Eduardo Campos, a grande vocação política que o país perdeu

Não se trata de ritual de necrológio: Eduardo Campos foi, de fato, uma das melhores promessas da política brasileira.

Do avô Miguel Arraes herdou a preocupação com os pequenos, os empreendedores, a população menos assistida.

Mas trouxe uma competência administrativa que fez com que o empresário Jorge Gerdau o equiparasse aos melhores CEOs do planeta.

***

Conheci-o quando assumiu o MCTI (Ministério de Ciências, Tecnologia e Inovação). Recém chegado ao cargo, deu uma aula de conhecimento e de objetividade sobre os rumos do Ministério. Saiu do cargo reconhecido por toda a comunidade científica.

***

Eleito governador de Pernambuco, sua primeira ação foi, numa ponta, trabalhar em programas de governo articulando todos os agentes; na outra, desenvolver sistemas de acompanhamento, pela Internet, que lhe permitiam delegar tarefas e acompanhar o andamento em tempo real de cada pessoa envolvida com o projeto.

Não era apenas o uso do ferramental que impressionava, mas a capacidade de enxergar os problemas de forma sistêmica.

***

O modelo implantado na área de segurança pública tornou-se um case nacional, copiado em alguns estados.

Juntou em um mesmo grupo de trabalho a Secretaria de Segurança, Polícia Civil e Militar, Secretaria de Educação, Ministério Público. Desenvolveu um conjunto de indicadores e passou a monitorar os resultados semanalmente.

***

Montou modelos similares de acompanhamento para a educação fundamental. As reuniões eram ilustradas por um geomapa pontilhado de luzes verdes, amarelas e vermelhas, indicando a situação das escolas.

Tornou-se lendária sua capacidade de identificar indicadores fora da régua. Em uma das reuniões, Eduardo bateu o olho em um dos indicadores de desempenho escolar, mandou conferir os dados apresentados pela diretora – e estavam manipulados.

***

Fazia parte de uma geração de políticos capazes de entender a gestão pública de forma ampla, interdisciplinar, antenado não apenas como novas formas de gestão, mas com os fundamentos da nova etapa do desenvolvimento nacional – fundado na inovação, nas formas de gestão.

***

Um de meus exercícios prediletos era imaginar o que seria de um estado com o potencial de São Paulo – com seus institutos de pesquisa, grandes empresas, cidades médias, organizações sociais e empresariais cobrindo todo o Estado – se nas mãos de um administrador do calibre de Campos.

Mudaria o país a partir de São Paulo.

***

Com seu faro político, Lula já o havia ungido como um dos possíveis sucessores, seu provável candidato para 2018, permitindo manter um projeto político fugindo da polarização PT x PSDB.

Antecipou sua caminhada ao sentir o desgaste do governo Dilma Rousseff. No meio do caminho, aliou-se com Marina Silva. E aí houve algum curto circuito, especialmente na hora de enfrentar grandes temas econômicos, sociais e diplomáticos, entre a linha clássica do PSB (Partido Socialista do Brasil) e a linha paulista que acolheu Marina Silva.

Em uma entrevista recente indaguei dele esse aparente paradoxo. Sua resposta: continuo fiel às minhas ideias.

Há duas semanas ligou do Recife para marcar um café da manhã. Não deu tempo de conhecê-lo melhor.

 
106 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Hoje SP é só atraso

    “Um de meus exercícios prediletos era imaginar o que seria de um estado com o potencial de São Paulo – com seus institutos de pesquisa, grandes empresas, cidades médias, organizações sociais e empresariais cobrindo todo o Estado – se nas mãos de um administrador do calibre de Campos.

    Mudaria o país a partir de São Paulo.”

    Hoje SP é só atraso. E seria mesmo possível mudar o Brasil a partir de SP, Estado que concentra quase 30% da riqueza nacional mas que infelizmente caiu nas mãos dos tucanos e se tornou o que é hoje: Caos total, corrupção…

    grafico cresc PIB per capita

    http://www.jornalggn.com.br/blog/brasil-debate/qual-brasil-esta-crescendo-mais

    1. Cont…

      COM ALCKMIN, SÃO PAULO PERDE ESPAÇO NO PIB

      Chamado de “locomotiva do Brasil”, São Paulo vem perdendo dinamismo; nos últimos dois anos, sua participação no bolo das riquezas nacionais caiu de 33,5% para 32,6% do PIB; foram dois anos seguidos de queda

       

      22 DE NOVEMBRO DE 2013 ÀS 11:18

       

      Vitor Abdala
      Repórter da Agência Brasil

      Rio de Janeiro – Maior economia do país, São Paulo, perdeu participação em 2011, pelo segundo ano consecutivo. Entre 2009 e 2010, já havia tido uma queda de 33,5% para 33,1% na economia. Em 2011, a participação caiu ainda mais, para 32,6%. O dado da pesquisa Contas Regionais do Brasil foi divulgado hoje (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

      Por outro lado, o Rio de Janeiro, que tem a segunda maior economia do Brasil, teve aumento de 10,8% para 11,2%. Os estados de Minas Gerais (terceira maior economia) e Paraná (quinta) mantiveram sua participação em 9,3% e 5,8%, respectivamente. Mas o Rio Grande do Sul (quarta principal economia) viu sua importância cair de 6,7% para 6,4%.

      No ranking das dez principais economias do país, houve trocas de posições apenas entre a sexta e a oitava colocações. Santa Catarina, que era a sétima maior economia do país em 2010, passou a ser a sexta em 2011, já que sua participação subiu de 4% para 4,1%.

      A sexta colocada de 2010, Bahia, passou para a oitava posição em 2011, ao registrar uma queda na economia nacional de 4,1% para 3,9%. Enquanto o Distrito Federal passou da oitava para a sétima posição, mantendo sua participação em 4%.

      As 22 menores economias do país tiveram aumento de 34,3% para 34,8%, com destaque para o Espírito Santo (que subiu de 2,2% para 2,4%).

       

  2. Campos junto com Haddad são

    Campos junto com Haddad são os políticos mais promissores da nova geração. Infelizmente Campos se foi, nos deixando meio órfãos.

    O artigo tem um erro de avaliação grave:

    “Antecipou sua caminhada ao sentir o desgaste do governo Dilma Rousseff.”

    Sua caminhada para o planalto começa quando Lula o nomeia como ministro e alavanca a sua vitória à governador de Pernambuco. Essa trajetória segue quando o governo do PT escolhe Pernambuco para ser o centro da política de desconcentração da riqueza que foi direcionada para o nordeste/norte. O estado foi o que mais recebeu projetos e verbas de Lula/Dilma.

    Essas condições favoreceram que o PSB elegesse senadores e aumentasse a sua bancada na câmara. O caminho estava aberto.

    1.  
      Tambem achei “ótimo” esse

       

      Tambem achei “ótimo” esse “sentiu o desgate do governo Dilma”, muito criativo do Nassif arrumar outro nome para o que todos conhecem como “velhacaria politica”, o sujeito passa de aliado preferêncial de um grupo politico que lhe proporcionou sua ascenção e de um governo o qual ajudou a eleger e do qual participava a adversário mas não vamos chamar isso de oportunismo, é que ele “sentiu o desgaste do governo Dilma”.

       

    2. verdade….

      Verdade…. uma aliado com um caráter mais sólido, penso eu, ao sentir o tal “desgaste”, em vez de agir como um oportunista, somaria forças, aconselharia, defenderia, em vez de se bandear para a oposição de modo tão fulminante, e com algumas falas, tão ferinas, nas críticas….  Em relação a Eduardo Campos, que certamente tinha qualidades, essa atitude, confirmada em sua radicalidade crítica centenas de vezes, depõe contra a sua lealdade. Esse, parecia ser seu ponto fraco!

    3. Como sempre, arguto.

      Assis, como sempre interpretendo muito bem nossa realidade local.

      A perda de Eduardo para a Política brasileira só saberíamos mais tarde, mas com certeza o debate eleitoral se qualificaria muito com ele na disputa. Temos certeza, pois sabemos o quilate dele. Não votaria em Eduardo. Tinha severas críticas. Mas entendo a perda que acabamos de ter. Estou de luto, como pernambucano e brasileiro.

      1. Nao disse que alguem esta

        Nao disse que alguem esta mentindo descaradamente?

        Como a bolsa pode simultaneamente descer nas paginas da Veja porque Campos morreu e subir nas paginas do jornal da rede golpe pela “possibilidade” da entrada de Marina?

        Tem alguem manipulando estoques descaradamente, gente.  E a media brasileira esta aa frente deles.

  3. No Brasil é assim

    Morreu virou gente boa. Sua ambição em se tornar presidente da republica o tornou cego e destrambelhado. O governo que o apoiou, que  mudou o Nordeste da água para o vinho, que fez dele em um dos governadores destaques e futuros presidente da republica, de repente transformou-se na opinião dele uma maquina incompentente, paquiderme, incapaz de governar. O Brasil então, de campeão social, de distribuição de renda, de emprego, desenvolvimento virou um país que perdia de 7 a 1. Quando acabasse esta eleição e ele nunca mais sairia do nordeste. De político promissor ia virar um zé ninguem. Esta é a verdadeira história de Eduardo Campos.

    1. Acho que vc escreveu o que eu

      Acho que vc escreveu o que eu estava pensando. A critica politica nao deve ser confundida com a pessoal, mas nao vamos canoniza-lo POLITICAMENTE. Errou e errou feio ao se encantar pelo canto da serei. Era novo, tinha o apoio para 2018 do maior cabo eleitoral do Brasil, mesmo assim, foi apressado e certamente nas eleicoes iria comer cru.  Ele provavelmente iria carregar a pecha de traira POLITICO pelo resto da vida politica. Eu sinceramente sinto a morte de  Edurado Campos, mas nao podemos ficar sendo eufemicos de uma hora para outra em funcao da tragedia, respeito e nada mais que respeito.

