Jornal GGN – Dilma Rousseff fez o melhor discurso de sua vida, mas não é o suficiente para reverter o placar do impeachment, avalia a colunista Helena Chadas em Os Divergentes, nesta segunda (29). Segundo a jornalista, a presidente afastada conseguiu, ao menos, fazer o que o Senado e aliados de Michel Temer temiam: denunciar o golpe que eles negam veementemente, porque não querem voltar para casa com esse carimbo na testa, sujeitos a serem julgados pela história.
Por Helena Chagas
Dilma fez o melhor discurso de sua vida, mas não mudará nada
Em Os Divergentes
Dilma Rousseff fez o melhor discurso de sua vida. Alternou afirmações emocionais e trechos sobre a tortura com duras críticas às forças que apoiaram o impeachment e ao novo governo. Falou muitas vezes em golpe e em ruptura da democracia. Chegou às lágrimas em alguns momentos, mas não caiu no choro que passaria fraqueza e vitimização. Passa à história num raro ato de coragem, política e pessoal.
Posto isso, o que todo mundo quer saber é se suas palavras vão mudar alguma coisa no julgamento de hoje. Chances próximas de zero. Políticamente, Dilma Rousseff morreu de véspera, e em 24 horas não será mais presidente do Brasil.
O tom de Dilma, porém, deve acirrar os ânimos da sessão de julgamento, que abrirá agora a palavra aos senadores. Dilma fez exatamente aquilo que o Planalto e seus aliados temiam, ao falar em golpe e criticar duramente o governo Temer, ainda que sem citá-lo nominalmente.
O pau vai quebrar ao longo desta terça, e o que está em disputa é, sobretudo, a narrativa. O discurso forte de Dilma dá munição ao PT e seus aliados, que começam a trilhar os difíceis caminhos da oposição. Foi uma prévia do que estará em jogo nos próximos embates em torno de temas como o ajuste fiscal e o teto para os gastos públicos.
Os aliados de Temer sabem que vão sair do plenário como vencedores nos votos, mas não querem levar para casa a pecha de golpistas. Sabem que o momento é decisivo para definir esse discurso e vão fazer de tudo para sair dele. O Brasil assiste e a história julgará.
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Não há como fugir. Golpistas.
Não há como fugir. Golpistas. Todos com a marca indelével.
O Le Monde nos deu opção.
Golpistas ou farsantes. Ou os dois. O que melhor os aprouver. Em breve Dilma irá ao STF. E dará ao STF a opção de escolha também.
Dilma
Dilma denuncia um golpe.
Dilma vai ao STF (núcleo do golpe).
Após esgotadas as instancias nacionais, Dilma vai à OEA, denunciar um golpe de estado.
Dilma vai à ONU denunciar um golpe de estado.
Para bom entendedor, meia palavra basta. Qualquer negócio , ou ato jurídico, desse governo é ilegítimo e pode ser anulado sem qualquer esperança de reaver perdas.
Mesmo derrotada por uma quadrilha, ainda pensa na defesa da Nação.
Se Dilma pensasse na nação,
Se Dilma pensasse na nação, não teriamos chegaado a esse ponto !!! Quem pensa na nação não deixa o Zé da Justiça no MJ, deixando as corporações descontroladas.
Papa
Esse grupo de senadores fechados com o impiti condenam até o Papa Francisco pelos mesmos crimes imputados à Dilma.
Suas motivações são a sobrevivência. Mais de quarenta deles são acusados de diversos crimes, desde chuva de dinheiro até tráfico de cocaina, passando por morte de modelo. Pretendem acabar com essa ""POHA! Outros o fazem por dinheiro e poder. Bons artistas que são representam para as câmeras do mundo todo uma indignação falsa, reconhecível até por uma criança.
