Beto Barata/PR
do Psicanalistas pela Democracia
Temer, seu governo e seus aliados chegaram ao fundo do poço. Começa agora o espetáculo dantesco daquele que chegou ao poder sem qualquer legitimidade, apoiado por forças que não desejam o bem do país e nem de seus cidadãos e que fora apoiado e insuflado por grupos neofascistas que, cada vez mais inúteis e perdidos, observam todos os dias a desgraça em que meteram o país. Já saíram às ruas para pedir o FORA TEMER, juntamente com a Globo, o Estadão e todos os que contribuíram para essa mixórdia nacional.
A Globo, percebendo sua credibilidade cair em queda livre em suas tentativas desesperadas de apoiar um governo que tem 2% de aprovação, decide dar carta branca para o fim da era Temer sob pena de ser ridicularizada pelos seus próprios telespectadores.
No conjunto, sabíamos da irresponsabilidade desse que é o grupo pró-impeachment, pró-golpe e, desde cedo, sabíamos que sua estratégia seria propagar violência e ruína. Suas bravatas desmancham todos os dias uma a uma, mas eles não cedem. Cegos como cães raivosos perderam a capacidade de ver, ouvir e argumentar e, mesmo agora, não esquecem que a cada frase devem ofender e denegrir o PT com mais duas, verdadeira obsessão dos monotemáticos articuladores do desastre-Brasil e que, agora que seu líder mergulha em queda livre querem sair por cima.
Podemos tentar imaginar os próximos passos do ex-presidente, como bem disse o sábio William Bonner no Jornal Nacional de anteontem.
Desesperado, mas obcecado pelo poder, Temer já repetiu inúmeras vezes que “não vai cair” e em seu depoimento oficial afirma que não renunciará. Ele, agora mesmo, deve estar procurando adesões no baixo clero, tentando comprar com benesses, vantagens e ilícitos a todo e qualquer parlamentar, juiz, procurador, ministro e líder partidário. Abusará, como nunca do dinheiro público, arrecadado com impostos. A casa já caiu então porque não se lambuzar de vez?
Sem rumo, oferecerá tudo o que não lhe pertence e continuará negociando para permanecer ‘um pouquinho mais, só até passarem as reformas’. Está aturdido pelo palácio do planalto, vive plenamente as vantagens de ocupar um lugar que jamais lhe pertencerá.
Incauto, ficará nervoso com os subalternos e exigirá pressa na tramitação das reformas que, a essa altura, viraram pó. Contará com parlamentares suicidas e, para isso, oferecerá inúmeros ilícitos.
Covarde, colocará polícia e exército nas ruas de Brasília para impedir aproximações de milhares de manifestantes que não admitem mais um dia sequer de sua presença no planalto, mantido à base de regalias sustentadas com o dinheiro dos impostos pagos pelos brasileiros.
Inútil, tentará negociar com os grupos econômicos aos quais havia prometido mundos e fundos e cujos resultados não pôde entregar completamente. Fará promessas inexequíveis.
Dissimulado, dirá a nação que nada do que ela ouve e vê é verdade e continuará dizendo aos milhões brasileiros que aceitem o transe hipnótico que inventa um trabalhador feliz e sem direitos; um aposentado tranquilo e sem renda; milhões de brasileiros livres e sem democracia; um país orgulhoso e submisso.
Sem futuro, lembrará que um dia foi um grande constitucionalista e professor e, ao lado de Cunha, quiçá compartilhando a mesma cela, e em tom submisso e amedrontado, cobrará seu comparsa pelos reais que permitiram que as vidas de Cunha, preso, e de sua mulher, em liberdade, continuassem com os mesmos luxos e benefícios que tinham ao longo da vida corrupta e impune que sempre tiveram.
Em prantos procurará o colo de Marcela, mas que a essa altura, talvez, já estará ocupado com os prantos do pequeno e envergonhado Michelzinho.
Lamentamos que a democracia representativa tenha o legado mais escandaloso que só hoje demonstra seu tamanho e consequências. Na complexidade em que as coisas avançam e na ruptura do processo, que impõe o fazer e respeitar leis, o Brasil precisa urgentemente das eleições diretas como único mecanismo democrático que ainda sobrevive à apologia da destruição.
A sociedade precisa de novos líderes capazes de repactuar um projeto nacional e um horizonte livre para o exercício de subjetividades dos que viveram a liberdade e não renunciarão a ela, mas é preciso restituir legitimidade a essas lideranças. Hoje só o voto direto apresenta essas condições mínimas. Longe e fora dele só é possível prever destroços.
