Porque cada dia surge mais inícios que a inflação retornará apesar da estagnação, por Rogério Maestri

Também temos que notar que os operários do primeiro mundo estão sofrendo a mesma pressão, então teremos uma luta entre os pobres e miseráveis. 

Porque cada dia surge mais inícios que a inflação retornará apesar da estagnação

por Rogério Maestri

Os economistas baseiam suas projeções de inflação em poucas variáveis, sendo que o principal é a relação oferta e demanda, se a oferta está maior do que a demanda todos os economistas afirmam com toda a certeza que a inflação ficará sobre controle, porém esquecem esses economistas que o valor de venda no lado da oferta não é algo que se comprime quanto for necessário, há outros fatores macroscópicos que devem ser levados em conta, por exemplo o custo da matéria prima e outras comodities importadas. Mas não é só isso, deixarei para mais a seguir o mais que existe.

Se em 2021 alguns países conseguirem vacinar grande parte de sua população, lá pelo meio do ano haverá um natural aumento da produção industrial que será alavancado pelos próprios bancos centrais injetando dinheiro na economia. Como os países estão seguindo a política da MMT (Modern Monetary Theory) em que um pequeno aumento na inflação, pois isso será resultado da chamada ‘flexibilização quantitativa’, grande quantidade de dinheiro é disponibilizado em empréstimos sem levar em conta a capacidade das empresas pagarem, ou seja, será um verdadeiro saco sem fundo, que a cada semestre será necessário mais dinheiro sem a correspondente retomada do crescimento, com isso teremos a destruição criativa que ficará somente na desctruição.

Com esse movimento de alavancamento das empresas, mais dinheiro será colocado no mercado e consequentemente uma inflação pequena, mas consistente nas economias centrais. Se essa inflação chegar a valores em moedas fortes em torno de 3% a 5%, isso no Brasil representará o limite inferior da nossa inflação, podendo num “chute” supor algo de 5% a 7%.

Esse dinheiro jogado de helicóptero resultará em dois resultados, capitalizar os grandes conglomerados e centralizar ainda mais a economia, outro resultado será a falência em cadeia de “empresas zumbis”, que permitirão que os grandes conglomerados recuperem suas margens de lucro aumentando seus preços, ou seja, não será uma questão de relação produção e consumo, mas sim, ou compra por esse preço ou simplesmente não compra.

Logo o primeiro caso, a inflação importada, pressionar os custos internos.

Da mesma forma que grandes empresas estão saindo do mercado brasileiro, a pressão pela relocalização de volta as matrizes, por mais globalista que seja Biden e os europeus, se eles não fizeram isso sofrerão imensas pressões políticas internas, então a capacidade de produzir no Brasil, num parque industrial que está ficando ultrapassado, não compensará qualquer pressão em rebaixar ainda mais os salários, pois a defasagem tecnológica e de robotização das linhas de montagem transformarão o salário como um fator menor, também temos que notar que os operários do primeiro mundo estão sofrendo a mesma pressão, então teremos uma luta entre os pobres e miseráveis.

A conclusão que podemos chegar é que por mais que introduzam reformas para achatar cada vez mais o salário dos trabalhadores o efeito será somente de diminuir o mercado interno e diminuir ainda mais a importância de fábricas no país.

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