Não há muitas novidades para as eleições de 2014 para presidente.
Muito já estava previsto logo após a eleição de 2010 (http://bit.ly/1afx66d, http://bit.ly/HlXEXw e http://bit.ly/1auF9ui)
De lá para cá quase nada mudou.
A situação da economia não piorou. Só ficou mais evidente que não há um planejamento voltado ao desenvolvimento de longo prazo. E que nenhum segmento de oposição tem resposta para isso também.
Continuísmo e reeleição de Dilma é a aposta mais provável.
Alguma insatisfação periférica surgiu. Alguns não concordam com um programa que pode lhes parecer conservador em economia. Em menor número ainda podem ser aqueles que acusam um conservadorismo moral (http://bit.ly/1cjgImO)
Recentemente Maringoni comentou sobre as poucas diferenças de programa entre os principais partidos (http://bit.ly/19QlvdM)
E a nave vai assim.
Reforma política… Não aconteceu. O Congresso será o de sempre (http://bit.ly/1hiEHlZ)
Como o Rede não surgiu a tempo e como não houve fusões de partidos, o PL 4470/12 perdeu sua razão de ser.
O caminho para a oposição, Campos com alguém de PPS/PV ou Rede de vice já havia sido aventado (http://bit.ly/1dwMwUV)
Não há desgaste do governo o suficiente para que o eleitorado volte a considerar o PSDB como líder de coligação. Nem os governos nos maiores estados onde esse partido se elegeu foram brilhantes desde 2010. Nenhum governo estadual parece muito brilhante, de qualquer modo.
O fato novo mesmo, e que mesmo assim já é imaginado há anos, é a oposição por dentro da coligação capitaneada pelo PT. Temperada com acenos de conciliação ao PSDB. Faz parte do discurso, tanto de Marina como de Campos, a ‘superação de polarização’ e um eventual convite simultâneo, para PT e PSDB, formarem parte do mesmo governo. O que não aconteceu em 1993 aconteceria em 2015? Pode ser. Tão improvável como imaginar o PT perdendo o exercício de governo (o de poder é outra estória) é imaginá-lo não querer fazer parte de um liderado pelo PSB, aliado de tempos. (Para quem acha impossível, isso já aconteceu em escala reduzida na PMBH de 2009 a 2011.)
É mesmo muito provável que Dilma se eleja em 1º turno, como FHC se elegeu em 1994 e 1998, como Lula e mesmo Dilma quase o fizeram em 2002, 2006 e 2010.
Mas se a economia, os estamentos institucionais e os partidos que se colocam como oposição mudam pouco com o tempo, provavelmente o eleitorado também pouco muda. Não há uma ‘onda’ para abandono do projeto de coligação PT/PMDB/vários partidos, não há uma onda também para reforçar isso. As pesquisas de opinião ainda apontam percentuais acima de 60%, para Dilma, nas simulações de 2º turno. Mas, à medida em que Aécio e Campos sejam plenamente conhecidos, tanto como Marina, isso deve refluir para 55-60%. O que não muda nada em relação às últimas eleições.
Em caso de derrota, indo ou não para o 2º turno, o PSB faria parte de um governo 2015-2018? Provavelmente sim, não se pensa o PSB como oposição por muito tempo. Já não o é em nenhum lugar, certo? E em 2002, e quase em 2010, teve seu candidato próprio também. Isso não elimina uma aliança que vem de 1989, pelo menos.
Mas, se houver 2º turno, quem disputará?
Em teoria seria Marina, nas pesquisas ela sempre aparece melhor que Aécio ou Serra. Se não for ela, as pesquisas dizem que seria Aécio, pois este até agora sempre bate Campos.
Porém eu acho que será Campos mesmo.
Existe um potencial para isso. Grande imprensa deve ser simpatizante e já há sinais disso. Se bem que o eleitorado amadureceu e se instruiu muito desde 1989, a capacidade da mídia para alavancar candidatos não deve ser desprezada.
Bancos, indústria e ruralismo também não têm porque achar que mudaria algo em relação à situação atual, quer com Campos quer com Aécio. Mas existe propaganda em torno de programas sociais que não afetaria o primeiro como pode afetar o segundo (o qual, provavelmente, ainda estará mais preocupado em fazer o sucessor em MG.) Uma chapa puro-sangue Serra/Aécio é variação no tema. PSDB+PSB seria eleição em um turno.
