As mentiras da grande mídia contra Erenice Guerra, ex-ministra da Casa Civil

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Mídia forjou denúncias sem provas contra Erenice Guerra durante anos. A cruzada antipetista até fez a Lava Jato "quase que torturar" presos por delação que citasse a ex-ministra, na intenção de chegar em Dilma

Erenice Guerra se considera “o primeiro instrumento” do golpe na democracia encampado por veículos da grande mídia em conluio com setores ligados ao Judiciário.

Braço direito de Dilma Rousseff, que a indicou para ministra da Casa Civil de Lula, Erenice foi perseguida pelas autoridades e teve sua reputação assassinada a partir de ilações da revista Veja, que há anos fabrica escândalos de corrupção contra figuras proeminentes do PT.

Em 2010, Veja passou a publicar uma série de reportagens acusando Erenice Guerra de participar de um esquema de tráfico de influência no governo federal. Até seu filho e marido foram acusados sem provas por blogueiros e jornalistas que pressionavam a Polícia Federal por investigações.

Erenice Guerra se afastou do governo e se recolheu no anonimato. Ainda assim, continuou na mira da grande mídia em sua busca por qualquer faísca que pudesse atingir Dilma e Lula.

As investigações da PF contra Erenice Guerra não resultaram em nada. Ela sequer se sentou no banco dos réus. A Procuradoria admitiu que não havia provas que corroborassem as ilações de Veja. O caso foi arquivado pela Justiça a pedido do Ministério Público. Mas nenhuma retratação à altura foi feita.

“Exatamente como no caso do Lula, que foi condenado por convicção, eu fui condenada pela mídia também. Não tive nem a oportunidade de ser inocentada porque nunca fui processada”, disse Erenice Guerra em entrevista ao jornalista Luis Nassif, na TVGGN.

Manchetes do site da revista Veja sobre a ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra

LAVA JATO “QUASE TORTURAVA” BUSCANDO DELAÇÃO CONTRA ERENICE GUERRA

Na entrevista, Erenice contou que, durante a Lava Jato, a perseguição não cessou. Ela recebeu até “recadinhos da República de Curitiba”, que fez terrorismo psicológico ameaçando a ex-ministra com buscas e apreensões e pedidos de prisão preventiva – coisas que nunca aconteceram.

Erenice Guerra revelou também que empresários e políticos que foram presos no Paraná foram “quase que torturados” por agentes da Lava Jato, que queriam que seu nome fosse citado nas delações premiadas.

Amigos que estiveram presos na Lava Jato, que cumpriram pena no Paraná, me relatam situações em que eles eram quase que ‘torturados’. Porque levantavam, tiravam eles da cela de madrugada, levavam para tomar banho e prestar depoimento para delegado e procurador de madrugada. E, claro, a primeira pergunta era sobre o que eles tinham a dizer sobre o Lula. ‘Ah, não tenho nada contra Lula’. ‘E sobre a Erenice Guerra? Ela estava envolvida nisso ou naquilo?’ Isso era uma constante”, disse a ex-ministra.

Não teve empresário, não teve político, não teve ninguém que não tivesse passado pela República de Curitiba sem que depois viesse me relatar que eles queriam saber algo sobre mim. Vejam bem: o que quer que eu tivesse feito, a Dilma teria feito. E aí seria a glória, porque pegariam a Dilma. Depois do impeachment da Dilma isso acalmou mais, chegaram aonde queriam.”

Assista:

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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