Retomada de experiência formativa na Bacia do Prata foi proposta no FAMA

Os cerca de 60 participantes da oficina do FAMA sobre a experiência do “Centro de Saberes e Cuidados Socioambientais da Bacia do Prata” reivindicaram, por aclamação, a retomada deste marcante experimento dialógico, participativo e de formação socioambiental baseado na educação ambiental e no pensamento ambiental latino-americano.

Ocorrida no segundo dia do fórum, a oficina sobre a experiência do “Centro de Saberes e Cuidados Socioambientais da Bacia do Prata” foi realizada de maneira conjugada com outra sobre áreas húmidas, Humedales sin Frontera”, no anfiteatro 15 da Universidade Nacional de Brasília (UnB), ambas inseridas nas atividades autogestionadas do Fórum Alternativo Mundial da Água (FAMA) [1] e tendo em comum a referência ao complexo hidrográfico correspondente à segunda maior bacia de águas transfronteiriças da América do Sul, a bacia do Prata.

O FAMA se organizou fazendo contraponto ao fórum oficial (8º Fórum Mundial da Água – FMA) [2], também chamado de “fórum das corporações”, num cenário global de investida neoliberal sobre as grandes reservas de água do doce do planeta e numa conjuntura nacional de ruptura democrática (consumada pelo Golpe parlamentar-midiático-jurídico-rentista de 2016) e de dilapidação do patrimônio nacional, por meio de tentativas de privatização e de alienação de riquezas naturais do Brasil como água, petróleo, energia, biodiversidade, extensões de terra, dentre outros ativos estratégicos.

Com o objetivo de instigar a reflexão acerca da experiência do Centro de Saberes e contribuir para unificar lutas estratégicas contra a mercantilização da água e da natureza num continente que tem a mais expressiva biodiversidade e 23% da água potável do Planeta Terra, a oficina discutiu os desafios e perspectivas para a rearticulação e fortalecimento de uma rede de saberes e cuidados socioambientais com atores dos 5 países que integram a bacia platina (Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai).

Falas de contexto sobre a experiência do Centro de Saberes

A mesa da oficina foi composta por alguns dos idealizadores e lideranças do Centro de Saberes da bacia do Prata como Miriam Duailibi (Brasil), Nelton Friedrich (Brasil), Oscar Rivas (Paraguai) e o mediador Franklin Jr. Como convidado especial, prestigiando a atividade, também falou o deputado espanhol pelo “Unidos Podemos”, Pedro Arrojo Agudo.

Miriam Duailibi (presidente do Instituto ECOAR para a Cidadania) fez a primeira fala de contexto sobre a experiência do Centro de Saberes destacando as dimensões pedagógica e metodológica que alicerçaram as atividades formativas, dialógicas e participativas da experiência.

Relatou as dificuldades encontradas, principalmente para a institucionalização do Centro, devido a entraves burocráticos envolvendo cinco países com organizações distintas, mas também as formas de superação e a fecundidade dos aprendizados deste processo.

Miriam abordou o histórico de concepção do Centro, que encontrou no processo formativo do Programa Cultivando Água Boa uma inspiração e na então direção da Itaipu Binacional (durante os governos Lula e Dilma) o suporte institucional embrionário que proporcionou o desenvolvimento de uma série de atividades nas porções territoriais dos cinco países da bacia. Miriam também destacou o diferencial transformador que foi a atuação de atores políticos entusiastas da integração latinoamericana, de trajetórias visceralmente comprometidas com a democracia e a sustentabilidade socioambiental, como Jorge Samek e Nelton Miguel Friedrich, à frente da Itaipu.

A orientação pedagógica do Centro de Saberes vincula-se ao legado paulofreireano dos círculos de cultura, a uma Educação Ambiental crítica, emancipatória e transformadora, ao Pensamento Ambiental latinoamericano e às cosmovisões dos povos originários, empregando metodologias dialógicas e participativas baseadas na pesquisa-ação-participante (aprender participando), no diálogo de saberes (originários, tradicionais, populares e técnico-científicos), e nos Círculos de Aprendizagem Permanente (CAPs), estruturados na forma de ‘mandala’ para a formação e capilarização de comunidades de aprendizagem e de ação sócio-política.

