Capitalismo sem democracia x democracia sem capitalismo: ou como FHC simplificou nossa escolha

Por Fábio de Oliveira Ribeiro

Há alguns dias FHC disse que o mercado quer o Impedimento de Dilma Rousseff. Três coisas são importantes nesta declaração.

A primeira é política: apesar de ter sido eleito e empossado com o voto da maioria dos brasileiros FHC não tem mais qualquer compromisso com a soberania popular como fundamento do poder público. O compromisso dele é com a exígua minoria endinheirada, composta de alguns brasileiros e estrangeiros, que acredita poder depor Dilma Rousseff e escolher quem será o presidente do Brasil.

A segunda é prática: ao se posicionar ao lado do mercado (da tirania financeira) e contra a soberania popular, FHC facilita a resistência contra o golpe de estado. A vítima a ser sacrificada pelo mercado não é exatamente Dilma Rousseff e sim a própria democracia brasileira.

A terceira é teórica: as palavras de FHC confirmam inteiramente as teses de Wolfgang Streeck expostas no livro Tempo Comprado, razão pela qual resolvi retomá-las aqui.

“Se o capitalismo de consolidação do Estado já nem sequer consegue criar a ilusão de um crescimento distribuído de acordo com a justiça social, então chegou o momento em que os caminhos do capitalismo e da democracia têm de separar-se. A saída mais provável, atualmente, seria a operacionalização do modelo social hayekiano da ditadura de uma economia de mercado capitalista acima de qualquer correção democrática. A sua legitimidade dependeria do facto de aqueles que constituíram outrora, o povo do Estado terem aprendido ou não a confundir justiça de mercado com justiça social e de considerarem ou não parte de um povo do mercado unido. Além disso, a sua estabilidade exigiria instrumentos eficazes que permitisses marginalizar ideologicamente, desorganizar politicamente e controlar fisicamente aqueles que não quisessem aceitar a situação. Com as instituições de formação da vontade política neutralizadas do ponto de vista econômico, a única coisa que restaria àqueles que não quisessem submeter-se à justiça de mercado seria aquilo a que em finais dos anos 90 se chamava ‘protesto extraparlamentar’: emocional, irracional, fragmentado, irresponsável – precisamente aquilo que é de esperar quando os caminhos democráticos de articulação de interesses e de esclarecimento das preferências ficam bloqueados, porque conduzem sempre aos mesmos resultados ou porque os seus resultados são indiferentes para ‘os mercados’.

A alternativa a um capitalismo sem democracia seria uma democracia sem capitalismo, pelo menos, sem o capitalismo que conhecemos. Ela seria a outra utopia, concorrente da utopia hayekiana. Porém, ao contrário desta, não estaria na linha da tendência histórica atual, exigindo, pelo contrário, a sua inversão. Por isso e devido ao enorme avanço em termos de organização e concretização da solução neoliberal, assim como ao medo daquilo que é incerto, associado, inevitavelmente, a qualquer mudança, hoje esta alternativa parece completamente irrealista. Esta também pediria da experiência de que o capitalismo democrático não cumpriu a sua promessa – contudo, a culpa não seria atribuída à democracia e sim ao capitalismo. O objetivo desta alternativa não seria garantir a paz social através do crescimento económico crescente, mas sim conseguir melhorar a situação dos excluídos do crescimento neoliberal, se necessário, à custa da paz social e do crescimento.” (Tempo Comprado – A crise adiada do capitalismo democrático, Wolfgang Streeck, editora Actual, Lisboa, Portugal, 2013, p. 252/253)

Se a opção do FHC é em favor do mercado e contra a democracia, a opção o povo brasileiro é apenas uma: destruir o poder do mercado e reformar radicalmente a própria economia de mercado. A predominância dos bancos e da concentração de renda devem dar lugar ao controle dos banqueiros e à distribuição estatal da riqueza que eles concentraram nas mãos dos rentistas. Como o bem estar de muitos deve predominar à ganância de alguns, o Estado será obrigado a submeter os bancos para garantir a preservação da democracia.

O povo do mercado defendido por FHC não é o povo brasileiro, é apenas uma parcela ínfima dele. Há elementos estrangeiros no povo do mercado que, em razão de não serem cidadãos, não podem votar e ser votados e que não deveriam ser representados por FHC e seu partido. O PSDB não representa brasileiros, portanto, pode ser dissolvido pela Justiça Eleitoral ou, caso esta se recuse a agir, ser dissolvido pelo povo brasileiro.

