Em qualquer país com sentido de nacionalidade, Serra seria relegado ao panteão dos traidores e vilões. Ao contrário do que ele prega, o momento é o pior para o aumento dos investimentos em produção.
Um ataque direto ao interesse nacional pelo assalto ao pré-sal
por Emanuel Cancella e J. Carlos de Assis
A aprovação do projeto do senador José Serra retirando da Petrobras a condição de operadora única do pré-sal em regime de partilha agride diretamente o interesse nacional. Na prática, se vier a ser aprovado na Câmara e sancionado pela Presidenta, significará a transferência do controle da tecnologia de produção no pré-sal às grandes irmãs petrolíferas estrangeiras junto com um considerável volume de reservas já descobertas. Significará também a perda de controle soberano da produção, dos custos e da geração de royalties.
Serra é um mistificador. Convenceu senadores ingênuos de que temos que ampliar imediatamente a produção do pré-sal para o que a Petrobras, quebrada, não tem recursos. Em lugar de se somar às sugestões de vários especialistas, inclusive destes signatários, no sentido de contribuir com propostas positivas para recuperar rapidamente a capacidade de investimento da Petrobras, ele exacerba na avaliação de uma crise de financiamento perfeitamente superável para “vender” a preço baixo as nossa reservas bilionárias.
Em qualquer país com sentido de nacionalidade, Serra seria relegado ao panteão dos traidores e vilões. Ao contrário do que ele prega, o momento é o pior para o aumento dos investimentos em produção. As petrolíferas estrangeiras sabem disso. Seu interesse no pré-sal não é produzir, mas sentar em cima das reservas a fim de esperar por preços mais favoráveis no mercado internacional. Uma vez adquiridas as concessões de reservas elas inventarão múltiplos expedientes para retardar a exploração e escalar nos lucros.
Serra é um mistificador. Ele quer fazer acreditar que ceder a empresas estrangeiras a condição de operadora plena de campos do pré-sal não altera a política de produção, de distribuição de royalties e de definição de custos de produção. Entretanto, é justamente o controle dos custos que define o volume de produção e de royalties, e a prática histórica universal das petrolíferas é manipular esses custos de acordo com seus interesses de forma inteiramente independente das políticas nacionais de petróleo.
Finalmente, Serra é um mistificador na questão do conteúdo nacional. Nesse campo, lutamos pelos interesses de indústrias internas que individualmente nem sempre estão alinhados com o interesse nacional. Dirão que, se a Petrobras é afastada como operadora única, a operadora estrangeira terá de submeter-se às mesmas regras de conteúdo nacional em seus investimentos. Isso é uma falácia. Há inúmeros expedientes pelos quais ela pode escapar dessa regra, entre os quais a compra, para fechar, de empresas nacionais ou internas.
Aliás, foi esse o destino da indústria brasileira de informática. Ao acabar com a reserva de mercado, o país destruiu com a produção de hardware. Hoje somos grandes produtores mundiais de softwares, mas nada produzimos da indústria de hardware, que é a base da informática. Algo parecido sucederá com a indústria de bens de capital das áreas de petróleo e gás. Seremos incapazes de desenvolver tecnologia, até aqui feita em associação com a Petrobras, porque as petrolíferas assumirão o controle dos investimentos do pré-sal.
A proposta incorporada ao projeto de um Conselho para definir a operação dos 30% da Petrobras é outra farsa. Trata-se de um Conselho governamental, sujeito, como qualquer outro, às pressões das petrolíferas. A propósito, foi justamente por pressão das petrolíferas, articulada através do senador José Serra, que o presidente do Senado Renan Calheiros e o líder Romero Jucá meteram a faca do impeachment no pescoço da Presidenta Dilma para que ela, mudando de posição, aceitasse a aprovação do projeto de José Serra.
Emanuel Cancella – Diretor geral do Sindipetro/RJ
J. Carlos de Assis – Economista, doutor pela Coppe/UFRJ
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Presidenta Dilma
Com todo
Presidenta Dilma
Com todo respeito, filha da resistencia a ditadura e pupila de Brizola, a senhora estava disposta a perder a vida pela democracia que dignidade, parte da população brasileira sabe reconhecer e valorizar isso. Não queira agora, com medo de um possivel imptment deixar fazer perder nosso futuro, por favor.
O povo tem que partir pra cima dos congressistas
Congresso tem poder pra derrubar possível veto de Dilma. Pra não perder o pré-sal, o povo precisa tornar a vida dos congressistas num inferno, até recuarem. E pensar que tudo isso está acontecendo porque o STF não afastou Cunha e Renan de suas funções.
Quem convenceu senadores não foi Serra, foi a Shell
Quem convenceu senadores a votarem contra os interesses nacionais não foi Serra, foi a Shell, que tem muito dinheiro pra subornar político corrupto.
E os russos ?
Então os russos não são nacionalistas, já que deixam empresas estrangeiras retirarem o seu petróleo e o seu gaz. Sem falar na quantidade de petroleiras PRIVADAS russas que competem com as estatais.