Os processos formativos do Centro de Saberes se caracterizam pela busca e construção coletiva do conhecimento por meio do diálogo e da participação, tendo como pressupostos os entendimentos de que: as pessoas são fontes originais de saber; somos todos aprendizes; os círculos de diálogos e saberes são oportunidades de aprendizagem; a aprendizagem se realiza por meio de pessoas que aprendem participando; e a menor unidade do aprender é o círculo de aprendizagem.

Ativista histórico no contexto latino-americano, Oscar Rivas foi um dos atores proeminentes na estruturação do Centro de Saberes, tendo inclusive elaborado a logomarca [3] baseada em pesquisa iconográfica dos elementos simbólicos que identificam os países da bacia platina.

Oscar é diretor do Instituto SOBREVIVENCIA/Amigos de la Tierra, professor da Universidad Nacional de Asunción e ex-Ministro de Meio Ambiente do Paraguay (no então governo Fernando Lugo, deposto por um golpe de estado consumado em junho de 2012, na mesma semana em que ocorria a Rio+20 no Brasil). Ele é candidato a deputado pelo Paraguai nas eleições de abril para o Parlasur (Parlamento do Mercosul).

Ele alinhavou os elos existentes entre a oficina anterior, “Humedales sin Fronteras” [4], com a oficina do Centro de Saberes, realizada na sequência e no mesmo anfiteatro.

A oficina de áreas úmidas desenvolveu um diálogo sobre as ameaças dos megaprojetos e a necessidade de sustentabilidade no sistema de áreas úmidas da bacia do Prata. Ficou muito evidente a relação indissociável entre a água e os ecossistemas e foi ressaltado o papel dos povos originários e das comunidades tradicionais no manejo sustentável, na resistência, proteção e manutenção deste riquíssimo ecossistema aquático.

Rivas delineou o vasto território de águas que é a bacia do Prata (chamada pelos povos originários, especialmente os Guaranis, de “Paragua-y”), a qual abarca, além de toda uma complexa malha fluvial formadora de afluentes colossais como os rios Paraguai, Paraná e Uruguai, também o maior sistema de áreas úmidas do planeta (o Pantanal) e os enormes Aquíferos Guarani e Serra Geral.

 

Tendo vivenciado a ruptura democrática no Paraguai e agora testemunhando o quadro de exceção e descalabro em curso no Brasil, Oscar disse sentir tristeza ao ver as democracias e os sonhos sendo abarrotados, mas também afirmou ver esperança e horizonte nos movimentos de resistência dos povos latinoamericanos.

Ele apontou que o aumento da desigualdade e a degradação dos ecossistemas são sinais de falência do modelo hegemônico de sociedade, afirmando que temos muita responsabilidade no que fazemos hoje para que o amanhã seja melhor.

Oscar Rivas defendeu o resgate e a valorização da ética do cuidado, sendo necessário saber cuidar dos bens comuns para a superação deste cenário difícil. Neste sentido, ele defendeu a continuidade das atividades formativas e a reativação do Centro de Saberes.

Na sequência, a fala foi concedida ao ambientalista e ativista Nelton Miguel Frederich (ex-deputado constituinte, então diretor de Coordenação e Meio Ambiente da Itaipu Binacional e coordenador do Programa Cultivando Água Boa, quando o Centro de Saberes foi concebido). Na gestão de Nelton e Samek à frente da Itaipu, em 2015, o Programa Cultivando Água Boa (CAB) foi considerado pela ONU o melhor programa do mundo em gestão de águas com participação social, conquistando o 1º lugar na categoria “Melhores práticas” do prêmio “Water for Life” [5].

Entusiasta das epistemologias do Sul global e da integração latino-americana, Nelton teve um papel definidor na concepção e viabilização das atividades do Centro de Saberes.