    1. Eu NUNCA ouvi falar de

      Eu NUNCA ouvi falar de um terceiro colocado candidato a presidencia que morreu em plena campanha na minha vida. E PONTO FINAL… Alguém está manipulando esses preços… e tenha candidato morrendo ou não…

      1. Se alguem tiver ideia do que

        Se alguem tiver ideia do que esse comentario canalhissimo significa alem de tentar dizer que o PT tem alguma coisa a ver com a morte de Campos, me acorde.

  4. Infelizmente a primeira coisa

    Infelizmente a primeira coisa que morre após uma morte é o juízo das pessoas. Nassif infelizmente faz um caminho laudatório de um político que de novo só tinha a cara de bebê. Filho de uma oligarquia política nordestina, aliado de tudo e de todos que pudessem lhe advir recursos e apoio a seus projetos individuais de poder. Assisti sua entrevista no JN e vi alguém muito frágil em suas críticas e propostas. Falava em promover um crescimento de 4% do PIB, meu Deus como alguém pode prometer uma coisa destas!! Não soube e não foi convincente em explicar seu empenho pessoal para que a mãe fosse eleita para o TCU quando ainda era governo, ou seja pulou fora depois de ter mais um cargo na família. Não ele não representava o novo, mas apenas uma nova roupagem para o velho. O novo ainda neste país é o PT que sofre investigação e crítica que nenhum partido corrupto deste país sofreu e sofre, mesmo sabendo que o PSDB está metido em tantas falcatruas, mandos e desmandos. Campos é aliado do PSDB em sumpaulo mesmo com um racionamento criminoso e o escandalo do metrô. Aliado do Aético Neves que pousa em aeroporto público privado na fazenda do titio e contratou sem concurso 78 mil funcionários do ensino que vão ser demitidos por ordem da justiça e ainda vão afundar mais o ensino neste estado e país. Não Nassif, Campos representava o que sempre representou a atualização competente do velho. Lamento pela família, pela perda de uma vida e que sinto muito pela pessoa, mas o político, tirante sua ambição pessoal, não acrescenta nada na história deste país, fora a atualização do passado.

    1. concordo
      Concordo 100% com seu comentario,é exatamente o que pebso sobre o post.Nassif mais uma vez se engana,como Aecio e seu cho que de gestão.

    2. O próprio discurso do “gestor

      O próprio discurso do “gestor competente” e analogias neoliberais com a iniciativa privada(“vamos eleger um CEO, indicado pelo Jorge “Instituto Millenium” Gerdau!!”)é um traço característico do discurso conservador brasileiro. Serra, Alckmin, Aécio são outros exemplos de “grandes gestores” bem ao gosto dos golpistas neoliberais do Instituto Millenium, onde Gerdau prega todo o neoliberalismo que não pratica em suas empresas, parasitas de recursos do BNDES e forte defensora do protecionismo para seus produtos. Esse discurso é anti-democrático, busca hierarquizar a participação política, preferencialmente restringindo-a aos “homens competentes”(reformulação dos “homens bons”)da elite.

      Campos é o político nordestino do estilo Ciro Gomes, uma reformulação do coronelismo iniciada com a Democratização, cujo modelo foi o Fernando Collor, uma modernidade maquiada sobre as velhas práticas políticas de semnpre(vide o caso de sua mãe no Tribunal de Contas). Aécio, em sua posição intermediária de MG, também apresenta alguns aspectos desse tipo político. Ambos Campos e Aécio se aproximaram de Lula devido a sua grande popularidade, e se afastariamn prontamente caso a popularidade do ex-presidente caísse. São oportunistas profissionais, só isso.

       

    3. Concordo com você: o Campos

      Concordo com você: o Campos morreu e virou herói !

       

      Qual é de achar que o político Eduardo Campos  seria o Jesus cristo salvador da política brasileira?

      Até o Nassif acha isto : “Antecipou sua caminhada ao sentir o desgaste do governo Dilma Rousseff. No meio do caminho, aliou-se com Marina Silva.”- que desgaste ? Ele ajudou a construir, como ministro e governador,  tudo que esta aí. Recebeu por obra e benção do Lula /Dilma  para tornar Pernambuco o estado nordestino modelo  muita grana  investida lá e qual o direito de dizer que que a Dilma  governava para o caos ? Na linguagem popular ” cuspiu no prato que comeu “. Vão dizer que isto é marketing político para ganhar popularidade já que fofoca  ganha audiência ? Entendamos o momento de luto, mas santificar o Campos (  e Marina) é demais ! A Dilma foi defenestrada o ano inteiro e se diz amiga pessoal dele? Exaltação ao faz de conta ! Assim todos os políticos nunca serão respeitados e éticos.

      O Nassif diz que ele é um excelente gestor- também com a grana do governo. O mesmo deve se atribuir ao Eduardo Paes. Dizer que o Gerdau o considerava um ótimo CEO….passa longe.  A educação em Pernambuco, pelos noticiários anteriores a morte dele, não o mostram tõa bem assim; a s Seguranca idem; o nepotismo comendo solto e por aí vai.

      Na verdade o Eduardo foi um prepotente io não acreditar no LUla e esperar a sua vez. O Lula ainda não consolidou o seu objetivo de tornar o Brasil mais igualitário e menos miserável – talvez ainda precisse de uns 3 ou 4 governos para isto e assim o Lula queria escolher o seu sucessor a dedo e o Campos, egoisticamente, se achou melhor do que o seu criador.

      O Lula precisa investir em um outro nome para sucedê-lo. e que seja de um outro partido, pois vozes, e o Nassif é uma delas, como a do PIG começarão a brandir a necessidade de alternância de poder, o que em minha opinião significa voltar a ser conservador e praticar a política de sugar o pobre, já que o que interessa é a lei do lucro e o social tira dinheiro dos bancos, já que a lei da usura e a de comandar do  ar condicionado é substituída pela “fora da caridade não há salbvação e desejai o próximo o que desejas a ti mesmo “.

  5. lamento a morte dele

    lamento a morte dele, mas politicamente foi mais um que debandou da esquerda para  a direita  como tantos outros..só isso..

  6. A SUICIDA COALIZÃO DE

    A SUICIDA COALIZÃO DE OPORTUNIDADE NA POLÍTICA BRASILEIRA 

    Apesar do título, não acrescentarei mais uma crítica pessoal a um líder político já impedido de se defender. O verdadeiro papel de Eduardo Campos surgirá, com o tempo, à partir até de desdobramentos futuros que nenhum de nós é ainda capaz de avaliar com precisão. Que se conceda ao menos o tempo do luto, antes de se partir para desqualificações covardes e passionais.

    Ao contrário do Uruguai, que tem sua Frente Amplio desde 1971, ou do Chile, que tem a Concertación de Partidos desde 1998 (agora Nueva Mayoría), o Brasil nunca foi capaz de manter uma coalizão do gênero, a não ser por breves momentos.

    O princípio da coalizão é sobretudo o da alternância do poder e o respeito a uma pauta mínima consensual entre os membros deste grupo político. É uma aposta em uma política direcionada que ao mesmo tempo será administrada e testada de diferentes formas através da alternância dos seus componentes no exercício do governo. Ao invés do governante eleito ficar refém de grupos externos para formar uma maioria, ele aumenta suas chances de forma-la junto com a própria coalizão.

    O PT, num certo sentido, ajudou alguns pequenos partidos a crescerem e se fortalecerem. De seu interior saíram também as bases para a formação de novos partidos. Aquilo que poderia ser o caminho para a formação de uma ampla base progressista, perdeu-se pelo papel hegemônico do próprio PT nesta aliança. A escolha de candidatos majoritários sempre pertenceu ao partido. Não haveria como isto não ocorrer se a aliança se dá com vistas à eleição e em torno de um partido.

    Ora, Eduardo Campos não foi o primeiro nem será o último, a perceber isto. Se por um lado o PSB cresceu na esteira de sua aliança com o PT, por outro chegou no topo daquilo que esta aliança podia oferecer. Se Campos não se lançasse agora, qual a posição entre 2014 e 2018 ele poderia almejar? Como ele teria a certeza de possuir em 2018 a mesma densidade política e projeção que tem hoje? Política não se faz com promessas, mesmo se elas forem cumpridas.

    É neste ponto que insisto, temos que deixar de lado as políticas de aliança de olho apenas nas eleições e ser capazes de unir as forças políticas progressistas, do centro à esquerda, para estabelecer um projeto de futuro. Isto pode até custar uma eleição, como foi o caso da vitória de Piñera no Chile, mas acabaria com as contraditórias, desagradáveis e esdrúxulas políticas de aliança atuais da política brasileira.

    O único caminho para chegarmos a um projeto para o país (cuja ausência cobramos) é a organização de uma frente progressista onde todos os partidos membros possuam representatividade. Será pedir demais? O maior inimigo de uma política progressista, não estará no seio deste mesmo campo? Não seria uma novidade nas terras do Pau Brasil.

    Penso que ao menos a morte de Eduardo Campos serve para mostrar a fragilidade das coalizões brasileiras. Sempre de olho apenas nas eleições. É necessário romper com isto, reunir o campo progressista. Como fazem o Uruguai e o Chile. Precisamos de políticas de longo prazo, não planos circunstanciais.

