Fernando Horta
Somos pela educação. Somos pela democracia e mais importante Somos e sempre seremos Lula.
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As duas Lava a Jato e o tempo do Brasil, por Fernando Horta

As duas Lava a Jato e o tempo do Brasil

por Fernando Horta

Desde antes da morte do ministro Teori Zavascki (em tempo, já investigaram?) era perceptível que existiam, ao menos, duas Lava a Jato. A operação capitaneada (sic) por Moro e os procuradores da “República de Curitiba” era uma operação. Parcial, não-constitucional, política e com foco exclusivo no ataque ao governo Dilma e em Lula. O ministro Teori deixou claro, em diversos momentos, seu desgosto com a forma com que esta operação era levada. Após sua morte, as manifestações do ex-ministro da Justiça, Eugênio Aragão, deixavam transparecer uma discordância ainda maior de Teori com tudo o que se passava. Talvez o ministro, sendo mais cuidadoso e silente, do que o juiz-justiceiro de Curitiba, não retrucasse da mesma maneira (na frente de microfones e câmeras), mas Teori deu os acordes iniciais para a outra Lava a Jato. Aquela centrada no STF e levada a cabo por um MP e uma PF muito mais imparciais e profissionais.

E foi esta segunda Lava a Jato que desmontou o governo Temer. Coisa que tinha ficado muito claro (será que para Teori também?) que Moro não faria. A desculpa do privilégio de foro não deve ser levada em conta. Dilma tinha foro privilegiado e isto não impediu que Moro criminosamente agisse de forma política vazando as conversas da presidenta em rede nacional. O que mantinha Moro tão zeloso quanto a Temer era outra coisa. Esta percepção e as fotos do juiz com figuras da oposição e mesmo com o presidente acendiam a luz vermelha na esquerda. Moro, como Gilmar Mendes, não se preocupa em disfarçar suas posições políticas, preocupam-se em negar o óbvio. Teori sabia que se a quisesse uma Lava a Jato ética e juridicamente correta, não poderia passar por Curitiba.

A morte do ministro Teori (em tempo, já investigaram?), revelava uma estranha situação. O filho do ministro confessava que o pai estava “muito preocupado” pelo Brasil em 2017. Que informações teria o ministro? As operações deflagradas recentemente que atingiram em cheio o PSDB e o golpista-presidente eram do conhecimento já de Teori? Creio que sim. Creio que ali começaram, com a imparcialidade, o profissionalismo e a discrição que todos afirmam caracterizavam o comportamento de Teori Zavascki. Ali tinha nascida a segunda Lava a Jato.

Enquanto a Lava a Jato de Curitiba grampeava escritórios inteiros, presidentes, ex-presidentes, seus filhos, netos, amigos por quase dois anos para achar alguns palavrões, a operação sediada em Brasília grampeava menos pessoas por menos tempo e obtinha explosivas informações. Enquanto a de Curitiba transformava qualquer declaração em política baixa despejada para a grande mídia, a de Brasília não vazava. Nem Gilmar Mendes (será que foi gravado?) sabia de algo. A diferença de profissionalismo, acuidade e eficácia são gritantes. Também na hora de tornar públicos os resultados as diferenças se mantinham. Como Curitiba tinha lançado moda fazendo da publicidade sua principal força jurídica, Fachin (herdeiro dos processos de Teori) fez o mesmo, só que sem a antiga seletividade para blogs e jornalistas de direita.

É questionável que o STF vaze? É, mas a verdade é que se o próprio STF não questionou o vazamento feito com Dilma, não há moral agora para questionar qualquer outro. Ou a “suruba é pra todo mundo” ou não é para ninguém, como lembrou o senador-símbolo do governo Temer, Romero Jucá. O governo Temer tenta recolher seus cacos e se sustentar. Conta com pouco apoio, mas uma valorosa inércia da esquerda brasileira que, apesar de não ter sido golpeada nos últimos meses, ainda está tonta. O problema é que não há vácuo de poder. Enquanto se discute quem vai assumir, quais eleições, candidatos, o tempo e etc. Alguém está exercendo o poder de fato. Creio que não é mais Temer, sequer como preposto.

