Grande mídia criticou mais Bolsonaro e Lula em 2021, enquanto elogiou Temer, Doria e Moro

Bolsonaro foi sete vezes mais citado que Lula na grande mídia em 2021, mas somente em 1% das menções o contexto era positivo

Bolsonaro x Lula
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil – Daniel Pinheiro/Agência Brasil

Um levantamento inédito realizado pelo projeto Manchetômetro mostra que o ex-presidente Lula é a segunda personalidade política mais citada pela grande mídia em 2021, perdendo apenas para o atual presidente da República, Jair Bolsonaro.

Contabilizando todas as matérias publicadas no ano pelos jornais O Globo, Valor, Jornal Nacional, Folha de S. Paulo e Estadão, Lula foi citado 1.155 vezes, mas apareceu em contexto negativo em 43% das menções. Em apenas 7%, as menções foram positivas.

Já Bolsonaro foi citado sete vezes mais que Lula – 7.243 menções, mais precisamente – e em 78% dos casos, a menção foi negativa. Em apenas 1% dos casos, as citações a Bolsonaro foram positivas.

Na lista divulgada pelo Manchetômetro, o campeão em menções positivas é o ex-presidente Michel Temer (17,58%) , seguido pelo governador de São Paulo, João Doria, pré-candidato do PSDB à Presidência, com 569 citações nos grandes jornais, sendo 15% em contexto positivo para sua imagem.

Depois de Bolsonaro, o procurador-geral da República, Augusto Aras (59,33%), a ex-presidente Dilma Rousseff (56,42%) e o ministro da Economia, Paulo Guedes (51,20), são os que mais receberam menções negativas nos cinco jornais ao longo de 2021.

O ex-juiz Sergio Moro (10%), pré-candidato à Presidência pelo Podemos, é o terceiro na lista de citações positivas em 2021.

Nas pesquisas de opinião para a corrida presidencial de 2022, Lula é franco favorito e tem aparecido nas sondagens com probabilidade de vencer no primeiro turno. Já Bolsonaro e Moro aparecem em segundo e terceiro lugar, respectivamente.

O Manchetômetro é produzido pelo Laboratório de Estudos de Mídia e Esfera Pública (LEMEP), grupo de pesquisa com registro no CNPq, e sediado no Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Redação

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