Ele resgatou os primórdios da criação do Centro de Saberes e os principais antecedentes, como o primeiro Fórum Internacional “Diálogos do Prata”, realizado em Foz do Iguaçu (2005), o Fórum Mundial da Água, no México (mar/2006), o V Congresso Iberoamericano de Educação Ambiental, em Joinville (abr/2006) e o primeiro Encontro dos Especialistas em Educação Ambiental da Bacia do Prata, em Foz do Iguaçu (ago/2006), atividades nas quais a ideia foi se adensando e resultando na criação do Centro de Saberes e Cuidados Socioambientais da Bacia do Prata, também no ano de 2006.

O Centro de Saberes nasceu, portanto, no auge do ciclo de governos progressistas sul-americanos e foi beneficiado pelo alinhamento político ímpar ocorrido entre os cinco países da bacia do Prata naquele período, tendo funcionado mais efetivamente entre 2006 e 2013.

Inspirado na ética do cuidado, nos valores democráticos e na cultura da sustentabilidade, o Centro contou com o apoio direto de grandes referências da ecologia de saberes e do pensamento ambiental latino-americano, tais como Leonardo Boff (Brasil), Enrique Leff (México), Carlos Galano (Argentina), Moema Viezzer (Brasil), Oscar Rivas (Paraguai), Fernando Hanacuni (Bolívia), Boaventura de Sousa Santos (Portugal), Ramón Vargas (Argentina), Marcos Sorrentino (Brasil), Rachel Trajber (Brasil), Rosalía Gutierrez (Argentina), Carlos Walter Porto-Gonçalves (Brasil), Esteban Ticona (Bolívia), Hipólito Acevei (Paraguai), Maria Paz Aedo (Chile), dentre outros.

Composto por representações da sociedade civil, universidades, governos, comunidades tradicionais e comunicadores dos cinco países da bacia platina, que se multiplicavam nos Círculos de Aprendizagem Permanente (CAPs), o Centro de Saberes tem por objetivo formar cidadãos e cidadãs por meio de processos educativos que contemplem os princípios e valores dos documentos planetários para um futuro sustentável da bacia do Prata.

Nelton realizou uma apresentação contendo os componentes teórico-conceituais e ações do Centro de Saberes, valendo aqui também mencionar os “eixos de reflexão”:

a) A água como tema integrador;

b) A bacia hidrográfica como território operacional;

c) O pensamento ambiental como marco conceitual da ação;

d) A educação ambiental como mobilizador social; e

e) A construção coletiva de conhecimentos, ações e organização.

Nelton Friedrich ressaltou alguns aspectos da latinidade e dos desafios do Brasil, enfatizando a importância da conscientização da população brasileira acerca da irmandade com os povos vizinhos e suas culturas, assim como o potencial fecundo de realizar aprendizados compartilhados e promover avanços civilizacionais nesta perspectiva integradora.

Mencionou a extraordinária riqueza cultural do subcontinente, dizendo que enquanto o brasileiro no geral se acostumou a comer batata inglesa, a América do Sul possui mais de 5 mil tipos de batatas e isso ainda não é reconhecido e valorizado, assim como os tipos de algodões coloridos do Peru, por exemplo.

Alertou também sobre a histórica cobiça exploratória internacional sobre os nossos bens naturais em detrimento do bem estar da população.

Ele salientou que está exaurido o modelo de sociedade que tem como matriz de pensamento o crescimento infinito, a produção ilimitada, a concepção mecanicista de mundo, o egoísmo, a competição, a separatividade.

Realçou, assim, o potencial de contribuição dos saberes do Sul para uma nova perspectiva civilizacional, baseada na alteridade, na cosmovisão dos povos originários (como o bem viver andino e a terra sem males guarani), nos indicadores de felicidade interna bruta etc.

Para empreender esta tarefa faz-se necessário, então, descolonizar o pensamento (a razão instrumental que sufoca a sensibilidade e outras formas de racionalidade) e desmercantilizar a natureza e a vida para construir uma outra globalização que ele chamou de “globalatinização”.

Face à necessidade de resistir à onda regressiva que neste momento ameaça a cidadania e os direitos na América Latina, e levando em conta a rica experiência do Centro de Saberes, assim como a significativa rede de atores que ele mobilizou nestes anos, Nelton Friedrich instigou o público a se manifestar a respeito, perguntando quem dos presentes se colocariam favoráveis ao resgate e retomada das atividades formativas e mobilizadoras do Centro de Saberes da Bacia do Prata.

