana da Inglaterra. A quantidade de partidos proliferou até quase uma dezena.

    Assim, o quadro político ficou com forte influencia não mais de esquerda ou de direita tradicional, mas agora o espectro político aprofundou a sua verticalização entre a visão internacional e nacional da política partidária, tanto da economia como da própria alternativa de termos uma nação ou sermos colônia, seja pela influencia dos EUA ou da Comunidade Europeia. Esse jogo continuou até o final dos mandatos do Lula.

    A política Comportamental: Para cima ou para baixo da cintura

    Em pouco tempo de governo do PT a direita neoliberal (preponderantemente financeira) compreendeu que nunca ganharia pela via eleitoral na forma como o jogo estava sendo jogado, onde as políticas neoliberais eram radicalmente contra o conceito de nação brasileira e isso era compreendido pelo povo. O sucesso do PT fez que as elites brasileiras contribuíssem para mudar o jogo político tergiversando as coisas mais importantes a discutir nas urnas, como são a Nação autônoma com viés social vs. país-colônia.

    Serra (aquele da bolinha de papel) trouxe até temas de aborto para a campanha política. Houve uma primeira tentativa de tirar Lula do páreo através do “mensalão”. A rede Globo começa então a trazer mais cor nas suas novelas, apostando em criar uma caricatura carnavalesca e modernosa da esquerda local, afastando a esquerda operaria e nacionalista do seio de muitas famílias humildes brasileiras. Foi permitido o esperado beijo gay na novela das oito. A Globo deu um turbinada no PSol principalmente no RJ (contra o avanço da rede Record, por aspectos comerciais),  uma esperta tentativa de empurrar a esquerda da cintura para baixo.

    Em curto espaço de tempo, considerando ainda a extrema permissividade para montar um partido político, setores “comportamentalmente” conservadores, como as igrejas evangélicas, procuraram caminhos diferentes de expressão política, afastando os seus “rebanhos” da contaminação modernosa que a Globo inteligentemente começou a atribuir na conta da esquerda brasileira. Alguns esquerdistas modernosos, que vivem a esquerda de Paris no Brasil de hoje, caíram nesse jogo comportamental. A luta entrou nas escolas, nas expressões culturais e até na possibilidade do terceiro banheiro, levando a discussão política de conteúda, que sempre a esquerda teve, para uma conversa extemporânea e inoportuna, como se fosse essa a prioridade do Brasil de hoje.

    Para fantasiar as verdadeiras intenções do neoliberalismo, o poder das elites conseguiu dividir o enorme apoio popular das teses do PT e do Lula dos dois primeiros governos (Lula saiu com mais de 80% de aprovação popular), fazendo enfrentar populares comportamentalmente conservadores, olhando a família e o sexo, contra operários mais conscientes politicamente. O resultado foi a canalização esperta de grande parcela de eleitores das classes pobres para a direita, não pela compreensão do conceito econômico nacional, mas apenas por assuntos comportamentais. O anti-PT leva o eleitor de algum modo para a direita. A esquerda petista e Lulista perdeu uma grande base eleitoral por conta disso.

    Nesse jogo esperto, os pastores aproveitam as estruturas partidárias para caminhar pela sua conta. Esse caminho obviamente não vai levar o povo para o neoliberalismo, mas sim para um fundamentalismo extremamente perverso para a sociedade brasileira, que nos deixará por séculos no atraso social e econômico. Este é um dos maiores delitos cometidos pela rede Globo e pelos políticos oportunistas contra o Brasil.

    O problema agora é que Bolsonaro foi correndo a ser batizado no Rio Jordan e voltou “evangélico” pegando esses votos para sim. A direita neoliberal/financeira conseguiu dividir a esquerda, mas não levou o fruto para Washington, deixando aquele novo eleitorado anti-PT apenas com Bolsonaro.

    Nesse ínterim, Marina continua com o recall de eleições anteriores e o apoio “verde” (dos dólares do ITAÚ) e da política da “natureza” das ondas europeias, que almejam também o seu quinhão na partilha da Amazônia e do Brasil. O Ciro sempre foi um plano B de Washington, que veste avatar diferente a cada eleição. O Álvaro Dias pegou uma nova onda, embora apenas local ou tupiniquim, de levar a política apenas pelo mérito e pelo combate à corrupção lavajatista.

