Segundo o Ibope, Jango teria sido reeleito em 65

A primeira vez que ouvi falar nas pesquisas do Ibope sobre o governo Jango foi em um congresso da Wapor (a associação latino-americana de pesquisas de opinião) em Belo Horizonte. Participei de um debate sobre o novo papel dos blogs junto à opinião pública. Um dos papers apresentados mencionava dados gerais da pesquisa, localizada nos arquivos que o Ibope doou à Unicamp.

Nesta semana, na Carta Capital, há uma entrevista de Rodrigo Martins com o historiador Luiz Antônio Dias sobre as pesquisas. Os números são impressionantes:

· Em junho de 1963, Jango era aprovado por 66% da população de São Paulo, desempenho superior ao do governador Adhemar de Barros (59%) e do prefeito Prestes Maia (38%).

· Pesquisa de março de 1964 revela que, caso fosse candidato no ano seguinte, Goulart teria mais da metade das intenções de voto na maioria das capitais pesquisadas. Apenas em Fortaleza e Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek tinha percentuais maiores

· Havia amplo apoio à reforma agrária, com um índice superior a 70% em algumas capitais.

· Pesquisa na semana anterior ao golpe, realizada em São Paulo a pedido da Fecomercio, apontava que 72% da população aprovava o governo Jango.

·  Entre os mais pobres a popularidade alcançava 86%.

· 55% dos paulistanos consideravam as medidas anunciadas por Goulart no Comício da Central do Brasil, em 13 de março, como de real interesse para o povo.

· Entre as classes A e B, a rejeição a Goulart era um pouco maior em 1964. Ao menos 27% avaliavam o governo como ruim ou péssimo na capital paulista.

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É o mais contundente documento até agora divulgado sobre o desproporcional poder político dos grupos de mídia na democracia brasileira e latino-americana no século 20.

Quase todas as ditaduras latino-americanas foram implementadas por meio de golpes de Estado legitimados por um suposto apoio da opinião pública. E esse apoio era medido exclusivamente pelo volume de notícias veiculados nos grupos de mídia, e pela mobilização que conseguiam em algumas classes sociais. Um enorme espectro da opinião pública passava ao largo desse jogo restrito.

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Depois da redemocratização, houve vários golpes de Estado institucionalizados no continente, não apenas contra governos ditos de esquerda – como o fracassado golpe contra o venezuelano Hugo Chávez – como contra governos tidos como de direita – Fernando Collor, no Brasil, Carlos Andrés Perez, na Venezuela.

Em todos os episódios, juntavam-se interesses contrariados de grupos políticos e de grupos de mídia. Levantavam-se denúncias sólidas ou meros factoides, criava-se a atoarda, passando a sensação de que a maioria da opinião pública desejava a queda do governante.

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O ponto mais relevante das pesquisas do Ibope é mostrar que a chamada opinião pública midiática sempre foi um segmento minoritário indo a reboque de uma aliança que incluíam os grupos, alguns partidos conservadores e alguns interesses do grande capital.

Esse modelo, que domina o debate econômico e político em todo século 20, chega ao fim com o advento das redes sociais.

Luis Nassif

142 Comentários

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  1. E agora?, hoje sabemos disso,

    E agora?, hoje sabemos disso, mas naquela época não. A manipulação era a constante da informação. Portanto, nada mais a declarar (prefazeando o Ministro Falcão da Justiça), do que um golpe se avizinhava, tal como hoje, mas com um grande diferencial em ações, numeros e informações. Veremos 2014. O principal “astro” sabemos quem é. 

     

  2. Jango foi o herdeiro político de Getúlio Vargas

    Os eleitores de Getúlio, o pai dos pobres, seriam posteriormente os de Jango. Eu vivi aquela época. Era criança, mas pude perceber a grande popularidade de Jango. Não só a dele, como a da pleiade de ministros envolvidos em seu projeto. Paulo Freire já tinha se notabilizado pela criação do MOBRAL. Celso Furtado, Darcy Ribeiro, Severo Gomes, Waldir Pires, Brizola faziam parte de seu governo, e eram as melhores cabeças do Brasil. Não havia ali nenhum comunista. Nenhuma revolução era cogitada sequer. O perigo, para as forças reacionárias, era a Reforma Agrária, e também nunca engoliram a decretação de um salário mínimo nacional, o que foi conseguido após muita luta.  O povo estava feliz e esperançoso. E, a tal marcha teve muito apoio de parte da Igreja Católica em sua organização, certamente, interessada em aniquilar a Teologia da Libertação. Foi nitidamente um golpe para deter as forças progressistas, que enfim tinham se alinhado em torno de projetos viáveis e com pleno apoio popular.

    1. De pleno acordo com o seu

      De pleno acordo com o seu comentário. Também guri vivenciei esse período. Meu pai chorava pelo que estavam fazendo em 64. Parecia que perdia uma fortuna. Trabalhava e lutava o dia a dia mas sobreviviamos. Jango lhe trouxe uma renovação da esperança. O meu velho pai era um admirador de Vargas pois moravamos ao lado do Palácio do Catete. Enfim, passou as “águas” e nada melhor que discutir de fato o porque dessa revolução que nasceu em S.Paulo e combinação com Minas Gerais, estados de extremo poder financeiro e manipulador. Querem mexer com o PT ai temos o troco. Que em 2014 seja de fato uma disputa politizada. A direita tem que mostrar a cara. 

  3. Em sendo verdadeiros os dados

    Em sendo verdadeiros os dados a revelação é impressionante e mostra o que todos sabiam: o Golpe de 64 foi orquestrado por meia dúzia para beneficiar uma dúzia, contanto com o amplo apoio da parte mais reacionária da classe média. Deu no que deu. Mas me pergunto se essa força, mesmo na era das mídias sociais, ainda não é grande. Observo que pode não ser grande o bastante para virar uma eleição ou derrubar um governo, mas ainda é poderosa o suficiente para influenciar no imaginário na população, Vide o episódio do mensalão. Para agravar essas vozes conservadoras ainda tem imensa influencia sobre a mesma parcela da classe média reacionária. É só observar os comentários altamentente preconceituosos que surgem todos os dias em certos blogs, sem falar nos comentários insanos que surgiram na eleição de 2010 (ou alguém esqueceu a Mayara Peruso?). Para mim isto gera uma dúvida: estas forças reacionárias por ora parecem controladas, mas não surgirá o momento em que elas se tornem dominantes? Sim, porque mortas não estão e sabe como é: de tanto martelar uma hora a coisa pega, principalmente quando se é  pouco, falsamente, ou mal instruído.

    1. Tomara.
      Se for para defender

      Tomara.

      Se for para defender o Brasil contra a sanha comunosocialista como em 64, adoraria ver o som das lagartas dos  tanques e dos soldados do exercito me acordando diante da minha rua..

       

      1. Caramba!

        Caramba cidadão, já estou até visualizando você em frente a tua casa, tua cara de êxtase, com língua inchada prá fora, impregnada de graxa e merda de cachorro, de tanto lamber as solas dos coturnos…

  4. As razões do golpe

    Nassif, eu nunca tinha lido uma lista tão perfeita das razões do golpe de 64. A parte (tragi)cômica é que os mesmos de sempre lêem agora as pesquisas e as notícias que indicam a reeleição da Dilma e continuam com os mesmos pensamentos de sempre.

  5. Mas, qual a dúvida?

    Em 1955, candidato à vice-presidência,  Jango recebeu mais votos que Juscelino Kubitschek, candidato à presidente (naquela época, as votações para presidente e vice eram separadas)

    Em 1960, elegeu-se vice-presidente apesar do seu companheiro de chapa, o marechal Lott ter sido derrotado.

    Era querido pelo povo, como iria perder as eleições?

    Por isso, o golpe.

  6. Acho este artigo muito
    Acho este artigo muito discutível. Em 64 havia uma polarização da sociedade. A esquerda achando que o poder estava próximo e a direita achando que se nao agisse, haveria uma revolução comunista. Jango, embora de fato nao fosse um comunista, tentava se equilibrar entre as 2 grandes vertentes da sociedade. Estava do lado esquerdo, mas nao queria romper com a direita. Nenhum lado prezava a democracia como pedra fundamental da sociedade.O governo JG foi uma zona. primeiro demorou semanas para assumir, depois criou-se a saída parlamentar, depois o plebicito. A economia ia de mal a pior e a sociedade acabava se manifestando pelo seu lado mais extremos.quando JG achou que deveria optar pela esquerda, foi a senha para a direita agir. Caso Jango tivesse tempo de fazer a máquina rodar, quem daria o golpe seria a esquerda. Infelizmente, esta era o quadro da época e principalmente a percepção de cada lado.

    1. Jango já tinha sido ministro

      Jango já tinha sido ministro do trabalho de Getúlio, e tinha posição política e planos muito bem definidos. Fez a equipe que quiz, sem constrangimento de partidos. Estava sucedendo Jânio Quadros, que este sim, teve um governo tumultuado, durou só 8 meses, e saiu alegando impossibilidade de governar por ação de forças ocultas. Mas, o governo de Jango em si era íntegro, e a situação econômica não era excepcionalmente ruim. Aliás, naquele tempo, o Econômico não tinha o peso que tem hoje na comoção social. Não era algo tão valorizado e utilizado na elaboração política quanto foi na década de 90. Não havia nenhum ponto de descontentamento por camadas sociais desinteressadas, e nem a tal marcha teve participação tão massissa. O fato foi que, para assumir, tentaram antes limitar-lhe o poder com a sugestão do Parlamentarismo. Mas esta foi derrotada em plebiscito popular; para você ver como ele era bem quisto, o povo entendeu bem, e votou contra o Parlamentarismo e à favor de Jango. Destacou-se no acirramento da crítica, Carlos Lacerda, jornalista, que era governador do RJ, o mesmo que já se empenhara antes em derrubar Getúlio _ era da UDN. Ele xingava e vociferava, chegando a ameaçar Jango de morte em pleno ar, no rádio. Apenas os donos do poder estavam raivosos e aliciaram parte da Igreja, que também ficou preocupada com a opção pelos pobres da Teologia da Libertação. Mas, sem dúvida, a grande massa apoiava Jango, cuja pessoa de maior confiança, um militar, soube-se há pouco tempo teria recebido 3 malas com dólares para desempará-lo, se não, poderia ter sido anulado o ato de Auro de Moura Andrade ter decretado vacância de poder, ilegalmente, quando Jango foi buscar apoio do RS. 

      1. E muito difícil Saber o que
        E muito difícil Saber o que aconteceria caso nao houvesse o golpe. Independente da opinião de quem nao viveu a época e nao trem condições de avaliar certas situações, havia sim uma polarização, que eu diria que era mundial entre esquerda ( na época, diferente de hoje, objetivando unicamente implantar o comunismo) e direita ( que acreditava que para combater a esquerda, valia tudo). Insisto que o governo JG foi uma zona. A chegada ao poder, após a renuncia de Jânio, demorou e só foi possível pela campanha do RS( Brizola e 3.o exercito). O acordo de parlamentarismo foi um fracasso pelos sucessivos gabinetes. O Plebiscito de fato aumentou a forca de JG, mas a inflação, e o discurso da esquerda ( nao estou entrando no mérito se a esquerda teria este poder ), com um radicalismo maior que as ações, fizeram que os setores da Igreja, boa parte do exercito, empresários e classe media se assustassem achando que o comunismo estava a caminho. Como já disse, a esquerda nunca teve qualquer compromisso em manter uma democracia ( em ultima analise, o objetivo era a ditadura do proletariado) e a direita, da mesma forma achava que democracia seria balela perto do ” perigo comunista” Se isto nao era uma sociedade polarizada e dividida, nao sei o que seria? Hoje, basicamente, muitos setores a esquerda e a direita pensariam em golpe tb, mas sabem que nao há campo para isso. Neste ponto o Brasil avançou muito.

    2. Que polarização?…….A vida

      Que polarização?…….A vida politica se resumia aos quartéis de sempre, os sindicatos que se aglutinavam e eram criados e mesmo assim, boa parte dessas entidades sindicais  eram dirigidas por oriundos dos quadros do Governo, tais como a dos aeronautas que tinha o seu presidente um comandante da Varig e ex-coronel da Força Aérea, assim como outros sindicatos. O que foi feito foi subversão da ordem almejada por quem queria aplicar o “golpe” e articulação com as forças conservadoras para manter o “status quo”……Vai estudar e não venha com “churumelas”,,,,,,,,,,Não se dá muita importancia ao IBOPE, mas certamente havia a medição da satisfação popular pelo novo Governo do João Goulart. Até mesmo o então General Lott se o Jango ganhasse as eleições seria ele o principal Ministro Militar. 

  7. Interrupção para salvar o próximo

    A lógica mostra que as interrupções que os poderes ocultos utilizam para deter a democracia são normalmente para “salvar” o próximo governo e não necessariamente para derrubar o atual.

    Procurei na internet, mas não acho os números. Lembro que, em 1992, antes do impeachment do Collor, as pesquisas indicavam que, se o seu Governo não fosse interrompido, daria Lula ou Brizola no próximo Governo. Graças ao impeachment, mediante fogo amigo, a direita brasileira conseguiu pavimentar o caminho do então inexpressivo FHC.

    1. Esse caso de como Collor caiu também tem muitas obscuridades

      Tudo poderia estar mais coerente com a versão oficial se alguns de sua equipe econômica não tivessem sido mantidos, e tão poderosos, nos governos subsequentes. Afinal, Pedro Malan e Armínio Fraga não eram da equipe econômica de Collor ? Não deveriam ter sucumbido junto com este ? E André Lara Resende, que teria sido quem propôs a Collor o confisco das cadernetas de poupança ? E depois, a estranha morte de PC Farias. Não sei não. Para falar a verdade, não sei direito porque Collor caiu. Me parece que ele só serviu mesmo para afastar Lula, feito isso, por algum motivo qualquer cairia fatalmente. Assim como devem fazer depois com JB.