  7. PROJETO: LEI EDUARDO CAMPOS
      Rio de Janeiro, 14 de agosto de 2014 CÂMARA DOS DEPUTADOSPROJETO: LEI EDUARDO CAMPOS Prezados senhores (as) acidentes como do governador Eduardo Campos,  acontecem no mundo todo, mas acho, que como a importância de um candidato a presidência do Brasil, ele deveria voar num jato da força aérea, devemos pensar nisso para o futuro, pois uma perda como essa, foi infelizmente, enorme para o Brasil.  Por isso, estou pedindo um projeto de lei, para que isso se Deus quiser, não ocorra mais.  O partido pagaria as despesas da aeronave, não gerando despesas para a união.  Atenciosamente: Cláudio José, um amigo do povo e da paz. 

    1. De fato, presidenciaveis

      De fato, presidenciaveis deveriam gozar de algumas medidas extras de seguranca mas nao acho que eles estariam mais seguros em um jato militar.  Os pilotos do Grupo de Trasporte Especial da FAB costumam ser os mais experientes, no que se refere a horas de voo, dos quadros militares mas nao sao necessariamente mais experientes que os pilotos civis. Tem muitos pilotos com com 30 anos de FAB com 4 ou 5mil horas de voo. Conheco jovens que nao chegaram aos 30 de idade que tem mais horas de voo.

      Hoje o piloto executivo faz umz carga gigante de treinamentos. Flight Safety, Jet Training e o escambau.

      O que tem que ser averiguado eh o numero de horas que os pilotos do Cessna haviam voado nos ultimos dias. Fadiga dos pilotos normalmente aparece como provavel fator contribuinte em acidentes aereos.

    2. Então…

      Se dez partidos apresentarem candidatos, a Força Aérea tem que colocar dez jatos (com o respectivo pessoal e custos) à disposição deles?

      Ou coloca só dos que tiverem mais de 5% dos votos, à la Rede Globo?

      Não tem motivo pra União subvencionar transporte aéreo de candidato. Todos correm riscos, Aécio, Dilma, todos os candidatos. Andar de jatinho é um risco que o candidato assume quando se lança na disputa. Incrível ter que ser acaciano pra explicar isso, mas esses são os tempos…

  8. Uma grande perda mesmo.

    Agora é torcer para que PSB e Marina queiram continuar o projeto.

    Se isso acontecer, apoiarei Marina Silva

    (e passarei o tempo desconstruindo essa narrativa inisidiosa em relação a ela que seus antagonistas querem usar.)

    Se isso não acontecer, paciência.

    Então, que todo mundo tome cuidado com o que deseja. Pode se realizar.

    1. O que eh a “narrativa” que eu

      O que eh a “narrativa” que eu nao sei?

      Ela ja esta automaticamente aa frente de Aecio:  ADEUS, PSDB, e que queimem no inferno eternamente.

      Dilma ainda ganha, mas eh…  ADEUS, PSDB.

      1. Aguardemos, Ivan, aguardemos

        Pode acontecer dela não querer ser candidata, pode acontecer do PSB não querê-la como candidata.

        Concordo que com ela no páreo dificulta para Aécio.

        Por isso falo pras pessoas não torcerem pra ela não se candidatar, pois aí facilita pro Aécio. 

        Esse é o cuidado. E em termos “ideológicos”, petistas deviam se preocupar mais que eu, não?

        A narrativa que não vai colar é de que secularistas não deveriam votar em Marina.

        x-x-x-x-x-x-x-x

        Pros trolls de plantão deixo este post pra se distraírem. Se eu tiver tempo até fim de setembro atualizo com os posts do último ano.

        https://jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/de-poeta-e-louco-todos-tem-um-pouco

         

          1. Penso que a chance de isto

            Penso que a chance de isto acontecer é igual a zero.

            Inclusive, se lea resolver ser candidata e o PSB aceitar, ficará provado que ela não tem aqueles votos que ela pensa que tem,

            É de longe a pior candidata.(caso seja)

    2. Gunter, você, bastante

      Gunter, você, bastante crítico do obscurantismo evangélico, apoiar a Marina?

      Difícil entender, deve ser mais um adepto do ódio ao petismo.

       

    3. gunter, vc está brincando?

       

      marina é uma evangélica atrasada, homofóbica, contra a descriminalização do aborto, contra pesquisa de células tronco, contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, defendeu o pastor ex-presidente da comissão de direitos humanos (cujo nome me esqueci)… e vc declara seu voto nela? só tenho a lamentar… e tenho certeza de que muitos dos que acompanham o ggn também. 

    4. Pelo que entendi, o objetivo

      Pelo que entendi, o objetivo é exatmente mostrar que nem Marina e nenhum desse tem condições de legar isso e Dilma já faz praticamente tudo, bastando agora esses desistirem de ter candidato e apoiarem Dilma

    5. Por favor, descreva este

      Por favor, descreva este projeto a que se refere. Até o momento não sabemos o que ele contém. Sinceramente, sempre tive simpatia por Eduardo Campos, mas desconheço solenemente suas propostas. Esteve 11 anos ao lado PT e ajudou a construir o atual governo. Como pode ter mudado de opinião depois destes anos todos, de modo tão intempestivo. Quanto à Marina, abdico de comentar. Sua trajetória política fala por si só. Se não se encaixa em nenhum das dezenas de partidos brasileiros, e precisa de um para chamar de seu, boa coisa não deve ser.

    6. Gunter, não tô entendendo!

      A Marina é evangélica e essencialmente contra os homossexuais (não vou usar homofóbica, pois isso é pra Feliciano – a quem ela apoiou, entretanto… –  Malafaya e cia.), como são todas as denominações evangélicas. Você sempre condenou esse obscurantismo, e agora vai apoiar uma obscurantista? 

      1. Não é que não está entendendo, Alan.

        Não deseja é que algumas coisas fossem como são.

        Eu já expliquei várias vezes que os riscos para secularismo são provenientes da configuração atual. As pessoas aqui não acreditam, mas o Brasil é maior que um círculo de pensamento, não?

        Caso Marina seja candidata penso em fazer um post sobre isso. Foi o que disse no comentário. Caso não seja candidata, não será útil.

        Se algum instituto de pesquisa desejar, poderá pesquisar a popularidade relativa de Dilma, Marina e Aécio entre LGBTs. Ou entre classe média secularista. Poderá ter surpresas.

        Ou não.

        Mas eu não considero Marina obscurantista, lamento. Não é Eduardo Jorge ou Luciana Genro, mas me assusta menos que as táticas do PT. Na verdade não assusta.

        Imagina então se Roberto Freire fosse o vice… 😉

        Eu não vou fingir que acredito numa narrativa para agradar colegas, certo?

        Aliás, faço questão de não fingir nada. Ou não me conhece de anos?

        Quanto ao apoio a Feliciano leia melhor as notícias da época. Não compre de saída o que aparece na Blogo. É mídia interessada numa narrativa, não quer dizer que a mesma seja o melhor diagnóstico.

        Convido a ler posts que não são específicos sobre Marina, mas que podem ajudar a compor o quadro.

        Ou a abrir a atenção para outras perspectivas.

        Os mais abrangentes são estes:

        2014 01 22 https://jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/direitos-civis-de-lgbts-e-a-politica-nacional-recente

        2013 11 22 https://jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/como-superar-o-uso-do-obscurantismo-na-politica

        outros são:

        2013 04 27 https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/o-secularismo-como-causa-politica

        2013 12 17 https://jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/direitos-opiniao-de-maioria-e-a-conciliacao-de-ambos

        2014 04 01 https://jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/o-sofisma-da-priorizacao-de-direitos

        2013 12 16 https://jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/os-presidenciaveis-e-o-casamento-lgbt

        2013 12 20 https://jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/o-psb-buscara-ser-simpatizante

        2013 12 27 https://jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/lgbts-nao-serao-orfaos-politicos-em-2014

        2014 01 24 https://jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/as-indignacoes-seletivas-do-progressismo

        2012 04 21 https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/onde-mora-a-inclusao

        2012 09 16 https://jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/as-religioes-e-os-direitos-civis-lgbt

        2014 02 20 https://jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/midia-ocidental-lgbts-e-uma-questao-para-as-esquerdas

        2013 03 22 https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/caminhos-para-campos-e-o-psb

        2013 08 29 https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/a-ligacao-entre-esquerda-e-politicos-evangelicos

        2013 10 26 https://jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/marina-transfere-votos-para-campos-ou-nao

        2013 04 07 https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/uma-luz-na-discussao-sobre-homofobia-e-politica

        2013 11 21 https://jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/quando-o-medo-venceu-a-esperanca

        2014 01 14 https://jornalggn.com.br/noticia/marina-agrega-a-campanha-de-eduardo-campos

    7. Não é você que critica o

      Não é você que critica o PUTIN por ser homofóbico? Agora vai apoiar uma fundamentalista religiosa e também homofóbica? Isto sem falar que é assalariada do Itaú.

  9. Pena

    A mesma percepção que tinha de Eduardo Campos, ainda que discordasse de sua antecipação à campanha presidencial. Muitas vezes achei que ele seria o vice ideal para Dilma…. Mas todo homem tem o direito de montar o cavalo quando ele passa. Ainda que para terceiros, pareça cedo ou tarde demais.

    Disse em outro post que Esperava conhecer melhor o pensamento de Eduardo Campos – sabendo que politicamente poucos são os homens que se mantêm fiéis aos seus ideais – conhecer suas convicções, projetos, e de que acreditava que ele cresceria muito depois dessas eleições. Ele, Fernando Haddad, Eduardo Paes, toda uma nova geração que estaria no primeiro plano politico daqui à 2018.