A se chorar, o Brasil. Desde o começo dessa ópera, a cada dia o Brasil acorda menor. Alguns batedores de penico ainda teimam em acusar Lula e Dilma pelo seu emprego perdido. Ao se descobrirem enganados pela globo que tanto amam, quem cuidará de sua ressaca? Por falar em globo, será que daqui a trinta anos pedirão desculpas ao povo pela orquestração do golpe, como é do seu hábito?
Golpistas e farsantes ao mesmo tempo, lacaios desprezíveis.
Golpistas e farsantes ao mesmo tempo, em verdade, no pior Congresso que o dinheiro pôde comprar. Golpistas desprezíveis, lacaios da classe dominante, sabujos detestáveis, é o que são.
Se, como atinam alguns, a
Se, como atinam alguns, a opção da condenação é irreversível, também será o opróbrio de todos aqueles que concorreram para solapar os alicerces de um sistema tão arduamente construído a partir da redemocratização do país.
Que fique bem claro: a desonra alcançará não só os responsáveis diretos, no caso os parlamentares, mas também os grupos de pressão na sociedade civil, a começar pela mídia oligárquica e nichos da elite alienada.
O estranho é que a maioria deles vive tecendo loas as nações avançadas, arguindo que deveríamos nos pautar por seus valores, suas práxis social e política, a começar pelos EUA, esquecendo convenientemente que chegaram, e continuam nesse estágio, graças a uma sólida base política-institucional. Lá não se brinca de impeachment nem de eleições. Os derrotados de pronto esquecem as sequelas das derrotas e passam a somar esforços visando o bem-estar da população.
honra
Para haver desonra é necessário que haja honra.
Se tiver tempo depois ponho link para velho debate nosso
JB Costa (segunda-feira, 29/08/2016 às18:27),
Não sei de onde você tirou a idéia que você expressa no final do seu comentário e que transcrevo a seguir:
“Lá não se brinca de impeachment nem de eleições. Os derrotados de pronto esquecem as sequelas das derrotas e passam a somar esforços visando o bem-estar da população.”
Isso não é verdade. Em nenhum lugar do mundo “[o]s derrotados de pronto esquecem as sequelas das derrotas e passam a somar esforços visando o bem-estar da população.” Considero essa manifestação sua como uma falha na compreensão da realidade política mundial.
Quem acompanha a política americana sabe que salvo por não existir uma rede de televisão aberta com o poderio da Rede Globo, o governo do presidente Barack Obama sofreu ataques semelhantes ao que sofrera a presidenta Dilma Rousseff.
A diferença, além do carisma que Barack Obama possui e a facilidade de comunicação dele, consistiu no resultado favorável que ele pode no final do governo apresentar transformando em mentirosos todos os acusadores dele, diferentemente do que aconteceu aqui no Brasil com a presidenta Dilma Rousseff. Infelizmente apesar de serem mais mentirosos do que os seus similares americanos, os acusadores do governo da presidenta Dilma Rousseff aqui ficaram com a fama de sabichões.
E sua frase tem outro aspecto equivocado e que consiste em você dizer que oposição e governo se acordam em torno do bem estar da população. Considero esta sua afirmação como uma falha na sua compreensão do processo democrático em uma democracia representativa processual.
A democracia representativa que pode ser definida como um processo de composição de interesses conflitantes deixa de ocorrer quando há o consenso prévio à composição dos interesses conflitantes do que seja o bem estar da população. É por desconhecer no caso concreto qual seria o bem estar da população, salvo o cumprimento da lei, que se têm os embates fisiológicos em torno da composição dos interesses divergentes ou conflitantes.
O modelo que você idealiza na sua frase não existe na vida real e nem vai existir. E é um modelo não democrático. A democracia pressupõe o conflito e a composição. Se se realiza de modo pontual como na democracia direta é uma democracia sem fisiologismo. E é de certo modo uma democracia autoritária porque a vontade majoritária se impõe sobre vontades minoritárias.
