Jornal GGN – O presidente da Bolívia Evo Morales anunciou neste domingo (10) que o país realizará novas eleições gerais com novos atores e, ainda, renovação de membros do Tribunal Superior Eleitoral.
O pronunciamento aconteceu logo após a Organização dos Estados Americanos (OEA) divulgar seu relatório, também neste domingo, sobre as eleições gerais, que ocorreram em 20 de outubro, reelegendo Evo Morales ao quarto mandato consecutivo como presidente do país.
A entidade internacional enviou uma equipe de 92 observadores para acompanhar as eleições no país vizinho e concluiu que houve fraude na votação. Evo venceu em primeiro turno com uma margem apertada de apenas três pontos percentuais em relação a Óscar Ortiz.
No dia seguinte à eleição, os protestos no país, sobretudo em Santa Cruz de La Sierra, onde Morales sofre de baixíssima aceitação, começaram com a população exigindo a anulação do pleito.
O sistema de contagem de votos, logo após o fechamento das urnas, chegou a ficar paralisado por 20 horas, quando parecia que Óscar venceria a eleição. Quando o sistema retomou, Evo ultrapassou o oponente. A oposição acredita que isso prova que houve fraudes no processo eleitoral.
No dia 30 de outubro, a OEA concordou em realizar uma auditoria das eleições. Dias depois, em 3 de novembro, o chefe da missão, o mexicano Arturo Espinoza, pediu demissão admitindo ter publicado artigos críticos sobre Morales.
No relatório finalmente divulgado neste domingo, a OEA recomendou a anulação das eleições de 20 de outubro e realização de um novo processo eleitoral “assim que houver novas condições que dêem novas garantias para sua celebração, entre elas uma nova composição do Corpo Eleitoral”.
Além de seguir essa recomendação, sem tocar no nome da OEA, menos ainda no relatório da organização, Evo anunciou a renovação dos membros do Supremo Tribunal Eleitoral.
Ele disse ainda que a Bolívia vive um momento de conflito e que, depois de ouvir as organizações sociais que o apoiam, decidiu renovar os membros do TSE, acrescentando que a Assembléia Legislativa Plurinacional (ALP) estabelecerá os procedimentos para eleger os novos membros do tribunal.
Segundo Morales, as novas eleições nacionai vão permitir “ao povo boliviano eleger democraticamente suas novas autoridades, incorporando novos atores políticos”.
Por fim, Morales pediu para “reduzir toda a tensão” no país. Desde o início dos protestos, pelo menos 140 pessoas foram feridas e dois manifestantes da oposição foram mortos em Santa Cruz. A polícia prendeu seis suspeitos responsáveis pelo crime.
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Pelo noticiário o candidato que esteve mais próximo de Evo, nas eleições, foi Carlos Mesa, mas nem ele nem qualquer outro candidato chegou a estar à frente de Evo Morales na apuração das eleições.
Ele não devia ter feito isso. Os criminosos de extrema direita só ficarão satisfeitos com ELES no poder e com nenhum outro resultado.
Capitulou.
O golpe já triunfou na Bolívia, ele renunciou. Imagino que para continuar o “processo de pacificação” ele não poderá ser candidato ( a mando da turma do golpe). Agora somente após a destruição do que o povo conquistou, alguém como ele poderá voltar ao Poder.
Imagino que o mesmo ocorrerá no Brasil, somente após o default do estado e a miséria material (pois a de humanidade e moral já estão nela a muito tempo) tomar conta da nossa “Classe Média Burra”, para alguém progressista e desenvolvimentista voltar.
E a burrice e covardia de Evo Morales contra o óbvio golpe da CIA teve resultado. Comandantes Militares, sentindo sua covardia e fraqueza pediram sua renúncia e ele aceitou. Basta uma minoria tocar fogo em tudo que a maioria covarde aceita. Os neoliberais já deixaram claro que não aceitam mais a Democracia e os resultados das eleições. Que fique a lição para os outros países vítimas de golpes como esse. Se a extrema-direita usar a violência para se impor, deve ser combatida com violência, “Paz e Amor” na defesa da Democracia nunca funcionou e nem vai funcionar contra a sanha dos oligarcas ditadores.
Incrível como a esquerda entrega facilmente o poder sem ao menos tentar resistir. É por essa covardia que os oligarcas sempre apelam para golpes quando não vencem nas urnas. Evo era presidente e tinha toda a máquina governamental para tentar resistir, deixou a rebelião de mercenários se alastrar sem qualquer reação. Os militares, vendo a fraqueza e covardia do Evo, pediram a renúncia e ele aceitou.
Como se faz para obter o relatório da OEA sobre as eleições na Bolívia. Até agora e dito q houve fraude,má não dizem onde ela ocorreu, qual o volume dessa fraude, se ela afetou ou não o resultado final e mesmo para qual lado ocorreu a fraude. Essas e outras respostas devem ser dadas e divulgadas, porque até agora existem dúvidas sobre a parcialidade da OEA nessa história toda.
Caro GGN, vocês podem disponibilizar o RELATÓRIO DA OEA que acusa fraude eleitoral para que possamos lê-lo na íntegra?