Bolsonaro ataca Lula com corrupção em primeiro confronto no debate na Band

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Em primeiro embate, Lula evita ataque a Bolsonaro e lista feitos dos governos petistas no combate à corrupção

Lula e Bolsonaro no debate da BAND Eleições 2022
Lula x Bolsonaro no debate da Band. Foto: Reprodução/Youtube

Candidato a reeleição, Jair Bolsonaro (PL) compareceu ao debate presidencial promovido pela Band, Folha, UOL e TV Cultura na noite deste domingo (28), e escolheu duelar com Lula (PT) no primeiro confronto do programa. Bolsonaro usou a corrupção revelada pela Lava Jato contra Lula, que respondeu evitando atacar o adversário e citando os feitos dos governos petistas para combater a corrupção.

Ao elaborar a pergunta, Bolsonaro associou corrupção na Petrobras à falta de dinheiro para melhorar a vida da população. Ele chegou a dizer que o “povo nordestino sofreu por falta de água por causa da corrupção do seu governo”.

Em revide, Lula citou que os governos petistas estruturam o combate à corrupção fortalecendo e dando independência ao Ministério Público e Polícia Federal, criando diversas leis, turbinando o Coaf, entre outras realizações. Lula também negou que os dados citados por Bolsonaro para dimensionar a corrupção do governo do PT fossem reais.

“Inverdades não valem a pena. Citar números mentirosos também não compensa na TV. Não teve nenhum presidente da República que fez mais investigações para apurar corrupção”, disse Lula.

Na réplica, Bolsonaro subiu o tom do ataque a Lula, afirmando que a delação do ex-ministro Antonio Palocci apontava para contas no exterior e suposta proposta de 50 mil reais para Lula.

O candidato petista não se defendeu da acusação no campo pessoal. Lula voltou a citar os feitos dos governos passados, agora para frisar investimento em educação, inclusão social e uma boa imagem no exterior foram as “marcas” que ele deixou quando passou pela presidência.

“O presidente faz bravata, fala números que não existem, acha que o povo acredita no que ele fala”, encerrou Lula, que foi o último a perguntar, e escolheu confrontar o candidato Felipe D’Ávila (Novo) sobre o tema meio ambiente.

Ciro confronta Bolsonaro sobre negação da fome

O candidato Ciro Gomes (PDT) escolheu confrontar Jair Bolsonaro sobre fome. Ciro colocou em pauta as declarações recentes de Bolsonaro, negando que 33 milhões de brasileiros estão passando fome no País.

Em defesa, Bolsonaro repisou que a “inflação” é culpa do discurso “fica em casa” e acrescentou que, a despeito da pandemia, a inflação no Brasil seria uma das menores do mundo.

Bolsonaro ainda disse que “lamentamos as mortes da pandemia”, mas que focou em gerar empregos, reduzir o ICMS dos combustíveis e pagar o auxílio emergencial. Ele reforçou que seu governo triplicou o valor médio do Bolsa Família pago pelo PT e prometeu que o Auxílio Brasil vai ser “permanente” a partir de 2023.

Tebet ataca Bolsonaro

Além de Ciro, também coube à candidata Simone Tebet (MDB) desferir os principais ataques a Bolsonaro.

Primeiro, ela criticou a radicalização do governo Bolsonaro no trato com o Supremo Tribunal Federal, gerando crise institucional. Ela também fez críticas duras sobre a condução da pandemia, citou a questão da compra das vacinas – que teve atraso e suspeita de corrupção – além dos cortes na área de educação.

Assista aos comentários da TVGGN, com Luis Nassif e convidados, sobre o debate presidencial na Band:

2 Comentários

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  1. Lula muito fraco em desmentir. Tinha que ter já um script de respostas
    e ataques. A assessoria de Lula muito fraca nesse quesito de rebater ataque
    de corrupção. Não ter que ter coração mole, coração mole não ganha eleição
    tem que atacar.

  2. Sobe Simone e Ciro, desce Bolsonaro. Lula brilhou pouco e apanhou pouco, seus votos são os mais conscientes. Ciro e Simone podem tirar votos dos indecisos e oscilantes de Bolsonaro, isso é bom, acalora a disputa.

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