O Brasil não é casa da mãe joana
por Francisco Celso Calmon
O Brasil não é casa- da-sogra e nem casa- da-mãe-Joana, para Mossad, CIA e muito menos para que embaixadores de países estrangeiros façam daqui um lugar em que vale tudo, onde todo mundo pode entrar, mandar, sem regras, sem organização, com total permissividade e desordem.
Não estamos no século XV, onde essas expressões surgiram retratando essas características, e nem estamos no governo Bolsonaro, que abdicou da nossa soberania em função de seu viralatismo e subalternidade aos EUA.
Foi o inelegível que deu o exemplo ao se reunir com embaixadores de diversos países para caluniar e difamar o nosso sistema eletrônico de votação e apuração das eleições.
O governo atual é outro e o inelegível genocida será brevemente preso (oxalá!).
O embaixador, Daniel Zonshine, extrapolou de suas funções diplomáticas, deve tornar-se persona no grata à democracia brasileira e convidado a se retirar do país, tão logo os brasileiros reféns de Israel retornem ao Brasil.
Nossa diplomacia, como assertivou o ex-chanceler Celso Amorim, deve ser altiva e ativa.
A Policia Federal como instituição é uma só, mas como operação não é, há várias tendências e grupos internos; a atuação da PF nos governos Temer, Bolsonaro, foi de um viés diferente de como tem sido no atual governo, assim como foi braço de investigação, perseguição e tortura na ditadura militar.
No transcurso da guerra Israel X Hamas encontrar dois suspeitos de serem militantes do Hezbollah e colocar o Brasil, negativamente, no noticiário internacional, sente-se um sinal desagradável de armação.
Para não restar qualquer dúvida, a PF deve esclarecer por que só agora essa prisão desses suspeitos? Qual foi a participação do serviço secreto de Israel, Mossad?
Israel é um Estado doente, dirigido por um primeiro ministro sociopata, obcecado por sobreviver politicamente para, por um lado, continuar a construir a estrada que levará os EUA a sobrepor a rota da seda em construção pela China, e, por outro lado, eliminar o povo palestino, tal qual o nazismo tentou dizimar judeus, ciganos, comunistas e homossexuais.
Hitler não conseguiu. Diante da derrota, suicidou-se; Netanyahu também não conseguirá. Hitler sofreu alguns atentados, fracassados; o neonazista Netanyahu pode ser desalojado do poder antes do término da guerra.
A contradição principal na conjuntura internacional é entre o imperialismo ianque e os BRICS, ou seja: um mundo unipolar ou multipolar. Num prevalece o barbarismo, no outro a prevalência será a do humanismo.
Os que acastelam a multipolaridade acreditam no diálogo, os que defendem a unipolaridade só acreditam na belicosidade.
Os EUA necessitam da manutenção do dólar como moeda padrão no comércio internacional, já os países dos BRICS necessitam sair dessa escravidão monetária e ter um método de negociação alternativo ao padrão imposto pelos EUA.
O sistema capitalista não resolveu a fome e os conflitos decorrentes, e vem destruindo a natureza. Dessa crise estrutural, que se arrasta há décadas, os sinais são os de que, se continuar como está, o mundo não mais suportará.
O que há de alternativa e como construí-la, é o desafio da atualidade.
Será possível construir um novo sistema e reorganização de poder internacional sem uma guerra mundial nuclear?
Enquanto isso as guerras regionais, sob auspícios do imperialismo, prosseguem com desumanidades equivalentes aos da segunda guerra mundial.
Assim como Zelensky e Biden assediaram o Lula para apoiar a Ucrânia, o governo de Israel faz chantagem com o Brasil para permitir o regresso dos brasileiros que estão em Gaza e os EUA boicotam as propostas de paz apresentadas pelo Brasil na ONU.
Netanyahu é um neonazista sem escrúpulos, genocida por convicção e atuação, e fez dos nossos irmãos em Gaza reféns como chantagem ao governo brasileiro.
Usar os brasileiros como reféns para chantagem, tornou o governo de Israel um criminoso perante as nossas leis e um país malquisto pelos verdadeiros patriotas brasileiros.
As vezes o curso de uma guerra, de um conflito, só muda com o fim do seu mentor e comandante.
Está com o povo de Israel mudar o curso desse conflito, no qual os que mais sofrem são as crianças, mulheres e enfermos, ou viver no futuro o que a Alemanha carrega até o presente: a responsabilidade pelo holocausto judeu.
Os estados unidos da américa do norte já foram colônias inglesas, o Brasil foi colônia de Portugal, ambos se libertaram, ambos são grandes países, porém, enquanto um repete o seu opressor e espoliador, o outro, o Brasil, busca construir um mundo de convivência pacífica, com respeito à soberania e a democracia de cada povo.
Está primordialmente com o povo americano e europeu, especialmente com a juventude, insurgir-se ao imperialismo norte-americano, inglês, francês, alemão e ao colonialismo israelense e fazer do ano de 2024 o que foi o ano de 1968.
A solidariedade internacional tem que se retomada com vigor, a soberania brasileira tem que se impor com personalidade ímpar frente à atual conjuntura internacional.
O povo palestino tem o direito histórico de ter a sua própria nação e um Estado independente e soberano. Gaza não deve ser transformada numa colônia ou num protetorado israelense.
A história será implacável com Israel.
Na luta contra as injustiças sempre, onde quer que aconteçam.
Francisco Celso Calmon, analista de TI, administrador, advogado, autor dos livros Sequestro Moral – E o PT com isso?, Combates Pela Democracia; coautor em Resistência ao Golpe de 2016 e em Uma Sentença Anunciada – o Processo Lula. Coordenador do canal Pororoca e um dos organizadores da RBMVJ.
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Excelente artigo do Dr. Francisco! Parabéns!