Luiza Erundina (PSOL) apoia a iniciativa do prefeito Ricardo Nunes (MDB) em estudar a implementação do passe livre nos ônibus de São Paulo. Ela é precursora da ideia e tentou implementá-la na capital paulista quando ocupou o Anhangabaú, mas não conseguiu por falta de apoio político.
Nunes encomendou estudos para verificar a viabilidade da medida. Informações na imprensa dão conta de que o atual prefeito quer usar o passa livre como plataforma eleitoral no pleito municipal de 2024, em que seu principal adversário deve ser Guilherme Boulos, correligionário de Erundina.
É uma ideia de reconhecimento de direitos sociais que devem ser partilhados pelo conjunto da sociedade. A implementação da tarifa zero dinamiza a economia e reduz o transporte individual. Ao diminuí-lo, cai a poluição e o número de acidentes, o que repercute no orçamento da saúde. Tem desdobramentos muito importantes sobre o mérito da proposta.
declarou ela
Precursora
Luiza Erundina foi prefeita de São Paulo entre 1989 e 1992. No cargo, ela e seu secretário de Transportes, Lúcio Gregori. A ideia era que o subsídio viesse de alíquotas que integram o IPTU. No entanto, a Câmara Municipal paulistana barrou a proposta.
Há 30 anos, Gregori e sua equipe construíram uma proposta com bases consistentes do ponto de vista técnico, financeiro, contábil. Faltaram condições políticas para aprovar a matéria. Mas a ideia era tão oportuna e necessária que sobreviveu por três décadas.
disse ela
Disputa à vista
A eleição à prefeitura de São Paulo de 2024 já começou nos bastidores da cidade e do estado. Além de Nunes e Boulos, Ricardo Salles começa a se colocar no pleito.
O ex-ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro se elegeu para a Câmara dos Deputados. Contudo, ele está por dentro dos bastidores do governador paulista eleito Tarcísio de Freitas e quer cargo no Palácio dos Bandeirantes para alavancar eventual campanha daqui dois anos.
No último pleito municipal em São Paulo, Guilherme Boulos foi o principal candidato da esquerda. O psolista chegou ao segundo turno contra o então candidato à reeleição Bruno Covas (PSDB), mas perdeu por 59,38% a 40,62% dos votos válidos.
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Ricardo Nunes era vice do tucano e assumiu o cargo no ano seguinte, após Covas falecer por conta de câncer.
Por sua vez, o nome apoiado por Jair Bolsonaro foi Celso Russomano. Ele amargou o quarto lugar, com aproximadamente 10% dos sufrágios.
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Uma proposta que já deveria ter sido implementada há muito tempo não fosse a perseguição implacável da mídia golpista e seus assemelhados.
Os interesses das empresas de ônibus também interferiram nesta questão já que seu “bônus” é tanto maior quanto maior forem os custos.