Pesquisa IPEC mostra chance real de Lula vencer no primeiro turno
por Eliara Santana
O JN dedicou 5 minutos aos resultados da pesquisa Ipec (ex-Ibope) divulgada ontem. Segundo Bonner, o Instituto fez um primeiro cenário com 10 candidatos, e no resultado, o ex-presidente Lula está no limite da margem de erro para ganhar no primeiro turno. A margem de erro é dois pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa também fez sondagens sobre a avaliação do governo Bolsonaro e a desaprovação a ele, que aumenta, além de medir a confiança em Jair – 69% dos entrevistados disseram que não confiam no presidente.
Vale lembrar ainda que, tradicionalmente, o JN alega não publicar pesquisa de intenção de voto fora do ano eleitoral.
Vejam os dados da intenção de votos para o cenário mais ampliado:
Nesse cenário ampliado, brancos e nulos somam 9%.
Depois, a pesquisa usou o cenário com cinco candidatos. Lula mantém a liderança e a perspectiva de vencer no primeiro turno considerando-se a margem de erro. Aqui a pesquisa apresenta a evolução dos candidatos, o que mostra uma tendência de consolidação.
Observem um detalhe: o Instituto não divulgou resultados de projeção do segundo turno. Pode ser que o façam hoje, talvez. Mas a não divulgação pode significar que o resultado foi muito expressivo não apenas contra Bolsonaro, mas contra todos os demais almejados para a tal terceira via. Ou seja, até num hipotético segundo turno com o nome da tal terceira via, Lula vence, e vence com folga.
Claro, há ainda um ano para a eleição, muita coisa pode mudar e muda efetivamente, mas a consolidação de Lula é inegável, assim como o pífio desempenho da terceira via e a consolidação de Bolsonaro com os cerca de 20% tradicionais (ele está com 22% tendo a máquina na mão).
O impeachment, ou outra forma de impedir Bolsonaro de se candidatar, se torna, cada vez mais, a opção única para a direita, as fatias da extrema-direita que fingem não gostar de Jair, os bolsonaristas de sapatênis e afiliados. E Lula se consolida, cada vez mais, como principal alternativa dos brasileiros para pacificar o país.
O cenário de preferência eleitoral repete 2017/2018. Vamos então recordar que, naquele momento, a atuação calhorda de Sergio Moro, em aberto conluio com a mídia, foi essencial para tirar o ex-presidente do cenário. No contexto atual, as estratégias para retirar Lula da disputa terão de ser bastante mais mirabolantes, uma vez que não haverá a adesão inconteste do Judiciário – depois de tudo o que foi provado contra a Lava Jato.
Não estou dizendo que não pode haver coisas mirabolantes, sempre pode, claro. Mas a questão é que o Brasil está profundamente fraturado, esgarçado, açodado pela pandemia, açodado por escândalos escabrosos, com uma economia que ruma para a estagflação num cenário de altíssimo desemprego. E Lula é uma construção simbólica que aglutina as esperanças. E isso, minha gente, é fundamental para qualquer projeto de reconstrução em cenpario muito adverso.
Mesmo a elite tosca e tacanha que ainda apoia Bolsonaro já está percebendo que ele leva o Brasil para o buraco, sem qualquer chance de resgate mesmo para poucos. Já perceberam que o que colocaram no poder foi uma quadrilha da pior espécie, que está destruindo o Brasil em todos os cenários – e o discurso de terça-feira na ONU comprovou isso claramente.
Enfim, o ano que vem será desafiador em todos os sentidos, e creio que a divulgação dessa pesquisa, neste momento, tem indicativos de reposicionamentos. A conferir.
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Seguramente vão tentar algo mirabolante no final do primeiro semestre de 2022.
Se a mais golpista da emissoras tem dado destaque a pesquisas que apontam o presidente Lula com franco favorito,podem ter certeza que a sua linguagem neurolinguística está apontando em direção contrária,muito provavelmente criando o temor com lembranças de matérias passadas que levaram a injusta e ilegal prisão do presidente Lula,sem mencionar,é óbvio,o caos que isso causou a democracia e ao país.
Por sorte o presidente Lula e seu partido já são gatos mais do que escaldados e olham para essas pesquisas com deve ser olhado para uma paisagem.