 

Os presentes se manifestaram com as mãos para cima por aclamação, de forma praticamente unânime em favor desta retomada de atividades do Centro, que hoje em dia não possui uma plataforma física específica, mas poderá atuar com o apoio de instituições parceiras e de ferramentas digitais. Para a tarefa, Nelton propôs o prazo de 90 dias para a formatação de uma proposta neste sentido.

A fala final coube ao deputado espanhol pelo Podemos, Pedro Arrojo Agudo, convidado especial dos organizadores da oficina, que aproveitaram a sua estada no Brasil para participar do FAMA e do FMA [6], a fim de dialogar com a experiência do Centro de Saberes e as questões relacionadas à bacia do Prata.

Doutor em física e professor emérito da Universidade de Zaragoza, na Espanha, Pedro Arrojo é também ativista e tornou-se uma referência internacional na luta pelo acesso à água como um direito humano e pela gestão pública, participativa e ecossistêmica da água, tendo presidido a fundação “Nueva Cultura del Agua”, coordenado a elaboração do documento sobre a “Ética da Água” (saiba em: https://jornalggn.com.br/blog/franklin-jr/forum-etico-da-agua-um-documento-inspirador-org-pedro-arrojo) e organizado a importante exposição “Água, rios e povos”, a qual expressa o perfil humano dos conflitos e de lutas da água nos quatro cantos do mundo, por meio de fotografias e testemunhos diretos dos afetados (disponível em: https://www.aguariosypueblos.org/).

Arrojo iniciou sua fala apontando o paradoxo da crise da água no planeta azul, dizendo que a escassez afeta cerca de 1 bilhão de habitantes no mundo e que a situação se torna ainda mais alarmante com o cenário acelerado de mudanças climáticas. Ele atribui a crise da água a uma crise do modelo de governança decorrente de duas falhas: a insustentabilidade ambiental e a iniquidade, pobreza e desigualdades sociais.

Movido por uma lógica mercantil e privatista, o modelo neoliberal tem transformado a água, fonte de vida, em vetor de enfermidades, também transformando cidadãos em clientes e colocando os “clientes” pobres em situação de extrema vulnerabilidade. Ele diz que essa concepção deriva da herança de pensamento que enxergava a natureza como coisa a ser dominada, perdendo-se o sentido de pertencimento das sabedorias ancestrais e da própria dinâmica da vida.

Grande inspirador da construção de uma nova cultura da água na Europa e no mundo, que valorize a perspectiva ecossistêmica da água e a participação social e comunitária nos processos de gestão, assim como o aproveitamento de tecnologias sociais e a valorização dos conhecimentos tradicionais, Pedro Arrojo disse que “a nova cultura da água não é nada mais que recuperar a cultura dos povos ancestrais”. Embora reconheça os benefícios do conhecimento técnico e dos avanços tecnológicos, Arrojo considera fundamental o resgate das cosmovisões originárias e, sobretudo, dos valores éticos que elas inspiram.

Após as falas de contexto, foi aberto um diálogo com o público da oficina, do qual surgiram várias sugestões, tais como a de integração com o projeto “Humedales sin Frontera” (Solange Ikeda), de apoio da UNILA à reativação das atividades formativas do Centro de Saberes, bem como do movimento de juventude pela água (João Paulo Angeli), de criação de um observatório das águas da bacia do Prata (João Bosco Senra), de estabelecimento de alianças institucionais para aproveitar a experiência do Centro de Saberes (Tereza Moreira), de reativação ou recriação de um web site para dar suporte às atividades do formativas do Centro (Ana Floriano), dentre outras.  

