Insisto na tese de que o Ministro da Defesa, general Braga Netto, está à frente da ofensiva bolsonarista, para colocar em dúvida as próximas eleições.
O avanço militar no país começou no governo Michel Temer. Assumindo a presidência, por conta o impeachment, o governo Temer era frágil o suficiente para tentar se alicerçar em algum poder. Optou-se pelo poder militar. Coube ao comandante do Exército, general Villas Boas, indicar o general Sérgio Etchgoyen para o Gabinete de Segurança Institucional GSI).
Etchgoyen era camarada, amigo e homem de confiança de Villas Boas. E politicamente muito mais atrevido.
Começa ali a saga militar.
O segundo momento foi após o episódio da gravação da conversa de Temer pelo empresário Joesley Batista, da JBS. Recorde-se que o responsável pela segurança de Temer era o próprio Etchgoyen. No mínimo, foi relapso.
O enfraquecimento de Temer abriu espaço para aceitar uma Operação de Garantia de Lei e Ordem (GLO) no Rio de Janeiro. Não foi uma GLO convencional. Atropelando a Constituição, a chefia da intervenção foi conferida a um militar, o general Braga Netto. Raquel Dodge, a Procuradora Geral da República, não teve coragem de impedir a decisão, claramente inconstitucional.
Por trás dela, havia a figura de Etchgoyen, convencendo Villas Boas a pressionar Temer. É nesse quadro que emerge a figura de Braga Netto.
De lá para cá, houve os seguintes episódios:
1. Questionamento das eleições por Bolsonaro. Confrontado pela posição firme do Ministro Alexandre de Moraes, Bolsonaro ameaçou recuar. Mas voltou aos ataques brandindo um trabalho fajuto de um empresário paulista, sobre as eleições de 2014, que chegou ao Palácio através de um oficial da Inteligência do Exército.
2. A visita de Bolsonaro à Rússia, com uma comitiva pequena, com a participação dos seus militares- entre eles Braga Netto – e do filho Carlos Bolsonaro – o principal responsável pelas suas estratégias digitais. Chegando lá, correspondentes brasileiros trouxeram a informação de que um dos temas tratados seria o da segurança digital. A troco de quê uma reunião dessas, em visita diplomática? Acordos dessa ordem são tratados com antecedência – e o Brasil já tem um acordo firmado com a Rússia.
3. Ontem, o futuro presidente do TSE (Luiz Edson Fachin) alertou para uma guerra cibernética contra a democracia. “A guerra contra a segurança no ciberespaço da Justiça Eleitoral foi declarada faz algum tempo — afirmou. — Violar a estrutura de segurança do TSE abre uma porta para a ruína da democracia”.
4. Em setembro passado, o TSE criou uma comissão para ampliar a fiscalização do processo eleitoral. Um dos membros é o General Heber Garcia Portella, comandante de Defesa Cibernética, pelas Forças Armadas. O comitê foi convocado para assistir aos testes de segurança das urnas. O general Portella recusou-se a participar.
5. Ao mesmo tempo, revelou-se uma nova manobra do Ministério da Defesa, procurando desacreditar o TSE. No final do ano, no início do recesso do Tribunal, enviou um questionário com várias perguntas técnicas sobre as urnas. E solicitou sigilo. Na semana passada, Bolsonaro voltou a atacar o TSE, afirmando que o Exército havia detectado vulnerabilidades nas urnas. Ou seja, o Ministério da Defesa pediu sigilo para o questionário enviado ao TSE, mas abriu espaço para que Bolsonaro manipulasse o conteúdo do questionário.
O TSE reagiu divulgando o relatório e mostrando que em nenhum momento nada foi questionado. O questionário apenas formulava perguntas, que foram respondidas.
6. Finalmente, veio a informação de que o general Fernando Azevedo e Silva, legalista, convidado por Alexandre Moraes para assumir a área de segurança do TSE, declinou do convite alegando questão de saúde. Antes disso, Azevedo foi Ministro da Defesa e pediu demissão alegando que não aceitaria que as Forças Armadas fossem envolvidas em jogadas político-partidárias.
Não se tenha dúvida de que, por mais que o TSE tenha sido claro, na resposta às dúvidas da Defesa, o conteúdo do relatório será utilizado na ofensiva contra as eleições.
Por trás de tudo, o comando do general Braga Netto.
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Tirar as forças armadas da política será uma luta árdua, pois é uma tradição de 150 anos, desde o fim da Guerra do Paraguai e o piorlegado do conflito. O problema atual é que o alinhamento com os Estados Unidos, visando a reconstruição do poderio americano, há de toldar qualquer iniciativa democrática no país.
O mesmo Braga Netto, que não passa de um sargentão sem compostura, que foi poupado pela CPI da Covid, Detalhe, poupado inclusive por setores ditos progressistas.
