O verdadeiro político é o defensor da democracia, por Francy Lisboa

O momento requer coragem para ser político e defender a Política, mas ela não está de viagem, está presa em Curitiba


Foto: Francisco Proner

Um(a) defensor(a) da Democracia é verdadeiro(a) político(a), estadista

Por Francy Lisboa

Bolsonaro não é fruto de frustação das pessoas com o PT, mas com o sistema politico como um todo. Mas o que é esse todo? Considerando todos os argumentos dá para entender que boa parte da população vê o Sistema Político representado predominatimente pelo PT. A revolta contra os políticos parece ter encontrado no PT, mas especificamente em Lula, a forma mais fácil de ser tornar operacional.

Os politicos, apesar de todos os erros que parecem ser recorrentes, são sim os representates do povo. São empregados em períodos probatórios de quatro anos, os quais podem ser renovados segundo a maior capacidade de ter atendido a vontade popular. Prova disso é a renovação recorde do Senado e a entrada de diversos debutantes mais a Direita.

Lula foi deixado sozinho para ser o espantalho, e a desculpa oficial é o ressentimento travestido de indignação com os erros do partido. Lula talvez seja o único politico que fez e ainda faz a defesa clara de que não existe saída fora da Política, da Política em si,  e que a demonização da mesma pode levar a caminhos autoritários. Outros, porém, tervegizam para se manter no Centro, como se isso garantisse certa imunidade. Porém, qualquer polético mais experiente deveria saber disso, com exceção daquele que lidera as intenções de voto que, apesar de anos de Congresso, é visto como outsider.

Por isso a decepção com os que declaram neutralidade e aqueles que dão apoio crítico da Europa nesse momento tão delicado do nosso país. Todos disputam ou disputaram Eleições, ou seja, são sim Políticos! Mesmo assim, não são capazes de fazer o que qualquer senso corporativo prediz: defender a classe contra as generalizações, contra os discursos fáceis, contra o efeito boomerang da deliberada confusão entre acusação e condenação. Ao contrário, agem como se nao fossem políticos. Talvez pela certeza não explicitada de que Lula que está morrendo por todos nós, políticos.

Contudo, apesar de soar utópico, nao só os politicos, mas todos os brasileiros deveriam ter isso em mente. A demonizacãoo da atividade política não pode ser entendia como politicagem, seja lá o que esse termo signifique. Mas ao que parece, infelizmente, essa lição jamais será aprendida no Brasil tamanha é a miopia dos democratas e anti-democratas em relação às fontes da demonização.

É fácil ler nas entrelinhas de muitas conversas e artigos de opinião sobre a crise que assola o Brasil que apenas os malfeitos são suficientes para a demonização da política. Porém, sabemos que a honestidade intelectual  nos obrigada a deixar claro que no brasil a definição de malfeito, geralmente usada e aplicada nos julgamentos de políticos por milhões de brasileiros de todos os espectros politicos, não tem correspondência com o Estado Democrático de Direito.Aliás, passa longe, desgraçadamente longe.

No Brasil, a maioria de nós tem a propensão de acreditar nos latidos (denuncias, acusações) dos chamados cães de guarda da Democracia (Midia/Judiciário), e o desapreço do brasileiro pela Democraia aparece de forma mais dramática nesse ponto porque mostra que pessoas confiam cegamente nas intenções por traz dos heróis.

O desapreço do brasileiro pelo Estado de Direito leva a uma situação de quase imunidade para esses cães. Pega-se essa imunidade e junte a concursos mecanizados, poderes de Estado, e toda sorte de possibilidades de aumentar salários acima do teto definido, por ironia, na Lei. A situação é a receita para Macunaímas capazes de facilmente alocar ressentimentos para quem eles quiserem e ainda sim serem defendidos de qualquer crítica. Alguma semelhança com a Matrix?

Os cães de guarda da Democracia falharam porque não souberam trabalhar a Democracia sem que suas ações demonizassem a Política, unica que tem a chave para solucionar conflitos da forma mais civilizada possível. Eles, os cãesm sabem disso; no entanto também sabem  e estào cada vez mais confidentes de que da intelectualidade que acredita em comunismo à intelectualidade que tem livros aprovados e comprados pelo MEC terão defensores ferrenhos.

É de chorar e se planejar para viver sob o provável regime do Medo a partir de 1 de janeiro de 2019. Mas também é de chorar quantos acusaram o ex-presidente de projeto personalista, mas que são incapazes de assumir suas veias políticas e lutarem contra a negação da mesma. O momento requer coragem para ser político e defender a Política, mas ela não está de viagem, está presa em Curitiba.

 

 

Redação

2 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. ”’
    O verdadeiro político é o

    ”’

    O verdadeiro político é o defensor da democracia, por Francy Lisboa

    Muito embora possa citar muitos excelentes  políticos que não eram democratas ( neste exato momento temos 2 excelentes políticos que não são democratas) não vou faze-lo.

      Mas não concordo que a democracia é o melhor modelo.

      Putin e XIping são adorados em seus paises.

             O mesmo não acontece em Cuba e nem na Venezuela e muito menos na Coreia do Norte.

           Então não se trata do regime.

                 E sim, quem está no poder.

                Pra terminar : Getulio Vargas, pra muitos, foi o melhor presidente do Brasil.

                    De democracia, só entendia de ouvir dizer.

  2. é melhor
     
     
    disparado
     
     
    um

    é melhor

     

     

    disparado

     

     

    um presente com

     

     

    mil projetos

     

     

    dos políticos

     

     

    indo dos apocalípticos

     

     

    aos dados a arroubos

     

     

    numa democracia

     

     

    cheia de furos 

     

     

    do que um só furo

     

     

    fruto dum futuro

     

     

    vil projétil

     

     

    disparado

     

     

    por um político

     

     

    eleito

     

     

    o monstro                                    sagrado          

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador