Uma década de imposição de falsos dilemas
por Cesar Monatti
Nos últimos dez anos foram lançados à atmosfera da vida pública brasileira falsos dilemas de nefasta consequência na convivência democrática entre cidadãos do país, mais precisamente desde a ação do malfadado “mensalão”, conceito que, aliás, se comprovou inexistente em sua forma e que foi inventado por um grande corrupto flagrado como mentor e líder de um esquema podre nos Correios e mais tarde condenado pelo próprio processo que suscitou.
O conceito cunhado pelo pulha de destaque desde os tempos coloridos do primeiro governo federal pós-ditadura, o tal ‘mensalão’, não era mensal, mas prática eventual e recorrente desde a votação da reeleição para presidente em 1997, portanto, não há apenas há uma, mas há duas décadas.
Os falsos dilemas se renovaram com a chamada “operação” Lava Jato e vêm se disseminando e poluindo ares das gentes comuns e se arrastando e contaminando galerias de esgotos, onde proliferam aberrações de todo tipo e, desgraçadamente, não apenas no seu canto preferido, o extremo da direita.
Eles podem ser resumidos assim: quem fez críticas, e as mantém ainda hoje, aos descalabros jurídicos e abusos de autoridade ocorridos no ‘julgamento’ presidido por um ex-promotor esteve e está contra a punição de políticos corruptos; quem observa postura igual quanto aos descalabros jurídicos e abusos de autoridade ocorridos na “operação” conduzida por um “magi-star-do” global e provinciano, por sua vez, está contra a prisão de ricos empreiteiros corruptores e políticos corrompidos por eles.
Falso e falso. Não se trata disso em nenhum dos casos.
Nos dois processos históricos citados – haja vista que se faz desnecessário recordar o ‘julgamento’ do impeachment que, de tão escandalosamente golpista e vexatório no contexto internacional, sequer foi capaz de criar pseudo-dilemas – se trata de ter identificado a formação da “nebulosa fascista” no país e de assumir as possíveis formas de luta contra ela.
Entre outras maneiras de resistir ao protofascismo que, caso não seja contido por forças sociais atuantes e decididas a fazê-lo, dentro de pouco tempo poderá perder seu sufixo, está o livre exercício, em qualquer instância da vida dos cidadãos, da manifestação de opinião:
contra arbítrio;
contra o abuso de autoridade;
contra a execreção pública de testemunhas,indiciados, processados e condenados;
contra a discriminação e a perseguição ideológicas ou partidárias
e contra o desrespeito aos direitos individuais.
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uma….
Nada como um dia após o outro. A nossa Gestapo Ideológica, a nossa Elite Esquerdopata Tupiniquim que tanto bradava e batia no peito exigindo Justiça contra a corrupção, hoje acusa a Justiça enquanto defendem bandidos. Até hoje, os “honestos aloprados petistas” não informaram de onde arranjaram dois milhões e meio de reais para comprar o tal Dossiê Cayman contra o Serra. E o pior, do outro lado tucanalhas “honestos” tem mesmo comprovadamente as tais contas neste Paraíso Fiscal. Tudo gente honesta. Implantaram nos últimos 30 anos, a Política do Rouba e Não Faz. E da Censura. E da Hipocrisia. Tudo Anticapitalistas. Realmente, nada como um dia após o outro.