Jornal GGN – A demissão do procurador Diogo Castor, que contratou um outdoor de propaganda da Lava Jato, foi mantida pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
O ex-membro da força-tarefa do MPF usou recursos públicos do órgão para instalar um painel que tecia elogios à Lava Jato, em uma rua de Curitiba, em 2019.
O outdoor trazia a foto dos 9 procuradores da Lava Jato e escrito: “Bem-vindo à República de Curitiba. Terra da Operação Lava Jato, a investigação que mudou o país. Aqui a lei se cumpre. 17 de março — 5 anos de Operação Lava Jato — O Brasil Agradece”.
Após a propaganda em via pública tornar-se pública e detectada a responsabilidade do procurador, Castor pediu o afastamento da Lava Jato.
Em outubro do ano passado, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) decidiu demiti-lo, mas o procurador entrou com recurso. O caso foi novamente julgado pelo órgão, nesta quinta (27).
A maioria dos membros do CNMP, em 10 votos contra 1, entendeu que Diogo Castor violou deveres funcionais e cometeu crime de improbidade administrativa.
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TCU determinou a restituição dos prejuízos causados pelos procuradores responsáveis pela Lava Jato, em virtude do recebimento indevido de diárias e passagens. Castor recebeu 425 diárias entre 2014 e 2019, período em que atuou na operação, conforme relatório que a Procuradoria-Geral da República enviou ao Tribunal de Contas da União.
Diogo Castor de Mattos, que possuía apartamento em Curitiba, tem que devolver R$ 387 mil em diárias.