Uma criança morreu e Carla Zambelli está preocupada com as hashtags da “esquerda”

Enquanto isso, Wilson Witzel, Jair Bolsonaro, Sergio Moro e outras autoridades seguem em silêncio sobre o assassinato da menina de 8 anos, mais uma vítima de bala perdida no Complexo do Alemão

Jornal GGN – Uma menina de 8 anos morreu no Complexo do Alemão na madrugada de sábado (21). Ágatha Félix, que levou um tiro de fuzil nas costas depois que a Polícia Militar abriu fogo numa rua movimentada, já é a quinta criança assassinada no Rio de Janeiro neste ano. São 16 as pequenas vítimas de bala perdida até agora. Mais de 1,2 mil se considerados os adultos assassinados pela política do “atirar na cabecinha” patrocinada por Wilson Witzel. Mas a deputada federal Carla Zambelli (PSL) está mesmo é contrariada com as hashtags que a “esquerda” divulga no Twitter.

A hashtag “#ACulpaÉdoWitzel” foi um dos assuntos mais comentados na rede social a partir da manhã de sábado, quando a imprensa confirmou a morte de Ágatha. Zambelli, incomodada com a repercussão, logo disparou: “Você não vê a esquerda levantando hashtags quando um policial é assassinado por bandidos.”

A frase que indiretamente privilegia um debate em detrimento de outro – como se as duas mortes não fossem fruto do mesmo conflito – foi compartilhada na rede junto com o vídeo de um policial morto no mesmo sábado (21).

 

 

Zambelli pessoalmente não escreveu uma linha em solidariedade à família de Ágatha ou sobre as críticas a Witzel.

Mas encontrou tempo de responder ao ex-presidenciável Fernando Haddad (PT), uma das primeiras autoridades públicas a reagir à altura da tragédia de Ágatha e dizer expressamente que essa política de segurança é assassina e que Witzel merece um impeachment.

Witzel, por sua vez, ainda não se pronunciou sobre Ágatha.

Jair Bolsonaro usou as redes sociais no sábado da morte da menina, mas não para falar sobre o caso.

Sergio Moro, o ministro da Justiça, também está calado.

Já a esposa, Rosângela Moro, não poderia ser mais inconveniente, para dizer o mínimo. Enquanto a internet estava em polvorosa pela morte de Ágatha, ela publicou um texto sobre sua infância cheia de perrengues por não poder usar o tênis cor-de-rosa na escola de freiras, que estava tentando lhe ensinar a respeitar regras e autoridades. “Sobrevivi”, escreveu.

Ágatha, não.

 

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Lembro uma vez que fui de tênis cor de rosa ( o do uniforme era branco). Na fila do hino nacional ( toda quinta) me tiraram porque eu estava em desacordo e nao pude ir para a classe. Escola de freiras! Eu rio hoje e acho que a mensagem que as freiras queriam dar era apenas: siga as regras. Outra vez na escola dos franciscanos eu fui para o paredão porque “ amarrei o casaco na cintura”, rio também. Se chegasse em casa e reclamasse ainda ficava de castigo. Eram outros tempos, tempos que as crianças comiam@DEPOIS e na cozinha quando não havia lugares na mesa nos almoços de Domingo de família. Não quero dizer o que é certo e o que eh errado … longe de mim… mas como experiência pessoal eu sobrevivi. Só isso. Sobre a nova geração. Eles são ótimos!!! Eles são ligados, eles são conectados, são bilíngues ( internet) e são carinhosos.! Talvez os pais que precisem rever seus conceitos. Filhos para serem Gente.

Uma publicação compartilhada por Rosangela Wolff Moro (@rosangelawmoro) em

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Redação

5 Comentários

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  1. … a horda de loucos, loucas e insanas figuras humanas continua a destilar seus excrementos verbais, por não encontrar justificativas as barbáries e aos resultados de suas apologias radicais a prática de assassinatos e justiça com as próprias mãos. Mostra que o horror, que o terror as trevas é o quintal de suas moradas e o legado que transmitem a seus herdeiros.

  2. Bom, entende-se porque a D. Rosângela entregou seu coração a um fascista. Que escolas, e de franciscanos… Sei não, S. Francisco tinha valores éticos melhores do que paredão pra quem amarra casaco na cintura. Bando de loucos. S. Francisco, rogai por nós.

  3. Puta que o pariu! Que bando de idiotas.
    Não sabia nada sobre esta zambeli até agora (parece que atacar a esquerda da ibope). Já d.Moro, não se espera nada diferente.

  4. Tem fascista e reacionários que abusam do direito de ser burros. Como esta fascista Carla Zambelli.
    O policial que foi morto por bandidos, foi por incompetência única e exclusiva dele. Pois é treinado para matar, tem arma e balas à disposição e ainda é protegido por lei para matar. A menina Ágatha não tinha arma, não sabia atirar e foi morta com um tiro nas costas deputada, entre as duas mortes há uma enorme diferença. Entre você e o governador não há nenhuma diferença, os dois são fascistas burros igualmente.

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