  10. A grande vocação e a péssima escolha

    O que é um político sem mandato? O que é um político sem mandato, de um partido pequeno e circunscrito regionalmente, e sem um cargo relevante no Executivo? Era esse o destino do Eduardo Campos em 2015, o ostracismo, após um terceiro lugar com cerca de 8% dos votos válidos, não fosse a tragédia de ontem. Tudo por conta de um erro monumental de estratégia. Seriam várias as escolhas, desde que permanecesse fiel ao governo que o tornou conhecido:

    1.    Eduardo Campos não sai do governo estadual porque não vai concorrer a nenhum cargo eletivo. Faz campanha por todo o Estado, elege o sucessor e viabiliza, com seu palanque, a eleição de uma grande bancada federal do PSB. Mais: proporciona uma vitória esmagadora do PT no Estado. Dia primeiro de janeiro, transmite o cargo e voa para Brasília e se apresenta para a posse como um superministro de uma pasta estratégica, que o permitisse brilhar (com a devida licença de dona Dilma), e chegar a 2018 cacifado, afinal ele permaneceu como fiel aliado do governo;

    2.    Eduardo Campos candidata-se a deputado federal, tem uma enxurrada de votos e “carrega” consigo uma grande bancada do PSB, igualmente elege o sucessor e fortalece o partido (afinal está pensando no Partido, não é?). Não será mais um deputado entre 513, e está à disposição do governo para ocupar o superministério estratégico;

    3.    Candidata-se a Senador. Dois caminhos: exerce o protagonismo político no Senado, já livre de Sarney e Simon, ofusca o opaco Aécio, ou torna-se ministro do governo do PT. Aqui, um reparo. Pelo acordo feito com Jarbas Vasconcellos em 2012, que viabilizou a eleição do prefeito do Recife, E. Campos teria se comprometido em não se lançar senador, pois se fizesse isso tiraria fora da jogada facilmente o agora “aliado” Jarbas Vasconcelos, que disputa a reeleição ao Senado.

    O que faz Eduardo Campos? Opta pela aventura, rompe com o governo e vai bater chapa com dona Dilma. Só há dois partidos no Brasil, PT e PSDB (é só olhar o retrospecto eleitoral), não seria o PSB sozinho a conseguir furar esse cerco. Mas ainda falta mais uma escolha errada. Dona Marina Silva entra na chapa, para surpresa do país. Eduardo Campos fecha os olhos e se esquece que Marina Silva não é solução para nada, Marina é o problema. Carrega consigo uma agenda inconciliável, trafega em raia própria, pessoa de difícil trato.

    Terminadas as eleições de 2010, não foram poucos os que vaticinavam o “protagonismo político” de Marina, impressionados com os quase 20 milhões de votos. Balela. O tempo se encarregou de revelar o “protagonismo” de dona Marina Silva.

    Eduardo Campos teria míseros 53 anos em 2018. De fato, ele prometia, e o Lula farejou isso. Seria uma chapa bacana PSB/PT. Não teve paciência, precipitou-se, foi picado pela mosca da vaidade e da ambição.

  11. No Facebook tucanos já estão

    No Facebook tucanos já estão dizendo:

    “Quem matou Eduardo Campos foram Dilma e PT”.

    VEJA, FOLHA, ESTADÃO e GLOBO começando o terrorismo eleitoral em 4,3,2,1…

  12. Acidentes que se anunciam

    Mais sete vidas que se tornam vitimas fatais em acidentes. As tragédias causadas por veículos aéreos, terrestres e marítimos, só no Brasil, produzem mais vitimas fatais que muitas guerras espalhadas pelo planeta. Talvez, seja o momento de reavaliar todo o processo de inspeção, manutenção e liberação de veículos, que os classificam como aptos para circulação. A rigidez tem que ser intensa e constante, não apenas nas vistorias desses veículos, como na liberação dos mesmos para as viagens programadas. Mesmo que o veículo seja zero km, seminovo ou em ótimo estado de manutenção, vários acidentes fatais aconteceram em virtude de se subestimar o poder da natureza.  Porém, existem precipitações repentinas da natureza que muda repentinamente as condições do tempo e para nos defendermos melhor contra essas surpresas, se faz necessário se aperfeiçoar, cada vez mais, os instrumentos de medição e avaliação do tempo e compatibilizá-lo com o GPS. Assim, ao solicitarmos informações ao GPS sobre determinada rota, ele também nos alertaria sobre todos os riscos que cada tipo de veículo correria no dia e horário programado para aquela rota. Certamente, que para as embarcações e a aviação as informações seriam mais detalhadas e, se necessário, muito mais rígidas na avaliação, podendo até chegar ao alerta máximo de proibição. Não estou afirmando, em absoluto,  que tenha sido o caso desse acidente em Santos, mas se já houvesse essa rigidez em prática, talvez poderia não ter acontecido. Quando ao jovem e talentoso Eduardo Campos, ainda que eu tenha lhe criticado politicamente, sinceramente lamento por tão prematuro falecimento. Desejo, que sua família e a família de todas as vítimas de acidentes recebam o consolo, as bênçãos e as forças divinas necessárias para poderem suportar a dor da perda e poderem seguir no cumprimento  da missão que cada um de nós temos com a nossa vida.

  13. Considero nocivo o elogio de

    Considero nocivo o elogio de um “Millenium boy” como o Gerdau, tipo do empresário parasita do Estado que só defende liberalismo com os direitos dos outros, principalmente dos trabalhadores.

     

  14. Hilário

    Nossa, como sou poderoso. Desconstruo narrativas, sou inimigo do Putin e bróder do Obama. O que seria do mundo sem mim? Como diria o Millor: Ah essa falsa cultura.

  15. Bom, vamos aguardar o artigo

    Bom, vamos aguardar o artigo laudatório do Nassif quando o Serra morrer. Um “gestor competente”, poderia ter revolucionado o país. Uma pena!

  16. Lideranças e Gerentes

    Há como que “dinastias” se formando no Brasil. Acontece nas empresas familiares, nas artes (!) e também na política. Dos três candidatos à presidência da república, dois descendiam de políticos proeminentes. Evidentemente, tal não é bom para a democracia.

    Nepotismo político? Parece que sim (aliás, os inimigos da meritocracia que me perdoem, mas, em defesa dela, diria inicialmente que é o pior de todos os princípios de ascensão social, excetuando-se os demais; voltarei a essas questões “momentosas” – meritocracia, darwinismo social etc. – logo que tenha mais tempo). Muito provavelmente, o favoritismo de que gozam parentes de políticos deriva da estrutura de poder dos partidos políticos, criados de cima para baixo (a exceção notável do PT, um partido que Gramsci chamaria de orgânico). Nestes partidos que não o PT, o poder é distribuído entre os donos do partido e amigos dos donos, e herdado pelos descendentes destes. Evidentemente, tal prática condenável mina a democracia por dentro e afasta os que querem fazer política independentemente dos coronéis partidários. Sob o aspecto coronelista, haja vista o case Campos, o PSB não difere dos partidos convencionais, e tampouco Campos diferia dos políticos tradicionais.

    Apesar da organicidade do PT (na acepção gramsciana), discordo, por fidelidade a ela, de Lula escolher sucessores, como fez com Dilma e como, dizem, faria com Eduardo Campos. Os membros do partido deveriam escolhê-los, não Lula (talvez tenha sido essa forma de escolha um dos motivos da saída de Marina do PT, quadro com larga penetração política).

    Quanto ao elogio a Eduardo Campos feito em necrológios e de cujos argumentos de sustentação não tenho por que duvidar, é de se notar que o perfil de Campos feito neles caracteriza o governador como gerente, ou executivo, ou mesmo um CEO, porém jamais um estadista. Estadista é Lula (que coisa, e o homem falha nas concordâncias gramaticais, assim como eu falho!). No momento, Lula é o único estadista do Brasil, e um dos poucos do mundo. Lendo-se as qualidades gerenciais que emergem do perfil de Campos traçados nos necrológios, não há como se deixar de ver semelhanças fortes entre o perfil que dele traçam e o de Dilma. As respectivas qualidades gerenciais dos dois parecem explicar algumas das razões de Lula gostar de ambos.

    Para os que prefeririam debater diferenças e semelhanças entre CEO e estadista, um bom princípio das discussões é considerar que CEO age dedutivamente; e estadista, indutivamente. O primeiro faz bem o que lhe foi determinado (pelos donos, ou conselho de administração), o outro descobre (ou inventa) o que deve (e tem!) de ser feito. O primeiro é racional; o segundo, visionário (intuitivo?). Claro que Lula, o visionário, precisa (e, por isto, os admira) dos grandes gerentes, aqueles capazes de implementar os caminhos que propõe (é um pouco como Niemeyer e seus engenheiros calculistas, Lula no papel de Niemeyer). E mais, um precisa do outro, como “a corda da caçamba” (ave Noel Rosa).

    É de se mencionar que o único estadista brasileiro nos dias de hoje, Lula, emergiu do povão, rompendo as amarras dos partidos formados de cima para baixo (o que conseguiu criando o PT). Lula quebrou paradigmas promovendo “revolução controlada” (não uma explosão atômica, mas análoga ao processo de reator nuclear e, por isto, ainda revolucionária), fazendo a tal da “arte do possível”, isto é, política.

    En passant, tem-se de reconhecer que Marina Silva, graças ao PT que a projetou politicamente, escapa do modelo oligárquico que cunhou Eduardo e Aécio. No entanto, paira sobre Marina a dúvida de se ela foi, ou não, cooptada pelo establishment.  Se foi, não difere de Campos e Aécio no que tange à gênese política.

