Documento aponta que pastores tinham status de autoridade no MEC

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Os pastores são acusados de cobrar propina para liberar recursos do FNDE a prefeitos

Marcos Oliveira/Agência Senado
Marcos Oliveira/Agência Senado

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O escândalo no Ministério da Educação durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL) acaba de ganhar novos contornos. Documentos internos da pasta apontam que o governo dava a pastores acusados de corrupção o mesmo tratamento dispensado a autoridades. As informações são do colunista Guilherme Amado, no Metrópoles. 

Os papéis se tratam de cronogramas montados pelo cerimonial do gabinete do então ministro Milton Ribeiro para organizar agendas pelo Brasil com prefeitos que buscavam recursos junto ao MEC, entre abril de 2021 e março de 2022.

No material, a programação dos eventos eram detalhadas com informações não repassadas ao público. De acordo com os escritos, Gilmar Santos e Arilton Moura, que chegaram a ser presos com Milton Ribeiro em junho, tinham espaço reservado para discursar em eventos com prefeitos. 

Os pastores também poderiam integrar uma “mesa diretora”, composta por Milton Ribeiro e, na maioria das vezes, pelo presidente do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE), Marcelo Lopes da Ponte.

Nas informações públicas, disponíveis no site oficial do governo, essas viagens de Ribeiro aparecem sem qualquer referência à dupla de religiosos. Procurado, o MEC ainda não se manifestou.

Arilton e Gilmar são acusados de cobrar propina para liberar recursos do FNDE a prefeitos. Todos os envolvidos negam as denúncias. 

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Ana Gabriela Sales

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