Marina enfrentaria mais preconceitos (nunca foi governadora, por exemplo, veio de longo período no PT) e pode ser que esteja em seu teto, já é suficientemente conhecida.
Não há muitas chances em se concorrer frente a um ambiente de óbvio continuismo, ainda mais quando o governo estará liderando uma coalização com ¾ dos deputados e 15 minutos de tempo de TV.
Se há esperanças para Campos e oposição, estas estão na soma (e não conflito) de sentimentos pela mudança (que de qualquer modo seria apenas simbólica.) Campos ainda não é conhecido por cerca de 40% da população e demonstra uma boa capacidade de herdar preferências por Marina.
Comparações de pesquisas recentes no tempo mostraram que, por ora, Campos só herda metade dos votos de Marina (os demais distribuídos entre Dilma e Aécio.)
Mas uma pergunta na última Datafolha (11/out.) foi desconsiderada na mídia.
Além das simulações normais para 2º turno, que resultaram em Dilma 54/Campos 28 e Dilma 47/Marina 41, também se simulou uma chapa Campos/Marina (em oposição a Dilma/Temer.) Isto é, quando na pergunta os entrevistados souberam da possibilidade de Marina ser vice, a simulação para 2º turno mudou para 46/37. Isto é muito próximo dos Dilma 55/Serra 45 de votos válidos em 2010.
Então, não há muito o que acompanhar nos próximos meses. Basicamente se haverá o entendimento, na sociedade, de que Campos agregou preferências com a possibilidade de Marina lhe ser vice.
Até setembro as pesquisas tinham como cenário básico Dilma/Aécio/Marina/Campos. Obviamente passou-se a considerar 2 cenários agora, ora com Marina ora com Campos. Então cabe apenas acompanhar se estes se aproximam da soma do que teriam concorrendo separadamente. É isto que definiria a chance da eleição ainda ser em 2 turnos.
É por isso que o gráfico apresenta uma informação inusual: a soma de intenções de Campos e Marina (em amarelo). Houve poucos momentos este ano em que pesquisas apontaram para um 2º turno, e esses eram quando a soma desses dois oposicionistas se aproximava do total de Dilma. Isto agora não tem mais como acontecer, pelo que somente com expressiva transferência de um para outro a oposição volta a ter chances.
Marina está próxima disso. Recebeu 29% na Datafolha 11/10 (versus 34% da soma M+C na DF 09/08) e 21% na Ibope 21/10 (versus 20% da soma M+C na IB 16/09.) Mas Campos, ainda que pequeno em números totais, foi de 8 para 15% e de 4 para 10% nas respectivas pesquisas.
Somente se Marina se mantiver entre 20 e 30% e Campos se aproximar de Aécio, ou mesmo ultrapassá-lo (e também à alternativa Serra) é que se poderá dizer que a estratégia do PSB foi bem sucedida.
As pesquisas de 2º turno têm ainda menos novidades. Se esse turno houver, será à semelhança de 2010, apenas com maior probabilidade do PSB substituir o PSDB.
Em quase todos os cenários realizados nas últimas 5 pesquisas desde julho, Dilma fica entre 60 e 70% dos votos válidos em eventual 2º turno.
Resultados entre 51 e 56%, mais arriscados, apenas aparecem quando o nome de Marina está em questão. Mas, repetindo o que foi dito acima, não apenas quando ela é a candidata, mas também quando aparece como Vice (vide círculo amarelo.) Esse cenário, em que Campos obtém quase 45% de votos válidos no 2º turno (Dilma 46 / Campos 37) aparece na página 78 desta pesquisa Datafolha (http://media.folha.uol.com.br/datafolha/2013/10/14/intencao-de-voto-presidente.pdf )
As simulações mais recentes, tanto do Ibope como do Datafolha, apresentam também, como informação, a preferência por Marina (em relação a Dilma) no segmento acima de 2 SM de renda familiar, que não é onde há a mais expressiva presença de eleitorado evangélico.