O tempo dado a Temer, portanto, é um tempo dado a este poder que não temos ciência de quem o exerce. É um tempo dado contra o país. Todo o tempo que Temer levar para cair, somando com o tempo de transição é um tempo que o brasileiro perde emprego, o empresário deixa de lucrar, quem tem fome segue com fome e tudo fica num transe inativo. Não vejo, se não por má fé, como as cabeças pensantes deste país – sejam de direita, de esquerda, de frente ou de ré – estão se permitindo este transe. A economia do país agoniza e os esforços desonestos de Temer para produzir índices (mudando metodologia, alterando prazos e etc.) já foram denunciados por muitos, incluindo o presidente do IBGE.

Se o país todo perde com esta demora, quem está ganhando? Quais os grupos que fazem da sangria de Michel Temer, a depressão de Aécio algo que os beneficie? Já não era hora da esquerda ter se recuperado e voltado para a disputa? O brasileiro já não percebeu que tudo o que está acontecendo, não importa quem se beneficie, vai piorar a sua já complicada situação?

Estão esperando efetivamente o quê, para por definitivamente a termo o governo Temer? Curitiba está desnorteada pela demonstração efetiva de como se faz uma operação policial e jurídica dada por Brasília. O PSDB acabou com a hipocrisia do discurso da superioridade, com todo o partido envolvido em esquemas e canalhices. Os asseclas de Temer nem conversam mais com medo de estarem sendo gravados. No STF o receio é o mesmo. A economia definha, o trabalho some e todos os indicativos mostram mais um período de seis meses (no mínimo) de recessão. Se antes não interessava se Dilma era culpada ou inocente, e o argumento do “conjunto da obra” aparecia o tempo todo, o que mudou agora?

Esta inércia VAI nos custar muito caro. Política, social e economicamente. Não há nenhum benefício em deixar-se um paciente perdendo sangue enquanto se discute qual doença e qual cura. Dentro do protocolo de emergência, a sutura tem precedência. A ministra Carmem Lúcia deveria saber disto.

Fernando Horta

Somos pela educação. Somos pela democracia e mais importante Somos e sempre seremos Lula.

25 Comentários

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  1. A lavajat de Curitiba entrou na fase do silêncio premiado

    O Joesley comprou o silêncio do Cunha com as bençãos do Mi$hel Temer enquanto o Moro absolveu a bandida do Eduardo Cunha sob a alegação de que ela não sabia que toda aquela sua gastança não guardava proporcionalidade e compatibilidade com recursos lícitos. Se o Moro condenasse a Cláudia Cruz, o Eduardo abriria o bico. O próximo a ser solto, a fim de que continue em silêncio, é o próprio Eduardo Cunha.

  2. Dá pra entender???
    Afinal. O juiz Mendes pertence a qual lava jato? A de Curitiba?
    O juiz Moro grampeou quem não tinha fórum conversando com quem tinha ou foi ao contrário???
    E fórum para que? Para se esconder da verdade???
    Quem matou TEORI???
    A turma de Curitiba ou de Brasília???

  3. A ministra Carmén Lúcia sabe

    A ministra Carmén Lúcia sabe disso, como todos os seus pares sabem disso e de muito mais. 

    A meu ver, estamos diante de discordâncias várias dentro de diversas corporações. 

    Com a nomeação do novo ministro da Justiça já se tem a ideia do que virá pela frente. O homem vai mexer com a PF, que ao tempo de Dilma só faltou dar um tiro na cara dela por coisa menores. Vai ter muita confusão, se o ministro tentar diminuir o poder dessa corporação. Vi comentários sobre a possibilidade da Lava Jato também perder um pouco do seu brilho. Aí, sim, o Brasil pega fogo, porque os coxinhas, hoje considerados pamonhas, se pegam nessa Lava Jato como a um Deus, inatingível. Vão ter que comparar Dilma com Temer nesse quesito e concluir que ela, apesar de tudo, mantinha em seu governo um ministro inépto que jamais deu pitaco nessa operação, nem se envolveu com as investigações da sua, então, PF.

    Mas a situação de Moro, quando fica calado como nesses dias de tanta turbulência bnacional, fala por si. Se antes achou ter errado tirar fotos ao lado de Aécio e Temer, o que estará hoje achando desse seu envolvimento íntimo com políticos citados em denúncias, agora mais raso que o chão. Terá que ser coerente quando entendia a necessidade de ouvir a voz da rua, do povo, ao ver que o povo mudou.