    Temos hoje mais de 35 partidos políticos no Brasil. Ciro terá ainda muito espação para escolher a nova camiseta para 2022

    Conclusões e Próximos Passos

    A história acontece esta pode ser revertida seguindo o caminho inverso dos fatos:

    Manter latente o Recall do Lula (na cabeça do eleitorado) e dos maravilhosos dois primeiros governos.Focar a discussão política da cintura pra cima. Retomar o confronto entre nação soberana com viés social contra o neoliberalismo colonizador;Ser mais cuidadoso com as cusparadas a Bolsonaro e embates abaixo da cintura com pastores gritões, como o Magno Malta, pois isso é combustível para os evangélicos conservadores.

    A religião não se discute nem segue uma lógica de convencimento, mas, os seus efeitos políticos nessa fatia de eleitores desavisados e ingênuos podem ser mitigados, trazendo o debate para os pontos corretos, necessários e relevantes para esta fase do Brasil e, principalmente, evitar que a rede Globo continue explicitando uma falsa imagem extremamente colorida e carnavalesca acima nossa esquerda operária, combativa e consciente.

    Se o pato é macho ou se o terceiro banheiro é necessário é um assunto que qualquer sociedade desenvolvida e civicamente consciente resolve, da forma que melhor entender, e no momento em que assim achar oportuno. Reconheço que tempos atrás tenho sido um pouco radical nestes assuntos, embora depois de muito refletir e receber patadas de colegas do blog eu tenho tentado ser mais tolerante e respeitador das escolhas dos outros. Mas, esse é outro assunto, a discutir noutro foro. Hoje precisamos termos primeiro uma nação para poder chamar de nossa.

    Hoje a discussão é outra, mas, poderão ver que Ciro não é o único cometa Halley que aparece de 4 em 4 anos. Em breve irão voltar antigos membros deste blog do Nassif querendo explorar os temas racistas, de LGBTs, de homofobia e etc., querendo mudar o foco da discussão, embora alguns destes já é sabido que tentam tirar votos do PT e puxar votos para Marina. O jogo da direita é bravo, pois sabem que no voto não ganham, sem antes enganar o eleitor.

    Caros, grato pela paciência e agradeço muito a quem conseguiu chegar até aqui.

    1. Cavalo de Tróia
      Obrigada pelo comentário. Não me havia caído a ficha da GroB.O. estar encampando pautas da “esquerda colorida” (importantes, mas que foram explorados pela direita).

      Método diabolicamente engenhoso esse aí. Enquanto o “rebanho evangélico” (conservador nos costumes) crescia silenciosamente, a emissora apresentava tais assuntos (aversivos ao “rebanho”) como se fossem “a esquerda”. E isso, ao longo de dez ou quinze anos.

      Pronto, conseguiram empurrar o povo conservador para a direita.

      Que D-us tenha piedade do Brasil.

  10. chocado mas não surpreso

    O que querem? 

    Muito simples, PODER.

    A bancada já mostrou que não está para brincadeiras.

    São toscos, ignorantes, dissimulados, mas têm objetivos bem definidos. (Hitler também ers!!!)

    O projeto deles é conquistar o congresso ou ter uma bancada poderosa (2019), depois, ter um candidato viavel para presidencia (2022). 

    Também vão investir nas careiras da PF, MPF e Judiciario, STF incluso( 2020 – 2030).

    Sem esquecer o militares!

    Têm o dinheiro(di$$imo), o rebanho( votos) e estratégia(Biblia).

    Aí estará tudo dominado!

    A direita laica, sempre burra, acha que os manobra. Ledo engano, serão dominados. Boa parte da esquerda também.

    Será um salve-se quem poder!!!!

    Atrevo-me a dizer que eles criarão um regime fascista-teologico-neoliberal.

    Coisa de Brasil

     

    1. Falou tudo!
      Essa é a síntese de tudo que foi posto neste artigo, e também deste outro.

      https://jornalggn.com.br/noticia/bolsonaro-o-candidato-sabonete-por-eduardo-borges#comment-1231772

      Atrevo-me a dizer que, a menos que ocorra algum MILAGRE (assim mesmo, em letras maiúsculas), esse cenário funesto pode concretizar-se já em 2019.

      Lembre-se de que Bollsonaro é um BONECO dos (falsos) pastores. Além disso, os candidatos evangélicos têm uma estratégia para tirar proveito do modelo proporcional e da negligência do brasileiro para com a eleição legislativa.

      Aos cidadãos de bem, restará apenas ir embora enquanto for tempo, tal como já fora mencionado.

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