A ditadura do mercado desejada por FHC só poderá ser imposta mediante coerção política e violência estatal. Não há mais qualquer possibilidade do povo brasileiro coexistir pacificamente com o mercado, com FHC e com os partidos que aderirem ao golpe de estado que visa destruir a democracia e substituir a soberania popular pela tirania financeira. FHC declarou guerra à democracia, portanto, a única opção deixada ao povo é restabelecer a paz destruindo seu inimigo. Se o mercado quer uma ditadura de poucos, uma ditadura de muitos pode e deve ser construída pelo povo.

FHC anunciou claramente que chegamos ao momento em que seremos obrigados a escolher entre ser vítimas ou não da intolerancia política do mercado. Portanto, qualquer reação (emocional, irracional, fragmentada e irresponsável) dos defensores da tirania financeira ao contragolpe popular não deve ser tolerada. A liberdade de imprensa a serviço da ditadura do mercado deve, portanto, ser revogada. Os protestos contra Dilma Rousseff e contra a soberania popular devem ser confrontados com milícias populares. Aqueles que querem chegar ao poder sem o voto popular para usar a violência estatal contra a maioria devem sofrer nas ruas a resistência ativa dos defensores da democracia.

O crescimento deve deixar de ser a principal meta política da gestão da economia pelo governo. A distribuição de renda à custa dos rentistas, dos bancos, dos banqueiros e dos bilionários representados por FHC e pelo PSDB deve ser colocada em discussão (CPFM, imposto sobre fortunas, cobrança de dívidas fiscais, prisão dos grandes sonegadores, etc…). Se o Congresso Nacional rejeitar as propostas que recoloquem o mercado sob o controle da democracia, o povo deverá legislar nas ruas assim como o mercado quer exercer o poder sem ter sido eleito.

A temporária desorganização política e econômica não deve ser fonte de temor. Quem tem mais a perder perderá mais até que uma nova paz social seja alcançada. A supressão do poder da minoria através da destruição do seu poder econômico pacificará permanentemente a sociedade brasileira. A outra opção, a ditadura do mercado desejada por FHC, não é nem aceitável nem viável, pois apenas tornará permanente a guerra estatal de poucos contra a maioria do povo brasileiro.

Fábio de Oliveira Ribeiro

Fábio de Oliveira Ribeiro

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  • Agenda Positiva para quem deseja uma Nação

    Se o Brasil separasse entre os brasileiros todas as coisas ou aspirações que possuem em comum (reforma política, saúde pública, transporte urbano / regional / nacional, infraestrutura / logística, reforma urbana, educação, segurança, reforma judiciária, meio ambiente, obras sociais, etc.) sobraria pouco para realmente discutir:

    1.       Aspirar a ser uma nação autônoma, industrializada e soberana ou apenas periférica e exportadora de commodities;

    2.       Maior ou menor ação do Estado – economia planejada ou totalmente liberal;

    3.       Economia com ênfase na produção e emprego - ou monetarista e financeira;

    4.       Agricultura familiar (com reforma agrária) ou empresarial (agribusiness);

    5.       Políticas diversas: Índios, Drogas, Porte de Armas, Maioridade Penal, Minorias, e outras;

    6.       Alinhamento político e econômico mais global, incluindo MERCOSUL, BRICs e nações de tendência de esquerda, ou volta integral para a influência dos EUA e EUROPA;

    Brasil, em pouco tempo poderia bater martelo nas coisas comuns, que representam mais de 90% das aspirações do brasileiro, e colocá-las em prática, por 20, 30 ou mais anos, sem interrupção, independente do partido que ganhe cada eleição, como Políticas de Estado. O restante do tempo fica para discutir e lutar apenas pelas seis coisas acima (dentre outras, provavelmente).

    Serão necessários tantos partidos políticos para isso?

    Por que não é criada uma agenda positiva para o Brasil e afastar para discussão apenas o que nos divide?

    É impressionante como o programa de cada partido, na TV, apenas fala de coisas que o 90% da população concorda, mas, quase sem exceção, se omitem de marcar posição nos seis pontos acima. Já nos EUA, eles definiram, desde a fundação, ser mesmo um país 100% capitalista, sendo assim, são os pontos listados acima que já são “fixos” e, as suas discussões políticas giram em torno das amenidades que aqui nos unem. Será que o Brasil não sabe o que quer ser na vida? Em 500 anos ainda não definimos se queremos mesmo ser uma nação?

    Embora este texto esteja muito simplificado (até simplório) acredito que seja importante para o Brasil criar Políticas de Estado e sair da armadilha da “torre de babel”.

    • um dos poucos

      Ciro é um dos poucos políticos brasileiros que tem um discurso coeso e compreensivel.