      1. ValeTudo

        Foi época do Vale Tudo e demonstrou a força do PIG para elevar ou derrubar pessoas. O Itamar, que era questionado por suposta homossexualidade, foi convertido num verdadeiro machão, num prazo de duas semanas; começando com uma moça sem calcinha no camarote do carnaval, seguindo pelo extraordinário “cumprimento do dever” da Major Doralice, da PM de Minas Gerais, que fez um brilhante papel de primeira dama, embora, apenas pelo tempo suficiente de acabar com os “rumores”. O MMM – Movimento Machão Mineiro outorgou ao Itamar o premio de Machão do Ano.

         

      2. Poder

        Oi, Nilcemar! Não sei se é verdade mas uma fofoca que correu na época era que o Collor estava para adquirir a rede Manchete e criar uma grande concorrência a hegemônica Globo. Pode não ser verdade mas é um bom motivo. Os caras pintadas não me convencem até hoje.

  8. É claro que

    Popularidade e aprovação eram os símbolos inegáveis do PTB de Getúlio e Jango e do PSD de Juscelino. À UDN, partido conservador, que reunia os capachos dos USA, antinacionalista e antitrabalhista, só restava fazer oposição. Eram donos da mídia, mas não tinham votos. Tanto é, que para ganharem uma eleição, tiveram que arranjar um fantoche e criar teatralmente um salvador da pátria. Se associaram à um bocó do PDC, renegando o Juraci Magalhães que era de sua legenda. Deram com os burros n’água, pois o energumeno caolho de Mato Grosso mijou no prato que comeu, como era de se esperar de um marionete manipulado pelo IBAD. Fechar a carteira de redesconto do Banco do Brasil, dar continuidade à nacionalização da ESSO, fazer as reformas de base e proibir a HANNA de minerar, foram a causa da mentira criada pelos gringos de que se intencionava uma república sindicalista.

  9. Aí Nassif…é bom lembrar que

    Aí Nassif…é bom lembrar que a acurácia das previsões do Ibope da época eram baixas, que ele só cobria uma pequena parte do país e do eleitorado, etc…

    Calma pessoal …..        Mas cobria exatamente a parcela da população que apoiou o golpe. O que quer dizer que os apoiadores de JG provavelmente estavam subrepresentados na amostra. E esse argumento, que já se conhece faz muito tempo, nunca impactou os historiadores da política que insistiam em chamar Goulart de João Banana, querendo fazer crer que a voz dos jornais de sempre eram a voz do povo. Desculpem a insist~encia, mas está mais do que na hora de registerar que historiador, sociólogo, cientista político e jornalista que insistem em esquecer essas evidências são, antes de tudo profissionais negligentes.   

  10. Rapaz, uma “pesquisa” feita

    Rapaz, uma “pesquisa” feita em 64 sabe lá com que método e todo mundo acredita? O IBOPE daquela época era confiável?

    Um pouquinho forçado, né?

    1. Boa “pregunta”…mas não se

      Boa “pregunta”…mas não se “avexe”..:)

      O IPOPE era tão confiável…quanto é hoje pela turma da FIESP, ABERT, e ABI. Para êles cumpre o seu papel…higiênico para embrulhar o ELEITOR.

      Mais ou menos como as atuais “primaveras árabes” pelo mundo…a da Ucrânia começou na “universidade de jornalismo” ( que coincidência, não…) que de primavera não teem nada. Morrem milhares e só interessa o espólio que pode ser disputado pelos que as promoveram.

      O POVO MESMO…NÃO DÁ SUPORTE A ISSO…MAS ADORA APARECER ONDE TEM CÂMARA LIGADA PARA DAR TCHAUZINHO…;) Até em velório.

    2. Cada pergunta…

      Tão confiável quanto hoje…

      Na verdade, as pesquisas mais confiáveis são aquelas feitas por um instituto de oposição aos que se saem bem nas suas próprias pesquisas.

      A mneos que vc também não consiga perceber isto.

  11. Só se derrubam vencedores, nunca perdedores.

    Jango foi derrubado porque venceria as eleições e implantaria reformas estruturantes, algumas delas aproveitadas pela ditadura,  e outras que estão sendo realizadas nos governos pós ditadura, foi derrubado porque prometeu realizar a democracia no sentido de criar uma independência maior em relação aos EUA (motivo ainda nos dias atuais de grande disputas) e criar oportunidades acessíveis para toda a coletividade e não apenas para um grupo restrito.

    A questão não era exatamente Jango, e sim a força da população não só no Brasil como em todo o continente (tanto que os golpes ocorreram em quase todos os países) que exigia mudanças para que a democracia avançasse.

    O golpe conseguiu a vitória, e mesmo com vários governos de esquerda eleitos e reeleitos poucos avanços são conseguidos e a custo altíssimo.

    A vitória dos golpes militares no continente foram vitoriosos pois nos seus longos períodos conseguiram implementar uma lavagem cerebral nas suas populações.

    É assim que até os dias de hoje os meios de informação ainda se referem às pessoas que resistiram ao golpe como subversivos, terroristas, agitadores da ordem, quando o “conhecimento” mundial democrático afirma  como um direito toda rebelião contra ditaduras e tiranias, considerando as ações contrárias como legítimas e como um dever do cidadão.

    Só muito recentemente é que a nossa grande imprensa deixou de nominar aquele período nefasto como “revolução” e não como o que deveria ser classificado em qualquer estudo, análise e concepção do que ocorreu; golpe militar.

    A vitória do golpe militar se deu porque solidificou o conservadorismo, a falta de pensamento reflexivo e a alta concentração de poder em todos os segmentos da sociedade seja na área econômica, seja na área política, ou nos meios de comunicação,  tanto que os filhos do poder militar como, ACM, Sarney, Maluf e outros, continuaram mandando no país mesmo nos governos pós ditadura, tamanha a força que a eles foram  concedidas, e não estranhamente são donos de impérios de mídia regionais “doados” pelos militares e  são também detentores de riqueza incomum, fruto da imensa corrupção que ocorria naquele período para garantir a sustentação e reconhecimento dos militares no poder.

    1. Assis, não sei se você se

      Assis, não sei se você se lembra disso, mas me ficou gravado na memória algo de muito estranho em relação a Ulisses Guimarães. Eram tempos áureos para ele os da Constituição Cidadã, evento em que ele era figura de proa. Mas, inexplicavelmente, começou uma onda estranha contra ele, como que uma ignoração e omissão dos louros que ele merecia por tal feito. Tanto, que no dia da promulgação televisionou e eu vi que teve um episódio triste, parece que ele chegou a cair, estava muito mal mesmo, e foi amparado por Lula, me lembro disso. E, de fato, alguns anos depois teve aquela morte estranha, e com Severo Gomes, justamente, o ex-ministro de Jango, favorável à Reforma Agrária. E mesmo hoje pouco se fala nesses dois importantes personagens, foram condenados ao ostracismo pós morte, assim como Jango e outros. O que será que representou aos donos do poder Ulisses Guimarães ? Queriam liquidar de vez a era Jango, queriam invalidar a nova Constituição, ambos ?

        1. A história vista desde um Helicóptero

          Acidentes de helicóptero sempre trazem histórias estranhas. Os protagonistas são divididos em heróis, vilões e, alguns caem no “silencio conspiratório” por parte da imprensa. Ulysses e Severo praticamente desapareceram, com helicóptero e tudo. Na praia de Maresia, SP, o helicóptero com filho de Abílio Diniz cai no mar. Esse jovem atleta nada vigorosamente (e solitariamente) até a praia; toma um banho quente e, depois de relaxar, liga para o socorro. A “namorada” do Diniz descobriu tarde que o amor não era tão grande assim. Já em Minas Gerais, o helicóptero aparece inteiro, os donos são liberados e ninguém sabe nada sobre a droga.

          1. Mais um dislexico

            Mais um dislexico precisando de ajuda. Ter de desenhar para explicar o que se disse. As pessoas que frequentam escolas são aquelas que fazem os helicópteros voarem. Não as que derrubam com a ajuda da gravidade. Nem as que gastam seu tempo com respostas fúteis beirando a trollagem.

    2. Golpe Militar?

      Caro Assis, depois de toda a informação liberada nestes últimos anos em relação ao golpe de 64 me recuso a aceitar a denominação de golpe militar. Foi um golpe Civil e Militar com ajuda financeira e operacional americana.

  12.  
    Documentos do Departamento

     

    Documentos do Departamento de Estado Norte Americano demonstram que o presidente Kennedy tinha pleno conhecimento de que o comunismo no Brasil era inexpressivo e a bandeira de combate ao comunismo seria usada para atacar os nacionalistas e derrubar o governo Jango.

     

  13. Jango/Ibope/64


    Nassif, ao final do seu texto, você afirma que as redes eliminaram essa prática de a velha mídia ser a opinião pública. Mas será que isso acabou mesmo? Dois exemplos recentes: a maioria acredita que o resultado do “julgamento” do apelidado, por essa mesma “imprensa”, de Mensalão, foi um anseio da “opinião pública”. Assim também, por ação da mídia ideológica, hoje, boa parte de desmemoriados ou ignorantes acham que as manifestações de rua de junho, aconteceram contra o governo federal. Espero que o governo central, inconscientemente, não ssuma algum tipo de defesa em relação a isso, porqe seria como “passar recibo”. E.T.: maldita mídia!!!

  14. jango

    O TEXTO TEM UMA INFORMAÇÃO HISTÓRICA ERRADA NÃO HAVIA REELEIÇÃO PARA PRESIDENTE.

    NAQUELA ÉPOCA HAVIA ELEIÇÃO SIMULTANEA PARA PRESIDENTE E VICE SEPARADEMENTE.

    JANGO TANTO NAS CAMPANHAS PARA VICE PARA OS GOVERNO JK E JANIO FOI ELEITO.

    OS PARTIDOS DAQUALA ÉPOCA SABIAM DA RESISTÊNCIA DOS MILITARES A JANGO NO CASO O PTB E PSD. JAMAIS COLOCARIAM ELE PARA CONCORRER A ELEIÇÃO DE PRESIDENTE. SEMPRE PARA VICE-PRESIDENTE.

    A RESISTÊNCIA DA OPOSIÇÃO EM 1960 NA ELEIÇÃO E QUE ELE ERA HERDEIRO POLÍTICO DE VARGAS.

    O VICE-PRESIDENTE SIM PODIA CONCORRER  VÁRIAS QUE NÃO TINHA PROBLEMA E É POR ISSO QUE JANGO FOI ELEITO DUAS VEZES NAS ELEIÇÕES DE JK E JANIO QUADROS COMO . 

    JANGO NA ELEIÇÃO ERA DO PTB UM PARTIDO. JANIO QUADROS ERA DA UDN.  

    PTB E UDN  JAMAIS COLIGAVAM EM ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS NAQUELA ÉPOCA  ERAM RIVAIS POLÍTICOS PIOR QUE O PT E O PSDB HOJE TENDO O PSD ( QUE NÃO TEM HAVER ATUAL PARTIDO) COMO FIEL DA BALANÇA .

    CERTO É QUE JUSCELINO EM 1964 TINHA OS ALTOS ÍNDICES DE POPULARIDADES PARA AS ELEIÇÕES DE 1965.  O RESULTADO DISSO FOI QUE ELE FOI UM PRIMEIROS POLÍTICOS DO PARLAMENTO A PERDER MANDATO DE SENADO.

    1. Ué ? Se Jango estava na

      Ué ? Se Jango estava na presidência pela condição de vice de Jânio, acho que poderia se candidatar na próxima eleição a presidente, seria sua 1ª candidatura, ou não ?

    2. Não há erro algum

      Não há nenhuma informação errada. João Goulart nunca foi eleito Presidente do Brasil. Foi eleito vice em duas oportunidades e assumiu a Presidência logo após a renúncia de Jânio Quadros (graças a Campanha da Legalidade empreendida por Leonel Brizola). 

       

      Logo, não há que se falar em “reeleição” de João Goulart em 1965, pois em 1960 ele NÃO foi eleito presidente, mas vice presidente! Este era o grande debate jurídico da época, com os conservadores sem votos grunhindo posições contrárias à candidatura de Jango, e os trabalhistas dizendo que Jango tinha totais condições de concorrer em 1965.

       

      Por fora desta disputa entre a mídia venal da época e a UDN, contra as pretensões de Jango para 1965, corria a candidatura do ex governador gaúcho e atual (na época) deputado federal pela Guanabara, Leonel de Moura Brizola.

       

      Preocupado com o desfecho da questão Jango, Brizola colocou o time na rua e havia até slogan para defender a hipotética candidatura de Brizola: “Cunhado não é parente, Brizola Presidente”.

       

      Enquanto o PTB crescia ininterruptamente, a UDN desmanchava e o PSD estagnava. Juscelino já não tinha mais toda a força política auferida quando deixou a presidência em 1960 e Lacerda jamais venceria o pleito presidencial de 1965. 

       

      Este foi o caldo de cultura que propiciou aos conservadores sem votos a feitura de um golpe preventivo contra Jango, com o apoio dos EUA.

  15. Ue’ , o desenterrado Jango

    Ue’ , o desenterrado Jango nao teve a sua presidencia restituida semanas atras pelo Congresso?  Se as pesquisas estiverem certas, ganha facil a proxima eleicao, nem precisa de segundo turno. Alias, sem querer fazer ironia, acho que Goulart l’a do tumulo, seria melhor governante do a sofrivel Dilma Rousseff, pelo menos nao falarias tantas asneiras mundo a fora.

    O LN as vezes da’ umas viajadas homericas. A velha mania do brasileiro de andar pra frente olhando pelo retrovisor, vamos chegar sempre atrasados..

