Cerca de 20% dos jovens de 14 a 24 anos que menstruam deixaram de ir à escola por não ter condição de comprar absorvente íntimo. Entre pessoas pretas com renda de até dois salários mínimos, tal percentual chega a 24%.
Os dados são de estudo do Espro (Ensino Social Profissionalizante) e pela marca de coletores menstruais Inciclo, e divulgado pelo portal UOL.
A pesquisa destaca outros pontos considerados preocupantes: 42% das pessoas entrevistadas ficaram com o absorvente por mais tempo para gastar menos.
Tal percentual entre pessoas pretas com renda até dois salários mínimos chegou a 45%. Ao mesmo tempo, 32% das pessoas ouvidas afirmaram que já ocorreu de não terem dinheiro para comprar um pacote de absorventes.
A pesquisa ouviu 2.930 pessoas que menstruam e 805 que não menstruam. A margem de erro é de 2% e o índice de confiabilidade da pesquisa é de 99%.
No ano passado, o presidente Jair Bolsonaro (PL) vetou um projeto de lei que propunha a distribuição de absorventes íntimos em escolas públicas e pessoas em situação de vulnerabilidade, como presidiárias e moradores de ruas. O governo federal recuou por conta da repercussão negativa.
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