A expectativa de que um golpe funcionaria ignorou as instituições e forças democráticas que se consolidaram, durante o pouco tempo em que uma democracia vigorou no país. São elas, e apenas elas, que terão legitimidade para projetar um novo país que se elaborara como signo de uma democracia nova, consertada, mais robusta.
O país não foi destruído, não chegamos ainda à terra arrasada. Sentimos isso a cada manifestação, a cada ato, a cada tentativa de construção e reinvenção do país, a cada ativista repleto de esperança que após perderem a visão, terem o crânio esfacelado e o sangue limpo de suas vestes e faces permanecem vivos, lutando e orgulhosos de terem resistido ante a promessa do caos.
Os movimentos sociais, a mídia livre, os poucos intelectuais que estiveram ativos e vigilantes, os democratas resistentes em cada uma das instituições brasileiras e os inúmeros movimentos de estudantes e trabalhadores saberão dar curso ao Brasil saído de um golpe.
Um grande pacto terá de advir.
Temos esperança de que a esquerda também amadureceu, saberá se entender e compartilhar o essencial abandonando os narcisismos que sempre a impedem de se articularem no longo prazo.
Tudo o que vemos não é mais tenebroso apenas por que vemos. Isso sempre esteve presente no Brasil drenando a energia e os recursos nacionais e inscrevendo em cada um de nós um escafandro identitário contraditório.
Somos o país do futuro ou do atraso? Somos exóticos ou risíveis? Originais ou cópias baratas? Cordiais ou submissos? Indignados ou indolentes? Americanos ou americanizados?
O diagnóstico está feito, o mapa está a nossa frente. Daqui para diante não poderemos alegar a escuridão para justificar a perda de rumos e uma nova e alvissareira cartografia haverá de ser feita pelos que, nem por um minuto, deixaram de acreditar na nossa democracia e no desejo imenso que tantos tem de que o Brasil, um dia, floresça como merece, sempre mereceu.
Temer ganha tempo. Ao não renunciar e sair do poleiro com o mínimo de dignidade, mantém o foro privilegiado e terá tempo de fazer um sucessor por vias indiretas. Nesse aspecto continua um comparsa do projeto Rede Globo.
O principal não é sua permanência ou queda, mas a concretização do projeto de atraso do Brasil ainda não inteiramente concluído. Recomendamos ao leitor a publicação do site Alerta Social intitulada “365 direitos perdidos”, que faz um apanhado do ataque frontal à população brasileira mais vulnerável e pobre empreendida sem tréguas, ao longo do último ano, pelas forças que compõem o projeto que o atual governo representa. (http://alertasocial.com.br/?p=3602).
Para estancar a sangria a queda de Temer é um primeiro passo, mas ele não é decisivo. Pode ser o começo do fim, mas estancar a retomada de eleições livres e justas, com chances reais para um candidato que defenda uma pauta à esquerda, é o que visa a todo custo o projeto Temer, que persistirá mesmo após sua derrocada.
As últimas notícias animaram as mobilizações e indicaram que o projeto das elites nacionais corre perigo, que as esquerdas também se beneficiam de erros da direita e podem surfar enquanto os promotores do projeto desastre batem cabeça. De súbito tudo adquire um sentido novo, colorido e vistoso e a agenda das ruas se intensifica. O projeto Globo passa à execução do plano B. À nossa frente Rodrigo Maia e Carmen Lúcia. A próxima tarefa é deixa-los para trás arrastados pelo vórtice das Diretas Já.
Mas Temer ainda não desistiu de ser o menino prodígio do golpe. Acredita em sua tarefa e na antessala onde, como presidente da República, conversa amigavelmente com empresários que narram como se obstrui a justiça influenciando juízes e plantando procuradores. Diante deles o presidente só tem a dizer: É complicado.
Temer, role para o lado, a caravana precisa passar!
Diretas imediatamente agora, para reiniciarmos a caminhada para o país que queremos e aprofundar a nossa ferida, mas querida democracia. Aquela que sobrevive e pulsa no coração de milhões de brasileiros!