     

    1. Com certeza, ganha pelo voto popular

      Jango, Dilma, Lula etc. Mas, estamos vendo que a soberania popular está sendo sistematicamente questionada e afrontada. Estamos analisando como vai se a afronta final este ano que entra. A luta é da soberania popular ( democracia ) X golpistas.

    2. Sr. Walker, não seja

      Sr. Walker, não seja grosseiro. Discorde das idéias, mas não insulte a figura de João Goulart. A direita selvagem já fez esse serviço.

      1. Qual Joao Goulart, o covarde

        Qual Joao Goulart, o covarde que fugiu de Brasilia rumo ao Rio Grande? Saiba que no contra-golpe de 64 nao foi disparado um miseravel tiro. As pessoas normais, os trabalhadores, dormiram a noite com Jango e acordaram com Costa e Silva na presidencia e a vida seguiu em frente. O unico foco de “resistencia” foi feito por Leonel Brizola em Porto Alegre, que em ato final acabou fugindo disfarcado de freira rumo aos latifundios que eles possuiam no Uruguay..

         

         

        1. Ignorante

          ig·no·ran·te 

          adjetivo de dois gêneros

          1. Que ignora.

          2. Que não tem instrução.

          3. O que não sabe bastante da sua profissão.

          adjetivo de dois gêneros e substantivo de dois gêneros

          4. Que ou quem não tem conhecimentos ou formação suficientes.

           

           O gorila que “assumiu” foi o Castelo Branco… vai estudar, vai…

           

  16. 50 anos de golpe: o que faremos sobre isso em 2014?

    Em 2014, o Brasil viverá a mais dolorosa efeméride de sua história: 50 anos do golpe de Estado.

    O que está sendo preparado pelo governo, pelos partidos, pelas organizações civis e pela mídia para que o passado não seja esquecido?

    A coincidência com ano eleitoral, Copa do Mundo, e prováveis protestos de rua, nos dá a chance de forçarmos o Brasil a fazer o que até hoje nunca fez: politizar o debate sobre o golpe de 64. Por que ele aconteceu? Quem se beneficiou? Quem são os herdeiros do golpe?

    Seria um belíssimo presente à democracia brasileira, por exemplo, se a Lei da Anistia fosse revista. Não para prender velhinhos, mas para darmos uma satisfação política a nós mesmos, enquanto povo.

    Não se anistia tortura. Não se anistia golpe.

    Sobretudo, é preciso lembrar à sociedade que o que vivemos não foi nenhuma “ditabranda”. Vivemos um período de ruptura democrática, truculento e sinistro, que abortou o sonho de milhões de brasileiros. O golpe serviu para ampliar a desigualdade de renda, achatar o salário dos trabalhadores, e esmagar as esperanças de setores organizados de construir um país mais justo.

    Não há nada de brando no esmagamento do sonho de centenas de milhões de cidadãos e na violação da normalidade democrática, com a instalação de um regime militar de exceção que, paulatinamente, aniquilou todas as liberdades no país.

    Não há nada de brando na ruptura brutal de toda uma série de estudos e pesquisas acadêmicas e científicas em curso no país, nas universidades, quase todas abandonadas por causa de uma repressão estúpida e paranóica.

    O Brasil, especialmente a nossa juventude, precisa ser melhor informado sobre o que aconteceu. A ditadura trouxe corrupção, miséria e degradação institucional. A origem do sucateamento dos serviços públicos está na ditadura. O problema da corrupção política também tem raízes no período de exceção, porque era um tempo sem liberdade de imprensa, sem instituições de controle e com chefes políticos exercendo cargos administrativos importantes de maneira quase totalitária. Quem ousaria acusar o diretor de uma estatal de corrupção, sendo o mesmo um coronel ou general com poder de mandar prender o acusador por “subversão”?

    Precisamos conhecer melhor a história da construção do golpe. Como ele foi gestado, como foi a campanha midiática que o preparou? As passeatas que antecederam o golpe também merecem ser objeto de mais estudo, até porque a mídia, a mesma mídia que apoiou o golpe, prossegue até hoje tentando organizar protestos “espontâneos” para derrubar forças populares.

    http://tijolaco.com.br/blog/?p=12053

    1. Nós, daquela época, fomos uma

      Nós, daquela época, fomos uma juventude séria e politizada. Tivemos melhor sorte na educação, não existia rede globo, nem Xuxa. Mas, muitos jovens de hoje não querem perder tempo se formando ou informando, querem porque querem e tudo imediatamente. Querem tudo na temporalidade da internet, instantaneamente. E, sem se dar conta que precisam colaborar também, e não só cobrar dos outros: são uns reizinhos, como aquele idiota que foi profanar a estátua de Drumond. Na minha geração sabíamos que queríamos liberdade com responsabilidade, não libertinagem total irrestrita, pouco se importando com os outros.

  17. 1964 foi um golpe preventivo dos conservadores sem votos

    A importância do PTB nos anos antes do golpe de 64

    Diogo Costa

    Comentário ao post “Um estudo clássico sobre 1964

    CONSERVADORES PERDEM BASE SOCIAL E APLICAM “GOLPE PREVENTIVO” – O golpe de 64 foi bancado por civis e militares, sem dúvida alguma. Não existe golpe, insurreição, revolução ou coisa que o valha sem que exista uma base social coesa que de sustentação a esses movimentos. Ocorre que há muitos mitos no trato desse infeliz episódio da história do país. O governo João Goulart tinha um amplo apoio social, tinha uma base social muito forte e coesa (os golpistas também tinham). A aprovação ao governo João Goulart era positiva e o apoio às Reformas de Base também era positivo.

    O que amedrontava setores importantes da classe média e dos miitares era a ascensão gradual e constante do PTB no Congresso Nacional. Em 1945, em que pese o apoio da figura de Getúlio Vargas, o PTB era minúsculo, elegeu apenas 08% dos deputados federais e 04 das 42 vagas disputadas para o senado. O grande partido do Brasil entre 45 e 64 era o PSD, também criado por Getúlio Vargas. No governo de Eurico Gaspar Dutra, o PSD controlava metade do Congresso Nacional.

    Em 1945, o PTB elegeu 22 deputados federais. Em 1950, aumentou para 51. Em 54 atingiu o número de 56 deputados. Em 58 elegeu 66 parlamentares. Em 62 subiu para impressionantes 116 deputados federais, ultrapassando a UDN, tornando-se pela primeira vez a segunda força política da Câmara e tendo apenas 02 deputados a menos que o até então todo poderoso PSD que elegeu 118. Extrai-se daí que é uma rotunda falácia, conservadora e mistificadora, dizer que o governo João Goulart não tinha apoio popular! Muito antes pelo contrário, o PTB só fazia crescer, ininterruptamente desde a sua fundação em 45. E crescia vigorosamente também após a morte de Getúlio Vargas, para desespero dos golpistas…

    O crescimento insuperável do PTB, a força militante e a imensa base social do partido trabalhista é que eram o pano de fundo, o caldo de cultura que aterrorizava os conservadores que minguavam eleição após eleição. Se o governo de João Goulart fosse tão fraco, inepto e sem base parlamentar e social, bastaria aos golpistas operar através da Legalidade. Ou seja, poderiam ter feito o impeachment de João Goulart ou até mesmo poderiam esperar o término de seu mandato em 1965 (o governo não era inepto e sem apoio popular?) para eleger o corvo Carlos Lacerda presidente da república! Porque não o fizeram e optaram pelo golpe relâmpago?

    A grande e incontestável verdade que os conservadores teimam em esconder é que o PTB, tal e qual o PT atual, era o partido da massa trabalhadora dos grandes centros urbanos. Era disparado o partido mais popular do país e só fazia crescer e crescer cada vez mais ao longo do tempo. O medo não era de João Goulart, ele não conseguiria aprovar as reformas de base naquela oportunidade… O medo era porque o PTB estava politizando a discussão e as eleições de 1965 (se o processo democrático tivesse transcorrido normalmente) traria consigo uma estrondosa vitória do PTB, que transformar-se-ia no maior partido do Congresso Nacional, suplantando o PSD (a UDN golpista já havia ficado no chinelo há muito tempo…).

    Mais do que isso, em 1965 o cenário era de uma linda eleição presidencial disputada por João Goulart ou Leonel Brizola pelo PTB, Carlos Lacerda pela UDN e Juscelino Kubitschek voltando pelo PSD. A probabilidade de vitória de Carlos Lacerda era nula e devido a ascenção irresistível do PTB, já não era mais possível garantir que Juscelino (favoritíssimo) ganharia com a facilidade que os analistas da época imaginavam. Os golpistas tinham plena consciência de que o povo estava se educando políticamente e de que por dentro da democracia não teriam como segurar as reformas de base, que se eram impossíveis de ser implementadas com João Goulart, eram inevitáveis no horizonte próximo graças ao crescimento do PTB. 

    Bom destacar também que pela ‘esquerda’, João Goulart era massacrado pelo PCB. Alguém lembra da estúpida, maluca e deplorável capa do jornal Imprensa Popular em 24 de agosto de 1954 (suicídio de Getúlio Vargas)? A capa era a seguinte: “Abaixo o governo de traição nacional de Vargas”. Percebam o grau de miopia do PCB na época! O PCB daquela época ressentia-se do fato de que o partido da massa trabalhadora era o PTB e não ele, PCB. É o mesmo ressentimento que setores de ‘esquerda’ hoje nutrem com relação ao PT. Pois foi contra essa miopia e ressentimento de uma esquerda principista e sectária que João Goulart teve de lidar também.

    Bom, mas e porque então a população não se insurgiu contra o golpe? Não se insurgiu porque João Goulart era João Goulart e não um Abraham Lincoln! Ao contrário de Leonel Brizola que lutava desesperadamente para organizar a resistência e, se necessário, partir para uma guerra civil em nome da Constituição, João Goulart contemporizou, não ofereceu resistência alguma aos golpistas, desmobilizou toda a base social do PTB e recolheu-se ao exílio. Tudo para evitar o ‘banho de sangue’ que assolaria o país se houvesse resistência contra os golpistas… Que falta fez ao Brasil naquela época uma atitude combativa de João Goulart! Abraham Lincoln não é celebrado até hoje como uma das maiores figuras políticas da história dos EUA? Tivesse ele contemporizado com os reacionários, latifundiários e escravocratas da época e a Guerra de Secessão não teria acontecido, o que fatalmente teria consequências trágicas para a história norte-americana. Sem a Guerra Civil bancada por Lincoln contra o atraso e seus reacionários representantes, entre 1860 e 1865, os EUA não seriam a potência que são hoje.

    Enfim, em breves palavras tento desmisticar um pouco o que ronda esse debate sobre o golpe de 64, suas reais motivações, a base social dos atores envolvidos, o percurso das forças políticas no curso 45-64, etc… Lamentável e desgraçadamente, a burguesia brasileira é anti-nacionalista e burra ao extremo. Diferentemente da burguesia norte-americana que históricamente sempre lutou contra o atraso agro-pastoril, contra a escravidão e os contra latifundiários racistas e fascistas, ‘dignos’ representantes de teses obsoletas. A burguesia brasileira sempre foi débil em ações e miserável em compreender o seu papel histórico em Pindorama. Justamente por isso que os maiores saltos industrializantes do Brasil tiveram que ser encampados enquanto bandeira modernizante pelo Estado Nacional, diferentemente do que ocorreu nos países centrais da Europa e dos EUA.

    A opção pelo golpe foi a tática dos conservadores para barrar a implementação e consolidação das reformas de base enquanto ainda tinham tempo para tanto. Cortaram o PTB pela raiz porque a população insistia em dar mais e mais respaldo ao partido trabalhista, enquanto abandonava gradualmente a UDN e o PSD. Fizeram o golpe contra o governo de Jango porque sabiam de seu caráter conciliatório e incapaz de bancar uma resistência. Sabiam que se esperassem para desfechar o golpe num eventual governo futuro de alguém como Leonel Brizola, haveria sim uma Guerra Civil e que a resistência venceria porque tinha um líder capaz de empreendê-la. Foi um “golpe preventivo”.

     

    1. Aula

      Obrigado pela aula de história. Como sou filho da ditadura não tivemos esta parte estudada e nem depois com estes dados. Fica mais patente a traição das classes mais abastadas em conluio com os militares e americanos. O PCB era contra o Goulart? Esta matou todas as desculpas do golpe.

      1. Não entendi. Onde está no

        Não entendi. Onde está no texto que o PCB era contra Goulart ? Que eu saiba, o partido X Goulart, e também Getúlio, era a UDN. O PCB era o partido de Carlos Marighella, nunca foi contra Jango, mas sim contra o golpe empresário-militar, lutou e morreu por isso. 

        1. “Bom destacar também que pela

          “Bom destacar também que pela ‘esquerda’, João Goulart era massacrado pelo PCB. Alguém lembra da estúpida, maluca e deplorável capa do jornal Imprensa Popular em 24 de agosto de 1954 (suicídio de Getúlio Vargas)? A capa era a seguinte: “Abaixo o governo de traição nacional de Vargas”. Percebam o grau de miopia do PCB na época! O PCB daquela época ressentia-se do fato de que o partido da massa trabalhadora era o PTB e não ele, PCB. É o mesmo ressentimento que setores de ‘esquerda’ hoje nutrem com relação ao PT.”

          1. Ah, é mesmo, percebi

            Vocês me alertaram. Pensei que fosse coisa mais atual essa interpretação histórica equivocada das esquerdas. Realmente, ou são grupos de interesseiros, ou não têm mesmo condições lógico-cognitivas de inerpretar a história, e o fazem mecanicamente, sempre segundo seus gurus, que falavam de realidades diferentes. Teriam que ler o próprio Marx, e apreender-lhe o pensamento dinâmico para aprenderem a pensar sozinhos; ou, se definirem de uma vez pela direita. Já estamos de olho neles, conforme for, sucumbirão com os tucanos, seus amigos..