    Eduardo Campos não foi estadista, e não há nenhum hoje no Brasil, infelizmente, além de Lula. Mesmo o PT de Lula está cristalizado, com alguma razão, pois falta muito a percorrer dos caminhos abertos por Lula e a explorá-los. Lula, o vendedor de caminhos, é como o vendedor da historinha que pede, “triplique a produção de sapatos, pois aqui ninguém os usa” (mas triplicar a produção de sapatos não é fácil e pode demorar) e falta ainda muito para o PT triplicar a produção, ainda há muitas demandas que Lula cometeu ao PT por serem atendidas.

    A história de Eduardo Campos, muito semelhante à de Aécio Neves, ambas com claros vieses de nepotismo, não fala bem dos processos de emergência dos políticos de ponta, não obstante a eventual qualidade moral e gerencial desses políticos. Tais políticos padecem do que se poderia chamar de pecado original, pecado que os afasta das verdadeiras necessidades populares e os torna prisioneiros da mesmice, meros continuadores de mentores também ignorantes do que o povo quer e precisa. Gerentes podemos ter até nos partidos tradicionais, mas onde encontrar nossos futuros estadistas e lideranças verdadeiras?

     

  17. Nassif para a vaga de Campos !

    “Um de meus exercícios prediletos era imaginar o que seria de um estado com o potencial de São Paulo – com seus institutos de pesquisa, grandes empresas, cidades médias, organizações sociais e empresariais cobrindo todo o Estado – se nas mãos de um administrador do calibre de Campos.

     

    Como você já elogiou a gestão do Aécio….como seria  Sampa do Aécio ? Melhor que a do  endeusado Campos?

    Essa foi no  saco ! E dói !

    1. Já elogiou também o Paulo

      Já elogiou também o Paulo Hartung e o Luis Paulo Veloso Lucas. Dois pollíticos meia bomba para menos. Por isto não acredito que o Eduardo Campos fosse tão bom assim.

      Já vi comentários de pernambucanos aqui mesmo neste blog que não o achavam grande coisa.

  18. Sensibilidade social

    Prezado Nassif,

    posso lhe garantir, de fé de ofício, que Eduardo Campos não herdou a sensibilidade social do seu avó Miguel Arraes. Arraes era um coronel de uma incrível percepção e solidariedade com as necessidades da classe popular (como ele mesmo chamava). Por sua vez, Eduardo Campos era um neoliberal com discurso social. Sua prática políca demonstrou o objetivo único de promoção pessoal. Pode acreditar.

  19. mudar e melhorar…(?)

    sendo o PT uma ideia já madura e ainda bem aceita, que deu certo e está dando certo, mudanças e melhorias são seguimentos completamente diferentes um do outro, portanto sem relação direta garantida

    todos que saíram e não reconheceram essa diferença não lograram aprovação do eleitorado, significando, talvez, em alguns, raros,  um desperdício de novas ideias que poderiam muito bem serem aceitas como continuação

     

    quem seguir nesse discurso, sem reconhecer que mudar e melhorar são coisas completamente diferentes, só vai estar alimentando a polarização PT x PSDB

     

  20. A morte de Campos e a tragédia política

     Num momento tão triste, principalmente para amigos e familiares, mas também para o cenário político nacional, com a perda de uma grande promessa, revela-se a tragédia do debate político nacional. As redes sociais dão voz aos estúpidos, que se encontram, se reconhecem e se fortalecem. Mesmos com as melhores escolas, pertencentes aos extratos mais abastados, eles revelam na internet toda a ignorância política, alienação social, desumanidade.

    São humoristas da tragédia sem timming, são malucos que transformam sua ignorância em teorias conspiratórias, são bestas que desejam a morte do adversário. Ainda não aprenderam que numa democracia as armas são as ideias, as lutas são os debates, as vitórias são os votos. Vivem ainda as arenas romanas com todo o sangue, êxtase, ausência de compaixão.

    Mas passarão. As curtidas do Facebook são o único sucesso que encontrarão. A internet é seu último reduto, pois aqui não mostram a cara, jogam a m@#$% e saem correndo. São, acima de tudo, covardes. Um Brasil diferente, melhor, vem sendo construindo a cada dia, fora da suatimeline.

    O desejo de Eduardo Campos era uma nova política. Isso depende mais dos cidadãos que dos políticos.

  21. Como  estiou há mais de 30

    Como  estiou há mais de 30 anos sem visitar Pernambuco, vou comentar o que dois pernambucanos recem chegados ao RJ me afirmaram :

    O Eduardo Campo foi um bom político ao saber aproveitar a oportunidade única de se aliar ao também pernambucano Lula e conseguir o que fosse possível em investimento para aquela região .

    Detalhe :  Os dois pernambucanos que fizeram esta afirmação acharam que o Lula não teria feito todas as benfeitorias que (eles) acham que o Lula teria a OBRIGAÇÃO de realizar em favor de Pernambuco .

    Consegui convence-los, afirmando que Lula não poderia fazer mais do fez enquanto governo, pois muitos sulistas não suportariam tamanho privilégio para aquela região (e o Nordeste em geral) .Haja vista o insuportável preconceito disseminado pelos “sulistas” contra todas as ações sociais implantadas pelo governo Lula em favor dos pobres em geral , ações que atingem mais profundamente a região nordestina (Bolsa Familia, Universidade para todos, Agricultura Familiar, Implantação de Cisternas contra a Seca, Transposição do Rio São Francisco, etc…) .

    Ponto final .

     Mais dois votos para a Dilma ou qualquer poste que Lula indique do Oiapoque ao Chui !!

     

                                              Saudações Socialistas !!

    1. É isso aí. O favorecimento a

      É isso aí. O favorecimento a Pernambuco foi, no Nordeste, tão evidente que beirou a quase revolta dos outros estados com Lula. Isso só não aconteceu porque nordestinos entendem naturalmente que o bom filho tem obrigação de amparar primeiro os pais e só depois os irmãos; e justiça seja feita, todo o Nordeste renasceu com o governo Lula.

      1. Favorecido mesmo foi o Ceará

        Favorecido mesmo foi o Ceará e a Bahia no governo Frenando Henrique. Pecém foi construído com recursos inteiramente federal a partir de 1994 e em pouco tempo estava de pé. Suape já era uma realidade, já era viável quando o governo federal aportou recursos neste porto. Suape começou a ser construído em 1979 com recursos e sonhos dos pernambucanos. Bahia sempre recebia tudo emnquanto ACM viveu desde o regine militar, passando por Sarney até FHC. Portanto não me venha com chororô. Eduardo recebeu mais porque foi mais competente, tinha mais projetos viáveis.

  22. Eduardo Campos deixa no seu

    Eduardo Campos deixa no seu lugar um vazio imenso de amor, difícil de ser preenchido no peito dos seus familiares. 

    Deus é o pai que irá confortar cada um de seus filhos, porque somos todos peregrinos nesta terra; e Ele nos deu a vida e a pode chamar de volta para a ressurreição na eternidade, porque os seus sonhos para nós são maiores que os nossos.

    “O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.”

    Salmos 30:5

  23. eduardo campos, um detalhe revelador

    Há coisa de tres anos estive em Recife. Na ocasião aproveitei para visitar museus, cemitérios e insituições de interesse histórico. Qual não foi minha indignação ao saber, quando em visita a uma repartição pública, de que não poderia entrar ali vestindo minhas bermudas. E olhem que fazia um calorão … pernambucano! Eu já tinha visto coisa parecida na Bahia, mas, tudo bem, a Bahia tem as tradições políticas que conhecemos. Mas Pernambuco, logo Pernambuco dos Frei Roma e Caneca, do General Abreu e Lima e … vá lá, de Miguel Arraes. Não sei se Campos teve algo que ver com a imposição daquela estúpida regra à cidadania. Honestamente, não sei. Mas com a preservação dela, parece-me que sim, pois prevalecia então e talvez ainda persista sob as vistas obnubiladas de seus seguidores no estado e na capital. A vida, porém, sempre trata com sarcasmo essas medidas sem medidas. Não foi difícil encontrar nas vizinhanças do local quem me alugasse uma calça por dois reais …

  24. Eu prefiro não fazer elogios,

    Eu prefiro não fazer elogios, mas fico muito decepcionado ao perceber que o Noblat, Merval e outros abomináveis insistem em transformá-lo num dos maiores estadistas da história do Brasil .

    Eduardo Campos não merecia ser elogiado por estes pregos .

  25. Agora que morreu, Eduardo,

    Agora que morreu, Eduardo, que Deus o tenha em bom lugar se for merecedor, vai virar o maior estadista brasileiro.

    Parece que o povo de Pernambuco não pensa assim, a diferença da Dilma para Eduaro não era tão grande assim.

    Mas confesso que lamento a sua morte prematura, por está na fase madura e produtiva da sua vida.

    A dor e o sofrimento dos seus é muito grande.

    Meus Deus, conforta os corações dessa familia.

  26. Eu sou do Recife/PE e me

    Eu sou do Recife/PE e me surpreendi com alguns comentários que li aqui.

    Eduardo Campos fez dois governos brilhantes no Estado, aprovado por 90% dos pernambucanos.

    Sim, houve apoio do governo federal, especialmente de Lula, mas não se teria conseguido o êxito obtido se à frente do Estado não estivesse um gestor publico altamente capacitado.

    Se apoio do governo federal fosse tudo, o prefeito do Recife, João da Costa do PT (2008/2012) não teria a rejeição de 70% ou mais da população da cidade, tanto que foi ejetado da reeleição, apesar do apoio do governo federal.

