Em crise dos alimentos do governo Lula, Haddad anuncia que preços devem cair em breve

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Em crise comunicacional do governo Lula com a alta dos preços, ministro Haddad entra em cena com dados positivos

Ricardo Stuckert

Em meio a uma crise comunicacional com a alta dos preços, afetando a imagem do governo Lula, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entrou em cena com dados positivos e tentar minimizar as críticas ao governo: em previsões atualizadas, anunciou que espera uma queda no preço dos alimentos nas próximas semanas.

O ministro informou que o governo está atento às questões econômicas que impactam diretamente a população. Nesta sexta (07), um vídeo do presidente Lula nas redes sociais foi usado para criticar a postura do governo.

Nas falas, o presidente indicava que a população teria buscar preços de vendedores mais acessíveis, repassando à população a responsabilidade de ter que lidar com os custos altos. Apontado como um erro de comunicação, o ministro Haddad entrou em campo para comunicar os dados positivos econômicos do governo Lula e mostrar que ainda serão tomadas ações.

Boas notícias

Em um gesto positivo para a população e mercado, Fernando Haddad disse que os preços devem cair nas próximas semanas, devido a dois fatores: a desvalorização do dólar e a safra recorde.

Ele lembrou que a valorização do dólar no final de 2023 impactou a alta da inflação no ano passado, com ápice na eleição de Trump nos EUA, no final do ano.

“Isso fez com que o dólar se valorizasse no mundo inteiro. As moedas perderam valor. Agora, se você acompanhar o que está acontecendo, o dólar está perdendo força. Já chegou a R$ 6,30 no ano passado e hoje está na casa dos R$ 5,70 e poucos. Isso também colabora para a redução do preço dos alimentos no médio prazo”, expôs.

Somado a isso, “o Plano Safra do presidente Lula no ano passado foi o maior da história, e vamos colher a safra agora, a partir de março. A safra vai ser recorde, vamos colher como nunca colhemos.”

Haddad critica “memória curta”

Haddad também elogiou os avanços econômicos alcançados desde o início do governo Lula, listando a estabilização dos indicadores fiscais, a retomada da confiança no mercado financeiro e a busca pela melhoria da qualidade de vida dos brasileiros.

“Estamos construindo as bases para um país mais estável e justo, mas precisamos de tempo para consolidar esses avanços”, afirmou o ministro.

Segundo ele, não é possível enxergar o cenário atual sem levar em consideração a crise deixada pelos governos dos últimos “7 anos”, de Michel Temer e Jair Bolsonaro.

Haddad criticou o que chamou de “memória curta do jornalismo” ao comentar a recuperação econômica do país. Segundo ele, alguns analistas desconsideram o cenário de crise deixado pelos últimos anos de “má administração”. “Não dá para corrigir 7 anos de erros em apenas dois”, argumentou.

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5 Comentários

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    1. O pato vinha cantando alegremente quém quém quando um marreco sorridente pediu para tambem entrar no samba, no samba . . . Enquanto o governo federal imagina situações de conforto o “mercado” sorrindo vai fazendo suas jogadas: retenção da produção pelo uso de estoques especuladores. A aguardada grande safra, ocasião para reiniciar o uso na regulação do mercado será perdida pela incapacidade do governo federal em agir com presteza e rigor. Assim as “oferendas ao deus mercado” seguirão com financiamentos amigáveis, inação e muita bravata. Enquanto o pato conversa o marreco enche as burras . Alguma novidade ?

  1. povo indígena.
    Os índios são espertos.
    Os índios reivindicam Direitos natos, mas não gostam de trabalhar.
    Os índios se apoderam das pessoas e não contribuem.
    A população indígena se aproveita do Labor das pessoas.
    O povo indígena é digno de pena.
    É razoável sua extinção.

  2. Existem coisas no que diz respeito à inflação e suas causas, das quais não tem como evitar. Outras são o efeito de responsabilidades e de irresponsabilidades. Questões climáticas e as reações diante da eleição e do início do governo Trump, entre eles a valorização da moeda americana faz parte do inevitável. O restante fica por conta das responsabilidades e irresponsabilidades. Existe um enorme esforço do governo e até do Congresso Nacional em aprovar algumas alterações com motivo de equilibrar as contas públicas. Não é a fala feita pelo presidente Lula que vai fazer o dólar ou a inflação subir ou baixar. São as saídas fáceis, que atendem a gula momentânea e não pensam em tudo o que vem depois, responsáveis pelas dores que o País tem que suportar. É essa irresponsabilidade que não se aceita enfrentar. Positivo que a safra será grande e mais um recorde, que o dólar recuou do patamar acima de seis reais; mas até quando o País vai aceitar viver assim como se fosse o limite do cheque especial, vivendo do momento.

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