    2. “Menas, menas”

      O PTB em 64 não era essa maravilha toda. Aliás, como você mesmo disso, parecia muito com o PT de 2013.

      Não era um partido coeso no progressismo como você quer pintar. Tanto é que bancadas estaduais inteiras do PTB voaram para os braços dos ditadores entrando na ARENA.

      1. Bipartidarismo surgiu 01 ano e meio depois do golpe de 64

        O bipartidarismo forçado e empurrado goela abaixo do povo brasileiro não surgiu no dia 1º de abril de 1964.

         

        Todos os partidos políticos legais antes do golpe (eram 13 partidos no total) permaneceram assim até a edição do AI-2, em 27 de outubro de 1965.

         

        O AI-2 foi a resposta dos militares aos resultados desfavoráveis havidos nas eleições estaduais (e algumas municipais) de outubro de 1965.

         

        Foi a partir daí que surgiu o bipartidarismo forçado (ARENA e MDB).

         

        Estes dois partidos foram criados oficialmente em março de 1966 (MDB) e abril de 1966 (ARENA).

         

        A maioria dos militantes do antigo PTB foi para o MDB, e a maioria dos militantes do antigo PSD acabou na ARENA.

  18. Eu ainda sou um pouco cético

    Eu ainda sou um pouco cético sobre o papel das “redes sociais”.

    Em primeiro lugar porque redes sociais sempre existiram, sendo acachapados pelos meios de comunicação de massa, principalmente os eletronicos, o rádio em primeiro lugar e a tv em seguida. A internet, a meu ver, permitiu a reorganização de “esfera privada”, por assim dizer, e, ainda assim, um tanto tímida. Não enxergo a pauta de discussões ser influenciada tão fortemente pelas redes. O poder da tv, principalmente, na agenda ainda é pesadíssimo. Até mesmo as manifestações, muitas delas com “propaganda” constante no rádio e na tv não moveram muita gente para além dos organizadopres mais ativos; só foram crescer depois das imagens do abuso da polícia.

    Em segundo lugar, e por consequencia, essa “pressão de demanda” por outras falas e vozes que a internet vem satisfazendo aos poucos vem dando azo a um destampatório que pode ser utilizado para a mesma radicalização da década de 60.

    1. Nem tanto ao céu, nem tanto

      Nem tanto ao céu, nem tanto ao inferno. É fato que a televisão já não está agradando tanto quanto tradicionalmente. O mesmo pode se dizer dos jornais impressos. Quantas pessoas assinam jornais atualmente ? Eu assinaria se houvesse um confiável. Sempre assinei jornais por anos e anos; hoje, não. A desconfiança existe por parte dos que querem, realmente, ser informados, não ludibriados. Quem tem hábito de ler jornais é um público meio exigente. E, os jornais televisivos, sabemos, são um hiato entre as novelas _ também já não tão bem sucedidas _ ninguém presta atenção. A TV fica ligada falando sozinha, enquanto o público cativo, já em nº bem menor, aguarda as novelas. Há outras opções, filmes, canais pagos e TVs oficiais, tem uma, gratuita, que passa bons filmes, a TV Brasil, canal 4.

  19. Será que as redes sociais não

    Será que as redes sociais não vão a reboque da mídia?

    E o respeito e medo que os próprios políticos no poder (viva Dilma Rousseff e o meio bilhão de reais que repassa limpinho para fortalecer a Globo todo ano) tem pela mídia? É um círculo vicioso que nos devolve o medo e que, pior, é causado pelo proprio governo que elegemos.

    Com esta informação a certeza de que os altos índices de aprovação dos governos petistas garantiriam a estabilidade da democracia brasileira vai pelo ralo. E desta vez o golpe vem pela justiça e estes ridículos e insignificantes juizes do STF (a maioria mas não todos) tendo a frente o traiçoeiro alpinista social Joaquim Barbosa. 

    Deus nos livre dos arietes mervais, lobos e noblas. A benção Nassif.

  20. 50 anos passaram… Mas os seus cabelos…

    Passados 50 anos os golpistas continuam os mesmos. Os editoriais de O Globo, Estadão e Folha de S.Paulo continuam dizendo as mesmas coisas.

    Na parte operacional saíram os militares, entrou uma parte pequena do Judiciário.

    Com relação a 2014, vejo pessoas preocupadas com manifestaçães nas ruas. Bobagem. Em primeiro lugar não se coloca o povo nas ruas por qualquer motivo. Vide as tentativas de protestos fascistas nos dias 7 de setembro e 15 de novembro. A imprensa estava lá. Manifestantes não.  Quem tem o poder de mobilização são as esquerdas. A direita só consegue agir à posteriori, pegando carona e desvirtuando as reinvidicações com ações caóticas e violentas, que se não fazem sentido, acabam liquidando com  qualquer manifestação. Foi o que aconteceu em 2013.

    Em 2014, ano eleitoral, todo mundo já sabe que qualquer manifestação que ocorra será originada e comandada por partidos politicos. (os de oposição por óbvio). Não vai dar para esconder isso com movimentos “apartidários”. E isso é um risco enorme tanto para quem está fora do(s) governo(s), como para quem está neles, pois o “anonimato”  não será mais possível escondendo o rosto. Em 2014 as eleições serão para presidente, governadores, deputados, senadores

    Outro detalhe importante: A mídia faz de tudo para apagar uma das vertentes mais fortes e poderosas dos manifestos de 2013, a revolta contra esse mesma mídia.

    Jornalistas  “convocando manifestações” em 2014 soam como uma falsidade e uma irresponsabilidade galopantes.

    Ou não entenderam ainda que eles não são mais os tijolos. São as vitrines.

     

     

  21. Um contraponto : sobre o

    Um contraponto : sobre o poder de influêencia da mídia, interessante ler a entrevista que o ex-marido da Dilma deu ao Globo.. Não percam, me pareceu bastante lúcida e nada catastrófica.

    1.  
      F H C não comprou a

       

      F H C não comprou a reeleição.

        Ele comprou o direito do povo poder elege=lo novamento.Ou não.

        Quem comprou a eleição foi Paulo Maluf nos anos 80- ”derrotando” Laudo Natel no colégio eleitoral.

            E faltou pouco, muito pouco mesmo, pra comprar tbm pra presidente da república.

               E nesse sentido,rendo minhas homenagens a Lula que poderia ,sem comprar, mudar a constituição e ser reeleito pela terceira vez= como fez o prefeito de N.Y.

                 É…Lula tbm têm suas virtudes em pró da democracia.

      1. Talento nato!!

        “F H C não comprou a reeleição.

        Ele comprou o direito do povo poder elege=lo novamento.Ou não.”

        hahahahahahahahahahhhhahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahaha…!!! A piada mais original do ano!! Professor Hariovaldo: perdeu! 

        1. Honestamente,não entendi.
           

          Honestamente,não entendi.

             E Explico: Se hoje tivesse vencido os 8 anos possíveis de Haddad na prefeitura, de que adiantaria ”comprar” o congresso pra outra reeleição? Ele perderia.

                  Então, coloco de maneira diferente:

                      Comprar o direito de ser eleito novamente.

                       Isso não liga no automático pra reeleição.

                         O povo precisa votar no cara.

                       Entendeu?

                        Ou preciso fazer um comercial pra vc assinar o NET Combo?

          1. E daí?

            Pois é

            Aproveitou o apoio intenso da mídia (ainda fazendo a onda do Real de Itamar, para ele surfar) e a satanização intensa da concorrência (Lula) e trambicou, golpeou a constituiçao com uso do vil metal. Grande “estadista”.

            No sentido do verbo estar (presidente), para continuar a trair seu povo.

            Ou a sua sutileza desfaz o sórdido trambique de casuístico golpe em causa própria?

            Ao contrário de Lula, tentar um terceiro mandato, pela fim da onda e desastrosa avaliação…

            Seria jogar dinheiro fora.

             

          2. Que avaliação confusa.
             

            Que avaliação confusa.

              Vamos ver:

              Vc falou de Itamar.Que colocou F H C  como ministro da economia na marra.Que convocou os amigos dele pra fazer o planno real.Que o PT foi contra.Que Aloisio Mercadante foi contra.

                     Desculpe a redundância: o PT sempre foi contra tudo que AGORA PRATICA.

                    Entendeu,ou preciso te mandar pro posto IPIRANGA?

          3. Amigos do Tancredo?

            Eu náo preciso entender nada daí, a confusão é sua, como de hábito.

            Se havia “amigos”, eram já lá do Tancredo (e Sarney), pois os nomes da equipe já haviam participado de vários planos anteriores, incluso o primeiro (Cruzado).

            Portanto, o sociólogo (que não é sequer economista e de social tem nada ou muito pouco, só se confunde o tema com rodinha social) não fez (nem poderia fazer) nada demais.

            Menos de um mês depois, com a implantação do plano em fase crítica, saiu espertamente do risco e deixou a rebordosa para quem efetivamente os implantou: Ricupero e Ciro Gomes.

            Sempre sob o governo Itamar, que quase um ano depois, passou o governo para FHC já com a inflação domada.

            Quanto a alusão ao PT ou ao Mercadante, parece aquela inevitável conversa de “Cuba, Coréia do Norte”…

            Nem sou petista nem gosto do Mercadante, portanto vc está mais confuso do que de costume. Tiro n’água!

            Para finalizar, desconheço a piadinha do posto Ipiranga. Alguma propaganda que vc vê na Globo?

            De resto, FHC comprar qualquer coisa no Congresso, é pra lá de lamentável (e criminoso!).

            Tempos depois, a mera insinuação farsesca e não comprovada (e nem confessa!) disso já deu prisão “exemplar ” para dezenas de condenados.

            Não vou perguntar se vc entendeu, pois certamente a resposta será não.

             

          4. Mercadante era contra valorizaçao do real

            Na época Mercadante e Maria Conceiçao de Tavares eram contra a paridade do dólar com o real.  Isso quebraria o país, e foi o que aconteceu depois da crise do  sudeste asiatico em 1997 e crise da Rússia em 1998. O deficit na balança comercial brasileira era enorme. o próprio FHC disse a era varguista acabou. Resumindo Brasil sem indústria.

          5. Conversando que a gente se estende.

            Não entendeu? Mas foi honestamente? Então tudo bem. O que vale é a honestidade. Parabéns.

  22. Influência

    Nunca duvidei que a influência do PCB, ou das idéias comunistas nos Brasil sempre foram residuais, para não dizer mínimas. Exploravam de forma cretina, mas bem sucedida, de que as mesmas estavam se espalhando e impregnando a mente do povo brasileiro. Estudando minimamente a história do Brasil, e o comportamento do braileiro comum, sacava-se que era uma grande mentira, esse ideário sempre foi de uma minoria. Mas serviu como uma luva para a atitude golpista. E como agora, tem muita gente tentando ressuscitar este clima, adoravam a “guerra fria”, e agora emplacam este “perigo”, por conta da falta de votos a nivel nacional. Se vai colar, não sei, mas vão tentar.

  23. Nada se compara a caminharmos

    Nada se compara a caminharmos olhando no retrovisor. Assim, podemos evitar de olhar o presente… mas nos arriscamos a cair nos buracos abaixo dos nossos narizes!!!

  24. Se o poder da mídia ainda

    Se o poder da mídia ainda hoje se faz sentir, imaginem em 1964 quando a classe média se restringia às capitais ou cidades maiores. 

    Foi esse fator(a projeção de que as esquerdas assumiriam o Poder pelo votom portanto legitimada) aliados a outros já sabido a motivação final para o golpe. 

     

  25. Isso  expõe mais

    Isso  expõe mais acentuadamente  a traição de  jk  ao  Lott em  60  e  o  apoio  do  mesmo  jk ao golpe  de  64, do  qual,  recebeu, junto com  lacerda …a  cassação…

           O crescimento do  PTB e a popularidade de Jango eram os maiores abstáculos  para a ambição do ex-presidente:  voltar  à  chefia  do Executivo  Nacional…

  26. CARLOS HEITOR CONY
    1964 – O

    CARLOS HEITOR CONY

    1964 – O último dia de Jango

    RIO DE JANEIRO – Lá pelas 10 horas da manhã, sentindo que nada mais tinha a fazer no Rio, João Goulart partiu para Brasília. Lá chegando, descobriu que também não tinha mais governo. Houve apelos à resistência, mas preferiu embarcar para Porto Alegre, onde foi recebido por alguns soldados que lhe prestaram a guarda regulamentar. Reuniu-se com Brizola, que desejava a resistência a qualquer preço, bastava uma palavra de Jango e o movimento militar se transformaria realmente em guerra civil.

    Mas ele era homem pacífico e derrotado. Se resistisse, poderia retornar ao poder na crista de uma revolução. Sua índole não era guerreira, governava com tédio, nostálgico de seus campos e de suas invernadas. Cumprira o seu papel dentro das possibilidades de um homem introvertido, inseguro, levado pelos acontecimentos.

    Ao contato com as massas, ele se transformava, tinha no sangue o carisma do caudilho de fronteira. Fizera o impossível para se manter no poder, não faria o absurdo. No dia seguinte partiria para o Uruguai, num comprido exílio que devastou seu rosto, tornando-o vincado, sofrido, velho.

    O aspecto negativo de seu governo prevalecerá, mas os historiadores já começam a suspeitar que ele foi deposto mais pelas suas qualidades do que por seus defeitos. Não teve comando para domar assessores mais radicais. Criou a Eletrobras que Getúlio Vargas arrolou na carta-testamento como uma empresa “obstaculizada até ao desespero”.

    Iniciou os estudos para a construção de uma gigantesca usina, aproveitando o potencial do rio Paraná, e Itaipu forneceria os 12 milhões de kW necessários ao progresso do país. Embrulhado em tantos problemas de ordem institucional e em suas próprias contradições de classe, faria mais se a pressa das esquerdas em aproveitar o vento da história não o tivesse escolhido para um papel que ele dispensava e, no fundo, desprezava.

