Jornal GGN – O presidente Jair Bolsonaro e seus ministros, assessores, familiares e políticos aliados se acostumaram a receber homenagens das Forças Armadas ao longo dos últimos três anos, o que apenas mostra a ligação entre caserna e o Planalto.
Levantamento elaborado pelo jornal O Estado de S.Paulo mostra que, desde que Bolsonaro assumiu o poder, Marinha, Exército, Aeronáutica e o Ministério da Defesa já condecoraram ministros e ex-ministros de Estado ao menos 115 vezes.
Os mais homenageados até o momento são são Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), Paulo Guedes (Economia) e o ex-ministro da Justiça André Mendonça, que receberam sete medalhas cada um desde janeiro de 2019.
Em seguida vêm os titulares da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina; da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas; e da Ciência, Tecnologia e Inovações, o astronauta Marcos Pontes, com seis condecorações cada.
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Até mesmo o ex-ministro da Educação Carlos Alberto Decotelli foi homenageado pelas Forças Armadas. Ele foi demitido pouco tempo depois, em junho de 2020, por mentir no currículo.
Homenagens a civis
Tanto assessores presidenciais como familiares de Jair Bolsonaro receberam homenagens da caderna: o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL) foi homenageado três vezes em 2019, enquanto o senador Flávio Bolsonaro (Patriota) recebeu a Ordem do Mérito Naval em maio de 2019, em meio à investigação das “rachadinhas”.
Outros apoiadores do governo também foram laureados, como os empresários Carlos Wizard Martins e Raimundo Nonato Brasil (sócio da VTCLog), que receberam a Medalha Exército Brasileiro em 2020, durante a pandemia de covid-19.
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Como tudo do desgoverno, honrarias fakes são meras medalhas que seria apenas como se fossemos numa loja de artigos esportivos e comprar uma e mandar gravar o que quiser atrás!
Caros,
Não seria mais correto dizer que o título de Marcos Pontes é “tenente-coronel”? Dar os nomes aos bois? Afinal ele fez um único voo ao espaço e por uma curta duração. Astronauta não é um título que, uma vez ganho, fica fixado ao nome. É ou pode ser considerado uma profissão e não é esse o caso do ministro. Ele é apenas mais um militar no governo.