
De sua casa em repouso, o presidente Lula vem trabalhando para que a aprovação do pacote fiscal pelo Congresso ocorra sem surpresas.
O ministro Fernando Haddad, que vem susbtituindo o presidente em negociações importantes junto ao Legislativo, encontrou-se com Lula em sua residência, em Pinheiros, São Paulo, na manhã desta segunda (16).
O encontro foi solicitado por Lula porque esta é a última, portanto decisiva, semana de atividades políticas antes do recesso parlamentar.
Nesta semana, as lideranças do Congresso avançam com a tentativa de votação, ainda que em Comissões, das pautas econômicas, entre elas o pacote fiscal e a reforma tributária apresentados pelo governo.
“Falamos sobre vários assuntos. Expus para ele a situação da reforma tributária, o estado da arte, o que está para ser decidido pela Câmara, agora em caráter definitivo. Também tratamos das questões das medidas fiscais. Apresentei para ele os relatores, como é que a gente está tentando encaminhar a necessidade de votação nesta semana”, narrou o ministro.
Lula pediu a Haddad que apele aos parlamentares para que não haja um “desidratação” do pacote fiscal.
“Dei o quadro para ele [Lula] desses três blocos de medidas, coloquei-o a par da situação de cada uma delas, tanto no Senado quanto na Câmara, para que ele pudesse eventualmente julgar a conveniência de tomar alguma providência, dar algum telefonema tranquilizador para acelerar as coisas”, disse o ministro.
A reforma tributária já tramitou no Senado e, após algumas mudanças, volta a ser analisada na Câmara esta semana. “Discutimos com ele alguns detalhes que preocupavam mais. Expus para ele todos os detalhes do que foi alterado, para que pudesse orientar os líderes da base”, disse Haddad.
A expectativa do governo é que o Congresso adiante o máximo possível, em esforço concentrado, para votar, ao menos, o corte de gastos esta semana, e a Câmara concluir a votação da reforma tributária.
O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, afirmou que há chances de ambas as votações serem concluídas até esta sexta-feira (20). “Nós daremos o regime de urgência nessa tramitação”, assegurou.
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