  27. elelê

    Ele ia comprar uma emenda constitucional permitindo reeleição ? Tal qual FHC ?

    O candidato do PTB em 65 seria Leonel “Cunhado não é parente” Brizola. Isso se a justiça permitisse a ele concorrer.

     

    1. Olôló

      Foi apenas resultado da pesquisa que avaliava a hipótese caso fosse candidato, como seria votado.

      Poderia ter sido feita até com o Cacareco, um rinoceronte do Zoo do Rio, que fora emprestado para a inauguração do de SP e acabou ganhando as eleições parlamentares em SP.

      A reeleição era assunto controverso, já que ele nunca tinha sido canditato a presidente e portanto nunca tido sido eleito presidente, quanto mais reeleito.

      Assim como concorreu e foi reeleito vce-presidente, que à época era uma eleição independente de presidente, podendo ser até antagônica (como o foi com o Vassourinha).

      Além de Goulart ser cunhado de Brizola, a presidência é um cargo eletivo e náo indicado (aí sim, nepotismo) portanto quem decide se um irmáo, pai, filho, cunhado ou enteado podem ou não suceder é o povo, o eleitor, que sabia bem da relação meramente legal. 

      Sim, a reeleição foi um artigo comprado apenas décadas depois para FHC (durante o seu próprio mandato).

      Ululú!

  28. O  Golpe aconteceu pelo

    O  Golpe aconteceu pelo conservadorismo da classe média e apoio da mídia. mas também pelas fragilidades da democracia de 1946 cuja  constituição previa eleição para presidente e vice-presidente separadas ora , isso trazia muita instabilidade para uma democracia que estava tentando se firmar após o Estado Novo. E então em 1961 aconteceu: um presidente de direita eleito e um vice de esquerda! não tinha como dar certo, uma coalizão naqueles anos 60 era impossível. Janio Quadros sempre é esquecido mas ele teve responsabilidade na crise que culminou no Golpe de 1964 com suas porra -louquices jogou o Brasil numa crise política terrível o País sofria uma crise economica parecida com a da Grécia atual  Jango assumiu  em 1962 num parlamentarismo ilegítimo que teve de aceitar; apenas em 1963 tornou-se presidente de fato mas aí a crise  economica e política já tinha piorado muito e  ele não tinha meios de resolver a situação  tenebrosa  resultado : foi emparedado.Acho que nem JK conseguiria se estivesse no lugar dele Pois quando governou o  Brasil não estava na crise terrível que se encontrava.Quanto aos milicos eram fascistas mesmo vários eram integralistas nos anos 30 muitos dos assassinos de 64 tinham cometido barbaridades na ditadura do Estado Novo exemplo :Filinto Müller torturador nos anos 30 e  líder da Arena  no senado nos anos 70.

  29. Pesquisas

    Eu sou até um pouco cético em relação as pesquisas de antigamente, já que elas eram pouco científicas e excluíam os grotões, onde o poder dos coronéis poderia inverter uma desvantagem eleitoral. No entanto, não pode se negar que Jango fazia um governo atento as demandas populares de maior participação política e econômica. Outro fato que não pode ser negado também é que o PTB tinha experimentado enorme crescimento nas eleições de 1962, ultrapassando a UDN em deputados. Na economia, as dificuldades se deviam não só aos projetos de JK que estavam sendo pagos, bem como a uma ação de sabotagem econômica, bem como os limites de um modelo concentrador de renda, em que as camadas médias e populares não tinham acesso ao consumo. Por fim, eu acho que o que a direita mais temia é que houvesse uma sequência longa de governos progressistas, com JK em 65, Brizola em 70, dentre outros.

  30. Jango seria ELEITO Presidente.

    Ótimo artigo (com de hábito). Apesar dos números do ibope não serem confiáveis, nos detalhes, retratam a realidade vivida naquele momento, estive envolvido em inúmeras atividades de apoio ao Governo Jango, no RS e SC, principalmente em Porto Alegre, nos setores populares o apoio a Jango era quase total, seria sim ELEITO, isso motivou o golpe militar do 1º de abril, entrementes seria ELEIÇÃO e não reeleição pois João Goulart havia sido eleito e reeleito para Vice-Presidente, como nunca ainda fora eleito Presidente não podia ser reeleito. 

    1. Então um golpe…

      …pré-bolivariano estava em curso? Embora ocupando a presidência da república desde agosto de 1961 não seria uma reeleição em 1965… uma interpretação à la Chávez da lei…  então realmente um golpe esquerdista estava em andamento, estuprar as leis eleitorais para uma candidatura ilegal! 

      Vocês já tinham combinado isso com o Leonel? E ele tinha aceitado?

      Qualquer vice que substituísse de modo definitivo o titular do cargo executivo não poderia disputar as eleições seguintes para o mesmo cargo… esse impedimento só deixou de existir após a compra da reeleição pelo FHC.

      Cara, sinceramente não sei se dou uma risada do seu posicionamento ou se fico num desprezo olímpico da sua cara de pau.

       

  31. Jango pode ser reeleito presidente

    Jango foi exumado, devolveram o mandato presidencial, agora, com as pesquisas, só falta concorrer a reeleição com Dilma em 2014.

    1. Então podemos fazer como os antigos incas…

      …montar o esqueleto (não foi mumificado a tempo) num andor e o colocar para participar das solenidades.

  32. UMA VIAGEM NO TEMPO HISTORICO

    UMA VIAGEM NO TEMPO HISTORICO –  Na eleiçao de 1960 Janio foi eleito pela legenda da UDN, a inclinaçao do eleitorado era largamente conservadora, Janio era um candidato do conservadorismo, suas primeiras medidas na economia tendo Clemente Mariani como Ministro da Fazenda foram ultra ortodoxas.  Seu curriculo politico vindo do Governo do Estado de Sao Paulo era absolutamente conservador anti-varguista e anti-esquerdista.

    Se o eleitorado era tao conservador em 1960 como teria mudado tanto em 1964? Se era para eleger Jango porque nao elegeram Lott?

    Jango jamais foi cogitado como candidato a reeleiçao,  lutou teanzamente para se MANTER no Poder, como poderia pensar em reeleiçao se mal conseguia ficar de pe no Planalto? Isso e uma viagem sem sentido.

    A Constituiçao de 1946 nao previa reeleiçao, o fato de ter ocupado a Presidencia o fez Presidente, no sentido literal e completo, dificilmente haveria composiçao de forças politicas para “”INTERPRETAR” a possibilidade de uma reeleiçao por ter ocupado a Presidencia como Vice e nao por ter sido eleito.

    Tanto  JAMAIS se cogitou essa  potencial reeleiçao que seu cunado Leonel Brizola se apresentou como canidadato a sucessao de Jango, exatamente porque Brizola tinha plena consciencia de que jamais Jango poderia ser candidato a sua propria sucessao.

    Entao essa pesquisa, se existiu, e uma tolice completa. Nao havia conjugaçao de forças politicas para sustentar uma reeleiçao de Jango. O PTB sozinho jamais teria como articular esse projeto, todas as eleiçoes a partir da Constituiçao de 1946 foram alianças entre PSD e PTB com o candidato do bloco varguitsa, a eleiçao de Janio foi um ponto fora da curva, como a de Collor. O PTB sozinho nao teria palanque para uma candidaturaJjango e alem disso estava dividido em 1964 em alas, a de Sao Paulo era rebelde e tinha comando proprio.

    Essas conjecturas sao portanto meras viagens na maionaise, o movimento de 64 teve AMPLO apoio na sociedade, as Reformas de Base eram uma loucura completa, por exemplo desapropriar dez quiletros de terras de cada lado das rodovias, isso jamais passaria em qualquer instancia politica ou judiciaria do Pais no quadro institucional vigente , para fazer as Reformas de Base seria preciso uma QUBREA DO SISTEMA INSITUTCIONAL, revogaçao do Direito de Propriedade da garantia constitucional de desapropriaçao mediante previo deposito do valor em dinheiro, Brizola falava nisso todo dia, esta registrado nos jornais, Brizola pregava uma revoluçao no direito de propriedade.

    A pregaçao do “inner circle”” janguista, liderado por Brizola era para um  auto Golpe de Estado branco, para a partir dele fazer as tais REFORMAS DE BASE inspiradas na Revoluçao Cubana. Foi esse processo que gerou a formaçao do IBAD e do IPES, organismos que tal qual redes sociais se formaram para barrar esse movimento REVOLUCIONARIO pregado dia e noite por Brizola pela radio, comicios, TV, imprensa, onde pudesse falr.

    Como e que hoje as pessoas negam ou fingem desconhecer essas circunstancias notroias?

    Porque a sociedade civil inteira, OAB, Instituto de Engenharia, Igreja, Fderaçoes de todas as profissoes liberais, de empresarios, de medicos, porque se mobilizaram? Por brincadeira?

    O queda de Jango de deveu em larga medida a sua falta de senso politico ao tentar trilhar um caminho impossivel,

    inviavel na correlaçao de forças daquele momento, nunca consegueria mesmo porque as tais reformas de base eram de uma idiotice completa, iriam liquidar com a economia do Pais, como qualquer pessoa sensata percebia.

    A prova provada, a prova dos nove foi a facilidade da derrubada, se houvesse esse consenso a favor da Jango teriamos aqui uma Guerra Civil Espanhola e nao uma queda sem qualquer ruido, sem que sequer seu Partido o defendesse com algum movimento de rua, de greve, de protesto.

    Fazer reciclagem da Historia e muito facil se os fatos forem simplesmente removidos.

    1. Ora Araújo…

      …você não sabe que “quem controla o passado controla o futuro, quem controla o presente controla o passado”?

      A nova versão da Grande Enciclopédia Soviética está sendo editada hoje no Brasil.

      1. Menos “videogame”…

        “…quem controla o passado controla o futuro, quem controla o presente controla o passado…”. Você deve andar jogando muito “Command & Conquer”, caro Rebolla…

    2. AA é o mais inteligente do blog

      Discordo da ideologia do AA, mas tenho de reconhecer: ele é de longe o comentarista mais bem informado e mais inteligente deste blog.

    3. Golpistas tentam inutilmente se justificar

      JUSTIFICANDO O INJUSTIFICÁVEL – João Goulart sofreu um golpe de estado por parte dos conservadores que viam seu eleitorado minguar a cada pleito eleitoral. Nem mesmo com o financiamento direito de empresas dos EUA, que foi alvo de uma CPI no Congresso Nacional, os conservadores e a UDN conseguiram reverter a derrocada brutal de votos que o povo brasileiro conferia aos mesmos. O IBAD golpista e reacionário foi inclusive fechado de uma vez por todas em dezembro de 1963, por ordem judicial, depois que o processo oriundo da CPI já referida constatou de forma cabal que as candidaturas conservadoras da UDN, em 1962, foram financiadas diretamente pelos Estados Unidos da América.

       

      Mais do que isto, e para debelar de vez o teor da justificação golpista. Admitamos por um instante que as mentiras propagadas até hoje pelos conservadores financiados pelos EUA tivessem um pingo de veracidade. Pois bem, então bastaria depor João Goulart pelos meios constitucionais previstos na Carta Magna, como foi feito com Fernando Collor de Mello em 1992! Se o governo João Goulart era tão “débil” como os conservadores financiados pelos EUA querem fazer crer até hoje (e que não passa de uma mentira grotesca), porque não esperar a eleição de 1965 e varrer o trabalhismo para o quinto dos infernos? Ou senão, porque então não empreender um processo de impeachment contra João Goulart, procedimento plenamente constitucional e legal, previsto na Constituição?

       

      A verdade absoluta é que os golpistas é que não tinham força para coisa nenhuma. Não tinham força para impedir a vitória de JK pelo PSD, ou de Jango ou Brizola pelo PTB em 1965. No pleito de 1962, a bancada federal do PTB aumentou exponencialmente, passou de 66 para 116 parlamentares! Ora, como é possível dizer que Jango ou o PTB lideravam um governo débil e enfraquecido quando a realidade concreta e objetiva dos fatos diz exatamente o contrário?

       

      Quem estava debilitado e cada vez mais enfraquecido era o setor conservador, para o qual o povo brasileiro reservava sucessivos revezes eleitorais. Esta é a verdade sobre os fatos naquela altura, não o que o conservadorismo inventa para tentar inutilmente justificar o pérfido golpe de estado, financiado pelos EUA, que perpetraram naquela altura.

       

      Outra situação, dizem os conservadores que as medidas de João Goulart eram ruins para a economia brasileira e que levariam o país para o “caos”. Ora, mas é justamente para isto que existe uma coisa chamada DEMOCRACIA. Se as medidas realmente levassem o país ao “caos” propugnado pelos golpistas, o povo brasileiro compareceria às urnas e daria o seu veredicto sobre isso, como acontece em qualquer país minimamente civilizado. Notem que para a direita a democracia só existe quando ela, a direita, vence as eleições. Quando a direita perde sucessivas eleições, dentro das regras da democracia liberal burguesa por ela própria inventada, aí já não mais existe a tal de democracia e logo golpistas aqui e acolá inventam teses para justificar o assassinato da democracia em nome da… Democracia! Não é o fim dos tempos da desfaçatez elevada a enésima potência?

       

      Outro aspecto utilizado pelos golpistas de ontem e de hoje diz respeito ao tal de “golpe preventivo”. Na verdade o golpe de 64 foi exatamente isto, um golpe preventivo para estancar o avanço das forças populares. Mas percebam que os golpistas insistem com a fictícia tese de que o golpe foi feito para “preservar a democracia” e que este golpe livrou o Brasil de um suposto “golpe” que estava sendo articulado pela esquerda… Isto é de uma imbecilidade a toda prova. Ora, o que é isto afinal das contas? É a materialização do golpe por presunção! Funciona assim, a direita perde tais e quais eleições no Brasil ou em qualquer outro lugar do mundo, aí começam a conspirar e inventam o perigo comunista.