    Eduardo era um monstro para trabalho (no bom sentido), o homem praticamente não dormia, melhorou todos os indicadores do Estado. Inteligentíssimo, formou-se aos 21 anos em Economia na UFPE e desistiu de estudar no exterior para seguir os passos do avô (com todo respeito a Dr. Arraes, Eduardo Campos era muito superior ao avô).

    Para quem fala que ele é traíra eu digo o seguinte: vivemos numa democracia, todos têm direito de se candidatar ao cargo que quiser (desde que reuna as condições e o apoio necessário). Eduardo não tinha que esperar, isto não existe, quem sabe faz a hora e Eduardo, apesar do respeito a Lula, viu que o País estagnou e ofereceu uma nova possibilidade.

    Decerto que existem raivosos que gostariam que só existisse um partido no Brasil e um líder supremo, mas Eduardo nunca foi tutelado. Perdemos um grande quadro, Pernambuco o seu melhor gestor e o Brasil uma nova possibilidade.

     

    1. Tenha dó, conterrânea

      Tenha dó, conterrânea nordestina.. Mas “Eduardo muito superior a Arraes” é expressão ditada pela forte emoção do momento, apenas isso.

    2. Concordo 100% com o que

      Concordo 100% com o que disseste. E só acrescento que o próprio Lula deu declaração ontem  dizendo que a ciumeira nos quadros do PT para com sua relação com Eduardo era enorme. Mas que isso não se justificava, pois o único fato de Pernambuco receber mais dinheiro que os outros era que apresentava projetos viáveis por ser mais competente que seus cogestores e estes só vinham com blá blá blá. Eu trabalho numa secretaria que é o coração da administração pública de um estado nordestino e o que vejo é de um amadorismo absurdo. E isso é replicado na esmagadora maioria da administração pública. Por falta de visão gerencial dos que comandam politicamente. Quem está de fora acha que se administra bem só com boa vontade e voluntarismo, mas isso não é verdade, precisa-se emponderar os técnicos para profissionalizar e mudar a cultura autoreferida da máquina pública. O pior de tudo é que as pessoas que estão no poder  nos vários escalões só querem cuidar de seus próprios intersesses. Não há uma diretriz para se priorizar o público ou seja o que se vê é o velho patrimonialismo, fisiologismo e clientelismo reinando até mesmo nos autoproclamados modernos partidos da esquerda. Então, uma das grandes qualidades de Eduardo Campos foi esta, emponderar a área técnica em detrimento da área política, mas baseado em uma administração fundada em índices e monitoramento, apurando responsabilidades que se desdobrava em consequências. 

      1. Eduardo não era tudo isso

        Discordo de voce e da pessoa que voce concordou.Primeiro, não se deve comparar aajudar que Lula deu a Eduardo com a dada a João da Costa, até porque, no mais das vezes, os Estados recebem mais recursos do governo federal que os municipios.Depois, quero ver o administrador competente sem recursos para gastar, sem ter a força politica de trazer grandes empreendimentos politicos para seu Estado.Isso é balela! Todo pernambucanos sabe como FHC tratou Miguel Arraes.

    3. Concordo 100% com o que

      Concordo 100% com o que disseste. E só acrescento que o próprio Lula deu declaração ontem  dizendo que a ciumeira nos quadros do PT para com sua relação com Eduardo era enorme. Mas que isso não se justificava, pois o único fato de Pernambuco receber mais dinheiro que os outros era que apresentava projetos viáveis por ser mais competente que seus cogestores e estes só vinham com blá blá blá. Eu trabalho numa secretaria que é o coração da administração pública de um estado nordestino e o que vejo é de um amadorismo absurdo. E isso é replicado na esmagadora maioria da administração pública. Por falta de visão gerencial dos que comandam politicamente. Quem está de fora acha que se administra bem só com boa vontade e voluntarismo, mas isso não é verdade, precisa-se emponderar os técnicos para profissionalizar e mudar a cultura autoreferida da máquina pública. O pior de tudo é que as pessoas que estão no poder  nos vários escalões só querem cuidar de seus próprios intersesses. Não há uma diretriz para se priorizar o público ou seja o que se vê é o velho patrimonialismo, fisiologismo e clientelismo reinando até mesmo nos autoproclamados modernos partidos da esquerda. Então, uma das grandes qualidades de Eduardo Campos foi esta, emponderar a área técnica em detrimento da área política, mas baseado em uma administração fundada em índices e monitoramento, apurando responsabilidades que se desdobrava em consequências. 

  27. E ele arguindo o R onaldo na

    E ele arguindo o R onaldo na Cpi da nike? Nunca vi um parlamentar fazer uma pergunta tão esdruxúla como a que ele fez. Até o Ronalducho que não é nenhuma sumidade ficou com pena!,,,,

  28. Discordando inicialmente das
    Discordando inicialmente das palavras do texto em que diz que o Eduardo herdou do Miguel
    Arraes a preocupação com os pequenos. É um erro grave afirmar isto, basta observar que eram pessoas totalmente distintas na forma de fazer política. Sou pernambucana e foi traumático para todos nós. Mas a política nova de Eduardo era velha nas alianças e a política velha do Arraes era mais nova, ligada as bandeiras de lutas como reforma agrária. Acredito que as análises podem ser verdadeiras quando não somente elecamos os méritos mas também as deficiências. Eduardo precisava amadurecer muito politicamente. Descentralizar as ações. Mas tudo foi muito triste para todos nós.

  29. O day after

    Se há uma coisa em comum também entre Eduardo e seu avô, após suas mortes, é o fato de deixarem um vácuo sucessório, pelo menos fora do círculo familiar. Uma das características mais fortes de ambos foi a centralização política em torno de si. Difícil dizer se por falta de confiança ou pela própria incapacidade dos participantes próximos do grupo político que dirigiam. Tanto Eduardo Campos como Miguel Arraes não possuiam coadjuvantes aptos a assumirem posições de liderança com eles fora do jogo. Este é um problema de personalidades públicas que emergem em um meio que proporciona tais condições por diversos motivos, entre eles um certo retardamento geopolítico peculiar em regiões como o nordeste brasileiro. Neste aspecto a sucessão se forma no espectro familiar, quando há esta possibilidade. 

    Eduardo foi muito provavelmente o mais competente político de sua geração, dito isto de forma objetiva em uma análise independente de sua posição ideológica. Entre todos os políticos de sua geração seria o mais provável presidente do Brasil em um futuro próximo. Não tenham dúvidas.  Além de sua capacidade de movimentação e articulação, conhecia como poucos o ABC da política miúda, as carências mais prementes das camadas populares menos favorecidas e conseguiu fazer um governo se não ideal, porque isso seria até impossivel, mas melhor do que se esperava ou do que qualquer um tenha feito em Pernambuco nos últimos 50 anos, incluindo as gestões pós 64 de seu avô.

    O Brasil perdeu com sua morte prematura, pois fazia parte do setor político que, no governo ou na oposição, contribuia para o debate sério, menos demaogo e menos fisiológico.

    A discussão gerada com sua morte sobre a sucessão presidencial, ao contrário do que muitos pensam ou até torcem, não impulsionará qualquer candidatura, muito menos a de Marina. Sem ele, o PSB não assumirá, sem uma cisão interna, a candidatura de sua vice, simplesmente por faltar ao partido a unidade que um sucessor à altura de Eduardo conseguiria manter, pelo menos até outubro. Marina, candidata ou não, não alterará o quadro do resultado eleitoral mais do que o próprio Eduardo alteraria. Sem ele a campanha perde, da mesma forma que as chances de qualquer time diminuem sem o seu melhor jogador.

  30. O projeto do PSB de Eduardo

    O projeto do PSB de Eduardo Campos, segundo ele, não se diferenciava do projeto trabalhista de inclusão social e avanço econômico, ao mesmo tempo. Apenas colocava-se o nome de Campos como mais capaz de levar este projeto à frente com muito mais competência e equilíbrio de governabilidade.

    Resta saber agora se o PSB vai trair este projeto-sonho que tem transformado o Brasil com conquistas extraordinárias, para se colocar a reboque de partidos nítidamente de direita neoliberal e anti-social, como o PPS e a Rede da candidata que já foi verde, mas hoje se reune com banqueiros e defende a submissão a todo custo ao tripé ortodoxo que faz a alegria dos grandes comandantes do sistema financeiro e a total infelicidade dos restantes 90% da população mundial.

    Se o PSB fizer isso, estará enfiando uma peixeira de doze polegadas nas costas da memória de seu fundador Miguel Arraes e também dos trabalhadores brasileiros. É bom saber que, apesar do irmão de Eduardo apoiar Marina, sua prima Marília Arraes, a verdadeira personalidade política que resta à família, desde que Marina entrou na jogada se afastou do partido e denunciou o perigo do desvio de objetivos ideológicos que passou a rondar a candidatura de seu primo.

    1. As verdadeiras razões

      A prima de Eduardo afastou-se por ter sido preterida por este a um voo mais alto nesta eleição. Eduaro temia as críticas sobre o apadrinhamento político dos seus, por isso não incentivou uma candidatura da atual vereadora a deputância federal, por exemplo. Isso a entristeceu deveras, razão pela qual “rompeu ” com o primo.  Chamá-la de verdadeira personalidade polítcia da família é jocoso e utilizar-se de um discurso de aparências de Marília é ser raso nas informações.

  31. É Humano: Vamos tomar um cafezinho?

    Não temos grandes alternativas para a Sucessão Presidencial.

    Mas, Dilma, pelo menos, é Honesta, Trabalhadora, Idealista (e, até acho, que morreria (ou, aceitaria ser torturada de novo) por um Projeto de Brasil Grande).

    É meio Disléxica, quando fala normalmente (sem a Oratória perfeita de quando ela é provocada).

    Porém, trabalha, e muito, pelo País.

    Eu tinha dificuldades em entender o porquê do Nassif ralhar (ralhar: sim, este é o Termo, meio infantilóide) tanto com a Dilma acusando-a de Centralizadora, Não Participativa, etc…

    Além de contaminado pelo Ambiente Corporativo (vide citação, que não foi a primeira, ao Gerdau), Dilma não deve ter feito um convite ao Nassif.

    Um convite em especial, merecedor, até, de uma menção póstuma ao Eduardo Campos:

    “Há duas semanas ligou do Recife para marcar um café da manhã. Não deu tempo de conhecê-lo melhor.”

    Dilma precisa, urgentemente, convidar o Nassif para tomar um “café da manhã”…

     

  32. Houve um tempo em que eu

    Houve um tempo em que eu cheguei  a pensar em votar no Eduardo no futuro, tinha uma visão positiva dele e apostava que o Lula o apoiaria se ele esperasse. Mas, não, ele queria pra já, tinha uma urgência que até parece que sabia ou desconfiava que não viveria até lá. Acredito mesmo que o Lula o apoiaria, agora o Lula não iria de jeito nenhum deixar a Dilma no meio do caminho, não é do feitio dele dar rasteiras em companheiros. Mas, o que o Eduardo fez? Abandonou os antigos companheiros e se aliou ao que há de mais retrógado na política brasileira com toda sua bagagem de capacidades, com toda sua história e a do avô, se apequenou. Não combina a história dele com a história das pessoas com quem se aliou. Uma grande pena. Não foi por achar defeitos na Dilma ou no seu governo que ele deixou tudo pra trás, me recuso não dizer o que penso, ele foi atrás das suas urgências, isso sim.

    Concordo que o Eduardo era um político capacitado com planos para o Brasil, mas daí pensar que outro político que assuma o seu lugar, seja a Marina ou outro qualquer vai levar seus projetos adiante, pois o que ele iria fazer só ele tinha a forma, o jeito de fazer, outro vai fazer é do seu jeito. Aliás, não ficou claro pra ninguém o que ele iria fazer, talvez ao longo da campanha ficaríamos sabendo, mas estamos sem saber quais eram os reais projetos dele, porque passe livre é projeto pra prefeito, não para presidente.

    Não dá nem para comparar o Eduardo com a Marina, se ele foi um sucesso no Ministério da Ciência e Tecnologia, no governo de Pernambuco, etc., a Marina na pasta do Meio Ambiente foi um ora-veja-mas-que-coisa. Ninguém consegue entender um parágrafo do que ela diz, é um tal de programático pra lá e sonhático pra cá que é um horror. Nós precisamos é de concretude.

     

  33. Como colocaram sobre Eduardo:

    Como colocaram sobre Eduardo: Morreu um político jovem e promissor. Promissor, pois ninguém sabe com certeza o real motivo de sua candidatura à eleição presidencial esse ano. Que ele continuasse fiel as suas idéias? Dava para acreditar, ele passava essa credulidade. Mas ninguém sabia, e infelizmente agora jamais saberemos, qual a intenção ou o por quê de seus movimentos no tabuleiro do xadrez político. Se candidatar prematuramente? Excesso de arrogância, vencer a qualquer custo? Mas por que então não deixar para a Marina, com mais chances que ele na disputa. Ou sabia que era impossível bater a Dilma nessas eleições e por isso foi para o pleito? Com quais motivos? Ampliar as bases do partido e de aliados? Aparecer, debater idéias? E quais idéias seriam colocadas nos programas e nos debates? Suas idéias, as quais afirma ser fiel? Enfim, uma lacuna que impossível de ser prenchida. E um jovem político, ao qual pôde se dar ao luxo de correr riscos e se aventurar.Ao final, colheria os frutos de sua aventura. Inovação, maior visibilidade sua e de suas idéias, maior base política, um novo projeto, um novo modelo, um novo debate político nacional? Jamais saberemos…

    1. qualque  idiota já sabe que

      qualque  idiota já sabe que os próximos oito anos depois desse mandato será de Lula. Se Dilma ganhar é dele, se perde mais ainda tem que ser dele, pois o petismo não tem mais suportar ficar 4 anos fora do poder  sem ser  extinto.  E depois disto, será  Dirceu, Hadad, Padilha, etc….  Portanto, essa é a única janela pelos próximos 100 anos de alguém vencer o petismo

      1. Não se deve pensar em tirar

        Não se deve pensar em tirar um projeto de país do poder simplesmente porque se está com enfado e tédio burguês de supostamente ver sempre a mesma coisa todos os dias. Para tirá-lo, é preciso ter um outro projeto de país, acreditar nele ao ponto de doar sua vida por ele, lutar por ele em todas as trincheiras e finalmente confrontá-lo vitoriosamente com aquele que está no poder.

  34. E era?

    Aposto que não era nada disso. Pelas poucas entrevistas que vi, me parecia um tolo a tentar enrolar outros tantos tolos. Não o estou chamando de tolo, Nassif, mas de vez em quando você dá umas maneiradas, ou seria mineiradas? O Gerdau, que co-autorizou a compra de Pasadena,  não tem autoridade para avaliar CEOs. Espero que Eduardo esteja no Céu e cada um cuidando do que é Seu. Seu Nassif, me bata um abacate.

  35. Nassif saiu da Folha de São

    Nassif saiu da Folha de São Paulo. Mas a Folha não saiu do Nassif. 

    Com certeza o Eduardo Campos só se preciptou ao lançar-se candidato porque foi seduzido por parte da elite predadora de São Paulo que não se dá bem com o Aécio. O fato dele ser candidato agora mostrou a sua fragilidade, e desnudou a pseudo-terceira via que o Nasif tanto procura.

    Não há meio termo. Os governos petistas são a social-democracia no Brasil, que com muita dificuldade faz alguma distribuição de renda. A alternativa é a enganação, tipo “liberal socialismo”. Cruzamento de rapoza com galinha. Um “Fernando Henriquismo” atualizado. Sei lá, rentismo com Criança Esperança. Ou os ativistas anarco-blackblocks #nãovaiteralguma coisa.

    Fora isso, a morte do Eduardo Campos foi brutal. Polticamente falando, erros a parte, provocava um debate em relaçao à dictomia PT/PSDB. E a questão do ser humano nem precisa falar. 

    1. LIDERANÇAS POUCA SÓ NA DIREITA/GOVERNARAM POR INTERESSES PESSOAI

      Caro Chico Pedro, o problema no Brasil não é de liderança e sim de competencia. Vejamos, quando o PSDB governou o País, só se manifestou em benefício próprio (PRIVATARIA TUCANA), pouco ou quase nada fazendo pelos menos favorecidos. Atualmente, com o sucesso do Governo Progressista do Partido dos Trabalhadores, nós (graças ao bom Deus) temos grandes lideranças comandando nosso País. Não queria citar nomes, porem fica dificil de deixar de citar a dupla Lula/Dilma., como as principais lideranças políticas da atualidade. 

      1. Da geração na casa dos
        Da geração na casa dos cinqüenta tem quase ninguém, relevante só o Aécio.

        Depois dele vejo o Haddad e o Lindenbergh.

        É muito pouco.

  36. O PSB e a presidência da República

    Reais chances de assumir a presidência da república para o PSB foi na eleição passada, com a chapa imbatível do Ciro Gomes com o Requião.

    Ao barrar a chapa e apoiar o plebiscito antidemocrático do Lula o Campos garantiu a vaga de candidato.

    Não me agradou esta manobra política.

    O PSB perdeu a chance de presidir o Brasil e renovar nossas instituições, principalmente a mídia e a econômia.

    RIP Campos.

  37. Que ele tinha inegáveis

    Que ele tinha  méritos pessoais, políticos e técnicos, isso é inegável. Iguamente, fez boas administrações à frente do Executivo de Pernambuco. Entretanto, temos que dar os efetivos descontos dadas as peculariedades e detalhes que certamente não anularão a resultante global positiva.

    Primeiro com relação aos méritos pessoais: tal qual Aécio Neves, Eduardo Campos nasceu e vicejou à sombra do gigante chamado Miguel Arraes. Ao avô deve sua introdução e sua visibilidade na política. Tal qual o candidato do PSDB à presidência, restringiu seu experiência laboral a área pública, o que não implica em desdouro, mas evidencia que não dependeu só de seus méritos para chegar aonde chegou. Assim como  Aécio sem Tancredo, fica difícil dissociar ou ignorar na sua trajetória vitoriosa o peso político e moral do seu finado avô. Nesse sentido, ele foi, sim, herança de um sistema político oligárquico tão característico por essas bandas do Brasil. Se era de índole esquerdista, isso não desmente o factual.

    Segundo: repete-se na dimensão técnica-administrativa o modelo e os impulsos na seara política, qual sejam, contar com o apoio irrestrito de um governo central cujo comando estava nas mãos de mais que um aliado político, um governante empenhado em favorecer sua região, e especialmente seu torrão natal, no caso o sr. Lula da Silva. Um respaldo que nenhum outro gestor estadual chegou nem de perto de possuir. Será que essa mesma expertise administraria se revelaria num ambiência desfavorável? Nunca saberemos.

    Quanto ao que animou sua, para alguns precoce, candidatura, realmente não sei os motivos. Os desvãos das políticos me são misteriosos. Lá no fundo do meu ser de vez em quando emerge uma espécie de insight: será que o fez sem o respaldo de Lula? Falou mais alto o ego ou a racionalidade, ou seja, foi um ato pessoal ou apenas uma jogada no tabuleiro de xadrez da política por indução de um parceiro, este sim, um gênio nessa esfera?