      Mas há um ponto em que, perguntado sobre uma nova candidatura do Lula, ele afirma ser "um desserviço à nação".

      Não justifica porque. De qual lado ele está? 

      Penso que é porque ele reconhece em Lula um adversário imbativel.

      • Emerson, acabei postando este

        Emerson, acabei postando este vídeo em mais de um post. Nesta entrevista à Marianna Godoy ele tece críticas diretas a Lula (estão mais para o fim da entrevista).

        No outro post (o da "confiança" de Dilma em Temer), postei: "o Ciro sempre tem a capacidade de dizer boas palavras políticas e confessa de cara que a vida partidária dele é uma tragédia. Óbviamente, a dúvida que ele sempre deixa é se na prática ele é tudo isso que diz..."

        Meu "problema" com Ciro é justamente esse, quanto da prática vai coincidir com a teoria. Como candidato, nada mais óbvio que ele ver Lula como um sério adversário na próxima eleição presidencial. Por mim tudo bem, pois é claro que nesse assunto todos são pragmáticos e calculistas, Lula incluso.

        Um abraço.

        • O problema do Ciro é seu

          O problema do Ciro é seu temperamento mercurial e a falta de nitidez do seu perfil político-ideológico dado o seu discurso verborrágico se encaixar, a depender da perspectiva do observador, em qualquer ponto do espectro ideológico. A comprovação empírica disso está no número de partidos a que se filiou. Arrisco afirmar que seu projeto é pessoal, antes de ser político. 

          • Concordo, JB. Eu tenho uma

            Concordo, JB. Eu tenho uma visão parecida sobre ele.

            Graças à sua pressão como governador, fui incumbido pela minha empresa de reabrir uma fábrica de condutores elétricos que tinha a maior dívida do BEC em 1991 (em torno de US$ 1 milhão). Durante os quase 5 anos em que dirigi a mesma, sempre fui tratado com retidão e apoio por parte do estado, tendo, inclusive, obtido prorrogações em benefícios (Finor) durante sua gestão sem ser cobrado de nenhuma contrapartida e muito menos algo que sabemos que nos cobram certos fiscais. Obtive até um reconhecimento pelo seu (falecido) secretário da fazenda por meus esforços para pagar a dívida, o que consegui ao final de 1995. Durante este tempo, apesar de testemunhar a lisura da conduta de sua administração, sempre me causava curiosidade o apoio irrestrito de Ciro ao senhor Tasso Jereissati, mesmo diante de vários absurdos que este senhor praticava na política local. Isto ninguém entende no Ceará...

            Outra curiosidade: minha esposa foi professora dos três filhos dele no colégio BSD em Fortaleza.

      • Como não justifica o

        Como não justifica o porquê?

         

        Ele fala com todas as letras que essa polarização PTxPSDB é prejudicial ao país, o que é a mais pura verdade.

         

        De minha parte, que não defendo mais o PT, só voto no PT porque a outra opção é o PSDB. Votaria em uma terceira via com certeza (e não, não estou falando da patética Marina Silva)...

         

        Em 2018 eu votaria no Ciro Gomes, e depois no Lula no segundo turno, pelo motivo exposto acima... Mas é claro que o Ciro está vendendo o peixe dele, porque sabe que não iria para o segundo turno...

  • O inimigo (amigo)

    Ontem na praia:

    "1- Não, a polícia não bateu nos estudantes.

    2- Eu vi os filmes feios pela molecada. Em um deles tem polícia fardado destruindo equipamento da escola!

    1- Aquilo não era estudante. Tinha gente trazida de outros estados que inclusive participou da baderna contra o Richa no Paraná!"

    2- Aonde você leu isso, aonde você se informa?

    1- Ah, eu vejo e leio todos.

    2- ?

    1- Eu me considero bem informado, vejo jornal nacional, o da band, leio folha e estadão e ainda a veja.

    2- Eles são idênticos...

    1- Você não iria querer que eu lesse Carta Capital, não é?

    (fato real, tão fidedigno quanto lembrado)

    • Você é limitado assim mesmo

      Você é limitado assim mesmo ou está numa fase ruim? Se FHC não quer seu governo relembrado, que se aposente definitavamente e saia da frente das câmeras. Mas como ele não pode ver um flash, não resiste a falar atrocidades que podem e devem ser replicadas. FHC é culpado de apenas uma coisa: existir.

  • Capitalismo selvagem

    A grande mídia, e a elite brasileira, colocam para a população que a questão fundamental é continuar com Dilma, eleita democraticamente, ou criar chincanas jurídicas para descobrir alguma maneira de impedi-la.

    A questão principal não é essa!

    Há muito tempo os empresários vêm querendo acabar com a CLT. Segundo eles, assim seria mais fácil contratar e produzir. A verdade é que nossa eleite ainda não digeriu o fim da escravidão! Seria o mundo ideal, não ter responsabilidades trabalhistas, e aumentr seus lucros.

    Durante 500 anos a riqueza do país ficou na mãode 10% da população; quando os outros 90 % conseguiram algumas "migalhas" e subir na escala da pobreza absoluta para pobreza, essa mesma elite, mesquinha, rancorosa, conservadora, foi contra.

    A terceirização foi pregada como uma forma de reduzir os custos trabalhistas, por esses mesmos que hoje pregam o impeachment.

    Em S.Paulo, o governador determinou o fechamento de escolas e a redução das verbas de educação. Esse é o pensamento liberal e de mercado. Otimizar os lucros e aumentar a pobreza.

    Essa é a verdadeira luta. Eles querem ganhar mais que ganham e a desigualdade que já é enorme ficará ainda maior. Para isso eles contam com a mídia, que todos os dias atacam o governo, na esperança de que derrubando Dilma, eles consigam vantajes para evitar uma falência previsível.

    O que eles querem é acabar com benefícios sociais, aumentr o pobreza e a fome, com  isso aumentando seus ganhos.

  • FHC é um vendido, desde

    FHC é um vendido, desde sempre. Segundo, quebrou o Brasil três vezes quando presidente, ou seja, não tem qualquer moral para criticar qualquer governo. Terceiro, comprou sua reeleição, doou grandes empresas estatais - boa parte da Petrobras, inclusive, salvou bancos quebrados com dinheiro público e sua preocupação sempre foi o Deus Mercado, que lhe garante generosas migalhas para que ele continue defendendo os interesses dessa minoria rica, dona do PIB brasileiro. Resumindo: um desqualificado total para falar qualquer coisa sobre democracia e sobre os interesses da maioria do nosso povo. Não é à toa que o partido dele se tornou um antro de golpistas, sempre apoiados pelos mafiosos barões da mídia, aos quais servem e com os quais se identificam.

  • O espertalhão precisa dizer a

    O espertalhão precisa dizer a que mercados refere-se. Seriam os mesmos que adquiriram a Vale a preço de banana para ajudar o país a saldar parte dos juros da dívida externa com eles mesmos?

    • Simples...

      Os interesses do mercado são os interesses de todos que trabalham e geram riquezas.

      Do ajudante de pedreiro ao mega empresário.

      Até mesmo as estatais querem que Dilma saia. As ações da Petrobras subiram com o anuncio do início de processo de impedimento...

      Se a Vale fosse estatal, certamente estaria quebrada... Suas ações responderiam bem ao impedimento de Dilma.

  • Não existe democracia sem capitalismo

    Não existe democracia sem capitalismo porque apenas no capitalismo o cidadão tem condições objetivas de exercer as liberdades garantidas pelo regime democrático. Sem essas condições objetivas, essas liberdades tornam-se mera abstração. Por exemplo, ainda que a liberdade de expressão seja formalmente reconhecida, como alguém poderá exercê-la em um lugar onde apenas o Estado tem a prerrogativa de possuir mídias? É evidente que o jornal do Estado apenas repetirá a opinião do Estado sobre si mesmo. Outras liberdades podem existir formalmente, mas diga-me com sinceridade, você conseguiria rebelar-se contra alguém que é, ao mesmo tempo, seu patrão, seu senhorio, o dono do banco onde você tem suas economias, o dono do jornal que você lê e da escola onde seus filhos estudam?

    Bem disse Lenin, a alternativa ao comunismo é a morte por inanição. E de fato, em um regime onde não há propriedade privada, a dependência dos cidadãos para com o Estado, o único proprietário e o único empregador, é total: sem o Estado todos, perecem à míngua. Note que o comunismo não ruiu por obra de rebeliões populares - o povo estava totalmente inerme e sem ação - mas desabou sozinho como um prédio condenado, por obra de sua incompetência econômica.