       

      Subsequentemente, pregam golpes de estado porque supõem eles, os golpistas, que o outro lado vai fazer um golpe. Ora, pode um policial prender um transeunte porque suspeita que ele irá matar alguém uma semana depois? Pode o Brasil invadir a Bolívia porque suspeita que os bolivianos irão invadir o Brasil dois meses depois? Não foi com base neste pérfido estratagema que os EUA invadiram o Iraque em 2003, porque suspeitavam da existência de armas de “destruição em massa” supostamente existentes naquele país? Isto é uma tese golpista no início, no meio e no fim. E nada mais do que isto. Somente ao povo brasileiro cabe penalizar, através da urna, um governo supostamente inepto! Esta é outra verdade que os golpistas detestam ouvir…

       

      Diz o missivista adorador de golpistas, ao final, que não houve resistência. Uau! Mas que ‘gênio’ da história verde-amarela! Óbvio que não houve resitência. E porque não houve? Porque João Goulart não quis empreender resistência alguma. Simples assim. E mais do que isto, no dia 02 de abril de 1964, o golpista senador Auro de Moura Andrade, golpista que era, declarou vaga a Presidência da República e empossou o também golpista deputado federal Ranieri Mazzili como Presidente.

       

      Ora, neste mesmo dia 02 de abril de 1964 o Presidente Constitucional e legal do Brasil, João Goulart, estava em território nacional (Porto Alegre), não havia renunciado, tampouco se licenciado e menos ainda houvera sofrido um processo de impeachment! Era JANGO o único Presidente Constitucional do Brasil, estava no Brasil e inclusive havia passado a noite anterior na casa do Comandante do III Exército, General Ladário Teles, que estava de prontidão e a postos para cumprir as ordens do Presidente João Goulart. Jango preferiu o exílio DEPOIS que o Congresso Nacional chancelou o golpe de estado feito pelos golpistas militares, em 02 de abril de 1964.

       

      Os golpistas não desistem nunca. A versão deles é a versão que pretende, na verdade, emprestar legitimidade para futuros golpes de estado sempre que o governo A ou B defender ideias e projetos hostis aos conservadores teleguiados por Washington. Mas a verdade já está aparecendo e os golpistas de ontem e de hoje estão nus em sua sanha para justificar o que sempre foi injustificável, sob qualquer ângulo ou ponto de vista de onde se queira olhar.

      1. Meu caro Diogo, como os

        Meu caro Diogo, como os conservadores estavam perdendo votos se na eleiçao presidencial anterior elegeram o Janio pela UDN? E saia dessa ilusao de otica, empresas americanas financiando campanhas politicas no Brasil, isso rigorosamente nao existe, quem financiava o IBAD e o IPES eram grupos nacionais, o empresariado nacional nessa epoca ja era bem forte e articulado, as empresas americanas NAO eram predominantes na economia nacional., os ramos pesados, banco, seguros, cimento, empreiteiras, aço eram predominantemente de capital nacional, o IPES eram formado por empresarios nacionais, nao havia muito sentido de grupos americanos financiarem um movimento nacional desenvolvimentista como era o grupo militar de 64.

        1. É a história meu caro…

          Os conservadores perdiam votos para o parlamento, que é o que importa ao fim e ao cabo. Jânio Quadros não se elegeu pela UDN, mas sim pelo PTN, com o apoio da UDN. Antes da renúncia de Jânio, em agosto de 1961, a UDN já havia rompido com o governo dele por considerar que este governo não era “suficientemente conservador”. Sobre o IBAD:

           

          “(…) Ao Ibad é atribuido um papel importante nas eleições de 1962, quando apoiou e financiou candidatos que se opunham à esquerda em todos os estados, com o objetivo de formar uma bancada atuante no Congresso. 

          O Ibad fornecia material impresso, veículos, apoio operacional e, dinheiro a candidatos a governador, deputados e senadores. Elegia políticos liberais como Carlos Lacerda e Ademar de Barros.

          Em 1963 é constituída uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar uma lista de candidatos que teriam recebido financiamento do Ibad e do Ipes. 

          Para a CPI foi eleito presidente o deputado Ulysses Guimarães. 

          A CPI ouviu inúmeros depoimentos e apurou a participação de empresas multinacionais como Texaco, Esso, Coca–Cola, Bayer e IBM. (…)”

          http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/radio/materias/CAMARA-E-HISTORIA/336061-1963–%C3%89-CONSTITU%C3%8DDA-CPI-PARA-APURAR-CANDIDATOS-QUE-TERIAM-RECEBIDO-FINANCIAMENTO-DO-IBAD-E-IPES-%2807%27-00%22%29.html

  33. O povo aprovava Jango.

    O importante nessa pesquisa é deixar bem claro que o povo aprovava o governo Jango, então o golpe foi pensado pelas elites (simples). É o mesmo que se diz da monarquia, o povo amava o imperador. Agora a população aprovar um governo no Brasil é uma coisa, defende-lo nas ruas é outro. Penso que só o Lula, pôs medo nessa gente e por isso conseguiu terminar seu governo. O medo aqui é do povo.  

    OBS. A elite brasileira a endinheirada é a pior do mundo e a grande culpada pelo atraso da nação. São um bando de sanguessugas.

  34. Jango

    Deus sabe o que faz. Se as Forças Armadas não o tivessem deposto, hoje seríamos uma ditadura comunista( Deus nos livre) igualzinho à Cuba. Sem liberdade de expressão, mordaça da mídia, controle total do STF( hoje o controle é de 30 a 40%), o Ministério Público com as mãos atadas, controle total do Senado e da Câmara Federais(salvo engano, hoje estou vendo isso),  contrôle rigorosíssimo da Internet, fuzilamente de oposicionistas, não pode fugir do país, leite só para crianças de até 06 anos de idade, perseguição e derrubada dos Templos Cristãos, etc. etc. etc. Caso não tivesse havido a intervenção militar, hoje o Brasil seria um “Cubão” Existe algum alienado que ainda duvide disso?

    Muitos jovens da década de 60 e 70, achavam bonito esse regime satânico. Hoje muitos estão arrependidos de terem sido admiradores desse regime. Muitos disseram que amadureceram, e que àquela época eram apenas adolescentes imaturos e, não sabiam que estavam errados. Muitos intelectuais afirmaram isso.

    Tem uma pergunta que tem que ser feita. Porque os que defendem o comunismo não vão morar em Cuba? Lá eles(as) sentirão o drama e voltarão no dia seguinte, ou no mesmo dia.

    Pessoas que tem o mínimo de inteligência e não são masoquistas, só pensam em liberdade e democracia.

    Sinto muita piedade desses médicos escravos cubanos que estão trabalhando no Brasil. Em primeiro lugar, porque o governo paga 10 mil reais à Cuba, e os médicos não ficam nem com um mil reais. O médico cubano não pode trazer esposas e filhos, as médicas cubanas não podem trazer maridos e filhos. Sabem porque? Deixarei que você deduza do porquê.  Os médicos não podem trazer suas esposas e, morrem na mão. As médicas não podem trazer seus maridos e, morrem no dedo. Isso é Cuba. É ou não é um regime satânico.

    Postem esta mensagem em nome de Jesus.

  35. Jango

    Deus sabe o que faz. Se as Forças Armadas não o tivessem deposto, hoje seríamos uma ditadura comunista( Deus nos livre) igualzinho à Cuba. Sem liberdade de expressão, mordaça da mídia, controle total do STF( hoje o controle é de 30 a 40%), o Ministério Público com as mãos atadas, controle total do Senado e da Câmara Federais(salvo engano, hoje estou vendo isso),  contrôle rigorosíssimo da Internet, fuzilamente de oposicionistas, não pode fugir do país, leite só para crianças de até 06 anos de idade, perseguição e derrubada dos Templos Cristãos, etc. etc. etc. Caso não tivesse havido a intervenção militar, hoje o Brasil seria um “Cubão” Existe algum alienado que ainda duvide disso?

    Muitos jovens da década de 60 e 70, achavam bonito esse regime satânico. Hoje muitos estão arrependidos de terem sido admiradores desse regime. Muitos disseram que amadureceram, e que àquela época eram apenas adolescentes imaturos e, não sabiam que estavam errados. Muitos intelectuais afirmaram isso.

    Tem uma pergunta que tem que ser feita. Porque os que defendem o comunismo não vão morar em Cuba? Lá eles(as) sentirão o drama e voltarão no dia seguinte, ou no mesmo dia.

    Pessoas que tem o mínimo de inteligência e não são masoquistas, só pensam em liberdade e democracia.

    Sinto muita piedade desses médicos escravos cubanos que estão trabalhando no Brasil. Em primeiro lugar, porque o governo paga 10 mil reais à Cuba, e os médicos não ficam nem com um mil reais. O médico cubano não pode trazer esposas e filhos, as médicas cubanas não podem trazer maridos e filhos. Sabem porque? Deixarei que você deduza do porquê.  Os médicos não podem trazer suas esposas e, morrem na mão. As médicas não podem trazer seus maridos e, morrem no dedo. Isso é Cuba. É ou não é um regime satânico.

    Postem esta mensagem em nome de Jesus.

    1. Ãh?

      Esse monte de clichês e meias verdades é só um sarro teu, né não? Ou será que você realmente tem no cérebro uma tríplice doença: santarrão, mistificador e ignorante… 

      1. Zoação de extrema-direita.

        O comentário final sobre ficar na mão e no dedo reflete bem a imbecilidade farsesca do troll em questão. Satânico é ele.

    2. Esses comentários são rísiveis

      “Se as Forças Armadas não o tivessem deposto, hoje seríamos uma ditadura(…). Sem liberdade de expressão, mordaça da mídia, controle total do STF( hoje o controle é de 30 a 40%), o Ministério Público com as mãos atadas, controle total do Senado e da Câmara Federais(salvo engano, hoje estou vendo isso),  contrôle rigorosíssimo da Internet, fuzilamente de oposicionistas,”

      O que o nobre comentarista afirma que aconteceria, foi exatamente o que aconteceu nos mais de vinte anos.

       

    3. cara de pau

      Sabichão, sabe de tudo até o que ia acontecer em um regime comunista, conta essa lorota para outro. Que ridiculo o comentário, Cuba tem uma boa medicina, o povo apoia o governo, vc está mal.

       

       

       

       

       

       

       

       

       

       

       

       

       

       

       

       

       

       

       

       

    4. Inocentão fútil

      Mama mia,quer dizer que o inocente aí  não sabe o que aconteceu após os marionetados pela CIA, que defendia não os interesses da população nativa, mas os dos  americanos do norte,terem tirado da Presidência da República um senhor eleito pelo desejo da maioria dos brasileiros? Hummm

    5. SE o Golpe não tivesse

      SE o Golpe não tivesse ocorrido, TALVEZ algum socialismo de tipo soviético tivesse sido implantado no país, e TALVEZ tivesse havido autoritarismo, censura e repressão a opositores. Talvez (alguma chance, ainda que remotíssima, vamos aceitar, para fins de debate, que existia)!

      Mas, nada disso aconteceu. Os militares tomaram o poder, e, hoje, COM CERTEZA podemos falar de um período em que REALMENTE houve autoritarismo, censura e repressão a opositores!!

      E com direito a todo tipo de torturas, perversões e atrocidades medievais (que alguns insistem, cada vez com menos convicção, em chamar de “combate ao inimigo”), fruto de uma perda de controle que destruiu vidas tanto de vítimas como de algozes (estes psicologicamente, o que, em termos de resultados práticos, é até pior…).

      Então, onde está o ganho?

    6. Não sabia que Deus tinha

      Não sabia que Deus tinha algum coisa a ver com o Golpe Militar de 1964. Se tem, perdeu pontos comigo. Como Ele podia ter apoiado os milicos na prisão, tortura, desaperecimento e morte de pessoas inocents? Como Ele podia ser tão contrário à Democracia? Logo Ele, que nos deu livre harbítrio para escolhermos sozinhos nosso caminho sem depender da vontade ou opinião de ninguém! E como Deus podia ter desejado 21 anos de perda de liberdades civis e censura para satisfazer uma direita reacionária sem votos que usou o comunismo como desculpa para chegar ao poder?

      A citação a Deus no comentário acima é tão sem noção quanto todo o resto do texto. Convenhamos: se a esquerda tinha votos, projeto e aliança com progressistas, por que ela precisaria de um golpe contra o governo que apoiava para se manter no poder ou implementar sua política? Na verdade o que a Direita Brasileira temia (e ainda teme) era o povo.

      1. Jaime, apoio totalmente o seu

        Jaime, apoio totalmente o seu comentário, DEUS não comunga com nenhuma ditadura, não defende a tortura e é a favor de td mudança estrutural que beneficie os mais sofridos.

         

         

        DEUS É AMOR!

  36. A verdade histórica e Jango…

    Pois salve a democracia, a de se criá-la e mantê-la constanstemente, muito dialogo, reflexão e ação.