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1 – Roberto Marinho:
“A
1 – Roberto Marinho:
“A força da imprensa, segundo Roberto Marinho, está na arte de esconder”
2 – Millôr Fernandes em 2006:
“A imprensa brasileira sempre foi canalha. Eu acredito que se a imprensa brasileira fosse um pouco melhor poderia ter uma influência realmente maravilhosa sobre o País. Acho que uma das grandes culpadas das condições do País, mais do que as forças que o dominam politicamente, é nossa imprensa. Repito, apesar de toda a evolução, nossa imprensa é lamentavelmente ruim. E não quero falar da televisão, que já nasceu pusilânime”.
3 – Professor Giuseppe Tosi, filósofo italiano residente no Brasil
“Cheguei ao ponto de ter medo de assistir televisão, tão grosseira é a manipulação das notícias”
4 – Prof. Andrew Oitke, catedrático de Antropologia em Harvard
“A imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e manipular.”
5 – Lula, aos Blogueiros
“Na imprensa do Brasil, ninguém vai saber o que aconteceu no Brasil com o meu governo. O futuro leitor tem que ler as revistas inglesas, francesas, os jornais alemães, e, acima de tudo, vocês, a internet”.
roberto….
Caro sr. Nilo, a imprensa brasileira é apenas mais uma face da elite nacional. Elite que não é elite. Esquerda que não é esquerda. Governo que não é governo. Responsável que não é responsável. Cite os tais nomes desta imprensa? Todos são ou já foram os tais, que agora não servem. Nassif? Mino? Civita? Quem é esta imprensa? Quem foram os culpados por chegarmos a isto, senão Brizola, FHC, Covas, Ulisses, Tancredo, Arraes, Campos, Montoro, Dilma, Dirceu….Quem nos governou nestes 30 anos? Quem reescreveu a tal Constituição? Mensalão foi culpa de quem? E Trensalão? E Privataria? E Anões do Orçamento? E Daniel Dantas? E Cacciolla? E estádios para a Copa e Olimpiadas? E Pedrinhas? E Alcaçuz? E Cracolândia? Por favor cite o nome do covarde que não assume suas responsabilidades? Quem? Que Imprensa? Ou então pare de ver fantasmas. Fantasmas não existem. E mortos não assinam leis. Para terminar, as tais forças politicas, progressistas ou não, devem propor soluções. E não apenas acusações. 1 milhão de aposentados da Elite Pública ganha o mesmo que mais de 35 milhões de aposentados da iniciativa privada. O mesmo funciona com os funcionários da Elite Pública (os da elite, não professores ou policiais). A conta é praticamente a mesma. Vamos começar a dar nomes aos bois. abs.
Sr. Zé Sérgio, o problema não são os bois, mas a bovinagem
Não seja bovino, Zé Sérgio. Você não separa o joio do trigo e não vê que o problema não são os políticos, mas o capitalismo.
Você vai morrer reclamando da corrupção, pois quer apenas o caviar do capitalismo mas não quer suas cagadas. Enquanto houver capitalismo, você vai continuar bostívoro.
sr…
Caro sr. Rui, esta conversa fiada caiu junto com um tal Muro de Berlim. Aqueles países descobriram que perderam 70 anos em tragédias. A China, mais esperta, preparou a sua aterrissagem de “Marte” desde 1979. Aqui, ainda alguns creem que a saída é ressucitar Che Guevara. abs,
Perderam 70 anos em tragédia? O Vietnam perdeu quantos anos?
Então, entre outros países, a Rússia perdeu 70 anos em tragédia, né?
Vamos à prova dos 9’s da sua afirmação. Compare a Rússia de 1917 com os EUA de 1917. Agora compare a Rússia atual com os EUA atuais?
Compare a Rússia de 1917 com o Brasil de 1917. Compare a Rússia de 1989 com o Brasil de 1989.
A que conclusão chegaste?
Será que é a conclusão que eu estou pensando que chegaste?
Em quem devo acreditar: no Petkovic ou no Zé $érgio?
A Ana Maria Braga perguntou ao Petkovic:
– Como foi nascer num país com tanta dificuldade?
O Craque respondeu:
“Quando nasci não tinha dificuldade nenhuma. Era um país maravilhoso, vivíamos um regime socialista, todo mundo bem, todos tinham salário, todos tinham emprego. Os problemas aconteceram depois dos anos 80”.
O Zé Sérgio se acha mais realista do que o rei. É mole?
