Vereadora do PSOL em Campinas apresenta pré-candidatura ao gover

Após o líder do MTST Guilherme Boulos anunciar pelo Twitter sua saída da disputa pelo governo de São Paulo para concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados, a vereadora Mariana Conti, de Campinas, comunicou à imprensa que colocou seu nome à disposição do PSOL para concorrer ao Palácio dos Bandeirantes.

Em nota obtida pelo GGN, Mariana ressaltou que sua pré-candidatura foi apresentada ao PSOL na mesma reunião em que a Executiva do partido decidiu lançar Boulos a deputado federal.

“O PSOL precisa ter cara própria e se apresentar à população como uma alternativa independente. Queremos debater as nossas propostas e projeto para o estado. Apoiava o nome do Guilherme, mas com a sua decisão pela retirada, coloco o meu nome à disposição do partido para cumprir essa tarefa“, afirmou a vereadora.

Ao comunicar sua desistência, Boulos afirmou que sua meta é ajudar a esquerda a ampliar a bancada de deputados federais e destronar Eduardo Bolsonaro do posto de deputado federal mais votado em São Paulo. Boulos também disse que eleger Lula presidente em 2022 é a prioridade para as esquerdas.

Boulos está em quarto lugar na pesquisa Quaest em São Paulo, atrás de Fernando Haddad (PT), Márcio França (PSOL) e Tarcísio de Freitas (sem partido), o candidato de Jair Bolsonaro.

Análises indicam que Tarcísio e o candidato governista Rodrigo Garcia (PSDB) ainda são desconhecidos do público e têm forte potencial de crescimento. Um dos dois pode engolir a candidatura de Márcio França e vir a polarizar com Haddad no segundo turno.

O PSOL, contudo, mantêm em suas fileiras algumas correntes que querem marcar independência em relação ao projeto eleitoral do PT, e que defendem candidatura própria ao governo de SP e à Presidência em 2022.

Disposta a ocupar a lacuna deixada por Boulos, Mariana Conti tem 36 anos e é socióloga, servidora pública e atualmente exerce seu segundo mandato de vereadora na cidade de Campinas (SP), tendo sido a parlamentar mais votada da cidade nas últimas eleições.

Ela afirma que “o legado do tucanistão, que há 30 anos está no poder do estado, é nefasto”, mas o PSOL não deveria ter “ilusões com candidaturas colocadas que se dizem diferentes mas que trazem o mesmo conteúdo: o favorecimento à especulação imobiliária, ao agronegócio e aos bancos”.

“O debate sobre a candidatura ao governo estatual deve continuar dentro do PSOL durante os próximos dias. O prazo limite dos partidos para registro das candidaturas é no início de agosto”, diz a nota que anuncia a pré-candidatura da vereadora.

2 – Cenário “nebuloso” para Doria e “promissor” para Haddad e Tarcísio em São Paulo, mostra pesquisa Quaest