Governo Bolsonaro assina acordo com a Rússia para “proteção mútua” de informações sigilosas

O ministro da Defesa, Braga Netto, também está conversando com seu homólogo russo sobre tecnologia militar

O ministro da Defesa Braga Netto cumprimenta seu homólogo russo. Foto: Divulgação/Ministério das Relações Exteriores da Rússia
O ministro da Defesa Braga Netto cumprimenta seu homólogo russo. Foto: Divulgação/Ministério das Relações Exteriores da Rússia

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Carlos Franco França, anunciou nesta quarta-feira (16) que o País assinou um acordo bilateral com a Rússia para “proteção mútua” de informações secretas. A informações é da revista digital Sputnik.

Segundo França, o acordo foi assinado pelo general Augusto Heleno. “Gostaria de anunciar que o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Augusto Heleno, e sua contraparte russa, general Patrushev, firmaram protocolo ao acordo sobre proteção mútua de informações classificadas”, declarou o chefe do Itamaraty.

Ainda de acordo com França, o acordo “adequa o teor desse instrumento internacional, além de acesso à informação no Brasil”. “A importância desse entendimento bilateral é que teremos uma cooperação facilitada em tecnologia de ponta e áreas sensíveis.”

O ministro das Relações Exteriores da Russia, Sergei Lavrov, estava ao lado de França no momento do anúncio. O brasileiro não quis falar mais à imprensa. Lavrov respondeu perguntas sobre a Ucrânia para jornalistas locais.

O ministro da Defesa, Braga Netto, também está conversando com seu homólogo russo sobre tecnologia militar.

Bolsonaro e sua equipe desembarcaram em Moscou na terça (15) para uma visita já programa ao Kremlin. Está previsto um encontro do presidente brasileiro com Vladimir Putin ainda nesta quarta (16). Bolsonaro viajou afirmando que trataria da questão do fornecimento de fertilizantes russos, mas a imprensa também revelou que o governo quer tratar de “cibersegurança” com os russos.

REPERCUSSÃO INTERNA

Para o ex-presidenciável Fernando Haddad (PT), “as viagens dos Bolsonaros ao exterior, inclusive à Rússia, têm um único propósito: conhecer as últimas novidades no campo da disseminação de fakenews. Só a mentira sustenta seu projeto de poder.”

Por coincidência, o próximo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Edson Fachin, disse em entrevista divulgada pelo Estadão que o TSE “a Justiça Eleitoral já pode estar sob ataque de hackers, não apenas de criminosos, mas também de países, tal como a Rússia, que não tem legislação adequada de controle”. O TSE vive momentos de tensão com redes sociais que não se submetem à legislação brasileira, como o Telegram.

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Redação

3 Comentários

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  1. “Sinais, fortes sinais”, só que trocados.Fachin falando de fake news e ataques hacker no TSE agora, antes das eleições. Fachin inicia com fake news e fortalece a narrativa do bozo. Fachin o homem colaborativo e de confiança para tudo o que não presta.

  2. O Gabinete do Ódio já migrou para o Telegram, algo me diz que esse tal acordo vai complicar qualquer investigação sobre disparo em massa de fake news e/ou coordenação de ações entre bolsonaristas durante as eleições…

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