E a defesa da reserva de mercado da informática ? Tá de brincadeira.
Esta porcaria nos condenou durante uma década a usar cópias mal feitas de equipamentos estrangeiros com software pirateado.
E produzimos hardaware aqui no Brasil sim. A fábrica da Dell fica em Hortolândia, a da Lenovo em Sorocaba, a da HP em Jundiaí. Sem falar nas marcas nacionais, como a Positivo.
Meu Deus, esse Assis é muito mal informado.
Zé…
não se produz por aqui componentes de alta tecnologia.
As empresas que citou são apenas montadoras, Zé.
Quando o povão tomar
Quando o povão tomar conhecimento do que está acontecendo, esse projeto não passa.
Cabe as centrais sindicais, os movimentos sociais e a sociedade civil fazer barulho que esse projeto será rejeitado.
Esses caras foram esperto, aproveitaram o momento de turbulência política para aprovar de afogadilho essa armação.
Num ambiente de relativa tranquilidade, se pressionar os deputados, o futuro das crianças brasileiras estará garantido.
Sem contar que ainda tem a opção do veto presidencial, isso se o atual governo ou aliados permanecerem no poder.
Lei da Informática x Conteúdo Nacional
Citar a Lei da Informática como uma defesa para a política de conteúdo nacional é assustador. O que conseguimos com a Lei foi meramente um exército de empresas especializadas em fazer cópias (muitas vezes de menor qualidade) de equipamentos fabricados no exterior. Quando a Lei foi revogada, essas empresas ruíram em sua grande maioria, por não terem condições de competição com os similares internacionais. Graças à reserva de mercado, nenhuma empresa havia se dado ao trabalho de buscar mercados externos, acomodadas com a política protecionista de então.
Além disso, o autor lamenta que o Brasil não possui uma indústria de hardwares. Ora, nem os Estados Unidos, nem a Alemanha, nem a Inglaterra … embora é razoável dizer que os EUA ainda têm um papel importante nas fases de criação de produtos e projeto, a fabricação propriamente dita já foi para a China faz tempo. De fato, é bem possível que, se o Brasil tivesse feito uma opção pelo fomento à indústria de software lá atrás (inclusive garantindo que o hardware possa ser importado com tarifas baixas), hoje esse setor poderia estar gerando uma parcela muito maior do PIB, inclusive com efeitos na arrecadação e na redução na desigualdade de renda (oferecendo oportunidades de emprego na área de TI para a população de menor renda). Mas não, o Brasil tem que produzir tudo o que consome, à moda nortecoreana … deu no que deu, tanto lá atrás com a Lei de Informática, como hoje com a Petrobras.
Lei da Informática . . .
Marcos, me desculpe mas você não sabe do que está falando. Sua análise sobre os erros e acertos da Lei de Informática é totalmente equivocada, provavelmente porque você não faz parte deste segmento e/ou não viveu aquele momento, o que não é uma desculpa, pois emitir juízo de valor requer conhecimento e vivência.
caro internauta octaviano,
caro internauta octaviano, tenho quase certeza de que vc faz/fez parte desse segmento!!
são comentário como este que
são comentário como este que enfraquecem a linha editorial do blog.. há outros blogs com linha editorial entreguista para publicação de tais comentários (sic)
inteligente o artigo, à
inteligente o artigo, à exceção do final,, onde coloca a dilma…
o acordo feito talvez tenha evitado coisa pior,
é preciso pensar nisso anters de atacar dilma….
a crítica deve ser mesmo contra o serra e tucanos e direita em geral,
pois o debate em 2018 será esse mesmo…
criticar a dilma dá muito na vista – já supõe que tenha outro nacionalista
como o requião, que deve ser apoiado, na minha opinião, se não houver
outra alternativa para o campo do atual governo popular…
cem
Estamos virando o pais sem:
Sem siderurgia, sem petrobras, sem submarino, sem justiça, sem VERGONHA!
Ontem comentei aqui no blog
Ontem comentei aqui no blog que a Dilma deveria nomear o ínclito Doutor Cláudio Fonteles como titular do MJ, e recomendá-lo para que nomeace um oficial militar LEGALISTA, com prestígio entre as forças armadas, e que tivesse atuado como assessor direto do grande cientista Othon no Programa Nuclear brasileiro como novo Diretor Geral da Polícia Federal .
Este novo diretor teria carta branca para depurar a P.F afastando delinquentes e os que utilizam a corporação para fazerem politicagem e escancarar publicamente os que estão sabotando a democracia e a economia brasileira .
Posto isto, seria impossível a máfia midiática e os degenerados paneleiros baterem de frente contra estas nomeações .
Não precisamos apenas de um
Não precisamos apenas de um novo e ínclito ministro, o momento exige um novo Teixeira Lott para desmascarar e enquadrar os que estão praticando terrorismo contra o Estado brasileiro .
Dilma deveria nomear um assessor de confiança do grande cientista Othon(preso político apenas por ser o responsável pelo programa nuclear brasileiro) .
É isso que teria que ser feito e chega de blá blá blá .