    O mais sensivel e ler e entender a história, mas não, alguns ao lerem o artigo ou não entenderam, ou pior, ainda vivem sob as inspirações golpistas dos conservadores da época, eles ainda existem, sim são poucos, mas ainda são obstaculos, de que o povo brasileiro, não as elites, não podem lutar e nao tem o direito de buscavam seus direitos e conquistas na sua  inclusão da sociedade brasileira. Viva as jornadas de Junho!, à cidadania da época e de hoje! Devem ser saudades  das constituições de l964 e as que se seguiram, não devem gostar da de l988, do COI_DOI, da OBAN, do SNI, da Censura,  do AI-5, das torturas, dos desaparecimentos, são contra a reforma agrária, propagam ainda que o povo brasileiro não sabe votar, etc… Pouca rádios, um canal de televisão nacional, nas mãos de grupos sociais elitizados; até hoje; que foram construido de maneira obscura, mentirosa e sorrateira, o golpe de Estado de 1964, no governo Jango, vamos ter esta mancha histórica com seus 50 anos, esta ano. Pois chega-se a buscar “Deus”, como salvaguardas, lembram!!???, mas vai lá, o Senhor Jesus, foi torturado e morto pelos por Pilatos e sua classe a elite do império! Chega!!! Basta!!!! Vivemos Nossa Democracia!!!!!!

     

  37. o fato subversivo surpreendente impressionante na matéria…

    o fato subversivo surpreendente! impressionante! na matéria jornalística exumada é o “chute histórico” do IBOPE ( …que desde aqueles tempos em que comunista comia criancinhas, então, o IBOPE já gostava de chutar suas bolinhas, a gosto da freguesia comercial publieditorial, pelos campos da geografia da fome IBGE de amostragens & dados & análises geoeconômicas de um Brasil litorâneo, urbano; Brasil dos anos dourados da era do rádio, todavia, sem luz para todos…telefonia e comunicação então: – nem se fala! ) na boca de urna presidencial do ano de 1965… que podia ter sido e que não foi… poeta Manuel Bandeira, o qual, um ano depois da boca de urna IBOPE, aquela que podia ter sido e que não foi…mas que, prognosticara o “chute histórico” da virtual reeleição de Jango em 65, Bandeira, em 1966, recebe, em Brasília, das mãos do presidente da república, marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, a Ordem do Mérito Nacional, quando completa 80 anos. O editor José Olympio (1902 – 1990) promove, na sede de sua editora, uma grande festa em homenagem ao poeta, à qual comparecem mais de mil pessoas. Inauguração do busto do poeta, feito pelo escultor Celso Antonio, colocado próximo da casa onde nasce, no Recife. Recebe o Prêmio Moinho Santista: 

    O elo da Fiesp com o porão da ditadura: Documentos revelam o ‘Dr. Geraldo’, que fez a ligação dos empresários paulistas com o Dops durante sete anos.

    (Deu no Globo, 09/03/2013, numa matéria de José Casado com Chico Otavio)

    “Dr. Geraldo”, escreveu o funcionário no livro de portaria. “Cargo: Fiesp”, completou. Eram 18p0m daquela segunda-feira, 19 de abril de 1971, quando Geraldo Resende de Mattos, o “Dr. Geraldo” da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, avançou pelo corredor central do Departamento de Ordem Política e Social (Dops). No prédio ícone da arquitetura ferroviária paulistana funcionava uma falange policial do mecanismo de repressão política operado pelo II Exército. Quatro meses antes, o general-comandante Humberto de Souza Mello dera sinal verde à matança de adversários do regime. E confirmou a ordem ao chefe do seu Estado-Maior.

    O tratamento de “doutor” na delegacia era reverência policial à organização dos industriais. Os livros do Dops, há pouco revelados pelo Arquivo Público, indicam que a conexão entre o empresariado paulista e a polícia política do regime militar foi muito mais extensa do que até então se presumia. Mattos frequentava os andares do Dops onde funcionavam as seções de Política e de Informações, três a quatro vezes por semana no final do expediente. Essa foi sua rotina durante sete anos, de 1971 a 1978. Às vezes, passava mais tempo lá do que na federação. Tinha 52 anos e estava há 28 no Serviço Social da Indústria (Sesi), vinculado à Fiesp. Entrou como “auxiliar” e cresceu a partir de uma relação de confiança com o industrial Nadir Dias de Figueiredo, um dos fundadores dessas entidades.

    Um homem do poder

    Figueiredo era figura ímpar no empresariado paulista. Emergiu da Depressão de 1929 como proprietário de fábricas de vidros, lâmpadas e aparelhos de iluminação na região metropolitana de São Paulo. Com o irmão Morvan, ministro do Trabalho no governo Dutra (1946-1951), ajudara o engenheiro e senador Roberto Simonsen a erguer o mais influente condomínio sindical do patronato brasileiro (Fiesp/Ciesp/Sesi/Senai). Com a morte de ambos, nos anos 50, Figueiredo desfrutou como ninguém do controle político dessas entidades.

    Dono de um sorriso enigmático, fala mansa e sempre a bordo de um terno escuro, elegeu todos os presidentes da Fiesp durante três décadas, até 1980. Manejava com habilidade um colégio eleitoral de 94 eleitores, onde o voto dos antigos sindicatos de cordoalha e de chapéus para senhoras valia tanto quanto o das inovadoras indústrias automobilística e o da eletrônica.

    Jardineiro da dissimulação, distanciava-se com polidez de jornalistas e pretensos biógrafos esgrimindo uma bem humorada recusa: “A metade do que eu teria para contar envolve outras pessoas, por isso é assunto confidencial. Sobre a outra metade, bem… iriam me chamar de mentiroso”. Nunca presidiu a federação. Escolhia presidentes e alocava um de seus filhos na posição de vice. Era o “emérito”, derrotado na revolução paulista de 1932, contra Getúlio Vargas, e vitorioso no golpe de 1964 contra João Goulart.

    Naquela segunda-feira 19 de abril de 1971, foi atípica a visita do “Dr. Geraldo” da Fiesp ao Dops. Durou dez minutos. Saiu às 18p0m da delegacia onde imperava Sérgio Paranhos Fleury, ícone da corrupção e da violência policial, a quem o comando militar dera proeminência na máquina de repressão política. Fleury estava nas ruas, caçando terroristas que, quatro dias antes, assassinaram um diretor do Centro das Indústrias (Ciesp). Antes da semana acabar, comandaria a aniquilação do Movimento Revolucionário Tiradentes, integrante do consórcio guerrilheiro montado para execução do empresário Albert Henning Boilesen.

    O dinamarquês Boilesen, de 54 anos, havia sido eleito na Fiesp/Ciesp com o aval de Nadir Figueiredo depois de chegar à direção do grupo Ultra. Eram vizinhos no charmoso bairro Jardim América. Na manhã de quinta-feira, 15 de abril, foi emboscado ao sair de casa. Metralhado, morreu na sarjeta.

    Ativo colaborador do Departamento de Operações Internas (DOI) do II Exército, Boilesen se destacava nas reuniões da federação pela veemência na defesa de ajuda financeira e logística ao aparato de repressão política. Dias antes de ser assassinado propôs a criação de um braço armado, civil, em apoio ao regime militar. A Associação dos Combatentes Brasileiros não saiu do papel, mas o caixão do seu idealizador baixou ao túmulo escoltado por dois pelotões do Exército e na presença do comandante da Região Militar, general Dale Coutinho.

    O empresário Boilesen e o auxiliar Mattos faziam parte de uma engrenagem civil-militar que reconhecia a legitimidade do “movimento revolucionário no uso de meios para atingir plenamente seus objetivos”, na definição de Theobaldo De Nigris, presidente da Fiesp com sucessivos mandatos garantidos por Nadir Figueiredo até 1980. O empresariado somava-se à luta contra as “falanges da subversão e do genocídio” — dizia a federação em manifestos.

    Não há dados precisos, mas sabe-se que foi expressivo o fluxo de dinheiro para a repressão, a partir de coletas na Fiesp e em reuniões promovidas por Gastão de Bueno Vidigal (Banco Mercantil de São Paulo), João Batista Leopoldo Figueiredo (Itaú e Scania), Paulo Ayres Filho (Pinheiros Produtos Farmacêuticos), e o advogado Paulo Sawaia, entre outros. Empresas como Ultragaz, Ford, Volkswagen, Chrysler e Supergel auxiliaram também na infraestrutura, fornecendo carros blindados, caminhões e até refeições pré-cozidas.

    Foram criados departamentos de espionagem de empregados recrutando agentes civis e militares. Nos arquivos do Dops há uma profusão de registros, listas e fichas individuais.

    As relações entre empresários e chefes militares se solidificaram durante a conspiração contra Goulart. Cristalizaram-se na Operação Bandeirantes, em 1969, quando as atividades repressivas foram centralizadas no II Exército. O êxito da experiência da Oban levou à instituição do DOI-Codi na estrutura militar oito meses depois. A autonomia e o vínculo direto da máquina de repressão com o ministro do Exército, em Brasília, produziu a subversão da hierarquia na caserna. A partir daí, a anarquia, a tortura e a matança se tornaram institucionais.

    Em São Paulo, generais e empresários esmeravam-se na lapidação de seu relacionamento com reuniões e solenidades cada vez mais frequentes. Na terça-feira 9 de dezembro de 1970, por exemplo, o chefe do Estado-Maior do II Exército, general Ernani Ayrosa, abriu o quartel para homenagear alguns dos seus mais destacados colaboradores.

    Convidou Henning Boilesen e Pery Igel (Ultra), Sebastião Camargo (Camargo Corrêa), Jorge Fragoso (Alcan), Adolpho da Silva Gordo (Banco Português), Oswaldo Ballarin (Nestlé), José Clibas de Oliveira (Chocolates Falchi), Walter Bellian (Antarctica), Ítalo Francisco Taricco (Moinho Santista) e Paulo Ayres Filho (Pinheiros Farmacêutica), entre outros. Ayres Filho levou para casa uma insígnia do comando gravada em metal. Agradeceu em carta, encontrada pela historiadora Martina Spohr. Nela dizia compreender o gesto “mais como um prêmio pela minha lealdade perene aos ideais cristãos e inabalável fé na Liberdade, do que por qualquer contribuição pessoal que tenha prestado às causas e operações no presente”.

    Naquele dezembro, o “Dr. Geraldo” também foi premiado: seu chefe, Nadir Figueiredo, colocou-o no conselho fiscal de uma de suas empresas.

    Quatro anos depois, com a guerrilha urbana exterminada e a rural asfixiada no mato do Araguaia, o general-presidente Ernesto Geisel anunciou o retorno à democracia. Conservadores como Figueiredo sentiram-se desnorteados. O líder industrial decidiu ir à luta. E levou a Fiesp a uma campanha em aliança com grupos ultrarradicais, como o medievalista Tradição, Família e Propriedade (TFP), patrocinado pelo construtor Adolpho Lindenberg.

    Figueiredo e Lindenberg coordenaram uma espécie de levante contra a abertura política, em 1978. Tentaram cooptar o general João Batista Figueiredo, já escolhido pelo presidente Geisel como seu sucessor. Levaram-lhe um manifesto empresarial a favor do regime. Perderam. Prevaleceu a volta aos quartéis.

    Sem bússola, Nadir Figueiredo viu seu poder declinar na Fiesp. Saiu de cena em 1980, quando pela primeira vez saboreou a derrota numa eleição da federação. “Dr. Geraldo” acabou demitido pela nova diretoria. E a TFP acabou estilhaçada na luta interna.

    Figueiredo só percebeu ter sido atropelado pela História pouco antes de morrer, em 1983. Foi quando viu na televisão um mineiro de sua cidade natal, São João Del Rey, liderando manifestações de rua por eleições diretas para presidente. Era Tancredo Neves.

    Para a Fiesp, essa é uma página virada da sua história. “É importante lembrar que a atuação tem se pautado pela defesa da democracia e do estado de direito”, ressalta a atual direção em nota oficial. E acrescenta: “Eventos do passado que contrariem esses princípios podem e devem ser apurados”.

     

  38. Essa pesquisa parece

    Essa pesquisa parece encomendada pelos banqueiros, para que os formadores de opinão mantenham os eleitores aprendendo com o sistema do passado – na medida que, para eles, é possível governar os países com o formato da moeda digítal – e nem pensemos no aparendizado da ideologia inversa de um mundo transformado com títulos públicos à par da mesma reflexão de sua referência com dinheiro virtual.   

  39. Tio Sam

    O povo apoiava Goulart, mas Tio Sam, não. Na época, Kissinger deu declaração pública dizendo: “nós não vamos ficar sentados vendo governos comunistas serem eleitos”. De fato, não ficaram sentados. Implantaram ditaduras sanguinárias em toda a América Latina, para proteger seus interesses.

    1. Kissinger

      Ao contrário do que fez a Rússia, paraíso comunista, depois URSS, que dominou a Europa oriental anexando países sem derramar uma gota de sangue sequer. Abaixo os EUA, sanguinários!!! Quanta ingenuidade.

        1. Exatamente, um erro não

          Exatamente, um erro não justifica o outro. Mas o que se esperarar dos EUA? Basta analisar o caso JFK.  O regime ideal de governo é a Social Democracia, com Educação e Saúde Públicas de qualidade.E eleiçoes diretas sempre.

           

          Quem quiser viver no FASCISMO, que vá p o inferno onde com certeza, além de Stalin, tambem encontrará FRANCISCO FRANCO, MUSSOLINI, HITLER, PINOCHET E A TURMINHA DE DITADORES LATINO – AMERICANOS.

           

          DEUS NOS LIVRE!

      1. TOLINHO, NÃO LEU A HISTÓRIA!

        Você está muito sem informação… A rússia matou 120 milhões de pessoas no seu comunismo… Leia melhor seus livrinhos do segundo grau e confronte com outros dados de qualquer país sério… verá inclusive no Google… Quandas gotinhas de sangue derramou seu “deus” Stalin! Matou até seus próprios companheiros para se manter no podr! Veja o filme “Assassinato de Trotsky”. Leia Arquipélago Gulag de Soljenitsin… Enfim, passe o restinho da sua vidinha lendo… depois, se for o caso, emita alguma opinião! Hahaha.,

        !

        1. Dicionário

          E você leia o dicionário, verbete: “Ironia”, aproveite e leia também o verbete “educação”. Não conseguir interpretar um texto tirônico tão simples como este dá pena.

