Clarín: Bolsonaro e Macri farão declaração conjunta sobre Venezuela

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Do Clarín

O chanceler argentino Jorge Faurie previu neste sábado (12) que a situação na Venezuela estará na agenda bilateral dos presidentes Mauricio Macri e Jair Bolsonaro, quando se reunirem na próxima quarta, 16 janeiro, em Brasília.

Além disso, o chanceler assegurou que o futuro reconhecimento internacional de Juan Guaidó, o presidente da Assembléia que se proclamou “presidente interino” do país caribenho, dependerá do povo venezuelano.

“A Assembleia Legislativa é a única autoridade que a Argentina e a maioria da comunidade internacional reconhece como legítima na Venezuela”, disse o chanceler argentino, em diálogo com a rádio Milenium.

“Temos um conjunto de autoridades que se auto-atribuíram o poder que não reconhecemos e temos que o presidente da Assembleia, que é reconhecido, diz que vai exercer a presidência. Cabe agora aos venezuelanos e às forças que compõem a Venezuela exercer autoridade em nome de todos os venezuelanos”, acrescentou. E ele previu que “há uma iniciativa para realizar uma reunião na OEA em meados ou no final da próxima semana em Washington, de todos os ministros das Relações Exteriores da OEA”, por causa da crise venezuelana.

Quando perguntado sobre uma eventual declaração conjunta de Macri e Bolsonaro sobre a Venezuela na visita oficial ao presidente ao Brasil na próxima semana, Faurie respondeu: “Não tenho dúvidas. Ambos os presidentes têm uma posição muito clara sobre o caso da Venezuela, portanto surgirá no diálogo bilateral e não tenho dúvidas de que a questão será a primeira quando eles tiverem contato com a mídia.”

Faurie destacou que a situação na Venezuela é de grande preocupação para toda a América Latina. “Não só a ditadura em que vivem os venezuelanos, mas todos os problemas que surgem, a crise humanitária, a falta de medicamentos.” O ministro das Relações Exteriores lembrou que “é a maior crise de refugiados na América Latina, com 3,5 milhões de venezuelanos, nunca vimos um número dessa magnitude .”

Sobre a relação pode construir Macri e Bolsonaro, disse Faurie: “Eu tenho nenhuma dúvida de que Macri vai exercer a sedução pessoal que tem com os líderes, atitude aberta, diálogo simples, propondo idéias de forma amigável. Bolsonaro é um homem caloroso que responde a gestos de amizade e tem simpatia no negócio. Macri já falou em três ocasiões com Bolsonaro. Vamos deixar fluir. Vamos ter um desenvolvimento positivo desta reunião.”

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

6 Comentários

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  1. E então descobriremos que….

    Macri é apenas uma versão  nouveaux riche de Bolsonaro, suas declarações envergonham nossos irmãos portenhos e suas ações levaram  a Argentina onde está: de joelhos e mãos estendidas ao FMI.   Nossa imprensa  esconde , pois  um ano atrás, Macri era o herói neo liberal do cone sul. 

    O que esperar, se Menen, queria uniões carnais com os USA, Macri é o rebento desta união.

  2. Escrotidão criativa sem lastro

    Interessante a criatividade orwelliana dos golpistas 4.0: agora está valendo até reconhecer, seletivamente, quem tem ou não tem legitimidade para governar um país soberano. É de se imaginar, por exemplo, que se o Lula tivesse concorrido e ganhado as últimas eleições fraudadas a pessoa reconhecida como legítimo presidente poderia ter sido o Rodrigo Maia ou o Toffolli. De tão escrotos os métodos 4.0 da burguesia antidemocrática eles chegam a ser risíveis.

    A escrotidão se faz acompanhar de uma retórica igualmente pulha, o mero “detalhe” de que “agora só faltam os milicos e o povo venezuelano apoiarem” a opção a priori já feita por países como os do esdrúxulo grupo de Lima, Brasil do Bozo fraudulento  e Argentina da derrocada neoliberal entre eles.

    Como se o povo venezuelano já não tivesse dado demonstrações de sobra de que prefere passar fome do que se submenter às mesmas ceifadas infames de direitos sociais que os exemplos do Brasil e da Argentina tão claramente representam nesse momento da história latinoamericana. 

    Tal maluquice da pósdemocracia escrota 4.0 vai ver se deve ao excesso alucinótico de laranjada queiroz no rabo dessa cambada de direitistas. 

  3. por aqui, Brasil, foi tão fácil…

    mas, por lá, duvido muito que consigam instalar uma ditadura

     

    principalmente se tentarem com um governo paralelo, da forma que usaram contra Dilma

  4. Lembra aquele velho filme: O rato que ruge

    O que importa sobre a Venezuela éo que dizem EUA, Europa, Rússia e China.  Nanicos sem nenhuma autonomia, cucarachas da política internacional, bonecos de ventríloquo de Trump, como Brasil e Argentina, só fazem papagaiada.

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