    Ainda que a apropriação pelo Estado daquilo que é atualmente controlado pelo Mercado seja parcial, o resultado não será diverso: o novo arranjo acabará ruindo por causa da incompentência econômica, seja porque o povo clamará pela volta do regime antigo onde vivia melhor (se ainda tiver canais de expressão), seja porque o próprio Estado ruirá sozinho como nos ex-países comunistas. Note bem: a apropriação dos bancos pelo Estado não aumentará a quantidade de dinheiro para empréstimos. Apenas mudará o perfil dos recebedores desses empréstimos, que passarão a ser os amigos do governo. Estando em mãos privadas, os bancos emprestam somente àqueles que têm boas perspectivas de pagar esses empréstimos, e assim privilegiam os empreendedores mais capazes em detrimento dos menos capazes. O banco privado cria uma elite econômica,  o banco estatal cria uma elite política. A elite econômica criada pelo banco privado é composta por aqueles empresários mais competentes, capazes de impulsionar a economia; a elite política criada pelo banco estatal é composta por políticos e empresários ligados por laços de amizade e interesses comuns.

    A ideia de que o crescimento econômico deve deixar de ser a meta é uma sandice. Há milhões que dependem do crescimento econômico para botar comida na mesa. Quem acredita que dividir é mais importante do que produzir é presa de uma interpretação simplória do conceito de riqueza, que é vista como uma coisa material e tangível, tal qual uma pizza em uma bandeja, que pode ser repartida de várias maneiras. Tirar o dinheiro dos bilionários por meio de impostos apenas passará esse dinheiro das mãos de quem movimenta as engrenagens da economia para as mãos daquela mesma elite de políticos e empresários "mui amigos", cuja desonestidade só é superada pela incompetência na gestão econômica.

    E a ideia de que o povo vai "legislar nas ruas" por meio de milícias populares é um sonho. Essas milícias só existem em países onde a militância é armada, como na Venezuela chavista. A militância petista é desarmada e entretida com o chamado marxismo cultural. Sustentada pelo governo e por ONG´s, basta cortar-lhe a mesada que ela acaba.

    • Seu discurso empoeirado
      Seu discurso empoeirado não cola, meu caro. Não estamos em 1964 e desta vez o mercado vai perder tudo, dos anéis aos seus valiosos ânus. Você estará entre os derrotados, se não fugir antes.

    • Então decida: o Chile de

      Então decida: o Chile de Pinochet era socialista ou era democratico? Quanto ignorancia histórica!

      • Eu disse que não existe democracia sem capitalismo

        Eu disse que não existe democracia sem capitalismo, não o contrário. É perfeitamente possível (infelizmente) existir capitalismo sem democracia, e o Chile de Pinochet é um exemplo disto.

  • Texto pra ser lido só até a terceira linha

    Vocês ainda não perceberam que esse discurso não cola com mais ninguém? Que, mesmo demorando, a população percebeu que a elite, de verdade, está com PT - pelo menos aquela que ainda está solta? Que quem tinha interesse nas vitórias do PT eram os mais ricos - que foram os que mais melhoraram de vida nesses doze anos?

    Ainda não perceberam que essa história de acusar os outros de fazerem o que vocês fazem não engana mais ninguém?

    Não perceberam que as pessoas ouviam vocês dizendo: "Olha, o impeachment é ruim para a economia.."  e agora vocês vêm com essa conversa fiada de que FHC entregou a democracia ao mercado?

    Ponto: não sei em que circunstâncias ele deu essa declaração, se simplesmente fazendo uma constatação, se argumentando (isto é, além do povo brasileiro, que quer o impeachment, o mercado também quer, o que demole o discurso terrorista petista de que impeachment é ruim para a economia). Não ligo para FHC muito mais do que para o cachorro do meu vizinho.

    Entrgar a democracia para o mercado é receber propina para o partido; é receber recurso de campanha de desvios de obras públicas; é vender medidas provisórias; é mudar a lei para que uma certa empresa consiga aingir seus objetivos, enriquecendo, como num passe de mágia, o filho rei; etregar a democracia ao mercado é transformar o Governo num balcão de negócios, como aconteceu nesses últimos anos. 

    De  novo: não sou vidente e não sei o que ele quis dizer, mas, entre ele e vocês, fico com ele. Porque ele simplesmente poderia estar fazendo um contraponto à mentira que vocês contam: se ocorrer o impeachment, o país vai para o ralo. FHC poderia estar só desmentindo: olha aí, o mercado TAMBÉM prefere o impeachment.

    • Comentário de Quinta Coluna a
      Comentário de Quinta Coluna a serviço do mercado e da tirania financeira. Você vai perder o Impedimento. Faremos você e seus "manos" gringos perderem algo mais.

    • Que povo é esse que quer impeachment?

      Acho engraçado demais esses caras que vem falar que o povo quer isso ou aquilo morando na zona sul e andando de carro. Ele nem vê este tal povo que ele fala tanto e quer afirmar que conhece o que ele pensa? Tenha paciência...

       

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