Embora tenha contado à época (entre 2006 e 2013) com o apoio institucional da Itaipu, dos governos progressistas dos países da bacia do Prata, de universidades e outras instituições, o Centro de Saberes funcionou numa dinâmica de rede colaborativa de atores e instituições. Neste sentido, é possível viabilizar a sua reativação, mesmo sem uma institucionalização formal específica, quando se encontram disponíveis plataformas institucionais de apoio e atores engajados para dinamizar as atividades de formação [7] em educação ambiental, intercâmbio de experiências, diálogo de saberes, de resistência democrática, de emancipação e construção de uma cultura de cuidado com as águas.

Referências

[1] Fórum Alternativo Mundial da Água (FAMA), saiba em: http://fama2018.org/.

[2] Fórum Mundial da Água (FMA), saiba em: http://www.worldwaterforum8.org.

[3] A logomarca do Centro de Saberes e Cuidados Socioambientais da Bacia do Prata foi elaborada por Oscar Rivas, cujos elementos simbólicos representam os cinco países da bacia platina, incorporando as cores representativas dos mesmos, e traduzem: no centro, a fauna mítica (o jaguar, o jacaré, o peixe, o condor e a anaconda); no círculo seguinte, a representação dos seres humanos, unidos pela cabeça e pelos pés, no simbolismo de se ligar pelo pensamento e pela caminhada; e circunscrevendo os dois círculos o desenho das ondas que sugerem as águas da bacia do Prata.

[4] Saiba como foi a oficina “Humedales sin Frontera”, disponível em: https://www.caceresnoticias.com.br/cidade/sociedade-civil-do-pantanal-participa-do-forum-alternativo-das-aguas-e-forum-mundial-das-aguas/649551.

[5] O programa Cultivando Água Boa foi premiado pela ONU em 2015, sendo considerado o melhor do mundo em gestão de águas. Confira em: http://www.un.org/waterforlifedecade/winners2015.shtml.

[6] Em emblemática entrevista ao “Brasil de Fato”, Pedro Arrojo elucida as diferenças entre os dois fóruns da água (o oficial/corporativo e o alternativo), apontando desafios e enaltecendo o FAMA: “É um lugar onde se está fazendo uma coisa, que para mim é histórica no Brasil, e que é muito importante a nível global – na Espanha isso já está mais avançado – que é a convergência das duas frentes de luta que existem no mundo atualmente. A primeira é a frente de luta contra os mega projetos, as mega represas, transposições, o fracking e a mineração a céu aberto. Tudo isso está agrupado em uma frente de luta onde os ecologistas, os atingidos por esses projetos, indígenas, camponeses, entre eles o MAB e o MST, estão juntos. E na segunda frente estão os movimentos que se levantaram nos últimos anos contra a privatização dos serviços de saneamento nas capitais, nas cidades. Neste outro movimento estão os sindicatos mais tradicionais, as comunidades locais, usuários, outro componentes sociais, vinculados à esquerda tradicional, que olham aos outros movimentos com desconfiança, porque lhes parecem movimentos contra o progresso e o desenvolvimento. […] Por isso eu insisto que, no FAMA, esses movimentos devem estar unidos, ao invés de se manterem desconfiados uns dos outros. Tem que ser feito um discurso comum, diante desse processo geral de mercantilização e da privatização da natureza e dos princípios básicos que são tão necessários aos seres humanos”. Confira na íntegra em: https://www.brasildefato.com.br/2018/03/21/corporacoes-ocupam-lugar-das-nacoes-unidas-no-tema-da-agua-diz-deputado-do-podemos/.

[7] Caderno formativo do Centro de Saberes e Cuidados Socioambientais da Bacia do Prata utilizado como “cardápio de aprendizagem” no Encontro ocorrido da Unicamp em 2008 – disponível em: http://www.mma.gov.br/estruturas/srhu2008/_publicacao/157_publicacao03032011050756.pdf.

 

LEIA TAMBÉM:

Declaração Final do FAMA reafirma: “água não é mercadoria, a água é do povo”

http://fama2018.org/2018/03/22/declaracao-final-do-fama-reafirma-agua-nao-e-mercadoria-agua-e-do-povo/

Fórum Ético da Água, um documento inspirador

https://jornalggn.com.br/blog/franklin-jr/forum-etico-da-agua-um-documento-inspirador-org-pedro-arrojo

Redação

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