  40. “”Esse modelo, que domina o

    “”Esse modelo, que domina o debate econômico e político em todo século 20, chega ao fim com o advento das redes sociais.”.

     

    Devagar com o andor, Nassif… A familia brasileira ainda se reune em torno da TV aberta dos Marinho. mas não se reune em torno do blog de A, ou de B, ou de C. Falta muuuuuito. Quando a TV aberta for digital, talvez, eu digo, talvez a coisa derive nessa direção.

    Por agora, somos uma democracia totalmente tutelada pela familia Marinho e quatro ou cinco generais estratégicos (e lá mantidos pelo PT, por que é o partido “republicano”)…

  41. Média das empresas de pesquisa

    Informação de uma única fonte o que fala a média das empresas de pesquisa IBOP + DataFolha + DFK  = ?

                                                                                                                                                                      3

    A soma das 3 fontes de informações conseguimos cobrir cerca de 11 mil pessoas ou aparelhos de medição, não da um bairro da ZL de SP. 

     

    Feliz ano novo.

  42. A HISTÓRIA FOI CONSTRUÍDA DESDE FORA

    Desde 1954 o Paraguai foi governado pelo general Alfredo Stroessner.  Logo da revolução cubana (1959), as ações dos EUA foram recrudescidas. Em 1964, João Goulart foi deposto. Na Argentina o golpe de Estado foi em 1966. Em 1968 foi iniciado o regime militar peruano. Em 1971 foram instauradas ditaduras na Bolívia e no Uruguai. No Equador, em 1972, um golpe militar derrubou o regime. Em setembro de 1973 o Chile passou a viver uma terrível ditadura. Estas ações foram articuladas, considerando o “treinamento” de oficiais das FFAA de diversos países latino-americanos pelos EUA; e a ação entre os serviços de inteligência de: Chile, Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai, Uruguai.

     

  43. Meus conhecimentos em

    Meus conhecimentos em história não são lá essas coisas mas creio eu que não faça sentido falar em reeleição de Jango já que está não havia à epoca e aprovar uma reeleição no congresso não seria nada fácil.

    Creio que o mais provável seria uma candidatura Brizola pelo PTB ou JK pelo PSD. Se fosse para ser uma só, creio que JK conseguiria maior apoio pela personalidade menos beligerante. E provavelmente venceria a eleição.

    1. Jango não foi eleito para o

      Jango não foi eleito para o cargo de presidente, mas sim de vice-presidente. Tecnicamente não seria uma reeleição. Além disso, a constituição foi mudada duas vezes na tentativa de não lhe dar poder, implementando o parlamentarismo e depois voltando ao presidencialismo.

      É claro que na prática movimentos de perpetuação no poder dependem da conjuntura nas elites, e essa nunca foi favorável á Jango, tentando até impedir sua posse, depois impedindo-o de govera e, finalmente, apeando-o do poder comum golpe. Ele não era mesmo popular entre os donos do Capital e seus admiradores…

      Porém, não é irreal supor que uma vez que Jango tenha conseguido vencer a oposição na posse e na volta do presidencialismo (isso com base no voto popular, ao contrário da decisão pelo parlamentarismo), setores simpáticos e amenos da elite social tenham pensado na possibilidade de sua reeleição e avalidado isso, já que era uma possibilidade técnica plausível. No mínimo o apoio que Jango poderia dar a um candidato já justificava um levantamento estatístico sobre ele e suas políticas.

  44. Nenhuma novidade. O golpe de

    Nenhuma novidade. O golpe de estado foi contra a soberania popular, pois no Brasil o que a elite chama de democracia é a conservação do poder político e econômico nos circulos restritos dos endinheirados como se ainda vivessemos sob a primeira constituição censitária republicana (aquela que atribuía o voto apenas aos remediados e o direito de ser votado aos ricos ou muito ricos). Neste exato momento a imprensa brasileira faz uma campanha incessante contra a soberania popular, talvez com a esperança de ganhar a próxima eleição presidencial sem provocar outra tragédia. Mas em se tratando desta nossa elite tacanha, uma tragédia está sempre a espreita. Quando o povo realmente se der conta disto não haverá espaço nos cemitérios para os cadáveres perfumados e enrrugados da aristocracia brasileira. 

    1. Essa falácia de soberania

      Essa falácia de soberania popular é a mesma de opinião pública.

      Quem fala não sabe quem, quando, como ou onde. É só um desejo.

    2. Bela visão de democracia você

      Bela visão de democracia você tem, bem tipico dos socialistas com cadaveres perfumados.

      O que realmente aconteceu em 1964 foi um contragolpe, pois o Jango era uma marionete nas mãos da União Soviética e de Cuba que queriam implantar uma ditadura no Brasil.

      Não sou a favor de nenhuma ditadura mas a contrarevolução de 1964 começou com a intenção de fazer a eleição como o programado mas infelizmente a parte radical dos militares não permitiu e mergulhamos numa ditadura de mais de 20 anos.

      O que acho estranho destas colocações de que o Jango era apoiado pela maioria da população é de que  não houve nenhuma reação popular contra o dito golpe, apenas manifestaçõpes a favor. E não houve porque? Se a maioria era a favor das mudanças e do governo? Num primeiro momento o “golpe” não foi apaoiado por todos os comandos militares portanto se houvesse uma manifestação de repudio seria muito provalvel o apoio de importantes comandos militares.  Somente para recordar o Brizola tentou pelas rádios do Rio Grande do Sul e não houve apoio popular.

       

  45. Para acabar de vez com o mito

    Para acabar de vez com o mito de que o Golpe Militar de 1964, com a deposição de João Goulart, gozava de apoio da ampla maioria do povo brasileiro.

    O pior é constatar que esse erro não é apenas difundido por setores conservadores brasileiros. Alguns autores oriundos da esquerda brasileira, ao que parece ou, pelo menos, ao que indicam seus discursos, também vendem esse gato por lebre, a exemplo do historiador, professor da UFF, Daniel Aarão Reis, que inclusive participou da luta armada.

    Mas também não sei exatamente se ele discordaria da análise do post acima. O discurso dele no vídeo abaixo é um tanto quanto aberto a interpretações. Ele, por exemplo, não concorda muito com a expressão “ditadura militar”, porque acha que o regime que se instaurou pós-1964 gozou do apoio do que ele chama de “importantes setores da sociedade civil brasileira”.
     

    Mas creio que o discurso dele, ao menos aparentemente, aponta para um apoio popular à ditadura militar que é refutado por esses dados do IBOPE:

     

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=vwVSRcjpGjY%5D

     

     

  46. Golpe

    Salve, Salve os Americanos, os Militares e parte da população que apoiou o golpe………..essa pesquisa do IBOPE é tão real quanto Papai Noel, Essa bagaça ainda vai longe,  já regredimos mais que as tres decadas de quando a ditadura acabou………….Vejam  a situação da Petrobra, Banco Rural, Funai, Educação,  Saúde e por aí vaí…depois voltaremos as benécias que esse fanáticos acham que estão produzindo, na Venezuela, Bolivia, Cuba, Coreia etc…….Essa pesquisa é tão verdadeira quanto ao número de embarcações clandestinas que deixam a Florida em direção a Cuba.

    1. Estamos num momento de reflexão, senhor

      Nada atrapalha mais a busca do resgate da Verdade que manifestações tão meramente ideologijadas quanto a sua. A ditadura já extorquiu de nós o tempo que teve para impôr, violentamente, suas metas; já as conhecemos e vimos a diferença entre o que propuseram e o o futuro que nos roubaram. Chega de violência, de Xuxismos, de novelas idiotas, de realitys shows voyeristas e imbecis, de noticiários falsos, de má educação e barbárie. É só comparar o que era a televisão antes e em que se tornou após a ditadura para constatarmos as origens da barbárie e do vazio cultural atual. Aniquilaram toda produção cultural deste país para impor a banalidade, o comportamento vil e a falta de princípios e educação: estamos fartos disso, queremos de volta nossa rica cultura.

      1. Excelente seu comentário. A

        Excelente seu comentário. A Ditadura Militar Brasileira fez uma grande mal a nossa Cultura, aos nossos jovens, os de hj é percebivel que eles não tem identidade cultural.

    2. É sse tipo de pensamento

      É sse tipo de pensamento ideológica que insufla a massa de imbecis que se alinha  cegamente ao famigerado black bloc. Basta uma leve observação da história para constatar que a meia dúzia de lideranças civís (exceto os empresários, que em sua maioria se beneficiou do golpe até os seus extertores), já em 65 se opunham viceral e  radicalmente contra a permanencia dos militares no poder. 

    3. Uma pequena parcela da

      Uma pequena parcela da população apoiou o golpe, em sua maioria de classe alta e alguns da classe média que se deixaram levar pela imprensa golpista.

       

      Ve o numero de pessoas presentes no ultimo discurso do Jango, e compara com a marcha da familia e com deus.

       

      Acreditar que a população inteira ou pelo menos a maioria apoiou o golpe é que nem acreditar em papai noel.

  47. Jango esta morto !
    Ele foi

    Jango esta morto !

    Ele foi exumado e não ressuscitado . 

    Já se passaram 50 anos dessa historia . 

    Não fomos nós que a fizemos . Não há por que resgata-la . 

    Qual o sentido de ficar remexendo uma ferida que já esta mais do que cicatrizada . 

    Vai ressuscitar os mortos ? Quantos mortos ? 

    Sabemos que houve excessos , torturas , mortes , etc . E dai ? 

    Vai mudar o jogo politico de hoje ? Vai mudar a economia de hoje ? Vai mudar alguma coisa do hoje ?

    VAI MUDAR ALGUMA COISA NO FUTURO ?

    Melhor perguntando :

    Quais são os interesses que se escondem sob essa tal de  prospecção da verdade ?

     

    No Brazil de hoje ,  ja temos instituições que nos protegem dessas coisas . 

    Golpe como esse de 1964 , jamais teremos outro . 

    Vamos parar  com essa bobagem . E tentar esquecer tudo isso 

    Vamos cuidar do futuro . Vamos fazer com que no futuro isso não mais possa acontecer . 

    Simples assim . 

    1. Pesquisa Jango

      Não podemos dizer que o que aconteceu com Jango foi bobagem, o que ele estava tentando fazer era e é hoje de grande interesse da população. A matéria tem, a meu ver, uma intenção maior do que apenas informar o que aconteceu com nosso presidente, mas sim mostrar como os interesses de alguns poderosos ás vezes conseguem sobrepor a vontade do povo. Você provavelmente não deve estar acompanhando as denúncias de espionagem americana, ou ter estudado sobre o golpe que os Yankes tentaram dar no nosso irmão Chávez. Só a consciência do que já aconteceu pode nos blindar desse perigo. Saiba que nas eleições de 45, os comunistas tiveram 10% dos votos. Logo depois foram perseguidos e proibidos no Brasil, sabe lá o porquê né. rs  

    2. Seguindo este raciocinio,

      Seguindo este raciocinio, para que estudar historia? O que vai mudar na vida das pessoas estudando que aconteceu? Vamos sempre começar tudo do zero e repetir os mesmos erros infinitamente!

    3. Joao Goulart

      Realmente desejo que o que aconteceu em 1964 e posteriores não se repita, que não se repita o que aconteceu em outros países da America Latina, como Chile (horror) e Argentina. Acontece que há grupos da direita ultra-conservadora se formando.

       

      Há dentro da Igreja Católica grupos com pavor do Comunismo, entendo até aí. Mas se há uma votação no Congresso a fvor do casamento entre pessoas do mesmo sexo, eles veem isto com a volta do Marxismo ao país, um dia desse vi uma palestra no YOU TUBE, não sei há data, mas o papa ainda era Bento XVI, mas o pe. em questão defendia claramente o Governo Militar de 1964 – …, e dizia que havia sido uma ditadura branda se comparada com outras da America LATINA, disse que só desapareceram 300 pessoas, pasmem. Além disto o nível cultural dos jovens de hoje deixa muito a desejar, então é preciso  resgatar nossa história e fazer justiça a memória de um homem que foi tão injustiçado e humilhado, olhe só católica praticante, mas sou a favor que haja, no Brasil as comissões da verdade e que o povo não compre gato por lembre.Não posso ser a favor de ditaduras seja de que lado for,  e nem favorável as injustiças sociais, só pq querer uma melhor distribuição de riquezas, reforma agrária, respeito aos mais necessitados e marginalizados achar que é uma ameaça marxista, e que ficar propalando que o MARXISMO Cultural esta por tras de qq sinal de mudança.

  48. Percebam as coisas como um bloco latino-americano

    Percebam que o que ocorreu em 1500 – chegada de europeus, 1600 – colônias, 1700 – extensões de monarquias européias, 1800 – Anti-monarquismo, 1900 – republicas independentes, 1920 – Ditaduras republicanas, 1950 – populismo baseado no trabalho e no voto do trabalhador, 1960 – ditaduras (algumas militares e outras comunistas), 1985 – redemocratização e retomada da corrupção, 2000 – populismo baseado no voto trocado por esmolas (das mais diversas): são simplesmente movimentos em bloco de umas mesma América Latina.

    América Latina que construiu repúblicas sem derramar uma gota do sangue imperial. América Latina que se vê sofrida, mas prestigia a corrupção. América Latina que se sente oprimida pelos norte americanos, mas é incompetente para competir com eles. América Latina que chora e morre pelo futebol. América Latina que contempla os bandidos do mundo inteiro com o berço explêndico da  impunidade. América Latina que não sabe o que é controle de natalidade. América Latina que convive com políticos que são o reflexo de sua população. América Latina que acha que Deus é Latino Americano. América Latina do catolicismo. America Latina que fabrica pérolas como Lula – O filho do Brasil ou assiste o presidente Nicolas Maduro ouvir orientações de Hugo Chaves no canto de um passarinho. América Latrina!   

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