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O magnata da comunicação social Rupert Murdoch admitiu que comentadores da Fox News apoiaram alegações falsas de que as presidenciais de 2020 foram roubadas do ex-presidente Donald Trump, segundo documentos tornados públicos por um tribunal na segunda-feira (27).
“Alguns dos nossos comentaristas apoiaram-nas”, admitiu Murdoch, sob juramento, quando questionado, num processo de difamação, se algum dos analistas da emissora – Lou Dobbs, Maria Bartiromo, Jeanine Pirro e Sean Hannity – defenderam a alegação falsa de que a vitória eleitoral não pertencia ao atual presidente norte-americano, Joe Biden.
O empresário disse que não interveio para impedir que os comentaristas promovessem suas alegações falsas. Negou, porém, que a Fox News tenha apoiado a eleição de Donald Trump.
Nas declarações, o diretor executivo da Fox Corporation referiu-se a algumas das mentiras eleitorais de Trump como “disparates”.
A Fox News, por sua vez, atacou a empresa que a levou a tribunal, a Dominion, que comercializa software de votação eletrônica, classificando o processo judicial de duvidoso.
“O processo da Dominion concentrou-se sempre mais no que irá gerar manchetes do que no que pode resistir a um escrutínio legal e factual”, disse, de acordo com uma declaração publicada pela norte-americana CNN.
A Fox News tem defendido que as declarações de seus comentaristas e convidados sobre fraude eleitoral foram retiradas do contexto.
A Dominion, que apresentou o processo judicial de 1,6 mil milhões de dólares, tenta provar que os responsáveis pela direção do canal noticioso sabiam que as declarações de Trump eram falsas, mas que as transmitiram de qualquer forma com vista ao lucro.
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