ABAIXO À CENSURA,GGN ME DEIXE ME COMUNICAR !
ABAIXO À CENSURA,GGN DEIXE-ME COMUNICAR !
Diziamqueasinstituicoesestsvam
Funcionandoapleno.
Ogolpejaestavadado.
Oqueseviueisto.inflacaoalta,
Descontroledetodasascoisasemque
Ogovernotinha.etemodeverde
Gerirpranacao.
Fica a dúvida: essa “desistência” do general Azevedo agora é covardia mesmo perante o gorila-alfa Braga Netto ou um sinal de que a milicada está resolvendo suas diferenças internas e novamente se reunindo em bloco, como em 64, 2016 e 2018, agora com o grito de guerra uníssono “Somos todos Genocida” ressoando nos quartéis”? Pelo histórico desses parasitas mamateiros e lesa-pátria, já devem estar avançados em novo golpe para continuarem a recolonização e saqueio do Brasil e a semi-escravização do seu povo.
Não esquecer que o general Azevedo foi indicado diretor do TSE em 14 de dezembro e, nesta condição de comando, frequentou – ele e sua equipe de milicos de confiança – por 2 meses o tribunal, com acesso livre a todos os seus espaços, recursos e informações, principalmente sobre as eleições. Será que desistiu porque já obteve – ele e sua equipe – o que queria, o suficiente?
E nõa custa lembrar também que, infelizmente aplaudido por parte da esquerda, o general Azevedo, ministro da defesa no comando de 500.000 soldados, deu o criminoso exemplo de louvar e comemorar oficialmente, em sucessivos 31/03, uma ditadura e os seus militares facínoras, estupradores, torturadores, assassinos e impunes.
Desespero dos milicos pelo fim da folia e da mamata no governo Bolsonaro, mas também querem marcar território agora para que em um futuro governo Lula seja garantida a extensão de mais regalias ou a no mínimo a continuidade delas.
O golpe foi dado em 2016.
Tudo está sendo feito e será feito para manter o golpe.
A reafirmação do golpe será feita, se necessária, no momento certo.
Representando desde sempre, a maior ameaça para a democracia, o que justifica a existência das forças armadas, uma instituição tão inútil quanto custosa para os cofres públicos?
É preciso lembrar que o mascote do movimentou que vei a golpear a presidenta Dilma era um pato.
Este pato é a mais pura representação nossa,do povo. Somos patos e estamos sendo feitos de patos desde,pelo menos,2013.
O golpe não foi dado para entregar o poder novamente a quem foi surrupiado dele. O golpe foi dado para atender a interesses da grande mão invisível cujo fantoche maior é composto pelos falcões do norte.
O Brasil ocupa posição estratégica na geopolítica internacional e essa mão invisível fará de tudo para manter seu poder de fato e,para tanto,o Brasil não pode cair nas mãos de quem não anda com as calças arriadas.
Um novo mundo está surgindo e essa gente fará de tudo para adiar esse surgimento completo. Destruir o Brasil,como vem sendo feito,é simplesmente um efeito colateral dessa reação.
Os milicos milicianos,aqui,são somente os estafetas e lambedores de botas superiores que querem utilizar a força,a nossa força constitucional,contra o próprio país.
Medrosos e covardes,farão de tudo e mais um pouco para não irem às barras de um tribunal.
Escórias!
As forças progressistas precisam usar informações importantes como essa do Nassif para se prepararem adequadamente para essa guerra eleitoral que já começou e fica cada vez mais apimentada e desrespeitosa com as leis vigentes.
Há de louvar-se a resistência até agora demonstrada pelos senhores Ministros Barroso, Fachin e Moraes contra os arreganhos autoritário e fascista das Forças Armadas, que, a partir do golpe fascista de 1’964 tornaram-se hegemonicamente serviçais das classes dominantes e do imperialismo norte-americano.
Porém, de um lado, a crônica pessoal desses ilustres personagens não nos autoriza confiar em uma intransigente e resoluta atitude de defesa da democracia da parte deles.
Está na hora de convocarmos o povo, por meio dos sindicatos, das entidades estudantis e da sociedade civil para que nos mobilizemos todos, a partir de agora, contra as forças fascistas, claramente empenhkadas, hoje, em abortar o processo de redemocratização do País.
João Carlos Bezerra de Melo Economista – Rio de Janeiro
Estes 3 anos de governo bolsonarista trazem novamente à tona a pergunta incontornável: para que servem as FFAA no Brasil? Há um enorme desperdício de recursos públicos para manter salários e privilégios de um oficialato ocioso que acaba por intervir na política, fazer negócios com a saúde do povo em plena pandemia, querer intervir na manipulação digital das consciências, indo buscar no império soviético técnicas ainda mais eficazes que as do império americano. Afinal o modelo do Big Brother de Orwell foi o stalinismo. É para isto que todos nós, contribuintes, pagamos as FFAA?? São supérfluas e um perigo para a democracia.
