Em Portugal, Lula volta a criticar Selic

Carla Castanho
Carla Castanho é repórter no Jornal GGN e produtora no canal TVGGN
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"Ninguém toma dinheiro emprestado a 13,75%, e não existe dinheiro mais barato", disse o presidente durante viagem ao país europeu.

Lula
Foto: Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar a Selic, taxa básica de juros, definida em 13,75% pelo Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), durante visita a Portugal, nesta segunda-feira, 24. 

Durante o Fórum Empresarial Portugal-Brasil: Parcerias para a Inovação, em Matosinho o presidente Lula disse ao primeiro-ministro António Costa:

“Nós temos um problema no Brasil, que Portugal não sei se tem. É que a nossa taxa de juros é muito alta. No Brasil, a taxa Selic, que é a referencial, está em 13,75%. Ninguém toma dinheiro emprestado a 13,75%, ninguém. E não existe dinheiro mais barato”.

O presidente ainda acrescentou que um país capitalista precisa de dinheiro que circule, e não apenas na mão de poucos. Para Lula, é preciso que os juros caiam como medida de estímulo ao crédito, para que assim, gere mais crescimento. 

“É a gente garantir que os pobres possam participar, porque quando eles virarem consumidor, vão comprar. Quando eles comprarem, o comércio vai vender. Quando o comércio vender, vai gerar emprego, vai comprar mais produto na fábrica, não precisa importar da China. Mais emprego vai gerar mais salário, é a coisa mais normal de uma roda gigante da economia funcionando e todo mundo participando”, declarou Lula.

Sem previsão de mudança

Na última ata do Copom  (Comitê de Política Monetária do Banco Central), divulgada em 28 de março, foi dada a sinalização de que a Selic vai continuar em patamares elevados enquanto a inflação não convergir para o centro da meta. 

Na ocasião, o colegiado decidiu manter a taxa Selic em 13,75% ao ano.

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