Se feita na forma de um processo pelos representantes legais e mesmo no caso de uma democracia direta, mas realizando sob a forma de um processo, a democracia representativa precisa dos acordos, dos ajustes, das barganhas, do toma-lá-dá-cá para que se produza a composição dos interesses conflitantes.
Agora um outro ponto. Já disse aqui várias vezes e repito. Se o Brasil fosse espacialmente mais justo sem que tanto poder econômico e financeiro se concentrasse no estado de São Paulo, o impeachment não teria ocorrido. Se o Brasil fosse socialmente mais justo a representação da direita no Congresso Nacional não seria de tal forma desproporcional e assim seria insuficiente para realizar o impeachment. Se a crise econômica não tivesse acontecido também não haveria apoio popular suficiente para desencadear o impeachment.
E acrescento dois aspectos que geralmente omito quando falo sobre as razões do impeachment. Primeiro se não tivesse havido o julgamento da Ação Penal 470 no STF não teria havido o impeachment. Só que se pode dizer que se não houvesse o julgamento da Ação Penal 470, provavelmente não haveria as manifestações de junho de 2013 e se não houvesse as manifestações de junho de 2013 provavelmente a economia não teria sofrido a grande reversão que ocorrera no terceiro trimestre de 2013, com os investimentos, que estavam em franca recuperação, vindo a cair abruptamente. E se a economia mantivesse a recuperação que iniciara no segundo semestre de 2012, a presidenta Dilma Rousseff teria ganho com folga a eleição em 2014 e evidentemente o impeachment não teria como ocorrer.
E o segundo aspecto que em geral eu omito é não mencionar a Operação Lava-Jato como desencadeadora do impeachment. Concordo que se não houvesse a Operação Lava-Jato não teria havido o impeachment. Ocorre, entretanto, que em meu entendimento, salvo pelo resultado final do impeachment, tanto o julgamento no STF da Ação Penal 470 como a Operação Lava-Jato são salutares para o Brasil, apesar de falhas que ocorreram em ambos os processos, sendo que muitas dessas falhas na Operação Lava-Jato poderão ainda ser saneadas.
E por fim eu gostaria de mencionar o motivo principal para eu ter feito esse comentário. Queria trazer um entendimento que me ocorrera recentemente. Eu dizia até recentemente que a sorte da presidenta Dilma Rousseff foi selada no momento que o presidente interino e dentro em breve presidente definitivo às custas do golpe Michel Temer se bandeara para as hostes inimigas se lá ele não estivesse todo o tempo. Se o impeachment não passasse Michel Temer sofreria o tal opróbrio para o resto da vida. Viveria como um exilado ou um zumbi no Brasil.
Ocorre que a sorte de Michel Temer não é tão importante para o Brasil Apesar de qualidades que ele tem, reveladas não só no fato de ele ser presidente do PMDB por quinze anos e por ter sido presidente da Câmara dos Deputados por duas vezes e por ter sido escolhido vice em uma chapa que foi duas vezes vitoriosa, o Brasil não sentiria falta se ele desaparecesse do cenário político.
Só recentemente eu vi, um problema intransponível para o impeachment ser revertido. Se o Impeachment fosse revertido o PMDB acabaria. E se o PMDB acabasse no momento em que o PT e o PSDB capengam, mais o PT, é verdade, mas o PSDB também como revela a escolha de João Dória para candidato a prefeito, o Brasil viraria terra de ninguém que ficaria pronto para qualquer aventureiro. Ruim com o PMDB, mas pior sem ele. Por instituo de sobrevivência os senadores do PMDB não podem votar contra o impeachment.
Para quem como eu apoia a presidenta Dilma Rousseff só resta mesmo chamar o impeachment de golpe.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 29/08/2016
tanto o julgamento no STF da
tanto o julgamento no STF da Ação Penal 470 como a Operação Lava-Jato são salutares para o Brasil, apesar de falhas que ocorreram em ambos os processos, sendo que muitas dessas falhas na Operação Lava-Jato poderão ainda ser saneadas.
