Lula chama Bolsonaro de covarde e critica “discurso violento” do Presidente

Johnny Negreiros
Estudante de Jornalismo na ESPM. Estagiário desde abril de 2022.
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Em entrevista, o petista também disse que o atual mandatário é "mentiroso"

Foto: Ricardo Stuckert.

Ao jornal Correio Braziliense, Lula (PT) criticou Bolsonaro pela condução do Auxílio Brasil, ressaltou a importância do combate à fome e citou questões que podem ser importantes em um eventual governo petista a partir do ano que vem.

O ex-Presidente também condenou o “discurso violento, cheio de bravata, bem típico de um covarde, que tenta estimular a violência no País” de Bolsonaro, associando isso à morte do petista Marcelo Arruda.

O ex-tesoureiro do PT foi morto por José Guaranho, um bolsonarista que teria motivações políticas no ataque. O incidente ocorreu no último sábado, quando Arruda fazia uma festa temática em alusão ao partido e a Lula.

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Combate à fome é “prioridade”

Segundo Lula, ele não vai descansar enquanto houver fome no Brasil.

É um compromisso de vida. Conseguimos, com toda a sociedade, criar políticas públicas e promover inclusão social que tirou o Brasil do Mapa da Fome da ONU, e agora estamos de volta. Essas políticas públicas foram desmontadas, e a fome voltou. Não tem por que o Brasil ter milhões de pessoas, milhões de famílias e crianças passando fome. Nós vamos resolver isso, é a maior prioridade“, ressaltou o petista.

Atenção à população pobre

Lula prometeu manter o valor de R$ 600 em pagamentos do Auxílio Brasil e criticou o atual mandatário pelo uso político do programa social.

Eu quero manter (os R$ 600). O PT queria que o Auxílio fosse de R$ 600 já em 2020. Bolsonaro que fez uma coisa engraçada: criou uma série de benefícios em período eleitoral que duram até dezembro. Depois disso, vale a palavra do Bolsonaro, que não vale nada, como o mundo sabe, porque todo mundo sabe que ele é um mentiroso, afirmou.

Lula nos braços do povo em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Foto: Paulo Pinto.

Para dar suporte aos mais carentes, o ex-Presidente deu a entender que o teto de gastos atrapalha o Estado brasileiro a alcançar esse objetivo.

Eu governei oito anos com responsabilidade fiscal, social, econômica, com todo o tipo de responsabilidade possível, sem precisar de teto nenhum. Em nenhum país existe esse teto. Nem no Brasil, onde a toda hora se cria uma exceção ao teto. O maior problema de teto no Brasil são as milhares de famílias que viraram sem teto nas grandes cidades, morando nas ruas. Esse é o teto que me preocupa“, destacou ele.

Chances de golpe militar

Questionado sobre as ameaças de golpe militar por parte do bolsonarismo, Lula disse que o Planalto “tem que respeitar” os resultados das urnas. “Não é opção dele (Bolsonaro)“.

Alianças eleitorais

Lula afirmou que Bolsonaro “não tem muitos aliados, porque estão vendo as pesquisas que não é uma boa se associar a ele“.

Então, em Minas, no Rio de Janeiro, em São Paulo os candidatos dos partidos dele estão é escondendo ele“, disse.

Movimento “Juntos Pelo Brasil” lança, em São Paulo, com Lula e Alckmin, diretrizes do plano de governo e plataforma virtual para participação popular. Foto: Ricardo Stuckert

O povo brasileiro viveu meu governo. Saí da presidência com grande aprovação. E o povo brasileiro tem lutado para sobreviver ao governo do Bolsonaro, em que muitos morrem de covid, de fome, de tiro. Em que as pessoas buscam osso, buscam carcaça de frango, porque não podem comprar carne“, explicou Lula.

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