Mensagens revelam esquema de propina no Detran de Goiás com o Podemos, de Caiado

Então advogado do Podemos, o representante que pediu as propinas é hoje assessor do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo)

Foto: Ronaldo Caiado e Zema posam para foto em Uberada. (Crédito: Hegon Corrêa/SECOM)

Atual representante do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) em Brasília, o advogado Bruno Ornelas teria vendido cargos políticos no Detran de Goiás, quando era coordenador nacional do Podemos, envolvendo o governador Ronaldo Caiado (Podemos) no estado.

A informação foi divulgada nesta segunda (11) em coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles. Segundo a publicação, o advogado tentou vender a gerência de Tecnologia da Informação do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) de Goiás por R$ 900 mil para apoiar a reeleição de Ronaldo Caiado no estado.

Quem receberia a propina e fecharia as nomeações no Detran, segundo as mensagens, era Felipe Cortês, do Podemos, que foi candidato a deputado estadual em Goiás em 2022.

Nas mensagens reveladas pelo jornal, o advogado, atual representante de Zema, fala ao empresário que “o Detran lá e nosso, mas o jogo é dele [Cortês]” e faz uma série de pressões para o pagamento da suposta propina:

“Faz o Pix aí”; “Lindão, faz logo de 100”; “Manda mais 100k”; “Lindão, só trabalho com comprovante”; “Ou tem capim ou não tem”; “Irmão, 17 horas é o prazo final pra TED”; “Manda os 100 que garanto irmão”.

Em outras, menciona o governador de Goiás, Ronaldo Caiado:

“Faz o Pix do Felipe aí, carai. 100k”; “[Cortês] Disse que vai rodar sim [as nomeações]. Esteve com o governador [Caiado]. Mas é a gerência de Tecnologia. Não será a diretoria”; “O governador já fez o compromisso. Até sexta-feira, graças a Deus, vamos publicar a po… da TI”.

O advogado Bruno Ornelas negou as acusações: “desconhece qualquer negociação de cargo ou qualquer outra ação que tenha usado seu nome de forma indevida e criminosa” e que “não mantém nenhum vínculo com o Governo do Estado de Goiás, sendo, dessa forma, impossível qualquer ingerência sua sobre qualquer assunto ou processo de contratação”.

Caiado e outros denunciados da reportagem não retornaram ou não responderam a coluna.

Redação

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