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Dr Jekhyl Zibel e Mr Gunter Hyde
Tio gunter tentando voltar a realidade…mas ‘tá difícil, o cesto de recalques que vem acumulando, ultimamente, tem tornado a jornada de volta mais penosa…
Ele tenta usar gráficos e malabarismos estatísticos para contrabandear a sua verdadeira mensagem:
Está tudo um droga, não há plano para o “futuro”, e por inércia (nunca por escolha consciente) o povo vai sendo tangido como boi de abatedouro da mesmice…
Bilhões de investimentos em infraestrutura, aprovação de bilhões de royalties para educação, ampliação brutal das vagas em universidades e das escolas profissionalizantes, programa de bolsas científicas e de iniciação com o exterior, rearranjo tributário no setor automotivo para forçar a inovação tecnológica nacional(IPI mais barato para quem comprar mais peças produzidas aqui), avanço no pré-sal, impulso a parceira russo-brasileira para lançamento de satélites (como todas as críticas que vem recebendo dos setores militares), etc, etc, etc, e mais etc….
É suficiente?
Titia crê que não…mas isto tudo significa NENHUM plano estratégico…?
Mas que catzo é “o” plano?
Qualquer aluno mequetrefe de emibiéi caça-níquel sabe que mais importante que o plano de longo prazo é a ação cotidiana voltada para o longo prazo…
Caro dr Jekhyl Zibel, por enquanto, estás ainda sob a personalidade do monstruoso Mr Gunter Hyde…uiiiii, que mêêêda
Excelente texto
Excelente texto.
Apenas digo que a reforma política não sai porque hoje apenas PT, PSOL e PC do B tem posição fechada a favor da mesma. O excelente PL 4470/12 foi aprovado a cerca de duas semanas no Congresso Nacional.
O PT jamais fará parte de um governo que venha a derrotá-lo nas urnas. E o PT está absolutamente correto nisso.
Se ocorrer uma catástrofe político-econômica de proporções ‘bíblicas’ em 2014, capaz de impedir a reeleição de Dilma Rousseff, o Partido dos Trabalhadores cumprirá aquilo que a população disser nas urnas.
Ou seja, vai para a oposição e não participará, e não será base de apoio de nenhum governo que venha a derrotá-lo. E, para finalizar, vice não dá um único voto sequer. Vice serve, no máximo, para afiançar alianças partidárias.
Não o suficiente para provocar um segundo turno.
Creio que Marina Silva deve transferir a maioria dois votos para Eduardo Campos, mas não o suficiente para provocar um segundo turno.
Uma outra parte dos votos que seriam de Marina, devem ir para a Presidenta Dima, Aécio Neves e outros.
O mesmo deve ocorrer com os votos que seriam de José serra, com a maioria dos votos sendo transferido para Aécio Neves, mas uma parte menor em comparação aos votos que seriam de Marina Silva, indo para a Presidenta Dilma.
É que Marina queira provar
É que Marina queira provar sua tese de que o Brasil caminha para o bolivarismo, que começou na Venezule quando ninguém quis concorrer contra Chavéz e apenas que o truque de lá não funcione aqui. Qual seja, obrigaram Chavéz ganhar para que não tivesse tempo para descançar e tratar da sua saúde.
Oba. Agora as análises das
Oba. Agora as análises das pesquisas vão ficar mais interessantes, Gunter Zibell com seus gráficos impressionantes e sua leitura especializada de percentuais e cruzamentos de dados entrou em campo (será o Gunter estatístico?).
Produção de petróleo da Petrobras no Brasil, aumenta 3,7%
Pré-sal bate novo recorde diário, com produção de 337,3 mil barris/dia em 2 de setembro
Petrobras – Fatos e Dados….25 de outubro de 2013 / 11:49 Informes
A produção de petróleo (óleo mais líquido de gás natural – LGN) de todos os nossos campos no Brasil atingiu a média de 1 milhão 979 mil barris por dia (bpd) em setembro. Esse volume é 3,7% maior que a média produzida no mês anterior (1 milhão 908 mil bpd). Incluída a parcela que operamos com empresas parceiras, o volume total produzido em setembro foi de 2 milhões 44 mil bpd, 3,7% acima da produção de agosto.
Esse resultado positivo deve-se à entrada em operação de novos poços nas plataformas FPSO Cidade de Itajaí (Bacia de Santos), P-53 e P-54 (Bacia de Campos) e FPSO Piranema (Bacia de Sergipe). Seguindo o cronograma, no mês de setembro houve a conclusão das paradas programadas para manutenção das plataformas P-26 e P-35, ambas no ativo de Marlim e as atividades programadas para a parada da plataforma P-51, no ativo de Marlim Sul e a UPGN2 no ativo de Urucu, na UO-AM.