Temer foi crivado de balas
Tô Feliz (Matei O Presidente)
Gabriel O Pensador
Atirei o pau no rato
Mas o rato não morreu
Dona Rosane, admirou-se do ferrão
Três-oitão que apareceu
Todo mundo bateu palma quando o corpo caiu
Eu acabava de matar o Presidente do Brasil
Fácil, um tiro só
Bem no olho do safado
Que morreu ali mesmo
Todo ensanguentado
Quê? Saí voado com a polícia atrás de mim
E enquanto eu fugia eu pensava bem assim:
“Tinha que ter tirado uma foto na hora em que o sangue espirrou
Pra mostrar pros meus filhos
Que lindo, pô”
Eu tava emocionado mas corri pra valer
E consegui escapar
Ah, tá pensando o quê?
E quando eu chego em casa
O que eu vejo na TV?
Primeira dama chorando perguntando (Por quê?)
Ah! Dona Rosane dá um tempo, num enche, num fode
Não é de hoje que seu choro não convence
Mas se você quer saber porque eu matei o Michelzão
Presta atenção, sua puta, escuta direitinho
Ele não ganhou a eleição nem se lembrou do povão
E uma coisa que eu não admito é traição
Prometeu, prometeu, prometeu e não cumpriu
Então eu fuzilei, vá pra puta que o pariu
É “podre sobre podre” essa novela
É Magri, é Zélia
É Alceni com bicicleta e guarda-chuva
LBA Previdência chega dessa indecência
Eu apertei o gatilho e agora você é viúva
E não me arrependo nem um pouco do que fiz
Tomei uma providência que me fez muito feliz
Hoje eu tô feliz! (Minha gente!)
Hoje eu tô feliz matei o presidente
Eu tô feliz demais então fui comemorar
A multidão me viu e começou a festejar
(É Pensador, é Pensador, é Gabriel O Pensador)
Me carregaram nas costas
A gritaria não parou
Eu disse “Eu sou fugitivo gente não grita o meu nome por favor!”
Ninguém me escutou e a polícia me encontrou
Tentaram me prender
Mas o povo não deixou
(O povo unido jamais será vencido)
Uma festa desse tipo nunca tinha acontecido
Tava bonito demais
Alegria e tudo em paz
E ninguém vai bloquear nosso dinheiro nunca mais
Corinthiano e Palmeirense
Flamenguista e Vascaíno
Todos juntos com a bandeira na mão cantando o hino
(“Ouviram do Ipiranga às margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante”)
E começou o funeral e o povo todo na moral
Invadiu o cemitério numa festa emocionante
Entramos no cemitério cantando e dançando
E o presidente estava lá já deitado nos esperando
Todos viram no seu olho a bala do meu três-oitão
E em coro elogiamos nosso atleta no caixão:
(Bonita camisa, Michelzão)
Bonita camisa, Michelzão
Bonita camisa, Ladrãozão
Você nessa roupa de madeira tá bonitinho!)
E como sempre lá também tinha um grupo mais exaltado
Então depois de pouco tempo o caixão foi violado
O defunto foi degolado, e o corpo foi queimado
Mas depois não vi mais nada porque eu já tava cercado de mulheres e aquilo me ocupou
(Ai, deixa eu ver seu revólver, Pensador!)
Então eu vi um pessoal numa pelada diferente
Jogando futebol com a cabeça do Presidente
E a festa continuou nesse clima sensacional
Foi no Brasil inteiro um verdadeiro carnaval
Teve um turista que estranhou tanta alegria e emoção
Chegando no Brasil me pediu informação:
(O Brasil foi campeão? Tá todo mundo contente!)
Não, Amigão
É que eu matei o presidente!
E o velório vai ser chique
Sem falta eu tô lá
É ouvi dizer que é o PCC que vai pagar
Temer, saia do caminho que o Brasil vai passar!
Parabéns aos Psicanalistas pela Democria o texto é sensacional. Agora vamos fazer a Historia que ainda sera contada aos futuros brasileiros.
Não acreedito que eleições
Não acreedito que eleições diretas para todos os cargos resolvam o problema do país se os que estiverem lá hoje puderem se candidatar.
Com o povo ignóbil que o brasil tem é muito provável que elejam grande parte dos corruptos que lá estão e tudo continuará do mesmo jeito, só que com respaldo popular.
… Pela Democracia
Oh homem de pouca fé! Releia a matéria…
(…)Somos o país do futuro ou do atraso? Somos exóticos ou risíveis? Originais ou cópias baratas? Cordiais ou submissos? Indignados ou indolentes? Americanos ou americanizados? (…)