    Esse segredo, se é que existe, ele levou para o túmulo.

     

    1. Os neossocialistas Heráclito

      Os neossocialistas Heráclito Fortes, Bornhausen e Caiado apoiaram Eduardo Campos. Então fica assim: sai Sarney e Renan Calheiros e entra os neossocialistas. Faça suas contas e veja que bela troca.

      1. “O que é esquerda, afinal?

        “O que é esquerda, afinal? “

        “Basicamente, é a ação política com o objetivo de implementar um estado totalitário que obtenha o máximo de controle sobre a vida de seus cidadãos, de forma que tudo beneficie os burocratas que tomam conta deste estado. Esquerdismo é a crença nessa ação política, e, por consequência, no estado inchado e interventor.”

        A direita é o inverso.

  38. A vida das pessoas não é como

    A vida das pessoas não é como começa; é como termina: 

    Cada pessoa é uma consideração intransferível.

    Amém.

    Simbolismo é a parte do ponto de vista igual.

    O PSB e PSDB são simbolos de uma base mais adiantada dos economistas – o plano superior do apoio.

    *******

    Aésim perdeu a outra base para o segundo turno; do simbolísmo ele é o herdeiro social.

    Esta é a eleição da sociedade capitalista.

    Sociedade capitalista é nunca ter o direito de estar num plano superior.

    Individuos são apenas o meio da riqueza jorrar abundantemente

    Mas minha cabeça não é o esgôto da estrutura econômica.

    1. Lá vai, Aliança: tu agora

      Lá vai, Aliança: tu agora homenageias o Miguel Arraes? Esqueceu quem ele foi, o que representou?

      É o que sempre afirmo: na fase atual da política não existem liberais, comunistas, socialistas, anarquistas, conservadores….Todo mundo é na realidade anti-PT; mais especificamente, anti-Lula.

      Nesse afã, liberais(ou que se dizem liberais) tem até crise de amnésia ideológica. 

      Se isso não for ódio e fixação é o quê mesmo?

      1. Não coloquei por mim, minha

        Não coloquei por mim, minha opinião sobre Eduardo é irrelevante, postei por vocês. pq existe gente realmente honesta e com boas intenções apenas estão iludidos por lideranças nefastas.

        Saber separar o joio do trigo é o principio que norteia qualquer democrata e liberal que deseje fazer politica de qualidade.

        “O que é esquerda, afinal? Basicamente, é a ação política com o objetivo de implementar um estado totalitário que obtenha o máximo de controle sobre a vida de seus cidadãos, de forma que tudo beneficie os burocratas que tomam conta deste estado. Esquerdismo é a crença nessa ação política, e, por consequência, no estado inchado e interventor.”

        A direita é o inverso disso.

         

          1. Sim eu sei que é dificil

            Sim eu sei que é dificil acreditar que existe esquerdista honesto, que não queira apenas uma boquinha no governo, mas pode acreditar eles existem,lutam por um país melhor só que estão apostando em nazistas disfarçados de “progressistas”.

  39. O ideal de representação do Brasil pelo (investimento) exterior.

    Por Hegel – pag. 66 -: “A determinação é como que a ponte para chegar à representação, à manifestação exterior. Quando esta determinação não é inerente à totalidade provinda da própria ideia e quando se representa esta ideia de um modo tal que ela não pode determinar-se e particularizar-se pelas suas próprias forças e meios, então a ideia permanece abstrata e não é em si, mas fora de si, que encontra a sua determinação e o princípio da sua manifestação adequada. Por isso a forma que reveste uma ideia ainda abstrata é uma forma exterior, uma forma que a ideia de si própria se não deu.

    Pelo contrário, a ideia concreta guarda em si o princípio do modo de expressão, dá-se a si própria, com inteira liberdade à forma que lhe convém. A ideia verdadeiramente concreta engendra assim a verdadeira forma, e é na correspondência entre uma e outra que reside o ideal.

    Pag. 67 -: “Há, em primeiro lugar, a demanda daquela unidade verdadeira, que é aspiração à unidade absoluta: a arte (valor e produção) que ainda não atinja essa perfeita interpretação, que ainda não obtenha o conteúdo que lhe convém, não possui a forma precisa e definitiva. O conteúdo e a forma buscam-se assim um ao outro, e enquanto se não encontram, não reconhecem, não unirem, permanecerão estranhos um ao outro sem relação de contiguidade entre si.

    Pag. 68 -: “A ideia indefinida (câmbios), a ideia infinita (exterioridades), apropria-se da forma, e esta apropriação de uma forma que não lhe convém tem todos os aspectos da violência: na verdade, só maltratada e contundida, uma forma é apropriada pela ideia a que não convém. A ideia que assim usa da violência para inserir em formas, aparece como representante do sublime porque essas formas não lhe são adequadas.

     

    1. Marina vai trair a si mesma?

      Antônio de Souza: Marina vai abandonar Suplicy e apoiar Serra e Alckmin? E os candidatos do agronegócio?

      marinasuplicyAlckmin-e-Serra-e1408198575179

      A mosca azul vai picar Marina? Ela vai romper de vez com a coerência da nova política e apoiar Serra ao Senado e Alckmin ao Governo?

      por Antônio de Souza, especial para o Viomundo

      A direita sabia que Dilma Rousseff (PT) ia ganhar no primeiro turno, como o mercado e os editorialistas da grande imprensa já sinalizavam em letras pequenas nas publicações. Agora, eles estão em festa em cima do cadáver insepulto de Eduardo Campos, pois acham que com Marina levarão a eleição para o segundo turno.

      O jornal Estado de S. Paulo dá em manchete o que os tucanos tanto querem: Marina candidata a presidente, desde que ela respeite os acordos regionais.

      Ou seja, desde que, em São Paulo, apoie os tucanos Serra para o Senado, em vez de Eduardo Suplicy (PT) (a quem já declarou apoio), e Alckmin para governador.

      Que no Paraná, ela apoie o desastroso governo de Beto Richa (PSDB). Assim como os candidatos do agronegócio pelo país afora, além de outros acordos fechados por Eduardo Campos que ainda não são públicos.

      O Estadão afirma que o PSB pode definhar sem um nome forte, apesar de setores do PSB avaliarem que outro nome do partido  teria algo como 10% e garantiria a sobrevivência e o futuro do partido, já que Marina deve ir para a Rede, tão logo tenha oportunidade, como há tempos anunciou.

      A possibilidade da presença de Marina levar a eleição para segundo turno e prejudicar Dilma é um fato já demonstrado pelos números da eleição de 2010, especialmente por diminuir os votos nulos e brancos.

      Mas qual será o estrago para os tucanos?

      Bem, na hipótese de Marina superar Aécio e ir para o segundo turno, haverá  consequências para as eleições de governadores e deputados, podendo enfraquecer ainda mais o PSDB e enterrar qualquer sonho de futura candidatura de Aécio Neves à presidência em 2018.

      Marina já declarou voto no senador Suplicy para não se associar a Serra e ao escândalo do propinoduto paulista.

      Assim, se ela não fizer campanha para Alckmin e Serra, ela prejudica o duplo palanque montado por Eduardo Campos em favor dos tucanos. O vice de Alckmin é do PSB.

      Com Marina no páreo, a eleição no maior colégio eleitoral pode dar vitória a Dilma no primeiro turno, considerando que em 2010 ela teve 21% dos votos no Estado de São Paulo. Atualmente Aécio tem 20% a menos de votos que Serra e deve desidratar mais ainda, perdendo votos para Marina.

      Portanto, Marina cria dificuldades para Alckmin, que pode perder votos no final da campanha e levar a eleição para o segundo turno no Estado.

      Lembro ainda que Marina proibiu o uso da sua imagem associada a Serra e Alckmin nos comitês de Eduardo Campos.

      Já em Minas Gerais a situação é mais dramática. Aécio pode cair e Dilma até superá-lo, tendo em vista que nas últimas eleições presidenciais ela teve 21% dos votos válidos lá.

      Isso gera, como efeito secundário, problemas para a candidatura de Pimenta da Veiga que queria crescer no vácuo de Aécio e terá um teto menor. Ainda pode fazer com que o candidato do PSB cresça e leve a eleição para o segundo turno.

      No Rio de Janeiro, a entrada de Marina, onde em 2010 ela teve votos na casa de 30%, vai desidratar ainda mais a candidatura de Aécio no Estado. E pode até ajudar Linderberg, visto a aliança com Romário ao Senado.

      Isto sem falar que a entrada de Marina fará com que o PSB perca os palanques de candidatos ligados ao agronegócio e ao PMDB, como Ivo Sartori, no Rio Grande do Sul (RS) e Nelson Trad, no Mato Grosso do Sul(MS). Curiosamente Dilma vem crescendo nesses  estados. Ainda em Santa Catarina teria de apoiar Paulo Bornhausen (PSB), filho de Jorge Bornhausen ao Senado.

      Marina teve um gesto ético, que a grande mídia não teve. O de esperar o enterro de Eduardo Campos para, aí, tratar da sucessão presidencial. Agora enfrentará um enorme desafio: manter a sua coerência política ou, então, se dobrar às pressões tucanas e do agronegócio. A resposta a esses dilemas só teremos na próxima semana.

       

  40. Eduardo Campos
    Eduardo passava uma vitalidade na sua figura, na sua pessoa, na sua voz aliada a muita firmeza, simpatia e afeto. Era o candidato que a gente queria ouvir, acreditar. Era o Brasil que se encontrava no mais recôndito da nossa alma, do qual a gente nunca desistiria.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador