
Chefe interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) desde a última quarta-feira (19), Ricardo Cappelli concedeu uma entrevista exclusiva ao TV GGN 20 Horas.
Sobre a polêmica em torno da participação do general Gonçalves Dias, ex-chefe da pasta, na invasão dos Poderes, Cappelli acredita que as equipes ainda sofriam influência do general Heleno, responsável pelo gabinete durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), que montou o ministério. O novo mandante acredita ainda que Dias ainda não tinha se adaptado aos trâmites do gabinete.
“O GSI tem uma característica de órgão de Estado. Os servidores que aqui estão são servidores de carreira de Estado. O general G. Dias tinha apenas 6 dias à frente do GSI. Em 6 dias você conhece bem como funcionam estruturas de Estado, como é o GSI?”, questiona.
Convite
Ricardo Cappelli assumiu o GSI a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva interinamente e não sabe quanto tempo ficará no cargo. Mas ficou responsável por acelerar a renovação dos servidores da pasta.
Até novas definições, ele está se dedicando ao estudo do ministério, a fim de mapear a conjuntura para entregar ao chefe do Executivo após a estadia na Europa.
“Já que estou aqui, estou levantando o máximo de informações possíveis no que diz respeito ao conteúdo e atribuições funcionais, para que o presidente, à luz desse equilíbrio entre conjuntura e projeto estratégico do País, possa tomar as suas decisões na volta da viagem.”
8 de janeiro
Secretário-executivo do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, Cappelli garante que os envolvidos nos atos antidemocráticos que resultaram na destruição das sedes dos Três Poderes, militares ou civis, serão responsabilizados.
O número 2 do ministério garante que as imagens das invasões são objetivas e que, a partir delas, será possível individualizar condutas.
Desta forma, a operação Lesa Pátria não tem data para acabar e os invasores identificados poderão responder por crimes de depredação do patrimônio público, invasão e atentado ao estado democrático de direito.
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Militar no Brasil está se tornando sinônimo de “perigo” tal os envolvimentos vergonhosos e até criminosos, que se sucedem sem parar. O nível de baixarias e degradações que oficiais de alta patente são citados em noticiários só não é mais trágico, do que a pasmaceira e falta de interesse da alta cúpula militar, em bater de frente, tentar corrigir e salvar a instituição das forças aramadas das garras desses péssimos exemplos de militares. Porém, se após mais de 500 do descobrimento a coisa só piora, fica difícil esperar uma melhora das forças aramadas com essa turma de oficiais atuais. É o que eu penso.