Há que se privatizar as FFAA, não servem.pra nada. Ora, os próprios militares entregaram nossas melhores empresas ao capital especulativo internacional, vai proteger o que mais?
O Brasil é um.pais desmoralizado por este bando de SANGUESSUGAS do erário público.
Mamateiros, ocioso e inúteis.
Enquanto ficarmos discutindo e dando bola para a intromissão das FFAA na política nacional, estaremos dando corda para que eles continuem a se intrometer, algo que é gritantemente fora de suas atribuições institucionais.
Além disso, tal foco quase permanente e até beirando a obssessão prejudica seu verdadeiro papel institucional que é a defesa externa do país, ao invés de combater a diversidade interna de opiniões, característica da própria democracia.
Note-se que não estamos generalizando as FFAA, pois ela própria é formada por diferentes, embora o resultado dos princípios de hierarquia e disciplina inerentes ao ambiente militar force a um não debate de opiniões e posições. Um terreno que, por falta de riscos externos reais de defesa, fora o imperialismo que adestra e coopta os mais medíocres, permite e viabiliza o domínio destes sobre os demais. Exemplos claros estão aí exercendo sua incompetência civil na política nacional, como Bragas, Helenos. Pazuellos, Ramos e até um capetão saciando-se da “sublime” vingança de ser o comandante “supremo” da institituição que o expeliu décadas atrás.
O fato é que esta injustificada atenção ao que pensam sobre a vida civil e política lhes alimenta com uma presunção de que nela importam e têm poder.
NÃO TÊM!
Observem a abstenção (sob pena de punição!) das FFAA militarmente muito mais poderosas! nas democracias desenvolvidas como EUA, França, Reino Unido, Países Baixos, Escandinávia, etc.
Ao contrário, o único país desta já pobre A.Latina que não puniu nem seus militares de mais baixa patente, somosnós. Até o julgamento dos seus (militares) fica reservado ou orientado a ser feito pelos seus próprios pares da justiça militar, diferenciando-os dos “demais’.
Esta intromissão cultural e histórica dessa instituição militar (ou seja, que não é civil) na democracia (que não pode ser militar por princípio: hierarquia e disciplina x debate e diversidade) só vai acabar no braZil quando houver punição desta distorção: julgamento e condenação imediata e exemplar para que os demais (tipicamente medíocres porém ativos na distorção) não mais se aventurem nesta seara e concentrem seu foco na defesa nacional. Sequer responder a comentários militares (sobre política ou vida civil) ou voluntarismos como indicar militares para cargos civis, como na justiça eleitoral devem ser feitos. No máximo, ajudar na logística e apoio a ordem durante as eleições, onde as polícias de ajuda precisarem.
Intromissão militar na democracia não é assunto de discussão, mas de punição.
PONTO!
Complementando o comentário de 14:22:
1) Não confundir políticos históricos de reconhecida contribuição militar a seus países (muito ao contrário de fracasso no quartel) como Eisenhower, De Gaulle ou mesmo Churchill e Hindenburg com políticos que pensam a democracia como uma ridícula extensão da caserna. Foram EX-militares que entraram democraticamente para a política.
2) Qualquer militar, assim como juízes, policiais e qualquer outro cidadão podem ter livre opinião política ou qualquer outro assunto. O que não podem é exercer essa opinião utilizando-se de seus cargos e posições, juntando e misturando uma coisa com a outra.
3) Militares só podem ser julgados pelajustiça militar por crimes militares. Crimes civis, pela justiça CIVIL, evidentemente, não podem ter privilégios ou diferenciações.
4) A caracterização (civil e militar) de crime de (alta) traição é um buraco que falta em nossa legislação, permitindo que a venda e cessão de patrimônio nacional (seja físico, econômico, intelectual ou imaterial) seja historicamente praticada à vontade e a olhos vistos, à luz do dia, ao contrário, premiando quem as pratica. Em democracias desenvolvidas tais crimes (civis ou militares) podem ser punidas até com a morte.
5) Nossa constituição (base da legislação, dos princípios e valores legais da nação) é modificada a toda hora até por razões casuísticas como a apropriação do orçamento de valores comprometidos por julgamentos definitivos e irrecorríveis (precatórios x orçamento de uso vil, secreto e eleitoral).
É por coisas “simples” como essas que este riquíssimo país não consegue se tornar uma nação.
O esquema vai ser o seguinte:no dia da eleição a farsa de que apertei o numero do bozonar só que apareceu o Lula. Dai confusão generalizada em vários lugares do país. Pronto formaram o caldo para não entregar.