    Importante dizer que a Globo, como diz o ditado, já tem feito barba, cabelo e bigode dos políticos Temer e Aécio, pelo menos. 

    O Fantástico chegou a mandar repórter para a tera de Tancredo para divulgar a impressão dos nativos de São João Del Rei sobre a enorme decepção sentida pelos atos nefastos de Aécio e sua família.

    A Globo está tão decidida a fritar Temer e Aécio que já esta dando um refresco para Lula ir se acalmando, por enquanto.

    Sem dúvidas, temos que a PSDB, partindo das atitudes ridículas de Aécio como mal-perdedor, vai ficando em frangalhos, como quem paga hoje pelo que fez ontem. Mas, o PT de Dilma, por um bom tempo na zona de conforto, causou estranheza a seus eleitores, e pode-se dizer que forneceram bala para os seus adversários. Uns pagam por uma oisa e outros pagam por outra, embora as dívidas dos tucanos pareçam ser bem mais expressivas, por ora. 

     

  4. As duas Lava a Jato e o tempo do Brasil

    Para mim são óvias as razões que levam ao definhamento consentido do “governo temer”.

    Os interessados são de variada plumagem.

    – no assim chamado “congresso” a maioria se beneficia da situação de duas formas: protelam o cadafalso e, como ratazanas que são, aproveitam as últimas oportunidades das sobras da podridão,

    – o PSDB apareceu brilhantemente nas páginas policiais; entretanto ainda segue mamando no que dá e ainda não tem segurança para fazer a derrubada do criminoso-presidente, ao que dizem as delações, e empossar um outro da estirpe,

    – a “república de curitiba” continua com suas convicções e apenas aguarda os prazos legais para entregar a encomenda: a inelegibilidade de Lula via prisão. Sabido é que no caso não vem ao caso a apresentação de provas, bastam as convicções iniciais definidas e mantidas,

    – o que se chamava de “superior tribunal federal” hoje é formado por um grupo, digamos, de extraordinária composição: plagiador, militantes politicos, quem condena pela literatura, juizes, estrelas de tv, etc, etc, etc, todos, apesar do poder que tem, temerosos das manchetes. Acho que pela idade devem ter problemas de coluna,

    – a turma da bufunfa, nacional e estrangeira,  está firme no apoio ao desgoverno dada a brutal rentabilidade que obtem ,

    – o grupo do “estado mínimo”, tambem chamada de “foda-se o povo” segue reduzindo os direitos trabalhistas, previdência e a inesquecível entrega do patrimônio público aos beneficários de sempre.

    O resto é conversa mole.

  5. É necessária que seja

    É necessária que seja difundida à população em geral a existência dessas duas operações Lava Jato: a de Curitiba comandada por Moro mais a Foça Tarefa do MPF e PF de Curitiba que vinha protegendo Temer, Aécio e Cunha e a de Brasilia que abriu o baú e trouxe ao público os malfeitos de Temer e Aécio (já bem conhecidos e denunciados pela mídia independente a tempos e tempos)

    1. Eu já suspeitava disso!

      Tão logo estourou o escândalo JBS-Aécio-Temer comecei a desconfiar que estava havendo uma nítida divisão no MPF e esse post confirma que não estou sozinha nessa minha desconfiança. Oxalá, que essa turma do MPF de Brasília comece a firmar sua supremacia sobre a Lava Jato da República do Paraná. O país só tem a ganhar com isso e a nossa justiça muito mais, 

  6. Esperar alguma coisa da

    Esperar alguma coisa da Carmen Lúcia é o mesmo que esperar que a sutura da hemorragia do tal paciente seja feita pelo porteiro do hospital.

    Realmente há um poder aqui no Brasil que permanece oculto para a grande maioria da população (eu incluso).

    Há algo um pouco semelhante ao suposto “Deep State” que haveria nos EUA, com a diferença que o de lá pensa e age prol a hegemonia do país enquanto o poder daqui pensa em age de modo a arrebentar de vez com o Brasil.

    Não me sai da cabeça, e vou repetir inutilmente aqui, o que revelou Eugênio Aragão da conversa com Rodrigo Janot sobre a Lava Jato, algo similar a “não se meta com a LJ, ela é muito maior do que nós”.

    Por que diabos a LJ é muito maior do que qualquer um?

    Por que certos agentes públicos estão tão empenhados em acabar com o país? Sofrem chantagem? Cumprem ordens apenas? Ambos?

    PS: Cadê a Maçonaria, tão ativa outrora em relação ao “combate à corrupção” e em defesa do golpe contra a Dilma? Cadê aqueles senhores de avental e luvas brancas fazendo número em Brasília? Sumiram né?

  7. fato:
    babou o golpe. ninguemm

    fato:

    babou o golpe. ninguemm mais topa ficar na foto ao lado de golpista.

     

    ontem: povo lindo! povo BRASILeiro, seu lindo!

     

    e muitos grupos  em copa cantavam, em diversas esquinas:

    oleee ole ole

    olaaaaaaa

    VOLTAAAAA

    DILMAAAAA!!

     

    sem cirme, sem impeachment: carminha repete a noite durante seus pesadelos de bento carneiro. ela, janota e seus alunos sabem.

    será q ela vai agir pra entrar na história como heroína? janota talvez?

    ou será q vão tenatr continuar passando o pano e torcer pra q não se lembrem dela? ambos vão descer ao esgot abraçados com MT da mala, mineirinho, rodrigo loudes, meireles JBS, angorá e jukete-o-ingua-loca?

    na facul, no aeroporto, na escola dos filhos e netos vão gritar “golpista” sempre q estiverem lá em pessoa, seus filhos ou netos…será q eles se importA?

     

     

     

  8. Tem moral sim, quem disse que

    Tem moral sim, quem disse que não ?

    Dilma era uma pamonha completa e Temer está mostrando que não é, apesar de ser um Rato.

    Essa é a diferença. Dilma não sabia exercer o Poder inerente ao cargo que detinha. Ele nunca nem questionou no STF inúmeros absurdos cometidos pela lava jato.

    Temer começa a questionar e se conseguir destruí-la, poderá entrar para a história do País.

  9. Golpe às pressas, amarras fracas.
    O profissionalismo da PF e MP já seria o suficiente para liquidar Temer, não precisava da Globo, volto a repetir. E as outras emissoras divulgando as gravações? Como a Globo ficaria calada?

    Acho que isso ainda está causando confusão em muitos. Por que a Globo atacou repentinamente a Temer? Ora, não passar atestado evidente de golpista ao proteger alguém com imensa impopularidade, escondendo descarada a notícia amplamente divulgada pelos outros meios de comunicação do país.

    Essa ação da Globo foi muito arriscada e só fez perder mais tempo ainda e prejudiciar a todos. Hoje, com a resistência do golpista, alimenta a reverberação das diretas já, contrário aos interesses dela, o que para nós é um aspecto bem positivo.

    A Globo depende de credibilidade também, apenas surfou com sua liderança de audiência num caso claro de flagrante de corrupção, escandalosa a gravação. Para mim é bem simples de aceitar isso, não vejo ação inteligente por detrás a não ser de querer apressar a saída de Temer, porém, arriscada operação. E isso ainda reafirma minhas convicções de que o golpe foi costurado às pressas a partir da pirraça do Aécio e a total inabilidade política do governo Dilma. EUA? Talvez, mas depois da porteira aberta. Hoje, grupos diversos com interesses diversos, mesquinhos e amplo e claro desentendimento do que seria o tal “núcleo duro” do poder. Uma outra característica do amadorismo do golpe está na jumentice em convocar as forças armadas, uma pantomima ridícula com apoio de um General patetamente igual a Temer. Caíram todos no ridículo, ainda aumentaram as preocupações em outros setores da sociedade, inclusive nas próprias forças armadas. Esse grupo é de segunda, evidentemente falta-lhe qualidade política o suficiente para conduzir o Brasil, é um contraste com a cultura ainda não o bastante democrática que desenvolvemos, mas desenvolvemos e vamos ampliar.

    Se assistirmos a abertura integral das olimpíadas, poderemos ver pouco antes do hino nacional o golpista ilegítimo junto a Alexandre de Moraes e Picciani. Naquele dia Teori Zavascki já era conhecido como incorruptível e a gangue havia tomado o poder, antes de ser desmascarado Temer, mas nos faz pensar bastante no que planejavam e pensavam naquele momento em que Temer roubou de Dilma.

    Acho que o texto está correto em afirmar a urgência da mobilização da esquerda, penso a partir dos núcleos dos movimentos sociais e a pauta principal é as diretas.

    Às ruas continuadamente, comunicação pelos meios que possuem à sociedade da fragilidade do poder atual, exigir a representatividade e respeito ao voto, exigir a legitimação das urnas, essa é a principal cultura que devemos exigir que se restaure, que foi quebrada e o STF covardemente não restaura.

    1. AU? Talvez? Não se engane.

      Prezado,

      Não subestime as agências e os departamentos de espionagem, inteligência e investigação dos EUA. O alto comando do golpe fica lá. Procure pelo artigo-reportagem ‘Delação “delivery”‘, de Fernando Rosa, para entender a quem serve e auais interesses defende a Fraude a Jato e a PGR.

      1. Não desacredito totalmente na
        Não desacredito totalmente na não participação dos EUA, porém, o tal “núcleo de inteligência” já demonstrou vários erros de ações, desde a condução coercitiva de Lula até os vídeos de Moro, ações evidentes de trapalhadas comunicativas e precipitadas.

        Na comunicação, então, está um desastre absoluto, uma pobreza sofística que beira o ridículo, basta ver a última cartada com as agendas e encontros de Lula, patética armação. Que inteligência é essa?

        Ainda defendo que o impeachment não sairia, caso o governo Dilma tivesse maior habilidade política. Mesmo que os EUA estivessem por trás tentando.

        Sim, não descarto os EUA nos bastidores, mesmo porque a espionagem sobre Dilma afirma isso, mas esse tal comando estaria ratiando, parece que o motor não está queimando um cilindro direito.

        A Globo agora luta contra as diretas com sinais de perder, esse resultado não foi previsto?

        Tem fumaça no lado deles, está claro.

  10. As ruas

    Quando Temer deu o gritinho “não renuncio” e repetiu, quase batendo os pés no chão, gritando mais alto ainda que não renunciaria, pensei na hora que se o STF, através do TSE, não der um passa-fora em Temer, ele vai definhar agarrado ao posto de presidente e fazer tudo o que puder para deixar o Pais arruinado. Do Congresso pode-se esperar tudo, inclusive nada. Dizem que Rodrigo Maia esta entre a cruz e a caldeirinha. Ou ele sacrifica Temer ou sacrifica Moreira Franco. Para retirar Temer da presidência o mais rapido possivel, so com a população nas ruas.

  11. A Esquerda Pasmada

    “Já não era hora da esquerda ter se recuperado e voltado para a disputa?”

    Que esquerda? o que é esquerda no Brasil? Quem?

    A “esquerda” voltar a disputar? disputar o que?

    8 anos de “Lilinha paz e amor” foi esquerda?

    5 anos de “Dilma republicana” foi esquerda?

     

  12. Quem?

    Ora, ora. Quem está por trás da destruição? O Departamento de Estado meu caro. É o que fizeram em vários países esqueceu ou não leu? Por outras bandas foi com armas porque não encontraram grupos tão servis. Por aqui com seus mordomos de alto poder aquisitivo.

  13. Sérgio moro e Eduardo cunha

    Achei lindo, a nova modalidade penal de Curitiba. quando é para socorrer golpistas, Moro acha o crime, mas não acha o criminoso. Com a palavra, a bandida de Eduardo Cunha.

  14. O articulista, assim como Nassif, embarca em nau furada

    Prezados,

    Fico surpreso quando leio análises feitas por jornalistas e estudiosos experientes, mostrando essa ingenuidade e essa ilusão com o núcleo brasiliense da Fraude a Jato, a ponto de considerá-la como outra operação. Luís Nassif embarcou nessa canoa furada; Fernando Horta também, como exposto neste artigo. No dia seguinte à divulgação da delação da JBS, alertei os jornalistas e blogueiros independentes sobre a ilegalidade das operações e sobre os interesses ocultos. Poucos analisaram crìticamente a mudança de posição da Globo, jogando ao mar o ‘MT’ e a camarilha que o acompanha.

    Mas hoje li uma análise-reportagem demolidora, republicada no Tijolaço, expondo as fraldas sujas do PGR, rodrigo Janot, mostrando cabalmente que a delação da JBS foi fechada com o DoJ dos EUA. Leiam e confiram.

    __________________________________________________________________

    Excelente e minuciosa análise da “delação que brotou sozinha”, como um raio no céu azul, feita pelo jornalista Fernando Rosa, no ótimo blog SenhorX:

    Delação “delivery”

    Fernando Rosa

    “Joesley ‘rifou’ o Brasil para garantir migração da JBS aos EUA”, sentenciou o jornal Valor, em análise assinada por Vanessa Adachi, publicada em 18 de maio. Segundo o jornal, não apenas os irmãos Batista estão de mudança para os Estados Unidos, mas todo o seu império econômico segue o mesmo caminho. O jornal diz ainda que “essa é a explicação para que o empresário tenha decidido fechar a toque de caixa a delação das delações”. Em dezembro, o grupo aprovou a realização de um IPO na Bolsa de Nova York (emissão de ações), que levará o grupo a deixar de ser essencialmente brasileiro.

    O que já era sabido desde o final do ano passado, confirmou-se com a decisão de queimar estrepitosamente as pontes com seus antigos aliados como Michel Temer e o tucano Aécio Neves. Para acertar a transferência definitiva da empresa para os Estados Unidos, a JBS precisava ajustar os ponteiros com o Departamento de Justiça norte-americano (DoJ). No Tio Sam, já estão 80% das operações da JBS, incluindo 56 fábricas de processamento de carne, com milhares de empregados, e o país é responsável por quase metade das suas vendas mundiais.

    Diante disso, não é surpresa que a operação em que se envolveram no Brasil tenha as impressões digitais do DoJ norte-americano e desdobramentos pouco ortodoxos para a Justiça do Brasil. As gravações não foram autorizadas pelo STF, ou seja, um Presidente da República foi gravado sem autorização da corte, a quem compete autorizar investigações sobre autoridades. A ação clandestina resultou em gravações que a PGR “jogou no colo” do ministro Edson Fachin, que aceitou o fato consumado, ou seja, o crime a ser legalizado.
    Em artigo publicado nesta semana, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirma que, em abril deste ano, foi procurado pelos irmãos Batista. “Trouxeram eles indícios consistentes de crimes em andamento – vou repetir: crimes graves em execução –, praticados em tese por um senador da República e por um deputado federal”, afirmou. No mesmo artigo, Janot afirma que “os colaboradores, no entanto, tinham outros fatos graves a revelar. Corromperam um procurador no Ministério Público Federal. Apresentaram gravações de conversas com o presidente da República”. O texto do próprio Janot sugere, portanto, que a “encomenda” chegou pronta para ele, sem participação oficial das autoridades.

    Matéria da Folha de S. Paulo, pontuando a cronologia dos fatos, diz que “no dia 19 de fevereiro, um domingo, às 12 horas, Anselmo Lopes, procurador da República no DF, recebeu uma ligação inesperada. Do outro lado da linha, Francisco de Assis e Silva, diretor jurídico da JBS, comunicou uma decisão que abalaria o país: Joesley e Wesley Batista iriam confessar seus crimes e colaborar com a Justiça”. Segundo o jornal, “a conversa durou só 19 minutos e eles agendaram um encontro para o dia seguinte. Na segunda-feira, Lopes e a delegada Rubia Pinheiro, que lideram a Operação Greenfield, da PF, deram uma “aula de delação”: explicaram em detalhes ao advogado, profissional da estrita confiança dos Batista, como funcionaria a colaboração premiada”.

    Ainda distante do mês de abril citado pelo surpreso Janot, em 6 de março, o jornal O Estado de S. Paulo informava que “o procurador Marcelo Miller deve sair oficialmente da instituição nos primeiros dias de abril para se dedicar à área de compliance”. Homem de confiança de Janot, ex-diplomata do Itamaraty com larga experiência em direito penal e internacional, Miller passou a trabalhar para o escritório Trench, Rossi & Watanabe Advogados, no Rio de Janeiro, contratado pela JBS para negociar os detalhes da delação premiada. A decisão do ex-procurador de deixar o MPF veio a público na véspera da conversa entre Joesley e o presidente da República, Michel Temer (PMDB), no dia 7, gravada pelo empresário e utilizada na delação.

    Em despacho datado de 10 de abril, o ministro Edson Fachin deferiu estranho pedido de Janot para que o delegado da Polícia Federal Josélio Azevedo de Souza, responsável pelas apurações, fosse impedido de compartilhar informações das investigações com outras pessoas, inclusive seus superiores hierárquicos – ou seja, a direção da Polícia Federal e o Ministério da Justiça. Após a divulgação da delação, Janot voltou a pedir ao ministro Fachin para que somente o delegado Josélio – o mesmo que interrogou Lula, em Brasília – continuasse tendo acesso ao inquérito, alegando a necessidade de um delegado exclusivo, “de sua confiança”. A operação, então, blindada pelos “homens de Janot”, sem autorização do STF e submetida a métodos estranhos ao processo legal, superou todos os limites da “coragem” jurídica, a ponto de sugerirem gravar Temer nos Estados Unidos.

    Não bastasse o enredo, ainda levantam mais suspeitas sobre o caráter e a legalidade da operação as penas, por um lado, e os benefícios, por outro, que premiaram os irmãos Batista, livres e vivendo no exterior, sem qualquer problema. Ontem, 26 de maio, o jornal O Estado de S. Paulo trouxe chamada dizendo que o “STF pode rever termos do acordo de delação da JBS”, especialmente em relação aos benefícios e penas. “O MP não julga. Quem julga é o Estado-juiz e não o Estado acusador”, disse o ministro Marco Aurélio Mello. Ou seja, “acordos de leniência” não são da competência da Procuradoria-Geral, mas sim do Executivo, por meio do Ministério da Fazenda.

    Com uma multa bem abaixo da média aplicada aos empresários das empreiteiras e, ao contrário do Almirante Othon, condenado a 43 anos de prisão, os irmãos Batista já se encontram livres nos Estados Unidos. Os fatos evidenciam que a operação de delação realizada com a PGR busca assegurar os negócios da empresa nos Estados Unidos, deixando para trás o “passivo” de corrupção acumulado no Brasil ao longo dos últimos anos. Uma delação e um acordo que, diante da cronologia dos fatos, dos interesses envolvidos e dos métodos, levam a crer que o papel da PGR foi de apenas chancelar as operações feitas por outros.

    Não é a primeira vez que o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, Sérgio Moro e a Operação Lava Jato passam por cima do Estado Nacional, desta vez deixando até a Rede Globo, em um primeiro momento, fora do processo. Em Curitiba, Moro tentou impedir que delatores tornassem públicos os “acordos de delação” com autoridades e instituições estrangeiras, especialmente norte-americanas, patrocinados por eles, sem autorização do Executivo brasileiro. Em 2015, com a agenda externa do “Estado paralelo” já em vigor, encontro de Janot com Leslie Caldwell, procuradora-adjunta da Divisão Criminal do Departamento de Justiça dos EUA, resultou na “Operação Radioatividade” para investigar suspeitas na área nuclear brasileira.

    Nesta sexta-feira, o senador Roberto Requião, em vídeo divulgado em seu perfil de Facebook, afirma não ter qualquer dúvida de que o acordo de delação dos irmãos da JBS foi fechado e montado com o Departamento de Estado dos Estados Unidos. De fato, as circunstâncias, a forma como feita e os personagens envolvidos, incluindo procuradores, juízes e delegados, como dissemos, sugere que a delação foi produzida a partir de fora e apenas “legalizada” pelo Procurador-Geral, Rodrigo Janot. Uma história mal contada, passível de investigação, que já provocou o questionamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e levou Rodrigo Janot a publicar dois artigos em defesa da operação.

    Em um dos artigos, publicado no UOL, o procurador-geral da República justifica a delação com uma série de argumentos políticos, que tentam desviar do questionamento técnico e da legalidade da operação. “Finalmente, tivesse o acordo sido recusado, os colaboradores, no mundo real, continuariam circulando pelas ruas de Nova York, até que os crimes prescrevessem, sem pagar um tostão a ninguém e sem nada revelar”. É o que, ao contrário do que o procurador-geral da República diz, está acontecendo, confirmando que, de fato, “a Operação Lava Jato é maior do que nós“, como ele já admitiu anteriormente.

    PS do Tijolaço: Sobre as suspeitas de Rosa, verifique a matéria de hoje do Estadão que demonstra que a JBS conduzia, por conta própria e antes do acordo com Janot, investigações particulares sobre as potenciais falcatruas de pessoas ligas da Temer. O que, com certeza, é buscar “donde lo hay”.

    1. O Arquivo Vivo Trancafiado

      moro tem o rabo preso com o cunha.

      O que terá cunha sobre o ex-xerife outrora herói midiático?

      moro é made in usa.

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