O destaque do mês foi o recorde mensal produzido nas áreas do pré-sal, que chegou a 326,8 mil barris/dia. No dia 2 de setembro foi batido, também, o recorde diário na produção do pré-sal, com 337,3 mil barris/dia. Esses volumes referem-se à produção total que operamos nessas áreas, incluída a parte de nossos parceiros.
Nossa produção total no Brasil, em setembro, incluídos petróleo e gás natural, atingiu a média de 2 milhões 368 mil barris de óleo equivalente por dia (boe/d), volume 3,2% acima do produzido em agosto.
Estão sendo concluídos os trabalhos de interligação do primeiro poço produtor da plataforma P-63, primeira unidade de produção instalada no campo de Papa-Terra. Além disso, as obras da plataforma P-55 também foram concluídas. A unidade foi rebocada para a locação definitiva. Ela chegou ao campo de Roncador no último dia 22 de outubro, onde está sendo realizado o trabalho de ancoragem.
Somado à nossa produção no exterior, o volume total de petróleo mais gás natural atingiu, em setembro, a média de 2 milhões 577 mil boe/d, 3% acima da produção total de agosto.
Produção de gás natural
A produção de gás natural dos nossos campos no Brasil, em setembro, foi de 61 milhões e 800 mil metros cúbicos por dia. A produção total de gás, incluída a parte que operamos para nossos parceiros, foi de 69 milhões e 200 mil metros cúbicos por dia, mantendo, aproximadamente, os mesmos níveis dos volumes produzidos em agosto. Em setembro, também, batemos novo recorde mensal de aproveitamento do gás associado ao petróleo produzido em nossos campos no Brasil: 94,36%, contra 94,01% do recorde anterior, registrado em julho.
Produção no exterior
A extração total de petróleo e gás natural no exterior, em setembro, foi de 209.433 boe/d, correspondendo a um aumento de 1,8% em relação ao mês de agosto, devido ao ajuste na contabilização da produção de óleo do Campo de Akpo, na Nigéria.
Desse total, a produção de gás natural chegou a 15 milhões 710 mil metros cúbicos/dia, 0,8% abaixo do volume produzido no mês anterior, em decorrência do declínio natural do Campo de Santa Cruz I, na Argentina.
A produção de petróleo, no exterior, foi de 116.964 barris diários, 4% acima, na comparação com o mês de agosto, consequência do ajuste na contabilização da produção de óleo do Campo de Akpo, na Nigéria.
Informação à ANP
A produção total informada à ANP foi de 9.217.571,08 m³ de óleo e 2.180.711,52 mil m³ de gás em setembro de 2013. Esta produção corresponde à produção total das concessões em que atuamos como operadores. Não estão incluídos os volumes do Xisto, LGN e produção de parceiros onde não somos operadores.
URL:
http://fatosedados.blogspetrobras.com.br/2013/10/25/pre-sal-bate-novo-re…
O povo não quer mudanças
Não conheço petista de fato que pense em mudar seu voto na próxima eleição para presidente. Parte dos jovens poderão engrossar eventualmente os votos do PSB, mas mais facilmente se Marina for a cabeça de Chapa, e se isso acontecer o PSB poderá perder muitos votos dos ruralistas, que tem muita força no Brasil todo. Marina já começou de pé esquerdo sua pré-campanha se indispondo com o deputado Ronaldo Caiado, um dos grandes defensores do agronegócio no país. Eles temem a ecologista mais do que o PT, que aliás favoreceu muito esse setor em seus 11 anos de governo, tanto os pequenos como os grandes produtores rurais. A diferença de votos pode ser tão pequena como na última eleição, mas acredito que a Presidenta Dilma se reelegerá.
Marina Silva afugenta candidatos a aliados de Campos no futuro
Aliança de Marina e Eduardo Campos joga PDT para Dilma
26 de outubro de 2013 | 12h 36—JOÃO DOMINGOS – Agência Estado
A entrada da ex-ministra Marina Silva no PSB jogou o PDT de volta à aliança com a presidente Dilma Rousseff para a disputa presidencial. O partido tendia a sair do governo para marchar com a candidatura de Eduardo Campos, mas decidiu recuar depois da adesão de Marina à aliança do governador de Pernambuco. “Tínhamos muita simpatia pela candidatura de Campos. Mas ele deu um passo atrás ao receber a Marina”, disse o líder do PDT na Câmara, André Figueiredo (CE).
Para ele, Marina Silva afugenta candidatos a aliados de Campos no futuro. “A Marina não tem nenhuma proximidade com os ideais da esquerda. Além de tudo, ela é muito desinformada sobre o que acontece no Brasil”, afirmou o líder.
Desde que aderiu a Campos, Marina tem feito críticas ao PDT. Parlamentares ligados a Marina, como Walter Feldman (PSB-SP), também fazem as mesmas críticas, principalmente em relação à forma como o PDT conduz o Ministério do Trabalho, “como se fosse um feudo”. O DEM, que estava se aproximando de Campos, também desistiu de compor com o governados depois que Marina se filiou ao PSB.
A Executiva nacional do PDT fará reunião com todos os dirigentes estaduais do partido no dia 31. A intenção é analisar a conjuntura partidária depois do surgimento do Solidariedade e do PROS, partidos que tiraram parlamentares da legenda, e das ofertas feitas pela presidente Dilma Rousseff para que os trabalhistas permaneçam no governo e na aliança que vai trabalhar pela reeleição dela. A reunião não será deliberativa.
Antes da adesão de Marina Silva a Eduardo Campos, os senadores Cristovam Buarque (DF) e Pedro Taques (MT) vinham trabalhando para que o PDT saísse do governo. A proposta tinha simpatia tanto dos diretórios estaduais quanto de parte do nacional. Para tentar neutralizar esse movimento, Dilma acionou o prefeito de Porto Alegre, José Fortunatti, pedindo que atuasse em sentido contrário. Fortunatti é aliado de Dilma.
“Eu tenho coerência. Nunca os prefeitos, de todos os partidos, tiveram um tratamento tão igualitário quanto agora”, disse Fortunatti ao defender a permanência do PDT no governo Dilma e na aliança que vai tentar a reeleição da presidente. “Não posso ser contraditório. Para os prefeitos a reeleição da presidente é a melhor coisa que pode acontecer”, afirmou ele.
URL:
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,alianca-de-marina-e-eduardo-campos-joga-pdt-para-dilma,1089969,0.htm
Análise precisa (minha opinião)…
A situação da economia não piorou. Só ficou mais evidente que não há um planejamento voltado ao desenvolvimento de longo prazo.
Fato, O que o governo tem de política industrial com bons resultado??? Apenas a indústria naval.
Nunca se produziu tanto carro no Brasil, mas o governo não se incomoda de não ter surgido uma indústria toda nacional. Consumíamos carros coreanos, japoneses e agora até chineses (me incomoda mais que a presença do país no Pré-sal).
BNDES comete muitas falhas, não canso de dizer que nessa área Geisel era muito melhor que o PT.
Alguma insatisfação periférica surgiu. Alguns não concordam com um programa que pode lhes parecer conservador em economia. Em menor número ainda podem ser aqueles que acusam um conservadorismo moral.
As manifestações de junho/2013 não tiveram o governo federal como alvo, mas a coalizão conservadora que engessa o governo. Podemos ter surpresas na disputa interna petista (PED), seria a resposta petista aos protestos.
Não há desgaste do governo o suficiente para que o eleitorado volte a considerar o PSDB como líder de coligação. Nem os governos nos maiores estados onde esse partido se elegeu foram brilhantes desde 2010. Nenhum governo estadual parece muito brilhante, de qualquer modo.
Até 2008 (ano que começou a crise) Aécio tinha alguma coisa para mostrar, a crise mostrou a diferença entre PT e PSDB. O PT adotou políticas anti-cíclicas (apesar da falta de planejamento no longo prazo) e o PSDB foi incapaz de fazer o mesmo provando que o partido é refém dos dogmas de mercado.
Minas hoje passa por dificuldades, pela dependência do preços do minério (cresceu nos governos Aécio/Anastasia) que caiu no mercado internacional, alguns bons programas criados por Aécio enfrentam dificuldades para se manter. Em São Paulo o mesmo problema, porém SP depende menos do intervencionismo do governo na economia (apesar de importante).
Dos atuais governadores: Campos e Cabral surfaram nas verbas federais, o Centro-Oeste beneficiado pelo boom do agronegócio e o Nordeste apesar do bom momento econômico falha pela falta de ousadia e pragmatismo exagerado de seus governantes.
Positivo apenas o Rio Grande do Sul, Tarso assumiu o estado em dificuldades mas está colocando nos eixos novamente, com políticas públicas mais eficiente e ideológicas (único governador com maioria no parlamento sem lotear cargos). Além da agricultura se beneficiar do clima favorável, o estado tem um dos maiores crescimentos industriais do país (diferente dos tucanos, a conta de luz caiu 30% no estado). RS é o 3º estado em geração de empregos (atrás apenas de SP e RJ).
Tão improvável como imaginar o PT perdendo o exercício de governo (o de poder é outra estória) é imaginá-lo não querer fazer parte de um liderado pelo PSB, aliado de tempos. (Para quem acha impossível, isso já aconteceu em escala reduzida na PMBH de 2009 a 2011.)
Em caso de derrota, indo ou não para o 2º turno, o PSB faria parte de um governo 2015-2018? Provavelmente sim, não se pensa o PSB como oposição por muito tempo.
Dentro do PT há uma ala que defende evitar conflitos com o PSB, uma estratégia já pensando na governabilidade. O PSB nunca foi de dar trabalho, fazer chantagens e tem o hábito de apoiar as propostas petistas. Para muitos petistas e simpatizantes (como eu) é muito melhor um PSB mais fortalecido que o PMDB.
No caso de BH, o mais surpreendente é que Lacerda é um laranja dos tucanos no PSB, ele inclusive está brigando com alguns correligionários por não querer apoiar Campos.
É mesmo muito provável que Dilma se eleja em 1º turno, como FHC se elegeu em 1994 e 1998, como Lula e mesmo Dilma quase o fizeram em 2002, 2006 e 2010.
O cenário dos sonhos para o PT é ganhar no 1º turno com Campos em 2º lugar para enterrar a polarização (num 2º turno contra Campos, acredito que o PT perderia a eleição).
Não há uma ‘onda’ para abandono do projeto de coligação PT/PMDB/vários partidos, não há uma onda também para reforçar isso.
Não há muitas chances em se concorrer frente a um ambiente de óbvio continuismo, ainda mais quando o governo estará liderando uma coalização com ¾ dos deputados e 15 minutos de tempo de TV.
Aí está a incoerência, se não há uma onda para reforçar, não tem como a Dilma ter 15 minutos no horário eleitoral. Apenas PT, PMDB e PC do B já garantem 5min20s na TV (nenhum adversário terá tempo maior), isso sem contar aquele tempo distribuído igualmente entre os postulantes.
Interessa ao PT ideológico uma coligação menor, pois daria mais visibilidade e perspectiva de crescimento no legislativo, a tendência é a televisão ficar menos relevante nas disputas eleitorais.
Qualquer pessoa é unânime em concordar que o governo Dilma é pior que o 2º mandato do Lula, o sucesso do 2º mandato da Dilma depende do que ocorrerá nas eleições legislativas.
Se o PT repetir a estratégia de 2010 (menos candidaturas próprias para governador, senador e coligações proporcionais não programáticas) voto no Eduardo Campos sem medo, pois o 2º governo Dilma será igual ou até pior que o 1º (o que poderia inviabilizar o petismo no futuro).
Somente se Marina se mantiver entre 20 e 30% e Campos se aproximar de Aécio, ou mesmo ultrapassá-lo (e também à alternativa Serra) é que se poderá dizer que a estratégia do PSB foi bem sucedida.
Não acredito que Serra concorra (quase 50% de rejeição inviabiliza qualquer um). Marina também não concorrerá, senão ela vai ser cristianizada (com o PSB apoiando Dilma e até Aécio na surdina). É um mistério saber como Marina abriu mão de concorrer para apoiar Campos, seria Campos um gênio ou a vontade de derrotar o PT falou mais alto?
Excelente, Gunter
Análise profunda e corente nos fatos atuais. Longe das análise da grande mídia.
Apenas gostaria de levantar que se Campos adquirir rapidamente a musculatura que você acredita ( e eu também) a grande midia empurrará a imagem dele para a direita, próximo à Aécio, tal como fizeram com Marina em 2010, e que “pegou” pelo menos até os dias atuais.
Também há blogs dos quais se tem como se de esquerda fossem, que estão queimando Marina para favorecer Campos; o sonho deles em profunda harmonia com a grande imprensa.
Não há como Campos fazer um discurso de continuidade com melhorias do governo. Esse será o discurso de Dilma, e por óbvio, muito mais palatável.