Jornal GGN – Os governos Donald Trump, dos Estados Unidos, e de Jair Bolsonaro (sem partido) “atuam para frear a influência política da China na Organização Mundial da Saúde (OMS) no momento pós-pandemia”, informou Jamil Chade, em sua coluna no Uol.
A manobra pretende reduzir qualquer tipo de espaço para Pequim, inclusive sobre o papel central que a China pode assumir para suprir vacinas e outros bens.
De acordo com interlocutores dentro do governo, os embates nos últimos dias entre Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), sobre a vacina contra a Covid-19 da chinesa Sinovac, “é interpretada como parte dessa ofensiva e lógica para impedir um protagonismo ainda maior de Pequim”, escreveu Chade.
“A operação na agência, porém, é apenas parte de uma estratégia maior de conter a expansão chinesa. Questionar a qualidade da vacina do país asiático, colocar em dúvidas o papel das autoridades chinesas numa suposta liberação do vírus e impedir que propostas por parte de Pequim ganhem força são partes do ‘arsenal’ diplomático endossado pelo Brasil”, destacou o colunista.
Ainda, os EUA teria convencido o Brasil a fazer parte do processo de boicote da Organização Mundial da Saúde, para assim “tentar impedir que, num cenário pós-pandemia, a China saia mais forte economicamente e mais influente no cenário internacional”, pontuou o texto.