AS falhas serão saneadas, estabelecendo todos os principisos de defesa que foram ignorados, agora que o pré-sal já era, os direitos trabalhistas idem, e que a operação estava prester a pegar Tucanos !!!!
LAva-Jato é golpista em sua essencia, e saneá-la só agora, raitifica o caratér gopista dela !!
O BRasil como país está morto !!!
A correta jornalista Helena
A correta jornalista Helena Chagas,comete ato falho,ate de certa gravidade pela qualidade e experiencia que tem.Afirma de forma equivocada,"que os aliados de Temer vao sair do plenario vitoriosos nos votos,mas nao querem levar para casa a pecha de golpistas"Essa pecha ja esta pregada na testa deles,ha muito tempo,minha cars Helena.Como ficara o Senador Cristovam Buarque,que propositadamente esta batendo em retirada.De que forma o melifluo e mediocre Senador Romario se apresentara aos seus eleitores quando tentar a reeileicao?Os Senadores Fernando Bezerra,Edson Lobao,Eduardo Braga,que chegou a ser lider do governo no Senado,esse pulha do PDT do Rio Grande do Sul,de que maneira justificarao suas pusilanimidades quando se apresentarem as urnas.Afora os demotucanos,todos terao que conviver com esse fantasma,para o resto dos seus dias.Me leva aquele jargao futebolistico:Para nao levarem a pecha de golpistas,teriam que combinar com o eleitor.
A correta jornalista Helena
A correta jornalista Helena Chagas,comete ato falho,ate de certa gravidade pela qualidade e experiencia que tem.Afirma de forma equivocada,"que os aliados de Temer vao sair do plenario vitoriosos nos votos,mas nao querem levar para casa a pecha de golpistas"Essa pecha ja esta pregada na testa deles,ha muito tempo,minha cars Helena.Como ficara o Senador Cristovam Buarque,que propositadamente esta batendo em retirada.De que forma o melifluo e mediocre Senador Romario se apresentara aos seus eleitores quando tentar a reeileicao?Os Senadores Fernando Bezerra,Edson Lobao,Eduardo Braga,que chegou a ser lider do governo no Senado,esse pulha do PDT do Rio Grande do Sul,de que maneira justificarao suas pusilanimidades quando se apresentarem as urnas.Afora os demotucanos,todos terao que conviver com esse fantasma,para o resto dos seus dias.Me leva aquele jargao futebolistico:Para nao levarem a pecha de golpistas,teriam que combinar com o eleitor.
Antes mesmo de terminar essa
Antes mesmo de terminar essa espetaculo deprimente,que nos envergonha aos olhos do mundo,a Presidenta Dilma entrara para a historia,levando sobre os ombros a maior cafajestagem politica,praticada contra uma chefe de governo nesse Pais avacalhado.Seu discurso e sua postura altiva e sobria como se comportou e nao se deixou dobrar por uma camarilha de gatunos,salafrarios e traidores,a acompahara e lhe fara Justiça,como a mais honesta Presidenta que envergou a faixa Presidencial,e a historia que escreve certo por linhas tortas,sabera corrigir a sabotagem de que foi vitima.
Já foi dito...
Nos podem tirar a liberdade e a vida, a honra não.
Delira
Dona Chagas, estas pessoas perderam a vergonha, se é que algum dia tiveram, há muito tempo, eles não estão nem aí para suas considerações, muito menos pela "história" ou biografia ( algo que se compra bem baratinho ), pare de mentir, construir irrealidades, não delire - o que importa é vencer, quanto a história, aos discursos, o futuro irá explica-los, discuti-los.
Achar que o discurso ou a defesa de Dilma constrangeu aos senadores : Papo furado, besterinha.
Talvez se no passado recente a equipe de comunicação de Dilma fosse boa, não estariamos nesta situação.
Mas nao eh, meu caro
Mas nao eh, meu caro junior?
Olha meu comentario ai em cima.